domingo, 24 de junho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno: Autora: Sara Gonçalves - excerto 4


¾       Sim, mas já não sei de quem gosto!
¾      Se é do João Ricardo ou do João Pedro.
¾      Só o vosso coração poderá decidi-lo.
¾      Quando o fazer já poderá ser tarde de mais.
¾       Não vós esquecei da criança que espera.
¾      Eu sei disso.
¾      Vou ter mais cuidado.
¾      Acho que será o melhor, não só para a criança mas também para vós.
¾      Diego, para de me tratar por “vós”.
¾      Sim, minha senhora.
¾      E para de me tratar também por “senhora”.
¾      Pois eu já não sou nada.
¾      Não digas disparates.
Começava a cair a noite, então o Diego foi procurar um abrigo para ex-rainha. Quando vê o João Pedro caído no chão, ferido.
 Foi de imediato ajuda-lo levando para o abrigo onde estava a Rose .
¾      Rose ?
¾      Sim, Diego?
¾      João Pedro?!
¾      A calma-te.
¾      Esta bem, esta bem.
¾      Já estou calma, agora diz-me o que aconteceu.
¾      Encontrei-o caído no chão ao pé de umas rochas.
¾      Quem poderia ter feito tal coisa?
¾      Quem sabe o João Ricardo!
¾      O João Ricardo?!
¾      Diego cuidas dele por mim?
¾      Onde vais?!
¾      Tenho de ir fazer uma coisa.
¾      Onde vais Rose  e o que vais fazer?!!!
¾      Rose  ouve-me bem eu já te salvei a ti e ao teu filho uma vez não sei se poderei ter novamente essa sorte!
¾      Pensa bem no que iras fazer!
¾      Diego, espera onde vais?
¾      Vou dar uma volta, cuida dele.
¾      Vê se tens a mesma sorte que eu tive contigo e com o teu filho, na noite anterior!
¾       Diego, Diego!
¾      Sou mesmo parva só sei magoar as pessoas que amo e que me amam, mas não posso deixar o João Pedro para ir atrás do Diego nem posso ir atrás do Diego e deixar aqui o João Pedro no estado em que esta.
¾      Tornado!!
¾      Que deseja minha rainha?
¾      Preciso que cuides do João Pedro por mim, es capaz disso?
¾      Claro que só.
¾      Muito obrigado Tornado.
Assim saiu ela em pela noite procurando pelo Diego, procurou e procurou ate de madrugada quando foi dar com ele sentado na praia vendo o nascer-do-sol chorando porque viu que nunca iria ter chances com a Rose . Só quando o viu nesse estado é que percebeu o que ele tinha se apaixonado por si.
¾      Então Diego também gostas de ver nascer o sol?
¾      O que estas a fazer aqui?!
¾      Porque é que não estas com o João Pedro!
¾      Gostas tanto dele!
¾      Diego...
¾      Deixa-me em paz!
¾      Diego!!!!!
¾      Cala-te!!!
¾      Eu já percebi que estas apaixonado por mim, mas isso não te da o direito de mandares na minha vida e nas minhas decisões, es apenas um empregado!!!!
¾      Desculpa, desculpa Diego eu não tive intenção de te magoar.
¾      Para quem nunca faltou nada é difícil não é?! 
¾      A minha cabeça estou a ver tudo á volta.
¾      Diego...
Quando o Diego virou-se viu-a desmaiada no chão, e estava cheia de febre porque um pouco antes ela tinha apanhado chuva.
¾      Es mesmo um estúpido, Diego ela neste estado e eu só a enervo.- disse ele para dentro.
¾      Diego, acalma-te.
¾      Rose , desculpa eu...
¾      Não digas mais nada.
¾      É melhor irmos andando, eu já estou melhor.
Depois disso foram para o abrigo quando chegaram deram de caras com o Tornado amarado, e com um bilhete escrito dizendo “num momento tens uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma”.



¾      O que significa isto!!!
¾      Parece um enigma.
¾      Mas quem poderá ter feito isto?
¾      Tornado viste quem foi?
¾      Quer dizer...
¾      Viste ou não!
¾      Pronto, pronto esta bem eu digo.
¾      Quem fez isto e levou o João Pedro foi  o D. Miguel.
¾      Mas o que quer ele de mim outra vez?!
¾      Porquê reagiste assim?
¾       Por nada.
¾      Então porque estais tão preocupada?
¾      Porque, porque...
