quinta-feira, 28 de junho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno: Autora: Sara Gonçalves - excerto 7


Ela mandou construir uma ponte onde só passam mulheres e nenhum homem podia passar, criou um lago de larva escaldante em volta do Castelo. Eu era apenas um corpo pois a minha alma estava lutando contra a da Hera. O meu Reino tornou-se no Reino das maldições. Isto continuou durante algum tempo até que eu consegui tira-la de dentro de mim e fecha-la dentro de um espelho. Mas isso não me fazia livra-me dela e mandou-me ir treinar as mulheres que ela tinha aprisionado com idades entre 14 a16 anos e nesse mesmo dia criei uma Amazona da minha interna confiança a Angel.
  Mais tarde estava olhando pela janela vi a lua e lembrei-me do homem mascarado e comecei a disse cantando:
-    Trás a luz que eu preciso aqui, sou prisioneira dessa solidão. Não te ver me faz sofrer sem fim, fogo que queima como de um vulcão. A tua voz que chama na imensidão da noite, nada eu sem ti não sou nada o vazio que é não ter teu amor e te querer toda a razão do meu viver...
-    Rose  que estais para ai dizendo?
-    Nada, Vossa Majestade Hera.
-    Podes-me ter preso neste espelho mas eu posso vos controlar mesmo daqui.
-    Quanto tempo ficarei sem o ver?- pensava eu.
Lá em baixo estava ele a olhar para a sua janela e a pensar no que eu me tinha transformado. Eu ao olhar viu-o montado no cavalo a ir se embora.
  Então peguei na primeira coisa que me veio a mão e mandei-lhe esperando que lhe acertasse...
-    Ai...!
-    Ups!- disse eu.
Virando-se para a minha janela, ele resolveu passar pela ponte amaldiçoada a ponte que dizia:
    Homem que por aqui passar, já mais sairá!



Não ligou ao que a placa dizia e passou, por enquanto nada tinha acontecido. Mas a minha pouca sorte foi uma das amazónias ter passado por acaso e ter visto... Ainda por cima uma das melhores guerreiras e amiga da Hera.
-    Hera!
-    O que me quereis dizer?
-    Se não for importante...!
-    A capita encontrou-se com um homem dentro das instalações.
-    A Rose !!
-    Sim Vossa Alteza.
No outro lado:
-    É melhor ires-te embora alguém nos pode ver.
-    Mas mal acabei de chegar.
-    Eu sei....
-    Temos que nos encontrar para arranjar uma maneira de derrota-la!
-    Tudo bem eu sei disso, mas temos de nos encontrar noutro lugar fora do alcance da Hera.
-    Está bem.
-    Espera como estás?
-    Melhor, na próxima vê se acredita em mim.
-    Vou tentar...
-    Agora vai, depressa!
-    Espera ao menos diz-me como te chamas, pois podemos nunca mais nos ver.
-    Alguém que gostas no mundo real, alguém em que não acreditas-te.
-    Adeus!
-    Capita, aqui?
-    Vim apanhar um pouco de ar fresco.
-    Mas que susto- disse eu p'ra mim.
Fui para os meus aposentos e não parei de pensar se alguém nos terá visto a conversar. Mas acabei por adormecer, quando de manhã acordei, levaram-me a Hera e ela perguntou:
-    Quem era aquele homem com quem falas-te!!!?
-    Eu não falei com ninguém.
-    De certeza?
-    Sim, vossa Majestade.
-    Carrasco!
-    Sim, Vossa Crueldade?
-    Traz-me um rapazinho disse ela baixinho a ele.
-    O que vai fazer?
-    Espera só um instante.
-    Alteza aqui está.
-    Ou marcas um encontro com esse homem já.
-    Se não vais ser culpada da morte deste miúdo como fixes-te aos teus filhos!!
-    Está bem, ganhas-te!
-    Tornado!!
-    Toma leva isto ao tu sabes quem.
-    Espero que o teu cavalo de confiança não te atrai-a.
O cavalo saiu galopando em direcção da Floresta Assombrada, quando chegou um assobio se ouviu de dentro de uma gruta, então parou.
-    O que me trazes ai, Tornado?
-    Já vi que a Rainha quer marcar um encontro.
-    Tornado leva-lhe esta carta.
-    O teu cavalo está-se demorando muito.
-    Hera o cavalo chegou e trouxe isto.
-    O que diz?
-    Diz para ir ter com ele no topo mais alto da cidade.
-    Do que estais esperando!!?
-    Primeiro solta o miúdo!
-    Aqui  tu não mandas nada!!
-    Se queres que o liberte traz-me o teu amiguinho!
-    Levem-na e vigiem-na bem...!
Eu sei que será uma emboscada mas não posso deixar que ela mate aquela criança inocentemente por mais que me custe tenho de o trair, apesar de sentir algo por ele para além de amizade.
-    Então?
-    Mas afinal o que se passa aqui Rose !!?
-    Desculpa, Rodrigo...
-    Rose  tu traíste-me!!!
-    Perdoa-me!!
-    Mas que comovente, prendam os dois!!
  De volta ao Reino prenderam-nos em celas diferentes, meia hora depois todo o pavilhão estava cheio de Amazónias, levaram-no para a arena e a mim para pé da Hera amarando-me as mãos a um ferro. A ele prenderam-no a um tronco e ordenaram que libertassem o Leão para o devorar.
-    Isto é uma prenda de Natal minha para ti Rose !- disse a Hera.
-    Não posso deixar que ela faça aquilo!- disse a Angel
-    A minha capita não merece o que lhe estão a fazer.
-    Quem estiver contra isto venha comigo- gritou a Angel.
Enquanto eu tentava soltar-me daquelas cordas, de tanto ter tentando tinha os pulsos a sangrar. Quando me soltei fui directa a ele e com a ajuda das minhas guerreiras conseguimos fugir das garras da Hera e salva-lo...os meses pasRose m-se e nós não podíamos ser vistos nas ruas de França.
Até que numa noite de Bruxas tempestuosa. Quatro jovens tinham se feito a estrada percorrendo os caminhos assombrosos da floresta de França...
-    O que é aquilo?
-    É uma tipa a pedir boleia.
-    Paramos?
-    Não podemos deixa-la a chuva.
...a procura de uma figura misteriosa...conhecida por Hera.
-    Sabem alguma coisa sobre a Hera?
 O que elas revelaram...é a historia de uma carnificina mais horrível e chocante já mais vista...
-    Ainda não viram nada, aposto que se vos disse-se que conseguiam ver o Inferno punham a cabeça no fogo.- disse uma voz.
Quando saíram finalmente daquela floresta arrepiadora, entraram num lugar ainda pior, numa cidade completamente deserta só com Amazónias.
-    Viram estas raparigas?
-    Elas não podem fazer de França...uma lenda...
-    Vamos sair destas estradas de malucos.
-    Hera foram avistadas novas mulheres a entrarem na cidade.
-    Aposto que são reforços para aquela Rose .
-    Mas que raiva!!
-    Prendam-nas!!
-    Como desejar.
-    O Inferno é verdadeiro e vocês encontraram-no...!
-    Esta na hora do espectaculo!- disseram elas com aquelas vozes de terror.
-    Por favor não nos mate.
-    Vamos mostrar-vos a cidade do Inferno!!
-    Isto não pode ser verdade!?
Do nada apareci eu com algumas guerreiras para salva-las das garras daquela Hera Malvada.
-    Maldição!!
-    Tu de novo Rose !!
-     Irei aparecer sempre que for preciso!!!

