domingo, 1 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno: Autora: Sara Gonçalves - excerto 9


-    Aguenta-te...
-    Se me amares como dizes que amas não podes morrer.
Eu via os minutos a passar e ele cada vez pior, ardendo em febre, delirando sem poder fazer nada. Até que finalmente o Hollow tinha chegado com um médico, deixei o médico observa-lo e vir cá fora falar com o Hollow.
-    Como está o povo?
-    A Hera cada vez mais está impendido o fornecimento de alimento ao teu povo.
-    Alguém terá que se meter nisso.
-    Quem?
-    Nós já nada podemos fazer, não conseguimos combater a Hera...
-    Alteza.
-    Sim, doutor?
-    Ele está mesmo mal em risco de morrer.
-    Não posso fazer nada por ele.
-    Como assim não pode fazer nada por ele?!
-    A calma-te Rose .
-    Não temos os medicamentos de que precisamos...
-    Sinto muito, Majestade.
-    O que podias fazer já fixes-te.
-    Não, não fiz.
-    O que estas pensando fazer?
-    Nada.
-    Cuida do Orroz eu vou dar uma volta.
-    Leva-o para o sítio onde encontra o povo...
-    Então e tu?
-    Vou me redimir dos meus pecados.
Vesti o meu fato novamente e fui ao o centro da cidade buscar os medicamentos que eram precisos. Quando cheguei peguei nos medicamentos e para minha admiração a cidade não tinha nenhuma guarda estava tipo deserta e as guardas eram jovens de catorze quinze anos ao verem-me ficaram apavoradas.
Então pensei se elas estão com medo me mim posso ganhar muito com isso.
-    Não nos faça mal.



-    Vocês não gostavam de ser livres?
-    Sim...
-    Não precisam ter medo de mim, eu só quero ajudar.
-    Se querem ser livres juntem-se, the league of shadows.
-    E assim obter a vossa tão desejada liberdade.
-    Se é isso que querem venham comigo.
Dirigi-me para o esconderijo onde se encontrava escondido o meu povo, ao chegar ficaram todos admirados. Entrei, dei os medicamentos ao médico e fui pôr-me entre a entrada e a saída.
-    Como conseguiu?
-    Eu sou assustadora...esqueceu-se.
-    A Rose  não vai gostar nada disto.
-    Porquê?
-    Eu salvei-lhe o seu amado.
-    Está ajudando-nos porquê?!
-    "redimir-me dos meus pecados".
-    Espere!
  Montei o meu cavalo e fui me embora de volta a floresta para esconder o meu fato e fechar naquela caixa está minha identidade secreta. E voltar o mais rápido possível para junto do Orroz.
-    Olhem a Rainha!!
-    Rose ...
-    Quem trouxe os medicamentos?- perguntei eu como se não soube-se.
-    A aquela tua amiga.
-    Qual amiga?
-    Aquela guerreira vestida de negro.
-    A Namtab!
-    Rose  acho que ela gosta dele.
-    Rose , antes de ires ver o Orroz eu tenho que dizer-te algo.
-    Então diz.
-    O que eu acho estranho é ela sempre aparecer quando tu não estas por perto.
-    Lá nisso tens razão.
-    Isso não a preocupa?
-    Se ela sou eu, é claro que não.- falei eu para dentro.
-    Eu vou ver o Orroz.
-    Como é que ele esta?
-    Ainda esta bastante fraco...
-    Podem me deixar uns instantes sozinha com ele?
-    Claro, Vossa Alteza.
Saíram todos, ficando sozinha com ele, e cada vez que o olhava sentia-me culpada. O pior é que eu nem imaginava que o Orroz era parente da Hera.
Começou a acordar, quando me viu só pedia que eu o perdoa-se, e com esse minúsculo esforço teve uma hemorragia, ficando ainda pior, chamei logo o médico. O médico disse que ele estava muito mal e tinha que ter mais cuidados.
O dia passou-se e ao amanhecer ele pediu que me chamarem, vesti-me rapidamente e fui ter com ele.
-    Podem deixar-nos sozinhos?
-    Sim, Rose .
-    Vamos...
-    Rose  perdoa-me...
-    Chega...!
-    Rose  eu sei que estou morrendo e não quero morrer sem saber que estou perdoado.
-    Tu não vais morrer!
-    Rose  por favor diz que estou perdoado.
-    Rodrigo eu não te vou dar o meu perdão!
-    Não podes morrer!
-    Eu não quero sentir-me culpada novamente.
-    Se quiseres morre, mas eu vou condenar-te para sempre!
-    Rose , espera!
Virei-lhe as costas, peguei no meu cavalo e sai galopando para a floresta. Sei que...custou-me, mas eu não podia deixar que ele morresse...
