- Não!!
- Agora toma lá o teu Orroz, e os outros já
não me serviram para nada!
- Só os raptamos para que não te pudessem
salvar daquele lugar...
- Assume de uma vez quem és! Junta-te a nós.
- Nunca eu, não me irei tornar numa pessoa
como tu!
- Se calhar devia te ter deixado morrer, mas
sempre esperávamos que te tornasses em alguém muito pior que nós!
- Não te podemos matar...mas podemos te fazer
sofrer.
- Se eu me juntar a vocês, como me iram tirar
esta minha fraqueza?
- Tirando-te o esse teu coração que nunca
devias ter tido.
- Sabes perfeitamente o que lhe poderá ou
lhes esconderá acontecer...
- Se voltares para o nosso grupo poupamo-lo
ou podamo-los.
- Eu...Eu...
- Rose, por favor, não...
- Eu acei...
- "Lembra-te de quem és, de quem foste,
nunca esqueças o sentimento que te move".
- Não, eu não vou poder aceitar!
- Tudo bem, logo veremos...- dizendo isto
desapareceram no ar.
- Porquê, porquê que eles voltaram, porquê
tinham de voltar...!- dizia ela chorando junto do Orroz.
Limpou
as lágrimas, pôs ele em cima do cavalo, montou e saiu a cavalo em direcção da
casa de um médico seu amigo...
- Onde vais?!- gritou Joana
- Não é melhor irmos atrás dela?- perguntou o
Odracir.
- Como a conheço, não me parece que queira
que a seguimos.- disse a Stephan.
- Quem és tu?- perguntou a Magda.
- Sou uma fiel e antiga amiga dela.
- Tal como ela também desapareci sem deixar
rasto.
- Ao menos sabe onde ela vai?
- Não,...- disse a Stephan
- ...nunca sabemos onde vai...- respondeu o
João Ricardo.
- ...o que pretende...- exclamou o Jonathan.
- ...o que irá fazer...- disse o Ricardo.
- ...ou no que se vai ou irá tornar.-
respondeu o Diego.
- Quem são vocês?!- perguntou a Nicole
(Angel).
- Os antigos Cavaleiros dela, os seus amigos,
aqueles que conviveram com ela tempo demais para saber Quem é.- respondeu o
João Ricardo.
- Devemos esperar por ela aqui.- disse o
Jonathan.
- Quem são vocês para dizer o que temos de
fazer?!- perguntou o Hollow.
- Não dever se meter nos seus objectivos.-
respondeu o João Pedro.
De volta
a Cavaleira:
- Aguenta-te Orroz, estamos quase a chegar.
- Agora que nos voltamos a encontrar não te
posso voltar a perder.
- Corre, Tornado, corre!
Entretanto
entrou na floresta onde vivia esse seu amigo médico, uma floresta assustadora
onde ninguém entrava porque ouvia-se rumores de que estava amaldiçoada, chegara
finalmente desceu com cuidado, e bateu a porta:
- Quem é?
- Sou eu a Aras.
- Tu Rose, o que se passa?- respondeu ele
abrindo a porta.
- Estás manchada de sangue...
- Tens de me ajudar, o Orroz levou dois
tiros.
Os dois
com cuidado tiraram o Orroz de cima do cavalo e apoiado neles foi levado para
dentro de casa, ao entrar viu várias imagens...
O médico teve a tratar dele, extraio-lhe as
duas balas que lhe tinham dado, e pôs-lhe ligaduras. Enquanto isso ela estava
frente a imagem de um anjo rezando, implorando que ajuda-se o médico a salvar o
Orroz.
- Só espero que sobriviva.- murmurou o seu
amigo.
- O que estás a dizer?
- Perdeu bastante sangue, eu fiz o que podia.
- Ordep...
- Eu vou deixar-te a sós com ele.
- Se acontecer-lhe alguma coisa chama-me.
Ela
sentou-se, ao seu lado a velar por ele e começou a lembrar-se de certas coisas
que disse:
"...E
com a dor eu aprendi que amar é mesmo assim. Ter motivos para olhar ao espelho
e ver que tudo em mim foi ilusão, nada mudou solidão. Meu abrigo eras tu,
eras parte de mim sou metade sem ti, meu
destino eras tu já nem olhas
por mim. Não sei mais o que posso fazer, já tentei desistir e como tal não fui
capaz."Na
força desse olhar encontrei-te e fui feliz...E a transparencia levou, quem
apagou esses olhos que não brilham mais para mim...eu fico a ver-te a sonhar
também eu vou voltar a vê-la. se eu pudesse apagar num olhar toda a tristeza
que te pude causar, mas tudo tem um fim. Vou tentando caminham sem ti, os
dias são sempre iguais de uma tristeza banal, quem apagou os meus olhos que não
brilham mais sem ti."
