- Numa lenda,
Majestade.
- Se quer atingir
alguns objectivos, há uma rara flor cor de sangue negro que cresce nas
profundezas da floresta.
- Apanhe uma
dessas flores.
- Se conseguir leva-la
até aos rochedos mais altos que existem na floresta, poderá encontrar o que
sempre procurou.
- E o que procuro
eu?
- Só vós pode
sabê-lo.
- O que queria
aquele homem, Rose ?
- Que encontre
uma flor cor de sangue negro e lhe leve.
- Eu faço isso.
- Está bem.
- Se pensa que o
vou deixar ir sozinho esta profundamente enganado.- disse eu para mim mesma.
- Chame-me a
Angel e as cinco.
- Elas aqui estão.
- Obrigada.
- E já agora sela
o meu cavalo.
- Eu quero nomear
vos amigas da corte.
- A Vânia será
ainda nomeada mensageiro.
- Enquanto a
Magda será nomeada conselheiro.
- E ainda também
serão nomeadas as cincos e incluído a Angel Cavaleiras.
- Rose o seu cavalo.
- Quero que
fiquem comandando as tropas e treinem-nas.
- E nada de
conflitos entre vocês as duas.
- Quem eu?-
respondeu a Cristina.
- Sim, tu e a
Nicole.
O mascarado já
tinha, apanho aquela flor e agora estava chegando aos rochedos quando viu uma
mansão e entrou. Depois de entrar uns homens deslocaram-se para lhe bater...
- Esperem.
- Procuro um meio
de ajudar a Rainha a combater a injustiça, para aterrorizar aqueles que atacam
os mais fracos.
- Tome aqui tem a
flor.
- Para manipular
o terror dos outros, primeiro há que domar o nosso.
- Pela Rainha
faço tudo.
- Então esta
pronto?
- Mas mal me
aguento de pé.
- A morte não
espera até que esteja preparado!!
- A morte não é
nem complacente, nem justa!!
A porta abriu-se e até fez barulho e apareci eu em cima do
cavalo este todo levantado e gritei:
- Para Hollow!!!
- Sai da frente.
- Hollow
lembra-te de que somos parentes!
- Ele não tem que
aguentar este treino!
- A escolhida sou
eu!!
- Rose eu não preciso que me estejas sempre
a proteger.
- Orroz este
treino não é para ser feito em ti,
mas sim em mim.
- Pega no meu
cavalo e volta.
- Rose eu...
- Esquece, tens
alguma razão.
- Toma conta das
tropas enquanto estiver fora.
- Sim, Majestade.
- Já sei isso que
lhe disse-te.
- Não te iludas,
aqui enfrenta-se mesmo a morte.
- Sem qualquer
poderes sem nada.
- Porque é que
não me atacar.
- Esta com medo
mas não é de mim?
- Diga-nos o que
receia.
- Ainda se sente
culpado pela morte dos seus filhos?
- A raiva supera
o remoço.
- Aprendeu a
esconder o remoço com a raiva.
- Venha.
- Ensiná-la-ei a
esconder a enfrentar a verdade, mas não hoje.
Entretanto os horas iam passando e com isso uns aninhos
desde que eu tinha ido para esse sítio, mas a vida no meu esconderijo
continuava atacando um de cada vez os esquadrões de Hera, porque aqueles
eram novas guerreiras que ela tinha novamente
aprisionado.
- Consegue enfrentar
seis pessoas ou sessenta.
- Sabe como
desaparecer.
- Ensiná-la-emos
a tornar-se invisível.
- Tenha sempre
atenção ao que o rodeia.
- Tem de se
tornar mais que uma pessoa na mente do seu opositor.
- Espere antes de
continuar o treino...
- Quem é aquele?
- Era um
agricultor que depois tornou-se um assassino.
- O que lhe vai
acontecer?
- Justiça.
- O crime não
pode ser tolerado.
- Os criminosos
alimentam-se da indulgência e da compreensão da sociedade.
- O seu mundo desde
que a Sua Excelência adormeceu mudou muito.
- Como assim?
- As pessoas não
acreditam em mortos vivos, nem magia, não acreditam que...explicando melhor em
todos os teus poderes que desapareceram.
- Aquelas Amazónias...
- Pois eu sei
algumas são de carne e osso outras são...
- São quê?
- Nada esqueça.
- Voltando ao
treino...
- A morte dos
seus filhos não foi culpa sua.
- Mas sim do Rei
e da sua Mãe.
