sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno: Autora: Sara Gonçalves - excerto 8


-    Numa lenda, Majestade.
-    Se quer atingir alguns objectivos, há uma rara flor cor de sangue negro que cresce nas profundezas da floresta.
-    Apanhe uma dessas flores.
-    Se conseguir leva-la até aos rochedos mais altos que existem na floresta, poderá encontrar o que sempre procurou.
-    E o que procuro eu?
-    Só vós pode sabê-lo.
-    O que queria aquele homem, Rose ?
-    Que encontre uma flor cor de sangue negro e lhe leve.
-    Eu faço isso.
-    Está bem.
-    Se pensa que o vou deixar ir sozinho esta profundamente enganado.- disse eu para mim mesma.
-    Chame-me a Angel e as cinco.
-    Elas aqui estão.
-    Obrigada.
-    E já agora sela o meu cavalo.
-    Eu quero nomear vos amigas da corte.
-    A Vânia será ainda nomeada mensageiro.
-    Enquanto a Magda será nomeada conselheiro.
-    E ainda também serão nomeadas as cincos e incluído a Angel Cavaleiras.
-    Rose  o seu cavalo.
-    Quero que fiquem comandando as tropas e treinem-nas.
-    E nada de conflitos entre vocês as duas.
-    Quem eu?- respondeu a Cristina.
-    Sim, tu e a Nicole.
  O mascarado já tinha, apanho aquela flor e agora estava chegando aos rochedos quando viu uma mansão e entrou. Depois de entrar uns homens deslocaram-se para lhe bater...
-    Esperem.
-    O que procura?



-    Procuro um meio de ajudar a Rainha a combater a injustiça, para aterrorizar aqueles que atacam os mais fracos.
-    Tome aqui tem a flor.
-    Para manipular o terror dos outros, primeiro há que domar o nosso.
-    Pela Rainha faço tudo.
-    Então esta pronto?
-    Mas mal me aguento de pé.
-    A morte não espera até que esteja preparado!!
-    A morte não é nem complacente, nem justa!!  
A porta abriu-se e até fez barulho e apareci eu em cima do cavalo este todo levantado e gritei:
-    Para Hollow!!!
-    Sai da frente.
-    Hollow lembra-te de que somos parentes!
-    Ele não tem que aguentar este treino!
-    A escolhida sou eu!!
-    Rose  eu não preciso que me estejas sempre
a proteger.
-    Orroz este treino não é para ser feito em ti,
mas sim em mim.
-    Pega no meu cavalo e volta.
-    Rose  eu...
-    Esquece, tens alguma razão.
-    Toma conta das tropas enquanto estiver fora.
-    Sim, Majestade.
-    Já sei isso que lhe disse-te.
-    Não te iludas, aqui enfrenta-se mesmo a morte.
-    Sem qualquer poderes sem nada.
-    Porque é que não me atacar.
-    Esta com medo mas não é de mim?
-    Diga-nos o que receia.
-    Ainda se sente culpado pela morte dos seus filhos?
-    A raiva supera o remoço.
-    Aprendeu a esconder o remoço com a raiva.
-    Venha.
-    Ensiná-la-ei a esconder a enfrentar a verdade, mas não hoje.
Entretanto os horas iam passando e com isso uns aninhos desde que eu tinha ido para esse sítio, mas a vida no meu esconderijo continuava atacando um de cada vez os esquadrões de Hera, porque aqueles eram  novas guerreiras que ela tinha novamente aprisionado.
-    Consegue enfrentar seis pessoas ou sessenta.
-    Sabe como desaparecer.
-    Ensiná-la-emos a tornar-se invisível.
-    Tenha sempre atenção ao que o rodeia.
-    Tem de se tornar mais que uma pessoa na mente do seu opositor.
-    Espere antes de continuar o treino...
-    Quem é aquele?
-    Era um agricultor que depois tornou-se um assassino.
-    O que lhe vai acontecer?
-    Justiça.
-    O crime não pode ser tolerado.
-    Os criminosos alimentam-se da indulgência e da compreensão da sociedade.
-    O seu mundo desde que a Sua Excelência adormeceu mudou muito.
-    Como assim?
-    As pessoas não acreditam em mortos vivos, nem magia, não acreditam que...explicando melhor em todos os teus poderes que desapareceram.
-    Aquelas Amazónias...
-    Pois eu sei algumas são de carne e osso outras são...
-    São quê?
-    Nada esqueça.
-    Voltando ao treino...
