Ela mandou construir uma ponte onde só passam mulheres e
nenhum homem podia passar, criou um lago de larva escaldante em volta do
Castelo. Eu era apenas um corpo pois a minha alma estava lutando contra a da
Hera. O meu Reino tornou-se no Reino das maldições. Isto continuou durante
algum tempo até que eu consegui tira-la de dentro de mim e fecha-la dentro de
um espelho. Mas isso não me fazia livra-me dela e mandou-me ir treinar as
mulheres que ela tinha aprisionado com idades entre 14 a16 anos e nesse mesmo
dia criei uma Amazona da minha interna confiança a Angel.
Mais tarde estava
olhando pela janela vi a lua e lembrei-me do homem mascarado e comecei a disse
cantando:
- Trás a luz que
eu preciso aqui, sou prisioneira dessa solidão. Não te ver me faz sofrer sem
fim, fogo que queima como de um vulcão. A tua voz que chama na imensidão da
noite, nada eu sem ti não sou nada o vazio que é não ter teu amor e te querer
toda a razão do meu viver...
- Rose que estais para ai dizendo?
- Nada, Vossa
Majestade Hera.
- Podes-me ter
preso neste espelho mas eu posso vos controlar mesmo daqui.
- Quanto tempo
ficarei sem o ver?- pensava eu.
Lá em baixo estava ele a olhar para a sua janela e a
pensar no que eu me tinha transformado. Eu ao olhar viu-o montado no cavalo a
ir se embora.
Então peguei na
primeira coisa que me veio a mão e mandei-lhe esperando que lhe acertasse...
- Ai...!
- Ups!- disse eu.
Virando-se para a minha janela, ele resolveu passar pela
ponte amaldiçoada a ponte que dizia:
Homem que por
aqui passar, já mais sairá!
Não ligou ao que a placa dizia e passou, por enquanto nada
tinha acontecido. Mas a minha pouca sorte foi uma das amazónias ter passado por
acaso e ter visto... Ainda por cima uma das melhores guerreiras e amiga da
Hera.
- Hera!
- O que me
quereis dizer?
- Se não for
importante...!
- A capita
encontrou-se com um homem dentro das instalações.
- A Rose !!
- Sim Vossa Alteza.
No outro lado:
- É melhor
ires-te embora alguém nos pode ver.
- Mas mal acabei
de chegar.
- Eu sei....
- Temos que nos
encontrar para arranjar uma maneira de derrota-la!
- Tudo bem eu sei
disso, mas temos de nos encontrar noutro lugar fora do alcance da Hera.
- Está bem.
- Espera como
estás?
- Melhor, na próxima
vê se acredita em mim.
- Vou tentar...
- Agora vai,
depressa!
- Espera ao menos
diz-me como te chamas, pois podemos nunca mais nos ver.
- Alguém que
gostas no mundo real, alguém em que não acreditas-te.
- Adeus!
- Capita, aqui?
- Vim apanhar um
pouco de ar fresco.
- Mas que susto-
disse eu p'ra mim.
Fui para os meus aposentos e não parei de pensar se alguém
nos terá visto a conversar. Mas acabei por adormecer, quando de manhã acordei,
levaram-me a Hera e ela perguntou:
- Quem era aquele
homem com quem falas-te!!!?
- Eu não falei
com ninguém.
- De certeza?
- Sim, vossa
Majestade.
- Carrasco!
- Sim, Vossa
Crueldade?
- Traz-me um rapazinho
disse ela baixinho a ele.
- O que vai
fazer?
- Espera só um
instante.
- Alteza
aqui está.
- Ou marcas
um encontro com esse homem já.
- Se não
vais ser culpada da morte deste miúdo como fixes-te aos teus filhos!!
- Está bem,
ganhas-te!
- Tornado!!
- Toma leva
isto ao tu sabes quem.
- Espero que
o teu cavalo de confiança não te atrai-a.
O cavalo saiu galopando em direcção da Floresta
Assombrada, quando chegou um assobio se ouviu de dentro de uma gruta, então
parou.
- O que me
trazes ai, Tornado?
- Já vi que
a Rainha quer marcar um encontro.
- Tornado
leva-lhe esta carta.
- O teu
cavalo está-se demorando muito.
- Hera o
cavalo chegou e trouxe isto.
- O que diz?
- Diz para
ir ter com ele no topo mais alto da cidade.
- Do que
estais esperando!!?
- Primeiro
solta o miúdo!
- Aqui tu não mandas nada!!
- Se queres
que o liberte traz-me o teu amiguinho!
- Levem-na e
vigiem-na bem...!
Eu sei que será uma emboscada mas não posso deixar
que ela mate aquela criança inocentemente por mais que me custe tenho de o
trair, apesar de sentir algo por ele para além de amizade.
- Então?
- Mas afinal
o que se passa aqui Rose !!?
- Desculpa,
Rodrigo...
- Rose tu traíste-me!!!
-
Perdoa-me!!
- Mas que comovente,
prendam os dois!!
De volta ao Reino
prenderam-nos em celas diferentes, meia hora depois todo o pavilhão estava
cheio de Amazónias, levaram-no para a arena e a mim para pé da Hera amarando-me
as mãos a um ferro. A ele prenderam-no a um tronco e ordenaram que libertassem
o Leão para o devorar.