 O Orroz de repente lembrou-se do que o Dacud tinha dito sobre mim que era o seguinte:
"Diz o ditado que pau que nasce torto, torto ficará. Ela passa o tempo todo pelas ruas da cidade e tu em casa esperando-a com saudade, implorando a Deus p'ra a trazer de volta, ela é uma anjo, doce criatura. E tu és um companheiro..., que a espera toda a hora, a noite inteira. Ansioso para a ver voltar, ela vai -se entregar para quem só o engana e se apaixonar por quem não a ama vai buscar amor nos cantos da rua. Você vai chorar se ela for embora e de par em par é que um homem chora. Sei que vai chorar e a culpa será toda sua."
Ele disse que não poderia morrer sem meu perdão, por isso não lho dei, se quando voltar ele terá morrido, irei condena-lo para todo o sempre. Foi quando do nada passou-me pela cabeça, que a Hera tinha filhos, se eu rapta-los poderá talvez tocar-lhe no seu ponto fraco.
-    Como é que não me lembrei antes.
Segui para a Sin City "a cidade do pecado", escondi o cavalo antes de entrar na cidade e disfarcei-me de uma mulher pobre, com sorte consegui chegar onde queria. Perguntei a uma pessoa se morava ali umas certas pessoas e confirmava-se.
Então bati a porta e eles abriram-na, lancei um pó para eles adormecerem, chamei o meu cavalo.
Pus eles em cima dele e mandei o cavalo ir para a floresta no sítio de sempre.  Fechei a porta e fui me embora até aquele lugar onde eu tinha deixado o cavalo esperei que ele  voltasse. Ao chegar amarrei-os, durante dois dias.  Em seguida eles montaram o cavalo, mas amarrados e eu fui a pé. Quando cheguei mandei prende-los e fui  preocupada ver se ele o Orroz estava vivo, mas sem que reparassem nisso.
-    Estava a ver que tinhas nos tinhas deixado sozinhos a lutar contra a Hera.
-    Não, só queria castigar o Orroz.
-    Como é que ele está?
-    Vejo que estas preocupada.
-    Hollow!
-    Vê com os teus propormos olhos.
-    Rose ...
-    Desculpa Orroz...
-    Eu é que te tenho que agradecer se não me dissesses aquilo a está hora já estava morto.
-    Não é só a mim que tens que agradecer, também tens que agradecer a Namtab.
-    Se não fosse ela se calhar aquilo que eu te fiz não valeria nada.
-    Não tens culpa se já não és mais aquela cavaleira magnífica.
-    Pois tens razão...
-    Desculpa não queria que ficasses assim.
-    Assim como?
-    Com essa cara de culpada.
Tinham passado a noite juntos, ele recuperou-se, passado dois meses algo de estranho passava-se...
-    Rose  em que é que estas a pensar?- perguntou o Orroz.
-    Orroz se não fosse a Namtab tinhas morrido.
-    O que é que isso importa agora...
-    Eu estou aqui, não estou?
-    Estas...
-    Não tem saudades dos seus filhos?
-    Tenho, ainda me lembro quando eles eram apenas crianças...
-    Quer se casar comigo?
-    Ser mais que bons amigos?
-    Eu não sei, tenho de pensar.
-    Acho que não foi boa altura para te pedir isso.
-    Tenho um plano para poder atingir a Hera.
-    Qual?
-    Rainha, Rainha!
-    O que foi?
-    A Cavaleira Namtab.
-    O que disseste?!
-    A Cavaleira Namtab está ali fora.
-    Mandei prende-la!
-    Mas Rose  ela salvou-me a vida.
-    Cala-te Orroz!
-    Desculpa já sei que não suportas que ela me tenha salvo.
-    Não é isso...
-    Pois não é isso.- disse o Hollow.
-    Não entendem ela não é a Cavaleira Namtab!
-    Sim, Rose ...
-    Acreditem em mim!!
-    Rose  tu só estas com ciúmes.
-    Então, Rose  eu salvei o teu amado e é assim que me tratas.- disse a Hera.
-    Você não salvou ninguém!
-    Já percebi está assim porquê não foi você.
-    Tu és uma falsa!
-    Não te irrites.
-    Isso ainda te vai fazer mal ao teu...e a ti.
-    Ao meu, quê?!
-    Chega aqui.
-    Ao filho que esperas do Orroz.- disse ela ao meu ouvido.
-    Como é que descobris-te?!
-    Responde!!
-    Tu só podes ser a...
Com todo aquele nervoso, irritação...a rainha desmaiou, todos ficaram preocupados. Chamaram logo o médico para a examinar, em seguida o médico falou a sós com o Orroz e disse-lhe ela estava grávida de dois meses e meio...com a vida que tinha devia ser bem vigiada. Quando acordei que estavam todos preocupados, mas o Orroz era o mais deles todos.
-    Está melhor Alteza?
-    Sim.
-    Podiam...
-    Acho melhor voltarmos mais tarde.
-    Até daqui a pouco.
-    Rose  agora que estamos sozinhos não tens nada a dizer-me?
-    Dizer o quê?
-    Tens a certeza que não me estas a esconder nada?
-    Esconder o quê?
-    Não te faças de desentendida!
-    Por quê não disse-te que estavas grávida!