¾      Porque?
¾      Porque foi ele quem tentou matar uma vez o João Ricardo e a nossa filha.
¾      Não estou percebendo?
¾      Ele vai tentar fazer a mesma coisa, só que ele é agora é Rei de França (inimigo).
¾      Tentar fazer a mesma coisa?
¾      Mas do que é que esta a falar?
¾      Ele vai mata o João Pedro, porque ele é um dos meus amados.
¾      Desculpa, Diego, mas eu não te quero dar falsas esperanças.
¾      Eu não quero que sofras, pois sei o que isso é.
¾      Isso agora não interessa.
¾      Temos de decifrar o enigma.
¾      Monta o cavalo, pois temos muito caminho pela frente.
Depois de terem montado os cavalos, saíram em direcção sabe-se lá para onde, e durante esse caminho ela estava tentando decifrar o enigma, quando de repente veio lhe a cabeça o que queria dizer o enigma.
¾      “Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma” quer dizer que eu vou ser a próxima vitima...- disse ela em voz baixa.
¾      O que é que estas dizendo?
¾      O enigma já sei o que quer dizer!
¾      No bilhete dizia “uma mão cheia de nada...”significa que não conseguirei reconquistar o João Ricardo, e “outra de coisa nenhuma” significa que a próxima vitima serei eu por causa do filho que estou a espera dele.  
¾      Vamos ter com o João Ricardo, o rei.
Já de madrugada chegaram ao reino, disseram que tinham um assunto urgente para lhe dizer.
¾      Senhor, estão aqui duas pessoas para falar consigo.
¾      Mandas entrar.
¾      Tu?!
¾      Estais tão espantado porquê?
¾      Meu rei, posso falar com vos a sós uns instantes?
¾      Diego, o que é que queres falar com ele?
¾      Por favor.
¾      Esta bem.
Ela saiu, só que tinha se escondido para saber o que ele ia dizer ao João Ricardo.
¾      Meu rei, a sua ex-mulher como você sabe estai gravida.
¾      Sim e depois?
¾      Ela esta em risco de perder a criança.
¾      Porquê?!
¾      Lembrai-se do D.Miguel?
¾      Sim.
¾      Ele ameaçou de fazer com que ela perca esse filho, e entronca do João Pedro o vosso amigo e quer que ela faça um aborto.
¾      Ela não pode fazer isso!
¾      Mas se não a impedir...
¾      E tenha cuidado com a cavaleira negra, ela é sua amiga e a vossa alteza conhece-a.
¾      Por favor, se gostai dela não a deixe entrar nesta missão.
¾      Eu não o permitirei.
Nesse preciso momento ela vesti-o o seu fato de cavaleira negra e montou o seu cavalo, mas quando o fez desmaiou. Os soldados viram-na e apanharam-na e levaram-na ao rei.
¾      Alteza, trazemos lhe uma surpresa.
¾      A cavaleira negra!
¾      O, não!- disse Diego.
¾      Podem ir, guardas.
¾      Com a vossa licença.
¾      Ela é a Rose  não é?
¾      É pois.
¾      Foi tão estúpido.
¾      É melhor irmos deita-la no estado que esta .
¾      Mas é melhor amara-la a cama, pois sabe que ela vai fazer de tudo para entrar nesta missão, agora que ela não tem os poderes.
¾      Espera lá, desses-te que ela não tem os poderes?
¾      Como é que isso é possível?
¾      Por causa daquela noite nas escadas, ela usou todos os poderes para não perder o vosso filho, mas nunca percebeu o que fez por isso é que toda a gente disse que  o vosso filho tinha morrido.
¾       E por ela ter usado todos os poderes que lhe restavam, não conseguiu salvar todos os filhos que tinha só um apenas poderia salvar.
¾      Sem os poderes dela...é impossível...
¾      Ela não perdeu totalmente os poderes.
¾      Como assim?
¾      Ela tem ainda chance de recuperar os poderes, basta ela querer.
¾      “basta ela querer” o que queres dizer com isso?
¾      Ela só precisa do momento certo para o fazer.
¾      Seis meses.
¾      Seis meses, é depois dela ter a criança.
¾      Agora já percebe, a razão?
¾      Já.
¾      Mas como é que vamos resolver isto tudo?!
¾      Isso já não sei.
¾      Só ela o poderá dizer.
¾      Mas teremos de esperar que ela acorde.