-    A morte dos seus filhos não foi culpa sua.
-    Mas sim do Rei e da sua Mãe.
-    A Rainha não pode alterar o facto da sua mãe os ter assassinado e de o Rei não se ter preocupado!
-    Ele só me foi ajudar.
-    Então e ela?
-    Ela estava possuída.
-    Isso detinha-a a si?
-    O treino não é nada, a vontade é que é tudo! 
-    A vontade de agir!
-    Renda-se!
-    Não, não me venceu.
-    Apenas abdicou uma posição de segurança pela hipótese de vencer.
-    Tantos anos e ainda erra.- disse ele empurrando-me para o rio.
-    Os braços aquecem sozinhos.
-    É mais forte que a sua mãe e o seu pai.
-    Não conheceu-os.
-    Mas conheço a raiva que a move.
-    Uma raiva impossível de estrangular o seu sofrimento.
-    Até a memoria dos seus entes queridos ser apenas...veneno nas suas veias.
-    E, um dia acaba por desejar que os seus pais e os seus entes mais próximos nunca tivessem existido para ser poupado do sofrimento.
-    Nem sempre vivi neste casarão aqui nos rochedos.
-    Já tive uma mulher.
-    O meu grande amor.
-    Mas ambos tornarmo-nos numa espécie de pessoas que se odeiam.
-    Tal como você, fui obrigado a aprender que há quem não tenha decência, que é preciso combatê-los sem hesitação, sem piedade.
-    A sua raiva dá-lhe um enorme poder...mas se o deixar, destrói-o.
-    Quase aconteceu comigo.
-    O que o impediu?
-    Vingança.
-    Isso não me vai ajudar.
-    Porquê, Rose ?
-    Por que não quer se vingar dos seus pais, quer dizer da sua mãe pois o seu pai morreu.
-    Ra'sum?- disse eu
-    Não pode liderar as tropas!
-    A ponto que esteja pronto para fazer o mal se for preciso!
-    E vou lidera-las para quê?!
-    Para morrerem em minutos!!
-    Como filha de França, a sua posição é atingir o coração da criminalidade.
-    Esta terra tornou-se numa caverna profunda e medonha de sofrimento e injustiça!
-    Vai deixa-la morrer?
-    Esta é a função mais importante da the league of shadows- liga das trevas.
-    Quer tornar-se num membro da liga do Inferno?
-    Sim.
-    Então venha.
-    Agora espere tenho mais um teste.
-    Tragam-me aquele Homem.
-    Ra´sum.
-    Mate-o!!
-    Tu não podes estar de acordo?
-    Ele salvou-me dos meus medos...
-    Lutarei sim mas não me tornarei num carrasco.
-    Rose  por favor!
-    ...para seu bem, não pode voltar atrás.
-    França tem de ser destruída!!
Antes de matar aquele agricultor com a espada lancei um ferro que estava num caldeirão com lava fazendo este pegar fogo.
-    O que esta a fazer?!
-    O que é necessário meu amigo.
-    Vamos Hollow!!
-    Desculpa Rose , mas eu não posso ir.- disse ele pois tinha ficado preso.
-    Hollow por favor!
-    Eu não posso.
-    Vai sem mim.
-    Hollow!!
-    Perdoa-me por me ter tornado assim
-    Vai!!
  Neste instante deu-se uma explosão e ele desapareceu naquele mar de chamas intensas. Eu não queria que isto lhe acontece-se, mas na vida não se pode controlar tudo a nossa volta. Atravessei a floresta toda de novo até ao meu esconderijo quando a 15 metros de distância apareceu o Orroz a dizer:
-    Vossa Majestade, esteve muito tempo ausente.
-    Pois estive.
-    Trago-lhe o seu cavalo.
-    Agradecida.
-    Fazer anos é fácil.
-    Basta viver!
-    Porque disse-te isso?
-    Por nada.
Enquanto andávamos ele disse-me que com o tempo que me ausentei tinha arranjado um plano que estava dando resultado e eu respondi no que estava pensando, tornar-me num símbolo...
-    Mostrarei as pessoas que a nossa terra não pertence
a criminosos.
-    Estas pessoas precisam de exemplos dramáticos...
-    E na pele de Rose  não poderei fazer.
-    Sou apenas uma mulher de carne e osso posso ser
ignorada ou destruída.
-    Mas enquanto símbolo posso ser incorruptível...eterno...
-    Que símbolo?
-    Algo aterrador.
-    Presumo que esse símbolo será uma identidade.
