sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 2


-    Não!!
-    Agora toma lá o teu Orroz, e os outros já não me serviram para nada!
-    Só os raptamos para que não te pudessem salvar daquele lugar...
-    Assume de uma vez quem és! Junta-te a nós.
-    Nunca eu, não me irei tornar numa pessoa como tu!
-    Se calhar devia te ter deixado morrer, mas sempre esperávamos que te tornasses em alguém muito pior que nós!
-    Não te podemos matar...mas podemos te fazer sofrer.
-    Se eu me juntar a vocês, como me iram tirar esta minha fraqueza?
-    Tirando-te o esse teu coração que nunca devias ter tido.
-    Sabes perfeitamente o que lhe poderá ou lhes esconderá acontecer...
-    Se voltares para o nosso grupo poupamo-lo ou podamo-los.
-    Eu...Eu...
-    Rose, por favor, não...
-    Eu acei...
-    "Lembra-te de quem és, de quem foste, nunca esqueças o sentimento que te move".


-    Não, eu não vou poder aceitar!
-    Tudo bem, logo veremos...- dizendo isto desapareceram no ar.
-    Porquê, porquê que eles voltaram, porquê tinham de voltar...!- dizia ela chorando junto do Orroz.
Limpou as lágrimas, pôs ele em cima do cavalo, montou e saiu a cavalo em direcção da casa de um médico seu amigo...
-    Onde vais?!- gritou Joana
-    Não é melhor irmos atrás dela?- perguntou o Odracir.
-    Como a conheço, não me parece que queira que a seguimos.- disse a Stephan.
-    Quem és tu?- perguntou a Magda.
-    Sou uma fiel e antiga amiga dela.
-    Tal como ela também desapareci sem deixar rasto.
-    Ao menos sabe onde ela vai?
-    Não,...- disse a Stephan
-    ...nunca sabemos onde vai...- respondeu o João Ricardo.
-    ...o que pretende...- exclamou o Jonathan.
-    ...o que irá fazer...- disse o Ricardo.
-    ...ou no que se vai ou irá tornar.- respondeu o Diego.
-    Quem são vocês?!- perguntou a Nicole (Angel).
-    Os antigos Cavaleiros dela, os seus amigos, aqueles que conviveram com ela tempo demais para saber Quem é.- respondeu o João Ricardo.
-    Devemos esperar por ela aqui.- disse o Jonathan.
-    Quem são vocês para dizer o que temos de fazer?!- perguntou o Hollow.
-    Não dever se meter nos seus objectivos.- respondeu o João Pedro.
De volta a Cavaleira:
-    Aguenta-te Orroz, estamos quase a chegar.
-    Agora que nos voltamos a encontrar não te posso voltar a perder.
-    Corre, Tornado, corre!
Entretanto entrou na floresta onde vivia esse seu amigo médico, uma floresta assustadora onde ninguém entrava porque ouvia-se rumores de que estava amaldiçoada, chegara finalmente desceu com cuidado, e bateu a porta:
-    Quem é?
-    Sou eu a Aras.
-    Tu Rose, o que se passa?- respondeu ele abrindo a porta.
-    Estás manchada de sangue...
-    Tens de me ajudar, o Orroz levou dois tiros.
Os dois com cuidado tiraram o Orroz de cima do cavalo e apoiado neles foi levado para dentro de casa, ao entrar viu várias imagens...
  O médico teve a tratar dele, extraio-lhe as duas balas que lhe tinham dado, e pôs-lhe ligaduras. Enquanto isso ela estava frente a imagem de um anjo rezando, implorando que ajuda-se o médico a salvar o Orroz.
-    Só espero que sobriviva.- murmurou o seu amigo.
-    O que estás a dizer?
-    Perdeu bastante sangue, eu fiz o que podia.
-    Ordep...
-    Eu vou deixar-te a sós com ele.
-    Se acontecer-lhe alguma coisa chama-me.
Ela sentou-se, ao seu lado a velar por ele e começou a lembrar-se de certas coisas que disse:
"...E com a dor eu aprendi que amar é mesmo assim. Ter motivos para olhar ao espelho e ver que tudo em mim foi ilusão, nada mudou solidão. Meu abrigo eras tu, eras  parte de mim sou metade sem ti, meu destino eras tu já nem olhas por mim. Não sei mais o que posso fazer, já tentei desistir e como tal não fui capaz."Na força desse olhar encontrei-te e fui feliz...E a transparencia levou, quem apagou esses olhos que não brilham mais para mim...eu fico a ver-te a sonhar também eu vou voltar a vê-la. se eu pudesse apagar num olhar toda a tristeza que te pude causar, mas tudo tem um fim. Vou tentando caminham sem ti, os dias são sempre iguais de uma tristeza banal, quem apagou os meus olhos que não brilham mais sem ti."