- A Rainha não
pode alterar o facto da sua mãe os ter assassinado e de o Rei não se ter
preocupado!
- Ele só me foi
ajudar.
- Então e ela?
- Ela estava possuída.
- Isso detinha-a
a si?
- O treino não é
nada, a vontade é que é tudo!
- A vontade de
agir!
- Renda-se!
- Não, não me
venceu.
- Apenas abdicou
uma posição de segurança pela hipótese de vencer.
- Tantos anos e
ainda erra.- disse ele empurrando-me para o rio.
- Os braços
aquecem sozinhos.
- É mais forte
que a sua mãe e o seu pai.
- Não
conheceu-os.
- Mas conheço a
raiva que a move.
- Uma raiva
impossível de estrangular o seu sofrimento.
- Até a memoria
dos seus entes queridos ser apenas...veneno nas suas veias.
- E, um dia acaba
por desejar que os seus pais e os seus entes mais próximos nunca tivessem
existido para ser poupado do sofrimento.
- Nem sempre vivi
neste casarão aqui nos rochedos.
- Já tive uma
mulher.
- O meu grande
amor.
- Mas ambos tornarmo-nos
numa espécie de pessoas que se odeiam.
- Tal como você,
fui obrigado a aprender que há quem não tenha decência, que é preciso
combatê-los sem hesitação, sem piedade.
- A sua raiva
dá-lhe um enorme poder...mas se o deixar, destrói-o.
- Quase aconteceu
comigo.
- O que o
impediu?
- Vingança.
- Isso não me vai
ajudar.
- Porquê, Rose ?
- Por que não
quer se vingar dos seus pais, quer dizer da sua mãe pois o seu pai morreu.
- Ra'sum?- disse
eu
- Não pode
liderar as tropas!
- A ponto que
esteja pronto para fazer o mal se for preciso!
- E vou
lidera-las para quê?!
- Para morrerem em minutos!!
- Para morrerem em minutos!!
- Como filha de
França, a sua posição é atingir o coração da criminalidade.
- Esta terra
tornou-se numa caverna profunda e medonha de sofrimento e injustiça!
- Vai deixa-la
morrer?
- Esta é a função
mais importante da the league of shadows-
liga das trevas.
- Quer tornar-se
num membro da liga do Inferno?
- Sim.
- Então venha.
- Agora espere
tenho mais um teste.
- Tragam-me
aquele Homem.
- Ra´sum.
- Mate-o!!
- Tu não podes
estar de acordo?
- Ele salvou-me
dos meus medos...
- Lutarei sim mas
não me tornarei num carrasco.
- Rose por favor!
- ...para seu
bem, não pode voltar atrás.
- França tem de
ser destruída!!
Antes de matar aquele agricultor com a espada lancei um
ferro que estava num caldeirão com lava fazendo este pegar fogo.
- O que esta a
fazer?!
- O que é necessário
meu amigo.
- Vamos Hollow!!
- Desculpa Rose ,
mas eu não posso ir.- disse ele pois tinha ficado preso.
- Hollow por
favor!
- Eu não posso.
- Vai sem mim.
- Hollow!!
- Perdoa-me por
me ter tornado assim
- Vai!!
Neste instante
deu-se uma explosão e ele desapareceu naquele mar de chamas intensas. Eu não
queria que isto lhe acontece-se, mas na vida não se pode controlar tudo a nossa
volta. Atravessei a floresta toda de novo até ao meu esconderijo quando a 15
metros de distância apareceu o Orroz a dizer:
- Vossa
Majestade, esteve muito tempo ausente.
- Pois estive.
- Trago-lhe o seu
cavalo.
- Agradecida.
- Fazer anos é fácil.
- Basta viver!
- Porque disse-te
isso?
- Por nada.
Enquanto andávamos ele disse-me que com o tempo que me
ausentei tinha arranjado um plano que estava dando resultado e eu respondi no
que estava pensando, tornar-me num símbolo...
- Mostrarei as
pessoas que a nossa terra não pertence
a criminosos.
- Estas pessoas
precisam de exemplos dramáticos...
- E na pele de Rose
não poderei fazer.
- Sou apenas uma
mulher de carne e osso posso ser
ignorada ou destruída.
- Mas enquanto
símbolo posso ser incorruptível...eterno...
- Que símbolo?
- Algo aterrador.
- Presumo que
esse símbolo será uma identidade.
- Para proteger
quem gosta.
- De certo modo,
sim.
- Ser mulher é
lindo.