Alguns minutos bastaram para fazerem-na acordar, só que custava-lhe a levantar-se pois a ferida não lhe permitia isso. Mas o rei tinha ouvido alguma coisa e foi ao seu quarto, ver o que se passava e viu que ela continuava a deitar muito sangue, já não sabia o que havia de fazer para que a sua ferida para se sangrar. Se não fizer-se alguma coisas depressa ela e o seu filho acabariam por morrer, então foi chamar o Diego para lhe perguntar o que havia de fazer para que a ferida dela para se de sangrar. A sua resposta foi esta “ ela esta nas tuas mãos”.
 Ele não percebeu o que ele queria dizer com aquilo, mas mesmo assim ele não se importou e viu que só ele é que a poderia salvar, de repente lembrou-se que também ele tinha poderes e foi com esses mesmos poderes que ele a conseguiu curar mas não totalmente.
¾      Percebeste o que eu vós queria dizer?
¾      Deixa descansar amanha podereis falar com ela sobre este assunto.
¾      Enquanto isso....
¾      Espera, preciso que contes o que aconteceu para ela voltar para cá.
¾      Um dos motivos foi por tu causa e o outro foi porque ela já não é mais rainha de França.
¾      Repete lá isso outra vez.
¾      Ela já não é mais rainha de França.
¾      Entendes agora como ela se sente?
¾      Entendo.
¾      Ela perdeu-te e perdeu o seu trono.
¾      É obvio que esta revoltada.
¾      Ainda depois daquilo que fizeste antes e depois de sabes...
¾      Será que ela me desculpa?
¾      Ela eu não sei, mas a tua mulher acho que não.
¾      Porque ela saiu agora daqui a chorar.
¾      E não fale a pena ires atras dela, porque ela já não volta ainda por cima ela estava apaixonada por outro.
¾      Porque é que tens sempre respostas debaixo da língua?
¾      Aprendi isto e muito mais com a Rose  apesar de não ter poderes como vos.
¾      É por isso que todos gostam dela.
¾      E com esta conversa toda esquecemo-nos de salvar o João Pedro.
¾      Eu sei onde esta ele.
¾      Então vamos...
¾      Não!
¾      O que te deu!
¾      Quero dizer-te uma coisa.
¾      Quem o vai salvar, sou eu.
¾      E eu vou devolver o trono da Rose  , por isso se morrer toma conta dela por mim.
¾      Eu vou salvar o João Pedro...
¾      Mas depois do meu filho nascer partirei para França.
¾      Enquanto não voltar toma conta dela por mim.
¾      Tudo bem.
¾      Mas se ela me perguntar por ti?
¾      Diz que , diz, conta-lhe a verdade...
¾      Mas ate lá já estarei de volta.
Ele saiu para o local onde estava preso o João Pedro, só que o Diego perguntou-lhe como é que ele tinha descoberto tão depressa o esconderijo do inimigo.
¾      Porque o enigma que deixaram significa o que a Rose  disse, mas também é conhecido como um esconderijo e o seu nome é O abismo de La Fontaine.
¾      Onde é que fica esse lugar?
¾      Em Manhattan.
¾      Apresa-te, meu Rei.
¾      Podes querer que, sim.
Quando ele saiu sabia que não iria voltar nessa mesma noite por, isso tinha escrito uma carta porque se já não volta-se ela saberia que ele ainda gostava dela, e o que a carta continha era:
(...)
Depois do João Ricardo partir o Diego foi para o pé dela, horas e horas passarão e pasRose m, e nada do João Ricardo ate que a uma certa altura a Rose  tinha acordado e estava chamando por ele e perguntando. Então o Diego inventou uma historia, mas ela não acreditou, e acabou por contar onde ele tinha ido. Ela disse ao Diego para a deixar durante alguns minutos, ao mesmo tempo que o Diego ia a sair ela viu uma carta caída junto a sua cama. Mal a acabou ler, apanhou tamanho susto que desmaiou de imediato.
¾      O que irei fazer?- disse Diego.
¾      Ela ira fazer de tudo para derrotar os seus inimigos nem que tenha de morrer por causa disso.
¾      É melhor entrar antes que ela fuja.
Quando entrou viu-a desmaiada com uma carta na mão, então ele leu-a e percebeu por quê tinha reagido assim quando tinha-lhe contado que ele fora ajudar o João Pedro. 