-    Para proteger quem gosta.
-    De certo modo, sim.
-    Ser mulher é lindo.
-    Basta saber!
-    O que queres dizer com isso?
-    Nada.
-    Só me responde a uma coisa.
-    Por que te viras-te contra mim?
-    Eu não sei.
E desvie-me dele deixando-o para trás não queria aproximar-me muito dele não queria sofrer e disse para mim:
Hoje eu sei porque fujo de ti, passo o meu tempo sem saber porque chegou o fim. Ainda sinto a tua presença talvez a dor da tua indiferença. Passo o tempo a temer eu não quero sofrer a dor de sentir que perdi...porque, eu não, sou capaz de fugir dos meus medos. Porque eu não sou capaz de ser feliz sem te ter aqui nem de esquecer o que senti por ti.
Serei capaz de perdoar quem não pensou em mim? Sempre esta duvida que atormenta o que resto de mim.
No dia seguinte:
-    Levarei um dos esquadrões que mais tempo treinaram e três das cavaleiras.
-    Eu vou contigo.
-    Não!!!
-    Mas Rose ...
-    Não ponto final.
-    Ser esposa é bom.
-    Basta amar!
-    Da outra vez ela ia conseguido matar-te.
-    Eu é que atacarei a tropa central!!
-    A tropa da Hera!
-    Orroz tu irás atacar as tropas que estão a norte, a Angel as que se encontram junto da fronteira.
-    A Cristina, a Joana e a Larissa viram comigo atacar a tropa central.
-    Vamos!!
Já depois de estarem todas as tropas ordenadas, saímos cada um para lados diferentes, mas quando ia chicotear meu cavalo para começar a galopar o Orroz pôs-se na minha frente com o seu cavalo impedindo-me de avançar e disse-me:
-    Se não nos voltarmos a ver quero que saibas que amo-te.- disse ele ao meu ouvido.
-    Oh, não...!- falei eu p'ra mim.
  E foi-se embora sem dizer mais nada galopando com as suas tropas para o norte. Tempo depois começou a nossa luta contra as tropas centrais. Só se via era espadas, mortos, sangue, os piores coisas e horrores que pode haver numa guerra.
Pior que isto não podia haver, mas enganei-me ela com aquelas flores com de sangue negro fez uma toxina e lançou-a durante a guerra. Todas as minhas guerreiras viraram-se contra mim, todas elas queriam me matar no meio dessa confusão fui ferida e por sorte não fui apanhada pela Hera.
Assobiei e em segundo apareceu o meu cavalo o Tornado, montei-o e sai dali o mais rápido que conseguia castigando o cavalo chicoteando-o...
  Quando cheguei o meu esconderijo tinha sido devastado e quase a morrer galopei por estradas até atravessei o rio da floresta malvada galope até chegar ao lugar onde estavam as minhas tropas mas estava fraca e acabei por cair do cavalo.
Ao acordar qual é o meu espanto ter acordado numa gruta subterrânea.
-    Não te assustes estas comigo.
-    Quem és tu?
-    Já não me conheces?
-    Hollow.
-    Pensei que tinhas morrido.
-    Ai....
-    Deita-te ainda não estas recuperada totalmente.
-    A quanto tempo tenho estado desmaiada?
-    Dois dias.
-    O teu estado quando te encontrei não era nada bom.
-    Detectei uma substancia no teu sangue.
-    Tens o antídoto?
-    Sim.
-    E será que consegues fazer mais?
-    Levará algum tempo.
-    Só mais uma coisa.
-    O Orroz também foi afectado?
-    Infelizmente sim.
-    Não fiques assim havemos de cura-lo.
-    Se for esse o destino.
-    Ser mãe é difícil.
-    Basta sofrer!
-    O que quereis dizer com isso?
-    Queremos derrotar a Hera não é?
-    Sim.
-    Então basta viver, basta saber, basta amar, basta sofrer.
-    Perdemos a batalha não a guerra.
-    Antes de me ir embora lembra-te que sempre que combateres com a Hera estarás combatendo com a tua mãe.- respondeu o Hollow.
-    Eu não tenho mais mãe, nem pai.- disse eu com raiva.
-    Desculpa Rose .
-    Não entendo porque tenho esta vida, só de sofrimento.
Deitei-me e só acordei dois dias depois, quando acordei vi que não era um sonho que era mesmo real. Com apenas três mil guerreiros e guerreiras sem comandantes ou capitães, não havia quem pudesse comanda-los e mesmo que se houve as nossas tropas não chegariam.