- Rose, seria melhor mudares-te para cá,
durante o tempo que ele está assim.
- Vou, buscar as minhas coisas.
- Vai, eu tomo conta dele...- disse ele
"contente".
...ela
mudou-se durante algum tempo para a sua casa, para poder acompanhar o Orroz de
perto. Quando estava arrumando as suas coisas viu que o quarto, a casa-de-banho
não tinha espelhos.
Quando foi vê-lo já tinha aberto os olhos,
mas o quarto não tinha lá muita luz.
- Não está muita luz aqui, pois não?- dizendo
isto acendeu o candeeiro da cabeceira.
Ao
aconchega-lo este agarrou-lhe o pulso...
- Orroz, larga-me. Estás magoando-me.
- Está na hora dos medicamentos- disse o Ordena
ao entrar com a bandeja dos remédios.
- Ele tem de tomar os comprimidos em pó,
devido ao estado dele.
- O que lhe estas a dar?- perguntou ela um
pouco desconfiada.
- Ás vezes tem, esparmos. Não te preocupes.
Quando o
médico, seu amigo virou as costas ele olhou de maneira diferente para mim...:
- Anda, temos de o deixar descansar.
- Não leves a mal, mas a quanto tempo vives
aqui?
- Comprei a casa a pouco tempo a uma pessoa
muito estranha.
- Como ficarás cá algum tempo, tenho de te
dar as chaves.
- Sabias que fizeram uma chave mestre para o
dono.
- Toma, está abre todas a portas.
- E tu?
- Eu já tenho uma minha.
Na sala onde estavam a falar ela reparou que
por cima da lareira também não havia espelho nenhum.
- Já ouve algum espelho por cima da lareira?
- Reparei que não há espelhos.
- O que lhes aconteceu?
- Os teus parentes ainda são vivos?
- Os meus pais deixaram-me e a avó que me
criou morreu a dois anos.
- Meu Deus e tratas-te dela?
- Não fui a tempo disso.
- É por isso que te preocupas tanto com...
Ele
despediu-se, foi para o seu quarto e eu para o quarto do Orroz. Quando entrei
no quarto do Orroz, reparei que estava esquisito, ele queria falar-me algo mas
não podia e foi quando vi que ele estava tendo uma hemorragia.
- Ordep...!!
- O que foi?
- O Orroz está tendo uma hemorragia!
Desceram os dois apressados, o Ordep deu-lhe
uma ejecção para adormecer, e de seguida tratou de estancar-lhe a hemorragia...
- Então Ordep?
- Vai ficar bem...
No dia
seguinte, ele já estava melhor...Passado dois dias fechados, pediu-me se podia
ir apanhar um pouco de ar fresco.
- Eu não sei, Orroz.
- Tu levas-te dois tiros, perdes-te muito
sangue e ainda estas em recuperação.
- Rose, por favor.
- Está bem, mas primeiro vou perguntar a
opinião do Ordep.
Ela
então foi perguntar ao Ordep se não fazia mal ele vir apanhar um pouco de ar cá
fora.
- Mas, tem de levantar-se com cuidado, por
causa dos ferimentos pois podem se descoser.
- Orroz, não te devias ter levantado sem eu
estar aqui.
- Desculpa, não te queria preocupar.
- Podes ir até lá fora, mas tens de te apoiar
em mim.
- Rose, fazias-me um favor?
- Mas Julian...
- Vais ao sótão buscar uns lençóis, eles estão
dentro do armário.
- Não, te preocupes com ele eu levo-o até lá
fora, a seguir vens ter comigo...
- Está bem.- disse ela não muito confiante.
Ela
abriu a porta, subiu as escadas e voltou a abrir outra porta. Chegou-se ao
armário abriu-o tirou os lençóis e ao vir-se embora ouviu uns ruídos. Então foi
ver e na sua frente estava um armário de prateleiras, que escondia uma porta
que estava sempre batendo, meteu a chave, mas esta não abriu-a. Ao descer as
escadas, ia apanhando um susto, pois na sua frente de repente apareceu o Ordep.
- Demoras-te tanto tempo.
- Eu pensava que a chave de me emprestas-te
abri-a todas as portas.
- Mas não abre uma porta do sótão. O que há
lá?
- Não faço ideia.