-    Rose, seria melhor mudares-te para cá, durante o tempo que ele está assim.
-    Vou, buscar as minhas coisas.
-    Vai, eu tomo conta dele...- disse ele "contente".
...ela mudou-se durante algum tempo para a sua casa, para poder acompanhar o Orroz de perto. Quando estava arrumando as suas coisas viu que o quarto, a casa-de-banho não tinha espelhos.
  Quando foi vê-lo já tinha aberto os olhos, mas o quarto não tinha lá muita luz.
-    Não está muita luz aqui, pois não?- dizendo isto acendeu o candeeiro da cabeceira.
Ao aconchega-lo este agarrou-lhe o pulso...
-    Orroz, larga-me. Estás magoando-me.
-    Está na hora dos medicamentos- disse o Ordena ao entrar com a bandeja dos remédios.
-    Ele tem de tomar os comprimidos em pó, devido ao estado dele.
-    O que lhe estas a dar?- perguntou ela um pouco desconfiada.
-    Ás vezes tem, esparmos. Não te preocupes.
Quando o médico, seu amigo virou as costas ele olhou de maneira diferente para mim...:
-    Anda, temos de o deixar descansar.
-    Não leves a mal, mas a quanto tempo vives aqui?
-    Comprei a casa a pouco tempo a uma pessoa muito estranha.
-    Como ficarás cá algum tempo, tenho de te dar as chaves.
-    Sabias que fizeram uma chave mestre para o dono.
-    Toma, está abre todas a portas.
-    E tu?
-    Eu já tenho uma minha.
  Na sala onde estavam a falar ela reparou que por cima da lareira também não havia espelho nenhum.
-    Já ouve algum espelho por cima da lareira?
-    Reparei que não há espelhos.
-    O que lhes aconteceu?
-    Os teus parentes ainda são vivos?
-    Os meus pais deixaram-me e a avó que me criou morreu a dois anos.
-    Meu Deus e tratas-te dela?
-    Não fui a tempo disso.
-    É por isso que te preocupas tanto com...
Ele despediu-se, foi para o seu quarto e eu para o quarto do Orroz. Quando entrei no quarto do Orroz, reparei que estava esquisito, ele queria falar-me algo mas não podia e foi quando vi que ele estava tendo uma hemorragia.
-    Ordep...!!
-    O que foi?
-    O Orroz está tendo uma hemorragia!
  Desceram os dois apressados, o Ordep deu-lhe uma ejecção para adormecer, e de seguida tratou de estancar-lhe a hemorragia...
-    Então Ordep?
-    Vai ficar bem...
No dia seguinte, ele já estava melhor...Passado dois dias fechados, pediu-me se podia ir apanhar um pouco de ar fresco.
-    Eu não sei, Orroz.
-    Tu levas-te dois tiros, perdes-te muito sangue e ainda estas em recuperação.
-    Rose, por favor.
-    Está bem, mas primeiro vou perguntar a opinião do Ordep.
Ela então foi perguntar ao Ordep se não fazia mal ele vir apanhar um pouco de ar cá fora.
-    Mas, tem de levantar-se com cuidado, por causa dos ferimentos pois podem se descoser.
-    Orroz, não te devias ter levantado sem eu estar aqui.
-    Desculpa, não te queria preocupar.
-    Podes ir até lá fora, mas tens de te apoiar em mim.
-    Rose, fazias-me um favor?
-    Mas Julian...
-    Vais ao sótão buscar uns lençóis, eles estão dentro do armário.
-    Não, te preocupes com ele eu levo-o até lá fora, a seguir vens ter comigo...
-    Está bem.- disse ela não muito confiante.
Ela abriu a porta, subiu as escadas e voltou a abrir outra porta. Chegou-se ao armário abriu-o tirou os lençóis e ao vir-se embora ouviu uns ruídos. Então foi ver e na sua frente estava um armário de prateleiras, que escondia uma porta que estava sempre batendo, meteu a chave, mas esta não abriu-a. Ao descer as escadas, ia apanhando um susto, pois na sua frente de repente apareceu o Ordep.
-    Demoras-te tanto tempo.
-    Eu pensava que a chave de me emprestas-te abri-a todas as portas.
-    Mas não abre uma porta do sótão. O que há lá?