Já no meu esconderijo elas disseram que ouviram uma voz e que foram treinadas para ajudar a Rainha Rose, mas nunca pensaram que isto seria assim...então contei-lhes...
  Quando ia a contar entrou o Mascarado elas apanharam um susto, ele já me tinha perdoado. Sabia que o que tinha feito era um acto que tinha de ser perdoado. E também sabia que o seu nome era Orroz a sua identidade verdadeira já, sabem.
-    Foi aqui que nasceu a historia de fantasmas mais famosa de todos os tempos. Na floresta profunda onde vocês passaram existe uma lenda que nunca morreu.
-    Quem esta ai?- perguntei eu.
-    Estou-lhe dizendo que o Cavaleiro sem cabeça regressou, Rainha.
-    Porquê estais dizendo isso?
-    Ontem fui ao cemitério e hoje uma das amigas que foi comigo desapareceu.
-    Se calhar até está passeando junto do cemitério.
-    Continuando ele tem esperando e observando...pela próxima geração...daquela que escapou.
-    Alteza!
-    Outra vez?
-    Encontramos o seu cadáver!
-    Junto da casa que construímos que é por a caso ao lado do cemitério...
-    Vamos!
-    Alteza espere!
-    Isto significa que existiu mesmo um tal Hollow e talvez seja parente dele?
-    É bem possível.
-    Achamos que ele regressou por sua causa.
Ao chegar vi umas pegadas de cavalo e cá para mim tinha sido o Hollow, já de volta estava um homem me esperando.
-    Como é que descobriu o meu esconderijo?
-    Majestade...
-    Como sabe o meu nome?
-    Rose ?!

-    Deixa estar Orroz.
-    O mundo é pequeno demais para alguém como a Rose  desaparecer seja lá o buraco onde se enterre.
-    Quem é você?
-    Chamo-me simplesmente Dacurd mas represento Ra´sum um Homem muito temido pelo sub mundo do crime.
-    Um homem que lhe oferece um rumo.
-    O que o leva a pensar que necessito de um rumo?
-    Uma pessoa como você só pode estar aqui por uma opção.
-    Andar explorando a fraternidade criminosa assassina.
-    Mas quaisquer que seja as suas intenções originais acabou por perdesse nelas.
-    E que rumo me pode oferecer?
-    O rumo de um homem que partilha o seu ódio pelo mal e que deseja servir a verdadeira justiça.
-    O rumo da Liga das Trevas.
-    Vocês são justiceiros?
-    Não, não.
-    Um justiceiro é apenas uma pessoa perdida na confusão para satisfação pessoal.
-    Pode ser destruído ou condenado.
-    Mas se se tornar mais do que uma mulher, se se entregar totalmente a um ideal e se não poderem detê-la então torna-se em algo completamente diferente.
-    Em quê?

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