- Mas esta fechada desde que me mudei.
- Vou ter com o Orroz.
- Orroz, há qualquer coisa...
- É melhor leva-lo para dentro, está
arrefecendo.
- Mas porquê é que ele tem está mania?-
pensava eu.
- Deixa estar daqui para o quarto eu servirei
de apoio a ele.
- Tu é que sabes.
Levaram-no
para o quarto, deitou-o, depois tapou-o, ele tinha de descansar.
- Orroz, ficas aqui enquanto eu vou tomar um
duche, está bem?
- Não te mexas muito e vê se consegues
dormir...
- SIM, tu é que mandas.
- Eu não demoro muito tempo.
Pôs a
agua a correr, despiu-se como é obvio e quando se meteu na banheira, começará a
trovejar...uns minutos, depois de já se ter vestido, enxugado foi se sentar
junto da sua cabeceira. Mas antes foi lhe dar um beijo de boa noite, porque ele
já estava a dormir. A meio da noite ela tinha adormecido, e ele começou a
passar mal, a delirar, ela acordou assustada.
- O que tens Orroz?!- perguntava ela aflita.
- Aguenta-te eu vou chamar o Ordep.
Saiu
correndo, e foi bater na sua porta, o Ordep levantou-se e abriu a porta e perguntou-lhe:
- O que foi?
- O Orroz....!
Quando
foram ao quarto, viram que ele já lá não estava, tinham fugido cá para fora,
ela ficou aflita, mas ouviu o seu cavalo e foi a janela, viu o Orroz a tentar
monta-lo para fugir.
- Tornado, não!!
Saiu
correndo, atrás dele e ainda por cima estava chovendo, doente como estava,
apanhando chuva pior iria ficar.
- Orroz...!
Os dois
levaram-no de volta para o seu quarto, ela tirou-lhe as roupas molhadas,
deitou-o e ele ia lhe dar os remédios
- Deixa estar Ordep eu dou-lhe os remédios.
- Mas...esta bem.
- Podes deixar-nos a sós?
- OK.
- Espera que eu lhe de o comprimidos.- disse
ela para si.
Ela foi apanhar
o lençol que estava caído junto da cabeceira dele e nele viu escrito, dizendo
HELP ME.
- Orroz o que significa isto?
- Não podes confiar nele, ele não é quem
pensas que é.
- Rose tira-me daqui, por favor!
- Mas no estado que estas...
- Se o amor que sentias por ainda existe
tira-me daqui.
- Fica ai, eu já volto.
Então,
resolveu voltar ao sótão, desviou o armário das prateleiras e ao fazer isso viu
uma chave, pegou nela pôs na fechadura da porta, de uma volta e a porta
abriu-se. Ao ser aberta "espirrou" pó, entrou e quando entrou viu
coisas não muito agradáveis, como poções...bruxaria. Voltou para trás e trancou
a porta, voltando a por tudo igualzinho, desceu as escadas sem fazer barulho...
Nesse
momento aparecera o Julian, na casa do Ordep. Ela fechou a porta e foi ter com
o Ordep a sala, quando chegou o Ordep não estava lá, quem lá estava era o
Julian. O Ordep tinha ido para o sótão precisamente que ela vinha para a sala,
preparando a cerimónia de sacrifício. É que ele precisava de mim e do Orroz,
pois aquele a quem eu chamava Julian não era ele propriamente estava a ser
manipulado pelo Diablo para me fazer voltar a ser quem eu devia ser. E aquela cerimónia
servia para me fazer tornar naquilo que eu devo ser, é que ela era uma arma possuído
um poder brutal, um poder sem limites. Ela é... mais forte de todos os tempos.
- Julian...?
- Vim ver como ele estava...
- Julian onde foi o Ordep?
- Foi lá fora.
- Ainda bem,...
- Porquê?- perguntou o Julian.
- Tens de me ajudar a tirar daqui o Orroz...
Quando disse isso ele percebeu que ela já
sabia de tudo, o que o Ordep pretendia, ela como confiava nele ao virar as
costas para ir com ele buscar o Orroz. Este pega num tecido, enrola-o em volta
do seu pescoço...
- Julian, o que estas a fazer?!!
- Julian, Julian...
- Orroz foge!!- dizendo isto perdeu os
sentidos.
- Oh, não apanharam-na!
- Tenho da salvar mesmo neste estado.
Pegou na
espada e saiu do quarto com dificuldade...
- Julian o que lhe fixes-te!!?
- Só fiz o que tinha de fazer!
- Pensas que me podes derrotar?!