 Pois já não voltaria mais, e iria condenar o Diego por não o ter impedido de ir, então nesse preciso momento uma força estranha invadiu-o e naquele momento sem saber de onde nem por quê ele tinha ganho poderes.
A partir desse dia nunca mais ninguém voltou a ver o Rei, e isso prolongou-se durante 4 meses. Mas a Rose  ainda tinha esperanças que os 2 voltassem, cada dia que passava era mais um dia em que ela ia perdendo a esperança, apesar de acreditar ainda nisso.
   O Diego é que já não ia aguentando tanta tristeza, e cada vez tinha mais remorsos de o ter deixado ir. Pois via a tristeza em que ela se encontrava, e sabia que nada podia fazer nada mesmo com poderes. Mais 1 mês que passava e nada deles os 2, era como se eles tivessem se evaporado. E a sua tristeza era cada vez maior, se ele não volta-se depressa poderia ser que a Rainha acaba-se por morrer ou matar-se.
Mas eis uma noite de lua cheia, ela viu reflectida na Lua, algo que não poderia explicar, alguma coisa iria acontecer. O problema era que, não se percebia o que ela mostrava, porque as imagens que transmitia estavam desfocadas.
 E não conseguia decifra-las, a única coisa que percebeu foi alguém sendo atingido, mas não sabia quem poderia ser ou ter sido. Pois ela sabia que o sítio onde fora o João Ricardo, nunca ninguém regressava mesmo que tivesse poderes...e a esperança que ainda lhe restava morreu precisamente, naquela noite. Dês daí nunca mais foi a mesma passava dias inteiros chorando, Diego já não aguentava mais tamanho sofrimento e então ia partir de madrugada, para que ela não soubesse de nada.
 A 1 mês e algumas semanas, dela ter a criança a sua vida começara a complicar-se demasiado, não tinha sossego, não podia descansar, só tinha problemas atrás de problemas e nem tempo tinha...
 E durante a noite foi a janela ver a Lua, e além estava um cavalo todo branco de calda dourada, esse cavalo era o Tornado que tinha regressado do sitio onde tinha ido o Rei. Mas não estava sozinho montado nele estava, o Diego, pronto para partir e mesmo que ela quiser-se não o podia impedir de ir aquele sitio malvado. Então ela disse:
¾      Por que estais fazendo-me isto!?
¾      O que estou sofrendo, não te chega!
¾      Tiraste-me tudo o que tinha de mais precioso!
¾      Tiraste-me o João Ricardo, o João Pedro, os meus filhos e agora estais a tirar o único amigo que me resta!
¾       Porquê, porquê me estais fazendo tudo isto?!
¾      Porquê?!
¾      Que mal te fiz?
¾      Diz-me!
¾      Só estas sofrendo tudo o que fizer-te sofrer as pessoas que amas e amas-te!
¾      De nada vai adiantar, chorares!
¾      De nada!
¾      Por favor para com isto!
¾      Fui eu que te fiz mal, não eles!
¾      Pois fostes, mas isso nada muda!
¾      Eles tem de pagar por ti!
¾      Isto não vai ficar assim!
¾      Isso eu te prometo!
¾      É isso mesmo que eu quero, mãe.- disse a Lua que na verdade era a sua filha mais velha a contactar de novo com ela.
¾      Só te aviso de mais uma coisa, ainda voltaras a vê-los antes do terceiro por-do-sol.
¾      Quando chegar esse dia só me tornaras a ver 2 semanas depois que ira corresponder com o nascimento dessa criança.
¾      O que quer ela dizer com aquilo?
Ela após ouvir aquilo e pensar desceu as escadas e saiu em plena noite, depois de ter caminhado até ao penhasco viu, além nascer o terceiro por do sol como tinha dito a Lua, quando o sol cobriu-o o penhasco. Uma imensa e constante luz brilhara e dessa luz imergiu o João Ricardo com o Diego e o João Pedro.    
E lá estavam os 3, sabe-se lá como tinha regressado, daquele lugar tenebroso. O que sei é que tinha os devolta outra vez, e afinal a esperança é sempre a ultima a morrer. Pode ser que a minha tenha morrido pelo caminho, mas voltou a renascer...o que é pena é o João Ricardo ter sido ferido no ombro, o João Pedro estar doente e o Diego ter ficado cheio de febre.
-   O grande problema é não ter poderes para os ajudar e foi, então que de repente uma voz se ouviu dizendo:
¾      Não, precisas de poderes para os ajudares, pois esses poderes só tu é que os tens.
