- Aguenta-te...
- Se me amares
como dizes que amas não podes morrer.
Eu via os minutos a passar e ele cada vez pior, ardendo em
febre, delirando sem poder fazer nada. Até que finalmente o Hollow tinha
chegado com um médico, deixei o médico observa-lo e vir cá fora falar com o
Hollow.
- Como está o
povo?
- A Hera cada vez
mais está impendido o fornecimento de alimento ao teu povo.
- Alguém terá que
se meter nisso.
- Quem?
- Nós já nada
podemos fazer, não conseguimos combater a Hera...
- Alteza.
- Sim, doutor?
- Ele está mesmo
mal em risco de morrer.
- Não posso fazer
nada por ele.
- Como assim não
pode fazer nada por ele?!
- A calma-te Rose
.
- Não temos os
medicamentos de que precisamos...
- Sinto muito,
Majestade.
- O que podias
fazer já fixes-te.
- Não, não fiz.
- O que estas
pensando fazer?
- Nada.
- Cuida do Orroz
eu vou dar uma volta.
- Leva-o para o
sítio onde encontra o povo...
- Então e tu?
- Vou me redimir
dos meus pecados.
Vesti o meu fato novamente e fui ao o centro da cidade
buscar os medicamentos que eram precisos. Quando cheguei peguei nos
medicamentos e para minha admiração a cidade não tinha nenhuma guarda estava
tipo deserta e as guardas eram jovens de catorze quinze anos ao verem-me
ficaram apavoradas.
Então pensei se elas estão com medo me mim posso ganhar
muito com isso.
- Não nos faça
mal.
- Vocês não
gostavam de ser livres?
- Sim...
- Não precisam
ter medo de mim, eu só quero ajudar.
- Se querem ser
livres juntem-se, the league of shadows.
- E assim obter a
vossa tão desejada liberdade.
- Se é isso que
querem venham comigo.
Dirigi-me para o esconderijo onde se encontrava escondido
o meu povo, ao chegar ficaram todos admirados. Entrei, dei os medicamentos ao
médico e fui pôr-me entre a entrada e a saída.
- Como conseguiu?
- Eu sou
assustadora...esqueceu-se.
- A Rose não vai gostar nada disto.
- Porquê?
- Eu salvei-lhe o
seu amado.
- Está
ajudando-nos porquê?!
- "redimir-me
dos meus pecados".
- Espere!
Montei o meu
cavalo e fui me embora de volta a floresta para esconder o meu fato e fechar
naquela caixa está minha identidade secreta. E voltar o mais rápido possível
para junto do Orroz.
- Olhem a
Rainha!!
- Rose ...
- Quem trouxe os
medicamentos?- perguntei eu como se não soube-se.
- A aquela tua
amiga.
- Qual amiga?
- Aquela
guerreira vestida de negro.
- A Namtab!
- Rose acho que ela gosta dele.
- Rose , antes de
ires ver o Orroz eu tenho que dizer-te algo.
- Então diz.
- O que eu acho
estranho é ela sempre aparecer quando tu não estas por perto.
- Lá nisso tens
razão.
- Isso não a
preocupa?
- Se ela sou eu,
é claro que não.- falei eu para dentro.
- Eu vou ver o
Orroz.
- Como é que ele
esta?
- Ainda esta
bastante fraco...
- Podem me deixar
uns instantes sozinha com ele?
- Claro, Vossa
Alteza.
Saíram todos, ficando sozinha com ele, e cada vez que o
olhava sentia-me culpada. O pior é que eu nem imaginava que o Orroz era parente
da Hera.
Começou a acordar, quando me viu só pedia que eu o
perdoa-se, e com esse minúsculo esforço teve uma hemorragia, ficando ainda
pior, chamei logo o médico. O médico disse que ele estava muito mal e tinha que
ter mais cuidados.
O dia passou-se e ao amanhecer ele pediu que me chamarem,
vesti-me rapidamente e fui ter com ele.
- Podem
deixar-nos sozinhos?
- Sim, Rose .
- Vamos...
- Rose perdoa-me...
- Chega...!
- Rose eu sei que estou morrendo e não quero morrer
sem saber que estou perdoado.
- Tu não vais
morrer!
- Rose por favor diz que estou perdoado.
- Rodrigo eu não
te vou dar o meu perdão!
- Não podes
morrer!
- Eu não quero
sentir-me culpada novamente.
- Se quiseres
morre, mas eu vou condenar-te para sempre!
- Rose , espera!
Virei-lhe as costas, peguei no meu cavalo e sai galopando
para a floresta. Sei que...custou-me, mas eu não podia deixar que ele
morresse...
O Orroz de repente
lembrou-se do que o Dacud tinha dito sobre mim que era o seguinte:
"Diz o ditado que pau que nasce torto, torto
ficará. Ela passa o tempo todo pelas ruas da cidade e tu em casa esperando-a
com saudade, implorando a Deus p'ra a trazer de volta, ela é uma anjo, doce
criatura. E tu és um companheiro..., que a espera toda a hora, a noite inteira.
