domingo, 15 de julho de 2012

O domínio da lua brumosa descrente em mim


A palidez da lua afaga a face,
Esta noite a solidão da terra,
Tranquiliza-me o coração,
Mas...Sim estou isolada,
Agora com a solidão em que me deixas,
Sempre que te vais embora,
Eu não quero que vás, não vás.
Eu sei que vais voltar, mas não quero,
Que voltes, quero que fiques,
Para que nunca precises de voltar...
Quero-te amar, sonhar, sentir,
O calor dos teus lábios,
E esquecer o cansaço de mais um dia…
Não vás, por favor...
Quero acordar com teus beijos,
Quero satisfazer os teus desejos,
Fazer-te voar, sonhar,
Quero ter-te comigo,
Por isso fica, não vás...
Fica aqui comigo para sempre na lividez da lua.
Com a paixão que é tua e que me dás,
Com a solidão da terra que seria minha,
Se aqui não estivesses e com o meu amor,
Que será sempre teu.
Por isso quando a lua empurra o mar,

Beija-me.
Quando a lua sorri no céu,
Beija-me.
Quando a terra se espreguiçar,
Acaricia-me.
Quando a terra se emocionar,
Consola-me.
Quando o vento embalar os troncos
Ama-me.
Quando o vento corre louco,
Crio poesia.
Quando o fogo dançar,
Dançarei para ti.
Quando o fogo queimar,
Serei eu ardendo de amor por ti.
Quando dois lábios se tocam,
Goteia-se paixão.
Quando dois lábios se querem,
Entrega-se o coração.
Presenteia-se a rosa-dos-ventos,
Com lábios puros... sedentos...
Carentes de brisa...
Porque, enfim não é uma inutilização…
Bem sei que querias ser o vento que desliza,
Calmamente no meu corpo,
Que os meus contornos suavizam.
Ser a brisa do meu mar...
A onda que vaza no meu porto,
A maré de amor...
Linda leve, louca!
Ser um fragmento de paz,
Na vida que se alucina,
A chama que o fogo trás,
E que o amor ilumina.
Ah! Se a palavra pudesse,
Ecoar como bafeja o vento...
Estaria neste momento,
Fosse lá onde estivesses...
Uma pétala difusa,
Um segredo a revelar.
Uma nota de magia,
Uma toalha de altar.
Sem sacrifícios nem perdas,
Onde apenas os poemas,
Nos falariam do amar.

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