- Nunca passas-te de uma pessoa miserável...
- Agora já não precisamos mais de ti!
- Ordep!!!
- Sim, Julian?!
- Leva-a para o sótão para fazemos a
cerimonia.- disse o Julian.
- Eu fico aqui para acabar com ele.
O Ordep
levou-a e colocou-a no meio de um círculo de velas, fez outro círculo com giz,
espalhou enxofre, desenhou quatro-olhos e por fim fez um corte na mão dela.
Nesse preciso instante ela acordou, agarrou-lhe as mãos e feriu-o com as suas
unhas, este deixou cair a faca, ela então deu-lhe um forte pontapé e saiu
correndo pelas escadas e quando chegou a sala viu o Hollow "matando"
o Orroz.
- Não!!!!!!!
Este
grito foi tão alto que até os Cavaleiros e Cavaleiras ouviram, montaram-se nos
seus cavalos e saíram em direcção do grito, pois sabiam que aquele grito era da
Cavaleira Rose.
- O que será que aconteceu?!- perguntou o
Odracir.
- Ela nunca gritou assim.- respondeu o João
Ricardo.
- Temos de nos apressar.- exclamou a Magda.
Na casa
do Ordep, este acordou e quando ela ia salvar o Orroz. O Julian pegou num dos
espelhos que tinha no sótão desceu as escadas correndo e mostrou-a ela. Naquele
espelho estava reflectida a pessoa que ela devia ter sido, má, cruel,
malvada...
- Não, não...!!!!
- Eu não sou assim, nunca foi e não irei
ser!!!!!!!- gritou ela.
Tirou a
espada e ao tirar uma força brutal se apoderou dela, e partiu o espelho. O
poder era tão poderoso que o próprio Diablo teve que se retirar, era ele que
estava controlando o Julian e o Ordep, para me poder caçar. Nos seus olhos
brilhava um brilho de justiça e de vingança nunca visto em todo os tempos, e a
sua roupa era magnifica. De repente abre-se a porta e lá estavam os fieis
Cavaleiros e Cavaleiras que formavam o seu exército.
- Rose, o que tens?
- Eu não tenho nada!- respondeu ela
levantando a cabeça.
- Mas estás diferente...
- Rose o que lhes fizeste?!
- Mataste-os!!- disse a Cristina.
- Eles próprios é que quiseram assim, mas eu
não os matei.!- disse ela
- Mas eles eram teus amigos!- respondeu a
Vânia.
- Apenas estão atordoados.
- A minha cabeça, eu não sei o que se
passou...
- Orroz, Orroz!!- disse ela correndo para
junto do Orroz.
- Orroz, não podes ter morrido,...- dizia ela
chorando, a joelhada.
- Rose, eu ainda estou vivo...- respondeu ele
com dificuldade.
- Levem-nos...!
- Diego e Jonathan queimei a casa!
Foram
para casa dela, o Odracir e Magda ajudaram a levá-lo, o Orroz para o quarto.
Para ser ela a tratar dele, coseu-o e tapou-o, sentou-se ao seu lado e baixinho
dizia:
És muito especial para
mim, diz-me que me amas. Jura-me nunca pensarás em deixar-me, miente, venda-me
os olhos.
Não me abandones , porque
se não, não poderei viver sem ti. Tenho de te pedir pendão, se te ofendi, direi
que não me puderam fazer renunciar a ser feliz....
- Se nos piedem a guerra iremos lá dar!- murmurei eu.
- Ela já não é a mesma.- disse o João Pedro.
- O brilho do olhar mudou, a forma de ser
também.- respondeu a Stephan.
- Será que com este amor voltará a ser quem
é?- perguntou o Diego.
- Isso depende do quem ela é mesmo.
Desde
esse dia o Diablo nunca mais tinha aparecido, isso não queria dizer que não irá
voltar a atacar. E o Orroz continuava ferido, ela tratava dele, cuidava dele,
não saía de perto dele...os dias pasRosem.
- Já se pasRosem alguns dias...ainda tens
dores?
- Não. Dizes-te dias?
- Não te preocupes com mais nada, se não em
ficar bom.
Ela viro
as costa e foi lá para fora para treinar, ele já estava um pouco farto de estar
sempre deitado e como ainda não podia fazer esforço, foi se sentar na cama de
rede, a ver eles treinarem. Sorriu levemente de si para si ao avistar ele
deitado na cama de rede a ver-nos a treinar.
- Que horas são?
- Horas de almoço.- respondeu o Orroz.
- Então vamos comer.- disse eu.
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