Ansioso para a ver voltar, ela vai -se entregar para quem só o engana e se
apaixonar por quem não a ama vai buscar amor nos cantos da rua. Você vai chorar
se ela for embora e de par em par é que um homem chora. Sei que vai chorar e a
culpa será toda sua."
Ele disse que não poderia morrer sem meu perdão, por isso
não lho dei, se quando voltar ele terá morrido, irei condena-lo para todo o
sempre. Foi quando do nada passou-me pela cabeça, que a Hera tinha filhos, se
eu rapta-los poderá talvez tocar-lhe no seu ponto fraco.
- Como é que não
me lembrei antes.
Segui para a Sin City "a cidade do pecado", escondi
o cavalo antes de entrar na cidade e disfarcei-me de uma mulher pobre, com
sorte consegui chegar onde queria. Perguntei a uma pessoa se morava ali umas
certas pessoas e confirmava-se.
Então bati a porta e eles abriram-na, lancei um pó para
eles adormecerem, chamei o meu cavalo.
Pus eles em cima dele e mandei o cavalo ir para a floresta no sítio de sempre. Fechei a porta e fui me embora até aquele lugar onde eu tinha deixado
o cavalo esperei que ele voltasse. Ao chegar amarrei-os, durante dois dias. Em seguida eles montaram o cavalo, mas amarrados e eu fui a pé. Quando cheguei mandei
prende-los e fui preocupada ver se ele o Orroz estava vivo, mas sem que reparassem
nisso.
- Estava a ver
que tinhas nos tinhas deixado sozinhos a lutar contra a Hera.
- Não, só queria
castigar o Orroz.
- Como é que ele
está?
- Vejo que estas
preocupada.
- Hollow!
- Vê com os teus propormos olhos.
- Rose ...
- Desculpa
Orroz...
- Eu é que te tenho
que agradecer se não me dissesses aquilo a está hora já estava morto.
- Não é só a mim
que tens que agradecer, também tens que agradecer a Namtab.
- Se não fosse
ela se calhar aquilo que eu te fiz não valeria nada.
- Não tens culpa
se já não és mais aquela cavaleira magnífica.
- Pois tens
razão...
- Desculpa não
queria que ficasses assim.
- Assim como?
- Com essa cara
de culpada.
Tinham passado a noite juntos, ele recuperou-se, passado
dois meses algo de estranho passava-se...
- Rose em que é que estas a pensar?- perguntou o
Orroz.
- Orroz se não
fosse a Namtab tinhas morrido.
- O que é que
isso importa agora...
- Eu estou aqui,
não estou?
- Estas...
- Não tem
saudades dos seus filhos?
- Tenho, ainda me
lembro quando eles eram apenas crianças...
- Quer se casar
comigo?
- Ser mais que
bons amigos?
- Eu não sei,
tenho de pensar.
- Acho que não
foi boa altura para te pedir isso.
- Tenho um plano
para poder atingir a Hera.
- Qual?
- Rainha, Rainha!
- O que foi?
- A Cavaleira
Namtab.
- O que disseste?!
- A Cavaleira
Namtab está ali fora.
- Mandei
prende-la!
- Mas Rose ela salvou-me a vida.
- Cala-te Orroz!
- Desculpa já sei
que não suportas que ela me tenha salvo.
- Não é isso...
- Pois não é
isso.- disse o Hollow.
- Não entendem
ela não é a Cavaleira Namtab!
- Sim, Rose ...
- Acreditem em
mim!!
- Rose tu só estas com ciúmes.
- Então, Rose eu salvei o teu amado e é assim que me
tratas.- disse a Hera.
- Você não salvou
ninguém!
- Já percebi está
assim porquê não foi você.
- Tu és uma
falsa!
- Não te irrites.
- Isso ainda te
vai fazer mal ao teu...e a ti.
- Ao meu, quê?!
- Chega aqui.
- Ao filho que
esperas do Orroz.- disse ela ao meu ouvido.
- Como é que descobris-te?!
- Responde!!
- Tu só podes ser
a...
Com todo aquele nervoso, irritação...a rainha desmaiou,
todos ficaram preocupados. Chamaram logo o médico para a examinar, em seguida o
médico falou a sós com o Orroz e disse-lhe ela estava grávida de dois meses e
meio...com a vida que tinha devia ser bem vigiada. Quando acordei que estavam
todos preocupados, mas o Orroz era o mais deles todos.
- Está melhor
Alteza?
- Sim.
- Podiam...
- Acho melhor
voltarmos mais tarde.
- Até daqui a
pouco.
- Rose agora que estamos sozinhos não tens nada a
dizer-me?
- Dizer o quê?
- Tens a certeza
que não me estas a esconder nada?
- Esconder o quê?
- Não te faças de
desentendida!
- Por quê não disse-te
que estavas grávida!
- Mentiste-me
para quê!!