¾      João Ricardo!
¾      Voltas-te!
¾      É claro, eu não me deixaria morrer, pois eu ainda quero ver o meu filho.
¾      Es mesmo, teimoso e...destemido.
¾      O que queres, já nasci assim.
¾      Pois é...
¾      Mas é melhor irmos andando.
¾      Sim.
 Pelo caminho viu que o João Ricardo não estava nada bem, e estava a suar demais para seu gosto...
¾      João?
¾      Sim, o que queres?
¾      Estas bem?
¾      Estou.
¾      Porquê?
¾      Estas com mal aspecto.
¾      É só porque estou um pouco cansado.
¾      É só isso.
¾      Tu não me irias mentir, pois não?
¾       É claro, que não.
¾      Se ela soube-se que estou ferido, não iria descansar e isso eu não quero.- disse ele para si próprio.
Mas a dor era cada vez mais forte, e ele não sabia se iria aguentar. É que ele não queria que ninguém descobri-se.
Por fim chegaram, ele pediu aos guardas que levassem o João Pedro e o Diego para poderem ser tratados, enquanto ia guardar os cavalos. Quando já tinha amarrado os cavalos, ela pós a sua mão em cima do ombro dele...
¾      Ai...- disse em voz baixa.
¾      João Ricardo, de nada adianta esconderes que estas ferido.
¾      Como é que descobriste?
¾      Fizeste muito esforço, manchas-te a camisa.
¾      Eu, não queria que soubesses.
¾      Mas porquê?
¾      Já percebi.
¾      Porque estou gravida, não é?
¾      É.
¾      Não devias fazer isso.
¾      Desculpa.
¾      Anda tratar dessa ferida.
¾      João Ricardo, anda lá.
¾      João?
¾      João!
¾      Guardas!
¾      Sim, senhora.
¾      Levem o vosso, Rei, para o quarto.
¾      Como desejar, Senhora.
Depois de já estar no Quarto...ela foi cuidar dele, do João Pedro e do Diego, de seguida foi ver o se o João Ricardo já tinha acordado.
¾      Então, João Ricardo?
¾      Como estas?
¾      Não te levantes, pois estais muito fraco.
¾      Estou bem.
¾      Não é o que me parece.
¾      Rose , como estão os outros dois?
¾      Estão bem, só acordam amanha de manha por causa do sedativo que lhes dei para dormirem e não terem dores.
¾      Mas não mudes de assunto.
-    Ainda estas a sangrar, do ombro não estas?
¾      Estou.
¾      Ai!
¾      João?
¾      Sim, Rose .
¾      Eu já volto, enquanto isso vê se descansas.
¾      Tudo bem.
Quando ela voltou ele tinha adormecido, e a sua febre tinha baixado um pouco. Durante toda a noite esteve a vigia-lo, ate que adormeceu a sua cabeceira.
 De manha ela ainda estava a dormir, quando ele acordava e viu-a ao a dormir na sua cabeceira. Mesmo com dores levantou-se e foi tapa-la. Mas quando fez isso a sua ferida ainda sangrou mais, e a sua febre voltara a subir.
 E nesse preciso instante acordo, como soube-se de alguma coisa que estava prestes a acontecer e aconteceu, só sabia que não era nada de bom...
¾      Como é que estarão os outros?
¾      É melhor ir vê-los?- disse ela para si.
Então quando saiu do quarto o João Ricardo levantou-se...quando foi vê-los viu que a sua febre baixou rápido de mais, e as suas feridas estavam quase cicatrizadas. Ao ver isto foi ao quarto do João Ricardo ver uma coisa para saber se tinha a resposta que procurava, e viu-o levantado então colocou a sua mão novamente no seu ombro.
¾      João Ricardo?
¾      O que sentes?
¾      Nada.
¾      Não voltes a repetir, que não se passa nada, porque isso é mentira!
¾      Não voltes a responsabilizar-te por assuntos que tenho de resolver sozinha!
¾      E que não te pertencem!
¾      Esses assuntos também me pertencem.
¾      Deste quando?
¾      Há espera, já sei!
¾      Deste que sobes-te que eu estava gravida de ti, achas que te dá o direito de meteres-te nos meus assuntos!
¾      Não é nada disso.
¾      Se não é nada disto!
¾      É o quê afinal?!
¾      Não sabes mesmo agradecer quem esta sempre a ajudar-te!
¾      João Ricardo, ouve.