-    Mentiste-me para quê!!
-    Desculpa Orroz.
-    Quem ama acredita.
-    Oh, não!!
-    Hera!!
Levantei-me rapidamente para ir ver se os filhos da cuja ainda estavam presos. Quando o Orroz agarrou-me o braço com força e disse:
-    Agora tens que te preocupar com esse filho, não só contigo!
-    Rodrigo, larga-me!
-    Não ouvis-te o que eu disse?!
-    Rodrigo eu sei que agora tenho de me preocupar, não só comigo, mas também com esta criança.
-    Mas eu não posso deixá-la nascer neste ambiente!
-    Queres perder outro filho!!
Desci a escadas e fui, quando me disseram que a Namtab tinha levado as crianças que eu tinha mandado prender. Fiquei furiosa, tive tanto trabalho para nada.
-    Agora já não podes escapar mais de mim!
-    O quê é que queres dizer com isso?
-    Para com isso...
-    Rodrigo larga-me!
-    Vais aprender a obedecem-me!
-    Nunca mandas-te em mim, porquê isto agora?!
-    Porque agora estas grávida!
-    Isso não te dá o direito...
-    Rodrigo, estas a magoar-me!
Ao fazer com que ele me larga-se...rebolei escadas abaixo, pela segunda vez vi, a mesma cena acontecer duas vezes na minha vida.
Quando acordei, parece que o mundo tinha desabado sobre a minha cabeça, vi o Orroz a janela chorando, culpando-se, condenando-se pelo que tinha feito, perguntei:
-    Orroz....
-    Sim, Rose ?
-    Orroz, olha para os meus olhos.
-    O que me aconteceu?
-    Por minha causa, caíste das escadas e perdes-te o nosso filho.
-    Como é que queres que tenha cara para te olhar.
-    Estou condenada...
-    Rose , desculpa desde que eu apareci a tua vida tem se...
-    Cala-te Orroz!
-    O culpado disto tudo é a Hera!!
-    Ela vai mas pagar!!!
-    Primeiro deu cabo da minha vida, condenando-a, não me deixou ser feliz e agora mais isto...!!
-    Rose ?
-    O que foi Orroz?
-    Tu, tu estas diferente.
-    Vê-te ao espelho...
Tinha razão os meus olhos tinham mudado, a minha forma de olhar também. Entrou em mim uma forte força, uma força não sei de onde mas, não sei explicar...
-    É hoje, o dia da vitória, o dia da minha alegria!
Fui a janela e gritei para que todos podassem ouvir:
-    Hoje é o dia que todos vocês puderam vingar os seus itens queridos, mortos por aquela Mulher o dia da vingança chegou!
-    Preparem-se para a guerra de vingança...!
-    Tu, as cavaleiras e o Hollow vão comandar as tropas e eu comandarei o Exército.
A uma certa hora todas a minhas tropas tinham se encontrado, fazendo assim um circulo. Pois as tropas dela eram mais, fazendo-nos recuar, não estávamos a contar com os ninjas, os ninjas de Ra´sum que se uniam a ela.
  E afinal o Dacurd é que era o Ra´sum porque aquele que falou comigo era um servo dele, só para que me pudesse enganar. Ela sempre disse que odiava os homens, este mundo e no entanto uniu-se ao homem que ela disse que lhe fez sofrer...
  Entretanto no meu da guerra tinha achado um rapazinho muito assustado e confuso sem saber o que fazer nem para onde ir, então disse-lhe:
-    Tudo bem, está tudo bem.
-    Ninguém vai fazer-te mal.- disse eu.

-    Ah, ah, ah...
-    Há isso é que vai!- respondeu a Amazónia que me denunciou.
-    TU!!
-    Aquela que me denunciou para a Hera!
Eu, e o rapazinho fugimos no meu daquela guerra, mas mesmo com aquela confusão ela veio conseguiu vir atrás de mim.
-    Aqui estão!
-    Não há nada a temer a não ser o próprio medo.- disse ela montada no cavalo.
-    Vim ajudar-te a ver que a Hera tem razão.
-    E ajudas-te antes!!
-    Agora já não mereces viver!
-    Vai, corre!
-    Vai para aquele esconderijo onde estará o povo escondido.
Puxei da minha arma e disparei contra ela, matando-a o cavalo com o tiro assustou-se e fugiu.
-    Juro solenemente que não farei nada de bom!!!
Peguei num dos cavalos que me apareceu pela frente em direcção daquela lugar. Vesti o meu fato negro e coloquei a minha mascara...eu era a cavaleira mais temida ainda mais temida que a Cavaleira Pantera Negra, porque nunca ninguém já mais tinha visto algo assim em toda a vida. Já fui sim a Cavaleira Pantera Negra, mas como me disseram o mundo mudou os adversários tornam-se mais fortes que os anteriores. O nome da Cavaleira Pantera Negra na época antes de eu ter adormecido e nunca mais ter acordado era o mais temido de todos. Agora já não é mais um nome que possa assustar.







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