- Desculpa Orroz.
- Quem ama
acredita.
- Oh, não!!
- Hera!!
Levantei-me rapidamente para ir ver se os filhos da cuja
ainda estavam presos. Quando o Orroz agarrou-me o braço com força e disse:
- Agora tens que
te preocupar com esse filho, não só contigo!
- Rodrigo,
larga-me!
- Não ouvis-te o
que eu disse?!
- Rodrigo eu sei
que agora tenho de me preocupar, não só comigo, mas também com esta criança.
- Mas eu não
posso deixá-la nascer neste ambiente!
- Queres perder
outro filho!!
Desci a escadas e fui, quando me disseram que a Namtab
tinha levado as crianças que eu tinha mandado prender. Fiquei furiosa, tive
tanto trabalho para nada.
- Agora já não
podes escapar mais de mim!
- O quê é que
queres dizer com isso?
- Para com
isso...
- Rodrigo
larga-me!
- Vais aprender a
obedecem-me!
- Nunca mandas-te
em mim, porquê isto agora?!
- Porque agora estas grávida!
- Isso não te dá
o direito...
- Rodrigo, estas
a magoar-me!
Ao fazer com que ele me larga-se...rebolei escadas abaixo,
pela segunda vez vi, a mesma cena acontecer duas vezes na minha vida.
Quando acordei, parece que o mundo tinha desabado sobre a
minha cabeça, vi o Orroz a janela chorando, culpando-se, condenando-se pelo que
tinha feito, perguntei:
- Orroz....
- Sim, Rose ?
- Orroz, olha
para os meus olhos.
- O que me
aconteceu?
- Por minha
causa, caíste das escadas e perdes-te o nosso filho.
- Como é que
queres que tenha cara para te olhar.
- Estou
condenada...
- Rose , desculpa
desde que eu apareci a tua vida tem se...
- Cala-te Orroz!
- O culpado disto
tudo é a Hera!!
- Ela vai mas
pagar!!!
- Primeiro deu
cabo da minha vida, condenando-a, não me deixou ser feliz e agora mais
isto...!!
- Rose ?
- O que foi
Orroz?
- Tu, tu estas
diferente.
- Vê-te ao
espelho...
Tinha razão os meus olhos tinham mudado, a minha forma de
olhar também. Entrou em mim uma forte força, uma força não sei de onde mas, não
sei explicar...
- É hoje, o dia
da vitória, o dia da minha alegria!
Fui a janela e gritei para que todos podassem ouvir:
- Hoje é o dia
que todos vocês puderam vingar os seus itens queridos, mortos por aquela Mulher
o dia da vingança chegou!
- Preparem-se
para a guerra de vingança...!
- Tu, as
cavaleiras e o Hollow vão comandar as tropas e eu comandarei o Exército.
A uma certa hora todas a minhas tropas tinham se
encontrado, fazendo assim um circulo. Pois as tropas dela eram mais,
fazendo-nos recuar, não estávamos a contar com os ninjas, os ninjas de Ra´sum
que se uniam a ela.
E afinal o Dacurd
é que era o Ra´sum porque aquele que falou comigo era um servo dele, só para que
me pudesse enganar. Ela sempre disse que odiava os homens, este mundo e no
entanto uniu-se ao homem que ela disse que lhe fez sofrer...
Entretanto no meu
da guerra tinha achado um rapazinho muito assustado e confuso sem saber o que
fazer nem para onde ir, então disse-lhe:
- Tudo bem, está
tudo bem.
- Ninguém vai
fazer-te mal.- disse eu.
- Ah, ah, ah...
- Há isso é que
vai!- respondeu a Amazónia que me denunciou.
- TU!!
- Aquela que me denunciou
para a Hera!
Eu, e o rapazinho fugimos no meu daquela guerra, mas mesmo
com aquela confusão ela veio conseguiu vir atrás de mim.
- Aqui estão!
- Não há nada a
temer a não ser o próprio medo.- disse ela montada no cavalo.
- Vim ajudar-te a
ver que a Hera tem razão.
- E ajudas-te
antes!!
- Agora já não
mereces viver!
- Vai, corre!
- Vai para aquele
esconderijo onde estará o povo escondido.
Puxei da minha arma e disparei contra ela, matando-a o
cavalo com o tiro assustou-se e fugiu.
- Juro
solenemente que não farei nada de bom!!!
Peguei num dos cavalos que me apareceu pela frente em direcção daquela lugar. Vesti o meu fato negro e coloquei a minha mascara...eu era a cavaleira mais temida ainda mais temida que a Cavaleira Pantera Negra, porque nunca ninguém já mais tinha visto algo assim em toda a vida. Já fui sim a Cavaleira Pantera Negra, mas como me disseram o mundo mudou os adversários tornam-se mais fortes que os anteriores. O nome da Cavaleira Pantera Negra na época antes de eu ter adormecido e nunca mais ter acordado era o mais temido de todos. Agora já não é mais um nome que possa assustar.
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