-    Estou a ver que estais desapontada.
-    Não é para mais, as cavaleiras viraram-se contra mim e o Orroz também.
-    Nestas condições só nos resta entregar-nos.
-    Foste tu mesma que uma vez disse que a esperança é a ultima a morrer.
-    Mas nesta situação não existe esperança.
-    Então treinaremos o povo.
-    Não!
-    Se o meu povo lutar muitas famílias ficaram destruídas, muitas crianças ficaram sem pais.
-    Rose  todos os reinos estão desmoronado!
-    Não, eu não arriscarei a vida do meu povo!
-    Já morreram muitas pessoas nas minhas mãos.
-    E se combater terei de matar o Rodrigo.
-    O que é que isso te custa?
-    Já matas-te as pessoas de quem gostavas antes.
-    Agora entendo que a vida não era assim como eu pensava e queria.
-    Já perdi os meus filhos os herdeiros da coroa quem eu amava não irei permitir que volte a cometer esses erros!
-    Tu não podes salvar o mundo!
-    E tu também não!
-    Eu não dediquei a minha a salvar o mundo...
-    Basta!!!
-    Esta conversa já esta passando das marcas!
-    Eu também acho, vou fazer mais antídoto...
-    Eu, eu...adeus.
O tempo passa por entre as minhas mãos e nada posso fazer para o impedir, e cada vez sinto mais a falta dele. Se tiver que lutar com ele irá custar-me imenso, até lá só alguns antídotos terão feitos.
  Quando num ápice caiu um raio a um metro de distancia a minha frente, curiosa fui espreitar e o que vi.
Uma caixa, quando abri era um fato, um modelo único trazido de um futuro muito distante de uma tecnologia muitíssima avançada. Que dizia:
  Só o podes usar em caso de emergência!
Então enterrei-o na floresta profunda e voltei...quando, cheguei fui ver como estava indo os antídotos.
-    Como está isso?
-    Já consegui fazer seis antídotos.
-    Ainda bem...
-    Porquê?
-    Amanhã ao amanhecer atacaremos...
-    Rose , não temos pessoas que cheguem para lutar!
-    Quem disse que vamos lutar?
-    Disse-te que íamos atacar...
-    A única coisa que vamos fazer é resgatar o Orroz e as cinco Cavaleiras.
Não havia maneira do tempo passar, andava de um lado para outro, contando cada minuto, cada segundo para o amanhecer.
-    A calma-te Rose .
-    Isso é facial dizer.
-    Daqui a pouco gastas o chão.
-    Para com isso, Hollow.
-    Vês consegui pôr-te a rir.
-    Ainda falta muito para o amanhecer?
-    Três horas.
-    É melhor descansares um pouco.
Eu fui mas, de nada adiantou cada vez ficava pior, ao ver que estava chegando a hora do encontro, então comecei a dizer algo para me distrair.
Estás aqui, mas tão ausente, junto a mim, mas tão distante. O teu beijo já não é igual apagou-se o fogo no teu olhar estou nos teus braços mas afinal estamos tão distantes como o céu e o mar. Eu não consigo chegar a ti não posso chegar a ti. Uma tristeza de quem já não tem certezas, e o teu coração noutro lugar, no teu mundo onde só há um fim e eu não tenho como te fazer voltar.
  Até que por fim o momento chegou, montei no cavalo e o Hollow no seu e saímos em direcção onde estavam as cinco Cavaleiras e o Orroz.
-    Rose  temos que ter cuidado agora.- disse o Hollow em voz baixa.
-    Ali está a porta de entrada da prisão.
-    Cá para mim isto está sendo fácil demais.
-    Anda Rose  temos de aproveitar.
-    O pior já se passou que foi conseguir entrar aqui.
-    Olha ali mais a frente esta o Orroz.- disse eu.
-    Então tu vais dar-lhe o antídoto eu vou dar-lhes a elas.
-    Hollow olha que elas são...são...
-    Deixa-te disso.
-    Tu é que sabes.
-    Boa sorte para os dois.
Eu peguei no antídoto e andei na direcção da cela do Rodrigo quer dizer do Orroz, enquanto o Hollow foi na direcção das cinco Cavaleiras. Quando olhei vi-o estendido no chão, com aquela agonia a única coisa que eu via era salva-lo de qualquer forma de qualquer maneira, custa-se o que se custa-se.