¾      Ouvir o quê?!
¾      Mais insultos!
¾      Ouve!
¾      Se achas que isto que disse é insultar-te, então o que me fixes-te!
¾      Insultaste-me sim, não acreditando na minha palavra quando te estava dizendo que eu era a Rose !
¾       Mas não, o querido Rei preferiu prender-me...
¾      Isso foi um mal entendido.
¾       João Ricardo, na minha opinião acho que não nascer-mos um para o outro.
¾      O que queres dizer com isso?!
¾      Quero dizer...quero dizer que...
¾      Que...acho melhor esqueceres este filho e esqueceres-me, esquece que alguma vez me conheces-te e que já fomos casados.
¾       Nem penses!
¾      Esse filho que estais esperando ficara comigo!
¾      Eu não o vou permitir!
¾      Não te esqueças, que quem ainda o tem só eu!
¾      O que estas pensando fazer, Rose ?
¾      Tu não eras capas, pois não?
¾      Tu não irias fazer um aborto de propósito, não é assim Rose ?
¾      Responde!
¾      Mesmo que quiser-se não poderia.
¾      Porque não seria capas de o fazer.
¾      Apesar de ser essa a minha vontade!
E saiu do quarto a chorar, as horas começaram passar, a passar e nada dela. Ela tinha desaparecido, foi então que se lembrou de ir procurá-la.
Pois estava com um pressentimento muito estranho, então pegou no cavalo da Rose  porque era muito veloz, e estava com medo de não chegar a tempo.
 Quando chegou lá estava ela na gruta, como tinha previsto, o que não tinha nos planos  era ela estava prestes a ter a criança, e não a poder levar. Adivinhem quem apareceu para vir ajudar, o Diego.
¾      Como é que sobes-te?
¾      E se estavas doente como é que conseguiste vir?
¾      Isso agora não importa.
  Enquanto falavam e discutiam ela teve o filho, quando ouviram o choro é que se  calaram.
¾      Rose ?
¾      Estas bem?
¾      Um pouco cansada.
¾      Então descansa.
¾      Diego, diz-me uma coisa tu gostas dela?
¾      Que pergunta vem a ser essa?
¾      Não é nada
¾      Mas os vossos olhares quando se olham são...tu sabes.
¾      Sim, gosto dela.
¾      É por isso que ela tem reagido assim.
¾      Assim, como?
¾      Nada, nada esquece.
¾      Ela já não te liga mais, não é?
¾      É isso mesmo e outras coisas.
¾      Eu sei.
¾      Ouvi-vos a discutir.
¾      Ela já não me ama mais.
¾      Não podes fazer nada.
¾      Posso, posso.
¾      O quê?
¾      Retirando-lhe o filho.
¾      João Ricardo ficas-te parvo!
¾      Mas já que ela quer ficar contigo, ficara sem o filho.
¾      Isso não esta correcto!
¾      Não te esqueças que fizeste-lhe mas mal do que ela a ti!
¾      Isso já não me interessa!
¾      E isto ficara só entre nós os dois, ouviste!
¾      Sim, meu Rei.
¾      E da próxima vez não me chames parvo, iras pagar por isso.
¾      Claro, meu Rei.
¾      Quando ela acordar nada disto se passou, ficamos claros?!
¾      Com certeza.
¾      Isso é o que tu pensas.- disse ele para si próprio.
Quando ela acordou, viu que alguma coisa se pasRose , e começou a pensar no que poderia ter sido.
¾      Então acordas-te muda?!
¾      Não, e porque estais a tratar-me assim, João Ricardo?
¾      Para já eu, não sou João Ricardo, sou Rei.
¾      E quero ser tratado como tal.
¾      Apesar de teres um filho meu não quer dizer nada.
¾      Diego, o que é que aconteceu?
¾      Nada, Senhora.
¾      Porquê que me estais tratando por...mas afinal o que é que se passa aqui?!
¾      João Ricardo, quer dizer Senhor Rei João Ricardo, tens alguma coisa a ver com isto?
¾      Eu, nada.
¾      Vou fazer de conta que não se passa nada.
O Diego começou a fazer sinal...para a avisar para ter cuidado com o filho.
¾      O que foi?- perguntou ela em voz baixa.
¾      O teu filho.- disse ele também em voz baixa.
¾      Do que é que vocês os dois estão falando?
¾      De nada, meu...quer dizer João Ricardo.