- Basta saber!
- O que queres
dizer com isso?
- Nada.
- Só me responde
a uma coisa.
- Por que te
viras-te contra mim?
- Eu não sei.
E desvie-me dele deixando-o para trás não queria
aproximar-me muito dele não queria sofrer e disse para mim:
Hoje eu sei porque fujo de ti, passo o meu tempo sem
saber porque chegou o fim. Ainda sinto a tua presença talvez a dor da tua
indiferença. Passo o tempo a temer eu não quero sofrer a dor de sentir que
perdi...porque, eu não, sou capaz de fugir dos meus medos. Porque eu não sou
capaz de ser feliz sem te ter aqui nem de esquecer o que senti por ti.
Serei capaz de perdoar quem não pensou em mim? Sempre
esta duvida que atormenta o que resto de mim.
No dia seguinte:
- Levarei um dos esquadrões
que mais tempo treinaram e três das cavaleiras.
- Eu vou contigo.
- Não!!!
- Mas Rose ...
- Não ponto
final.
- Ser esposa é
bom.
- Basta amar!
- Da outra vez
ela ia conseguido matar-te.
- Eu é que
atacarei a tropa central!!
- A tropa da
Hera!
- Orroz tu irás
atacar as tropas que estão a norte, a Angel as que se encontram junto da
fronteira.
- A Cristina, a
Joana e a Larissa viram comigo atacar a tropa central.
- Vamos!!
Já depois de estarem todas as tropas ordenadas, saímos
cada um para lados diferentes, mas quando ia chicotear meu cavalo para começar
a galopar o Orroz pôs-se na minha frente com o seu cavalo impedindo-me de
avançar e disse-me:
- Se não nos
voltarmos a ver quero que saibas que amo-te.- disse ele ao meu ouvido.
- Oh, não...!-
falei eu p'ra mim.
E foi-se embora
sem dizer mais nada galopando com as suas tropas para o norte. Tempo depois
começou a nossa luta contra as tropas centrais. Só se via era espadas, mortos, sangue,
os piores coisas e horrores que pode haver numa guerra.
Pior que isto não podia haver, mas enganei-me ela com
aquelas flores com de sangue negro fez uma toxina e lançou-a durante a guerra.
Todas as minhas guerreiras viraram-se contra mim, todas elas queriam me matar
no meio dessa confusão fui ferida e por sorte não fui apanhada pela Hera.
Assobiei e em segundo apareceu o meu cavalo o Tornado,
montei-o e sai dali o mais rápido que conseguia castigando o cavalo
chicoteando-o...
Quando cheguei o
meu esconderijo tinha sido devastado e quase a morrer galopei por estradas até
atravessei o rio da floresta malvada galope até chegar ao lugar onde estavam as
minhas tropas mas estava fraca e acabei por cair do cavalo.
Ao acordar qual é o meu espanto ter acordado numa gruta subterrânea.
- Não te assustes
estas comigo.
- Quem és tu?
- Já não me
conheces?
- Hollow.
- Pensei que
tinhas morrido.
- Ai....
- Deita-te ainda
não estas recuperada totalmente.
- A quanto tempo
tenho estado desmaiada?
- Dois dias.
- O teu estado
quando te encontrei não era nada bom.
- Detectei uma
substancia no teu sangue.
- Tens o
antídoto?
- Sim.
- E será que
consegues fazer mais?
- Levará algum
tempo.
- Só mais uma
coisa.
- O Orroz também
foi afectado?
- Infelizmente
sim.
- Não fiques
assim havemos de cura-lo.
- Se for esse o
destino.
- Ser mãe é difícil.
- Basta sofrer!
- O que quereis
dizer com isso?
- Queremos
derrotar a Hera não é?
- Sim.
- Então basta
viver, basta saber, basta amar, basta sofrer.
- Perdemos a
batalha não a guerra.
- Antes de me ir
embora lembra-te que sempre que combateres com a Hera estarás combatendo com a
tua mãe.- respondeu o Hollow.
- Eu não tenho
mais mãe, nem pai.- disse eu com raiva.
- Desculpa Rose .
- Não entendo
porque tenho esta vida, só de sofrimento.
Deitei-me e só acordei dois dias depois, quando acordei vi
que não era um sonho que era mesmo real. Com apenas três mil guerreiros e
guerreiras sem comandantes ou capitães, não havia quem pudesse comanda-los e
mesmo que se houve as nossas tropas não chegariam.
- Estou a ver que
estais desapontada.