Até que abrir a cela, foi fácil dar-lhe o antídoto também, só que ele não acordava. Então pega-mos nele e levamo-lo, as Cavaleiras estavam melhor e saíram pelo o próprio pé até ao esconderijo.
Quando chegamos ele continuava na mesma durante dois dias seguidos não sai de perto dele. Esperando que se acorda-, mas nada, decidi ir apanhar ar. Ao chegar vi que estavam diferentes e foi quando ouvi:
-    Rose !!
-    Dacurd?
-    Dacurd o teu futuro marido.
-    Marido?
-    Eu  estou te oferecendo uma oportunidade de casas-te comigo.
-    Mas o que vem a ser isto?!
-    Casa-te comigo se não eles os dois morrem.
-    Tragam-nos!! 
-    Orroz e Hollow?
-    Não, Rose  não o ouças!- gritou o Rodrigo.
-    Não deites a tua vida fora por minha causa- disse o Hollow.
-    Bate-lhes!!
-    Para, não podes fazer isso!
-    Que piada já fiz.
-    Magoaste-os!!
-    Vais pagar por isto!
-    Dou-te um dia para te decidires.
-    Tu achas mesmo que me podes vencer?!
-    Vais querer ser culpada da morte de dois inocentes, na tua consciência?
-    Não, não os mates!
-    Que cena, levem-na!
-    Rose  não!!- gritou o Orroz.
-    Seu...- disse o Orroz.
-    Se me amas não digas mais nada, Orroz.
Durante a noite pensei se casava ou não. Mas por um lado eu ficarei de mãos atadas, por outro sacrificarei dois inocentes, de que vale. Amanha de manhã terei o meu destino traçado escolha uma coisa ou outra. Nunca pensei que um dia isto haveria de me acontecer, parece que quando queremos que as horas passam devagar elas passam depressa, chegou a hora da morte.
-    Já te decidis-te?
-    Eu caso-me com você.
-    Rose  não!!
-    Agora liberta-os!
-    Não!
-    Hera!!
-    Isto só pode ser obra tua!
-    Bem que eu desconfiava!!
-    Salva-los foi muito fácil.
-    Eu não acredito nisto!!
-    Vá levanta-te e para de chorar!!
-    Tire as patas de cima de mim.
-    Não sejas assim se não...morrem!
-    Mas agora quem não te quer mais sou eu.
-    Depois disto...
-    Agora o que farei contigo, Vossa Alteza?
-    Tens alguma ultima vontade?
-    Casar-me contigo.
-    Está bem.
-    Casamo-nos já amanhã.
-    Desculpa Rose - disseram os dois.
-    Levem-nos...
-    Sim Dacurd.
Já depois do casamento...estava eu novamente na janela a olhar o que estavam fazendo ao Orroz tanta tortura, e disse para mim mesma:
  É a noite que caminha o fantasma do passado, um amor que não chegou. Para ganhar estou a perder, o teu nome acabou...Vou sonhar para me encontrar contigo e acordar sem de nada me lembrar. Para nada me lembrar, o teu nome! Vou esquecer uma história já antiga, acordar sem ter nada para contar, para nada me lembrar, o teu nome!
-    Gostas do que estas vendo?
-    Monstro!
-    Nunca irei deixar que me toque!
-    Veneno, és um veneno!!
-    Cobarde, tens sido um cobarde...!
-    Fica ai a ver o teu amor sofrer por tua causa!- respondeu-me o Dacurd.
O Orroz olhou para mim e eu para ele e dissemos:
Quem me diria que no teu olhar, me perderia nesse mar. Quem me disse-se que esses olhos são mais que promessas, perdição.
Já não sei quem eu sou, como tudo começou, mas sem ti, já nada faz sentido! Sei que vou mais além do que manda a própria lei!! Só sei que tu iluminas o meu coração, mas os teus olhos sei que são:
-    A minha perdição!!
-    Quanto tempo irá isto durar?- perguntei-me eu.
Minutos, dias e horas se passaram e o pior ainda estava para vir quando o Dacurd entrou deu-me logo um arrepio.
-    Quero um herdeiro.
-    Eu não devo ter ouvindo-o bem.
-    Ou isso ou eles morrem.
-    Eu não acredito mais em ti.
-    Não acreditas é?!
-    Carrasco!!
-    Traz-me o Orroz.
-    Aqui o tem.
O Orroz era aquele que mais sofria nas mãos do Dacurd, o Orroz estava bastante ferido. Então o Dacurd aproveitou-se disso pegou na espada e começou a passa-la pelas costas do Orroz fazendo assim começar a deitar sangue. E eu a ver aquilo sem poder fazer nada, vê-lo a sofrer perante mim, eu ali acorrentada querendo ajuda-lo.