-    Não faço ideia.
-    Mas esta fechada desde que me mudei.
-    Vou ter com o Orroz.
-    Orroz, há qualquer coisa...
-    É melhor leva-lo para dentro, está arrefecendo.
-    Mas porquê é que ele tem está mania?- pensava eu.
-    Deixa estar daqui para o quarto eu servirei de apoio a ele.
-    Tu é que sabes.
Levaram-no para o quarto, deitou-o, depois tapou-o, ele tinha de descansar.
-    Orroz, ficas aqui enquanto eu vou tomar um duche, está bem?
-    Não te mexas muito e vê se consegues dormir...
-    SIM, tu é que mandas.
-    Eu não demoro muito tempo.
Pôs a agua a correr, despiu-se como é obvio e quando se meteu na banheira, começará a trovejar...uns minutos, depois de já se ter vestido, enxugado foi se sentar junto da sua cabeceira. Mas antes foi lhe dar um beijo de boa noite, porque ele já estava a dormir. A meio da noite ela tinha adormecido, e ele começou a passar mal, a delirar, ela acordou assustada.
-    O que tens Orroz?!- perguntava ela aflita.
-    Aguenta-te eu vou chamar o Ordep.
Saiu correndo, e foi bater na sua porta, o Ordep levantou-se e abriu a porta e perguntou-lhe:
-    O que foi?
-    O Orroz....!
Quando foram ao quarto, viram que ele já lá não estava, tinham fugido cá para fora, ela ficou aflita, mas ouviu o seu cavalo e foi a janela, viu o Orroz a tentar monta-lo para fugir.
-    Tornado, não!!
Saiu correndo, atrás dele e ainda por cima estava chovendo, doente como estava, apanhando chuva pior iria ficar.
-    Orroz...!
Os dois levaram-no de volta para o seu quarto, ela tirou-lhe as roupas molhadas, deitou-o e ele ia lhe dar os remédios
-    Deixa estar Ordep eu dou-lhe os remédios.
-    Mas...esta bem.
-    Podes deixar-nos a sós?
-    OK.
-    Espera que eu lhe de o comprimidos.- disse ela para si.
Ela foi apanhar o lençol que estava caído junto da cabeceira dele e nele viu escrito, dizendo HELP ME.
-    Orroz o que significa isto?
-    Não podes confiar nele, ele não é quem pensas que é.
-    Rose tira-me daqui, por favor!
-    Mas no estado que estas...
-    Se o amor que sentias por ainda existe tira-me daqui.
-    Fica ai, eu já volto.
Então, resolveu voltar ao sótão, desviou o armário das prateleiras e ao fazer isso viu uma chave, pegou nela pôs na fechadura da porta, de uma volta e a porta abriu-se. Ao ser aberta "espirrou" pó, entrou e quando entrou viu coisas não muito agradáveis, como poções...bruxaria. Voltou para trás e trancou a porta, voltando a por tudo igualzinho, desceu as escadas sem fazer barulho...
Nesse momento aparecera o Julian, na casa do Ordep. Ela fechou a porta e foi ter com o Ordep a sala, quando chegou o Ordep não estava lá, quem lá estava era o Julian. O Ordep tinha ido para o sótão precisamente que ela vinha para a sala, preparando a cerimónia de sacrifício. É que ele precisava de mim e do Orroz, pois aquele a quem eu chamava Julian não era ele propriamente estava a ser manipulado pelo Diablo para me fazer voltar a ser quem eu devia ser. E aquela cerimónia servia para me fazer tornar naquilo que eu devo ser, é que ela era uma arma possuído um poder brutal, um poder sem limites. Ela é... mais forte de todos os tempos.
-    Julian...?
-    Vim ver como ele estava...
-    Julian onde foi o Ordep?
-    Foi lá fora.
-    Ainda bem,...
-    Porquê?- perguntou o Julian.
-    Tens de me ajudar a tirar daqui o Orroz...
  Quando disse isso ele percebeu que ela já sabia de tudo, o que o Ordep pretendia, ela como confiava nele ao virar as costas para ir com ele buscar o Orroz. Este pega num tecido, enrola-o em volta do seu pescoço...
-    Julian, o que estas a fazer?!!
-    Julian, Julian...
-    Orroz foge!!- dizendo isto perdeu os sentidos.
-    Oh, não apanharam-na!
-    Tenho da salvar mesmo neste estado.
Pegou na espada e saiu do quarto com dificuldade...
-    Julian o que lhe fixes-te!!?
-    Só fiz o que tinha de fazer!