- Não é para
mais, as cavaleiras viraram-se contra mim e o Orroz também.
- Nestas
condições só nos resta entregar-nos.
- Foste tu mesma
que uma vez disse que a esperança é a ultima a morrer.
- Mas nesta
situação não existe esperança.
- Então
treinaremos o povo.
- Não!
- Se o meu povo
lutar muitas famílias ficaram destruídas, muitas crianças ficaram sem pais.
- Rose todos os reinos estão desmoronado!
- Não, eu não arriscarei
a vida do meu povo!
- Já morreram
muitas pessoas nas minhas mãos.
- E se combater
terei de matar o Rodrigo.
- O que é que
isso te custa?
- Já matas-te as
pessoas de quem gostavas antes.
- Agora entendo
que a vida não era assim como eu pensava e queria.
- Já perdi os
meus filhos os herdeiros da coroa quem eu amava não irei permitir que volte a
cometer esses erros!
- Tu não podes
salvar o mundo!
- E tu também
não!
- Eu não dediquei
a minha a salvar o mundo...
- Basta!!!
- Esta conversa
já esta passando das marcas!
- Eu também acho,
vou fazer mais antídoto...
- Eu, eu...adeus.
O tempo passa por entre as minhas mãos e nada posso fazer
para o impedir, e cada vez sinto mais a falta dele. Se tiver que lutar com ele
irá custar-me imenso, até lá só alguns antídotos terão feitos.
Quando num ápice
caiu um raio a um metro de distancia a minha frente, curiosa fui espreitar e o
que vi.
Uma caixa, quando abri era um fato, um modelo único
trazido de um futuro muito distante de uma tecnologia muitíssima avançada. Que
dizia:
Só o podes usar
em caso de emergência!
Então enterrei-o na floresta profunda e voltei...quando,
cheguei fui ver como estava indo os antídotos.
- Como está isso?
- Já consegui
fazer seis antídotos.
- Ainda bem...
- Porquê?
- Amanhã ao
amanhecer atacaremos...
- Rose , não
temos pessoas que cheguem para lutar!
- Quem disse que
vamos lutar?
- Disse-te que íamos
atacar...
- A única coisa
que vamos fazer é resgatar o Orroz e as cinco Cavaleiras.
Não havia maneira do tempo passar, andava de um lado para
outro, contando cada minuto, cada segundo para o amanhecer.
- A calma-te Rose
.
- Isso é facial
dizer.
- Daqui a pouco
gastas o chão.
- Para com isso,
Hollow.
- Vês consegui
pôr-te a rir.
- Ainda falta
muito para o amanhecer?
- Três horas.
- É melhor
descansares um pouco.
Eu fui mas, de nada adiantou cada vez ficava pior, ao ver
que estava chegando a hora do encontro, então comecei a dizer algo para me
distrair.
Estás aqui, mas tão ausente, junto a mim, mas tão
distante. O teu beijo já não é igual apagou-se o fogo no teu olhar estou nos
teus braços mas afinal estamos tão distantes como o céu e o mar. Eu não consigo
chegar a ti não posso chegar a ti. Uma tristeza de quem já não tem certezas, e
o teu coração noutro lugar, no teu mundo onde só há um fim e eu não tenho como
te fazer voltar.
Até que por fim o
momento chegou, montei no cavalo e o Hollow no seu e saímos em direcção onde
estavam as cinco Cavaleiras e o Orroz.
- Rose temos que ter cuidado agora.- disse o Hollow
em voz baixa.
- Ali está a
porta de entrada da prisão.
- Cá para mim
isto está sendo fácil demais.
- Anda Rose temos de aproveitar.
- O pior já se
passou que foi conseguir entrar aqui.
- Olha ali mais a
frente esta o Orroz.- disse eu.
- Então tu vais
dar-lhe o antídoto eu vou dar-lhes a elas.
- Hollow olha que
elas são...são...
- Deixa-te disso.
- Tu é que sabes.
- Boa sorte para
os dois.
Eu peguei no antídoto e andei na direcção da cela do
Rodrigo quer dizer do Orroz, enquanto o Hollow foi na direcção das cinco
Cavaleiras. Quando olhei vi-o estendido no chão, com aquela agonia a única
coisa que eu via era salva-lo de qualquer forma de qualquer maneira, custa-se o
que se custa-se.
Até que abrir a cela, foi fácil dar-lhe o antídoto também,
só que ele não acordava. Então pega-mos nele e levamo-lo, as Cavaleiras estavam
melhor e saíram pelo o próprio pé até ao esconderijo.