- Isto é uma
prenda de Natal minha para ti Rose !- disse a Hera.
- Não posso
deixar que ela faça aquilo!- disse a Angel
- A minha capita
não merece o que lhe estão a fazer.
- Quem estiver
contra isto venha comigo- gritou a Angel.
Enquanto eu tentava soltar-me daquelas cordas, de tanto
ter tentando tinha os pulsos a sangrar. Quando me soltei fui directa a ele e
com a ajuda das minhas guerreiras conseguimos fugir das garras da Hera e
salva-lo...os meses pasRose m-se e nós não podíamos ser vistos nas ruas de
França.
Até que numa noite de Bruxas tempestuosa. Quatro jovens
tinham se feito a estrada percorrendo os caminhos assombrosos da floresta de
França...
- O que é aquilo?
- É uma tipa a
pedir boleia.
- Paramos?
- Não podemos
deixa-la a chuva.
...a procura de uma figura misteriosa...conhecida por
Hera.
- Sabem alguma
coisa sobre a Hera?
O que elas
revelaram...é a historia de uma carnificina mais horrível e chocante já mais
vista...
- Ainda não viram
nada, aposto que se vos disse-se que conseguiam ver o Inferno punham a cabeça
no fogo.- disse uma voz.
Quando saíram finalmente daquela floresta arrepiadora,
entraram num lugar ainda pior, numa cidade completamente deserta só com Amazónias.
- Viram estas
raparigas?
- Elas não podem
fazer de França...uma lenda...
- Vamos sair
destas estradas de malucos.
- Hera foram avistadas novas mulheres a entrarem
na cidade.
- Aposto que são
reforços para aquela Rose .
- Mas que raiva!!
- Prendam-nas!!
- Como desejar.
- O Inferno é
verdadeiro e vocês encontraram-no...!
- Esta na hora do
espectaculo!- disseram elas com aquelas vozes de terror.
- Por favor não
nos mate.
- Vamos
mostrar-vos a cidade do Inferno!!
- Isto não pode
ser verdade!?
Do nada apareci eu com algumas guerreiras para salva-las
das garras daquela Hera Malvada.
- Maldição!!
- Tu de novo Rose
!!
- Irei aparecer
sempre que for preciso!!!
Já no meu esconderijo elas disseram que ouviram uma voz e
que foram treinadas para ajudar a Rainha Rose, mas nunca pensaram que isto
seria assim...então contei-lhes...
Quando ia a contar
entrou o Mascarado elas apanharam um susto, ele já me tinha perdoado. Sabia que
o que tinha feito era um acto que tinha de ser perdoado. E também sabia que o
seu nome era Orroz a sua identidade verdadeira já, sabem.
- Foi aqui que
nasceu a historia de fantasmas mais famosa de todos os tempos. Na floresta
profunda onde vocês passaram existe uma lenda que nunca morreu.
- Quem esta ai?-
perguntei eu.
- Estou-lhe
dizendo que o Cavaleiro sem cabeça regressou, Rainha.
- Porquê estais
dizendo isso?
- Ontem fui ao cemitério
e hoje uma das amigas que foi comigo desapareceu.
- Se calhar até
está passeando junto do cemitério.
- Continuando ele
tem esperando e observando...pela próxima geração...daquela que escapou.
- Alteza!
- Outra vez?
- Encontramos o
seu cadáver!
- Junto da casa
que construímos que é por a caso ao lado do cemitério...
- Vamos!
- Alteza espere!
- Isto significa
que existiu mesmo um tal Hollow e talvez seja parente dele?
- É bem possível.
- Achamos que ele
regressou por sua causa.
Ao chegar vi umas pegadas de cavalo e cá para mim tinha
sido o Hollow, já de volta estava um homem me esperando.
- Como é que
descobriu o meu esconderijo?
- Majestade...
- Como sabe o meu
nome?
- Rose ?!
- Deixa estar
Orroz.
- O mundo é
pequeno demais para alguém como a Rose desaparecer seja lá o buraco onde se enterre.
- Quem é você?
- Chamo-me
simplesmente Dacurd mas represento Ra´sum um Homem muito temido pelo sub mundo
do crime.
- Um homem que
lhe oferece um rumo.
- O que o leva a
pensar que necessito de um rumo?
- Uma pessoa como
você só pode estar aqui por uma opção.
- Andar
explorando a fraternidade criminosa assassina.
- Mas quaisquer
que seja as suas intenções originais acabou por perdesse nelas.
- E que rumo me
pode oferecer?
- O rumo de um
homem que partilha o seu ódio pelo mal e que deseja servir a verdadeira
justiça.
- O rumo da Liga
das Trevas.
- Vocês são
justiceiros?
- Não, não.
- Um justiceiro é
apenas uma pessoa perdida na confusão para satisfação pessoal.
- Pode ser destruído
ou condenado.
- Mas se se
tornar mais do que uma mulher, se se entregar totalmente a um ideal e se não
poderem detê-la então torna-se em algo completamente diferente.
- Em quê?
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