  Quanto mais puxava mais me feria até ter que dizer que sim aceitava dar-lhe um herdeiro mais com uma condição, primeiro eu iria dar uma volta até a floresta. Com muito dificuldade, consegui convence-lo. Entretanto no dia seguinte eu era para ir até a floresta, mas começou a chover torrencialmente e fiquei toda molhada apanhando assim uma constipação e uma enorme gripe.
-    Olhem só ficas-te doentinha?
-    Deixa estar eu cuidarei de ti.
-    Não, eu não te quero aqui Dacurd!
-    Não estas em condições de reclamar.
-    Tudo bem vou ver como esta o teu amado.
-    Não...!!
-    Eu tenho que conseguir ir até a floresta...- disse eu para mim mesma.
Levantei-me silenciosamente conseguindo assim montar o Tornado e cavalgar até a floresta, só que eu tinha simulado um desaparecimento. PasRose m-se dois dias e eu tinha sido dada coma desaparecida. Então vesti o meu fato, coloquei a minha mascara o cinto com tudo o que precisava e regressei ao Reinado do Dacurd.
-    Aquela Rose  vai mas pagar!
-    Encontrem-na!!
Quando apareci assim saída do nada assustei todos que a minha frente se punham e só se ouvia gritar:
-    Fujam, esta um demónio a solta!
-    Um demónio não, uma lenda!!
-    Soltem já o Orroz e o Hollow!!
-    Sim...
-    Quem és tu??- perguntou o Dacurd.
-    O teu pior pesadelo, Dacurd!
-    De onde saíste tu?
-    Fui criada para derrotar o Inferno!
-    Nunca irá conseguir.
-    Até já esqueças o passado, se te perguntarei se estive ausente, vão ouvir dizer que não me vendo nem me dou a toda a gente!
-    Orroz, Hollow venham.
-    Quem é você?
-    Falaremos disso mais tarde.
-    Orroz consegues montar?
-    Acho que sim.
-    Então vamos.
-    Adeus Dacurd, até breve.
E sai dali o mais rápido, em direcção da gruta, quando cheguei o Orroz caiu do cavalo e perdeu os sentidos cuidei dele e então contei ao Hollow o seguinte:
-    Eu sou uma amiga da Rainha.
-    Sabe da Rainha?
-    Não se preocupe ela está bem.
-    Mas vem-se que já tem uma atracão por ele.
-    Tenha cuidado ela gosta dele.
-    Não se preocupe eu sei disso.
-    Rose  perdoa-me, Rose ...- estava dizendo o Orroz delirando.
-    Tenha calma Orroz ela não esta aqui.
-    Vou apanhar um pouco de ar fresco.
-    Está bem Hollow.
-    Se te perguntarei se estive ausente.
-    Vão ouvir dizer que não me vendo, nem me dou a toda a gente!
-    Afinal quem és tu?
-    Uma pessoa igual a ti.
-    Toma conta dele eu vou me embora, mas antes vou chamar a Rainha.
Fui me embora, escondi o fato no mesmo sítio, e minutos depois apareci, com aquele ar de nada saber ou...
-    Rainha?
-    Pensava que tinha morrido.
-    Eu não, mas o Rodrigo é que esta mais para lá que para cá.
-    Tomarei conta dele, agora tu vais voltar a ser o Cavaleiro Hollow e vais entregar este bilhete as Cavaleiras.
-    Elas ainda estão escondidas no antigo esconderijo.
-    Rose , se a Hera e ele se juntaram porque razão só prenderam nós os dois?
-    Se eles querem destruir-te também deviam ter aprisionado todas as pessoas que estavam no esconderijo, incluindo as Cavaleiras.
-    Eles querem-se vingar do mundo pelo o que lhes aconteceu na vida.
-    E eu sou contra isso, estas pessoas não têm nada a ver com isso.
-    Só vocês é que foram presos porque são os meus mais chegados.
-    Tudo o que vos façam...já perdi toda a minha família tudo o que tinha de mais importante agora não quero perder o que ainda me resta.
-    E já agora pergunta-lhes como esta o povo e traz-me um médico.
-    Agora vai!
-    Orroz o que te fizeram.
-    Perdoa-me...
-    Não fales Orroz, descansa estás muito fraco.
-    O Hollow já ai virá com o médico. 

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