Quando chegamos ele continuava na mesma durante dois dias
seguidos não sai de perto dele. Esperando que se acorda-, mas nada, decidi ir
apanhar ar. Ao chegar vi que estavam diferentes e foi quando ouvi:
- Rose !!
- Dacurd?
- Dacurd o teu
futuro marido.
- Marido?
- Eu estou te oferecendo uma oportunidade de
casas-te comigo.
- Mas o que vem a
ser isto?!
- Casa-te comigo
se não eles os dois morrem.
-
Tragam-nos!!
- Orroz e Hollow?
- Não, Rose não o ouças!- gritou o Rodrigo.
- Não deites a
tua vida fora por minha causa- disse o Hollow.
- Bate-lhes!!
- Para, não podes
fazer isso!
- Que piada já
fiz.
- Magoaste-os!!
- Vais pagar por
isto!
- Dou-te um dia
para te decidires.
- Tu achas mesmo
que me podes vencer?!
- Vais querer ser
culpada da morte de dois inocentes, na tua consciência?
- Não, não os
mates!
- Que cena,
levem-na!
- Rose não!!- gritou o Orroz.
- Seu...- disse o
Orroz.
- Se me amas não
digas mais nada, Orroz.
Durante a noite pensei se casava ou não. Mas por um lado
eu ficarei de mãos atadas, por outro sacrificarei dois inocentes, de que vale. Amanha
de manhã terei o meu destino traçado escolha uma coisa ou outra. Nunca pensei
que um dia isto haveria de me acontecer, parece que quando queremos que as
horas passam devagar elas passam depressa, chegou a hora da morte.
- Já te decidis-te?
- Eu caso-me com
você.
- Rose não!!
- Agora
liberta-os!
- Não!
- Hera!!
- Isto só pode
ser obra tua!
- Bem que eu
desconfiava!!
- Salva-los foi
muito fácil.
- Eu não acredito
nisto!!
- Vá levanta-te e
para de chorar!!
- Tire as patas
de cima de mim.
- Não sejas assim
se não...morrem!
- Mas agora quem
não te quer mais sou eu.
- Depois disto...
- Agora o que
farei contigo, Vossa Alteza?
- Tens alguma
ultima vontade?
- Casar-me
contigo.
- Está bem.
- Casamo-nos já
amanhã.
- Desculpa Rose -
disseram os dois.
- Levem-nos...
- Sim Dacurd.
Já depois do casamento...estava eu novamente na janela a
olhar o que estavam fazendo ao Orroz tanta tortura, e disse para mim mesma:
É a noite que
caminha o fantasma do passado, um amor que não chegou. Para ganhar estou a
perder, o teu nome acabou...Vou sonhar para me encontrar contigo e acordar sem
de nada me lembrar. Para nada me lembrar, o teu nome! Vou esquecer uma história
já antiga, acordar sem ter nada para contar, para nada me lembrar, o teu nome!
- Gostas do que
estas vendo?
- Monstro!
- Nunca irei
deixar que me toque!
- Veneno, és um
veneno!!
- Cobarde, tens
sido um cobarde...!
- Fica ai a ver o
teu amor sofrer por tua causa!- respondeu-me o Dacurd.
O Orroz olhou para mim e eu para ele e dissemos:
Quem me diria que no teu olhar, me perderia nesse mar.
Quem me disse-se que esses olhos são mais que promessas, perdição.
Já não sei quem eu sou, como tudo começou, mas sem ti,
já nada faz sentido! Sei que vou mais além do que manda a própria lei!! Só sei
que tu iluminas o meu coração, mas os teus olhos sei que são:
- A minha
perdição!!
- Quanto tempo
irá isto durar?- perguntei-me eu.
Minutos, dias e horas se passaram e o pior ainda estava
para vir quando o Dacurd entrou deu-me logo um arrepio.
- Quero um
herdeiro.
- Eu não devo ter
ouvindo-o bem.
- Ou isso ou eles
morrem.
- Eu não acredito
mais em ti.
- Não acreditas
é?!
- Carrasco!!
- Traz-me o Orroz.
- Aqui o tem.
O Orroz era aquele que mais sofria nas mãos do Dacurd, o
Orroz estava bastante ferido. Então o Dacurd aproveitou-se disso pegou na
espada e começou a passa-la pelas costas do Orroz fazendo assim começar a
deitar sangue. E eu a ver aquilo sem poder fazer nada, vê-lo a sofrer perante
mim, eu ali acorrentada querendo ajuda-lo.