-    Pensas que me podes derrotar?!
-    Nunca passas-te de uma pessoa miserável...
-    Agora já não precisamos mais de ti!
-    Ordep!!!
-    Sim, Julian?!
-    Leva-a para o sótão para fazemos a cerimonia.- disse o Julian.
-    Eu fico aqui para acabar com ele.
O Ordep levou-a e colocou-a no meio de um círculo de velas, fez outro círculo com giz, espalhou enxofre, desenhou quatro-olhos e por fim fez um corte na mão dela. Nesse preciso instante ela acordou, agarrou-lhe as mãos e feriu-o com as suas unhas, este deixou cair a faca, ela então deu-lhe um forte pontapé e saiu correndo pelas escadas e quando chegou a sala viu o Hollow "matando" o Orroz.
-    Não!!!!!!!
Este grito foi tão alto que até os Cavaleiros e Cavaleiras ouviram, montaram-se nos seus cavalos e saíram em direcção do grito, pois sabiam que aquele grito era da Cavaleira Rose.
-    O que será que aconteceu?!- perguntou o Odracir.
-    Ela nunca gritou assim.- respondeu o João Ricardo.
-    Temos de nos apressar.- exclamou a Magda.
Na casa do Ordep, este acordou e quando ela ia salvar o Orroz. O Julian pegou num dos espelhos que tinha no sótão desceu as escadas correndo e mostrou-a ela. Naquele espelho estava reflectida a pessoa que ela devia ter sido, má, cruel, malvada...
-    Não, não...!!!!
-    Eu não sou assim, nunca foi e não irei ser!!!!!!!- gritou ela.
Tirou a espada e ao tirar uma força brutal se apoderou dela, e partiu o espelho. O poder era tão poderoso que o próprio Diablo teve que se retirar, era ele que estava controlando o Julian e o Ordep, para me poder caçar. Nos seus olhos brilhava um brilho de justiça e de vingança nunca visto em todo os tempos, e a sua roupa era magnifica. De repente abre-se a porta e lá estavam os fieis Cavaleiros e Cavaleiras que formavam o seu exército.
-    Rose, o que tens?
-    Eu não tenho nada!- respondeu ela levantando a cabeça.
-    Mas estás diferente...
-    Rose o que lhes fizeste?!
-    Mataste-os!!- disse a Cristina.
-    Eles próprios é que quiseram assim, mas eu não os matei.!- disse ela
-    Mas eles eram teus amigos!- respondeu a Vânia.
-    Apenas estão atordoados.
-    A minha cabeça, eu não sei o que se passou...
-    Orroz, Orroz!!- disse ela correndo para junto do Orroz.
-    Orroz, não podes ter morrido,...- dizia ela chorando, a joelhada.
-    Rose, eu ainda estou vivo...- respondeu ele com dificuldade.
-    Levem-nos...!
-    Diego e Jonathan queimei a casa!
Foram para casa dela, o Odracir e Magda ajudaram a levá-lo, o Orroz para o quarto. Para ser ela a tratar dele, coseu-o e tapou-o, sentou-se ao seu lado e baixinho dizia:
És muito especial para mim, diz-me que me amas. Jura-me nunca pensarás em deixar-me, miente, venda-me os olhos.
Não me abandones , porque se não, não poderei viver sem ti. Tenho de te pedir pendão, se te ofendi, direi que não me puderam fazer renunciar a ser feliz....
-    Se nos piedem a guerra iremos lá dar!- murmurei eu.
-    Ela já não é a mesma.- disse o João Pedro.
-    O brilho do olhar mudou, a forma de ser também.- respondeu a Stephan.
-    Será que com este amor voltará a ser quem é?- perguntou o Diego.
-    Isso depende do quem ela é mesmo.
Desde esse dia o Diablo nunca mais tinha aparecido, isso não queria dizer que não irá voltar a atacar. E o Orroz continuava ferido, ela tratava dele, cuidava dele, não saía de perto dele...os dias pasRosem.
-    Já se pasRosem alguns dias...ainda tens dores?
-    Não. Dizes-te dias?
-    Não te preocupes com mais nada, se não em ficar bom.
Ela viro as costa e foi lá para fora para treinar, ele já estava um pouco farto de estar sempre deitado e como ainda não podia fazer esforço, foi se sentar na cama de rede, a ver eles treinarem. Sorriu levemente de si para si ao avistar ele deitado na cama de rede a ver-nos a treinar.
-    Que horas são?
-    Horas de almoço.- respondeu o Orroz.
-    Então vamos comer.- disse eu.

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