Quanto mais puxava
mais me feria até ter que dizer que sim aceitava dar-lhe um herdeiro mais com
uma condição, primeiro eu iria dar uma volta até a floresta. Com muito
dificuldade, consegui convence-lo. Entretanto no dia seguinte eu era para ir
até a floresta, mas começou a chover torrencialmente e fiquei toda molhada
apanhando assim uma constipação e uma enorme gripe.
- Olhem só
ficas-te doentinha?
- Deixa estar eu
cuidarei de ti.
- Não, eu não te
quero aqui Dacurd!
- Não estas em
condições de reclamar.
- Tudo bem vou
ver como esta o teu amado.
- Não...!!
- Eu tenho que
conseguir ir até a floresta...- disse eu para mim mesma.
Levantei-me silenciosamente conseguindo assim montar o
Tornado e cavalgar até a floresta, só que eu tinha simulado um desaparecimento.
PasRose m-se dois dias e eu tinha sido dada coma desaparecida. Então vesti o
meu fato, coloquei a minha mascara o cinto com tudo o que precisava e regressei
ao Reinado do Dacurd.
- Aquela Rose vai mas pagar!
- Encontrem-na!!
Quando apareci assim saída do nada assustei todos que a
minha frente se punham e só se ouvia gritar:
- Fujam, esta um
demónio a solta!
- Um demónio não,
uma lenda!!
- Soltem já o
Orroz e o Hollow!!
- Sim...
- Quem és tu??-
perguntou o Dacurd.
- O teu pior
pesadelo, Dacurd!
- De onde saíste
tu?
- Fui criada para
derrotar o Inferno!
- Nunca irá
conseguir.
- Até já esqueças
o passado, se te perguntarei se estive ausente, vão ouvir dizer que não
me vendo nem me dou a toda a gente!
- Orroz, Hollow
venham.
- Quem é você?
- Falaremos disso
mais tarde.
- Orroz consegues
montar?
- Acho que sim.
- Então vamos.
- Adeus Dacurd, até
breve.
E sai dali o mais rápido, em direcção da gruta, quando
cheguei o Orroz caiu do cavalo e perdeu os sentidos cuidei dele e então contei
ao Hollow o seguinte:
- Eu sou uma
amiga da Rainha.
- Sabe da Rainha?
- Não se preocupe
ela está bem.
- Mas vem-se que
já tem uma atracão por ele.
- Tenha cuidado
ela gosta dele.
- Não se preocupe
eu sei disso.
- Rose perdoa-me, Rose ...- estava dizendo o Orroz delirando.
- Tenha calma
Orroz ela não esta aqui.
- Vou apanhar um
pouco de ar fresco.
- Está bem
Hollow.
- Se te
perguntarei se estive ausente.
- Vão ouvir dizer
que não me vendo, nem me dou a toda a gente!
- Afinal quem és
tu?
- Uma pessoa
igual a ti.
- Toma conta dele
eu vou me embora, mas antes vou chamar a Rainha.
Fui me embora, escondi o fato no mesmo sítio, e minutos
depois apareci, com aquele ar de nada saber ou...
- Rainha?
- Pensava que
tinha morrido.
- Eu não, mas o
Rodrigo é que esta mais para lá que para cá.
- Tomarei conta
dele, agora tu vais voltar a ser o Cavaleiro Hollow e vais entregar este
bilhete as Cavaleiras.
- Elas ainda
estão escondidas no antigo esconderijo.
- Rose , se a
Hera e ele se juntaram porque razão só prenderam nós os dois?
- Se eles querem
destruir-te também deviam ter aprisionado todas as pessoas que estavam no
esconderijo, incluindo as Cavaleiras.
- Eles querem-se
vingar do mundo pelo o que lhes aconteceu na vida.
- E eu sou contra
isso, estas pessoas não têm nada a ver com isso.
- Só vocês é que
foram presos porque são os meus mais chegados.
- Tudo o que vos
façam...já perdi toda a minha família tudo o que tinha de mais importante agora
não quero perder o que ainda me resta.
- E já agora
pergunta-lhes como esta o povo e traz-me um médico.
- Agora vai!
- Orroz o que te
fizeram.
- Perdoa-me...
- Não fales
Orroz, descansa estás muito fraco.
- O Hollow já ai
virá com o médico.
Sem comentários:
Enviar um comentário