¾      O que se pasRose  aqui?- perguntava-se ela.
¾      O que tanto pensas, Rose ?
¾      Nada, senhor João Ricardo.
O Diego continuava a fazer-lhe sinal, sem que o João Ricardo se percebesse.
¾      O que é?- perguntou ela em voz baixa.
¾      O teu filho.- respondeu ele em vos baixa.
¾      O meu filho?
¾      É isso ele vai me tirar o filho, não é Diego?- perguntou ela em voz baixa.
¾      É isso mesmo.
¾      Diego, vem cá para a frente.
¾      Sim, Rei quer dizer João Ricardo.
Então ele fez-lhe um sinal para ela ter cuidado, e ela percebeu o plano. Ele iria desconcentrar o Rei para que ela pode-se fugir. De súbito ela começa a fugir, e o Diego sem que ele e ela percebessem, disparou um tiro, mas ninguém sabia que ela tinha novamente os poderes...o que foi estranho é que ela não caiu logo no chão.
  Ela virou- se para trás e disse:
¾      Pensavas que me matavas, era?
¾      Mas não foi eu Rose .- disse o João Ricardo.
¾      Quem te disse que estou falando de ti?
¾      Porque eu tinha te dito que iria tirar-te o filho.
¾      Eu sei disso.
¾      O problema é que representas muito bem, João Ricardo.
¾      Ainda bem que o sabes.
¾      Diego, tens alguma coisa para dizeres?
¾      Eu nada.
¾      Nada, pensavas que me matavas assim tão facilmente?
¾      Do que estais falando?
¾      Pensavas que disparando aquele tiro as escondidas, matavas-me?!
¾      Que eu saiba não estava nos teus planos, que eu sobrevivesse, pois não?
¾      Que planos?
¾      Não fazes, de desapercebido!
¾      Confesso tentei matar-te, por isso é que fiz tudo aquilo.
¾      Só que caíste, directamente na armadilha, meu caro!
¾      Eu fiz tudo aquilo para poderes confiar em mim.
¾      Então era por isso que me tratavas assim tão bem, Rose !
¾      Já devia estar desconfiado, por causa destes últimos dias.
¾      Eu nunca haveria de gostar de ti, porque tu não prestas!
¾      Se pensavas que quando eu estava a tratar e preocupar-me contigo, era por gostar de ti e andar junto de ti!
¾      Enganaste, e tens agora essa confirmação!
¾      Tira-me o já da frente, João Ricardo.
¾      Como desejares.
¾      Então João Ricardo, não lhe vais contar?!
¾      Contar o quê?
¾      Do que esta ele a falar, João?
¾      Porquê não lhe contas que não és o Rei de Tara!
¾      Guardas levem-no, já!
¾      Como quiser, senhor.
¾      Agora diz-me do que estava ele a falar?
¾      Desde que vieste, para cá que eu queria te dizer uma coisa.
¾      Eu não sou o Rei de Tara.
¾      Mas sim, um simples cavaleiro do Rei.
¾      E aquela que viste, não, era a minha mulher, mas sim a minha noiva.
¾      Porquê que nunca me contaste!
¾      Porque estava zangado contigo!
¾      Espera, Rose !
¾      Tu não es filha dos reis de Tara nem de França!
¾      Desses-te o quê!?
¾      Tens três origens!
¾      Estais falando do quê?!
¾      És filha dos reis de Espanha!
¾      Quando nasces-te, o Rei acabava de morrer na batalha, e a tua mãe sabia que iria ser assassinada e que queriam matar-te, então ela pediu a sua amiga, a Rainha de Tara para cuidar e tratar-te como se vocês sua filha. Só que a sua amiga sabia que com as qualidades que tinhas, viver nesse lugar nunca iria trazer-te sucesso, como Rainha e Cavaleira.
  Por isso pediu a Rainha de França se queria ficar contigo, já que ela não podia ter filhos e o Rei estava fora durante nove meses, como só tinhas umas semanas de idade, claro que te aceito.
  O Rei ficou contentíssimo, anos pasRose m e tu tinhas te tornado uma óptima cavaleira, ele ficou espantado com as tuas qualidades, apesar de seres ainda uma mocinha de catorze anos. Mas depois o Rei apanhou uma doença muito rara e acabou por morrer, lembras-te?
¾      Claro.
Nesse dia sais-te cheia de ódio, numa noite de tempestade e foi quando encontras-te o medalhão.
¾      Como é que sabes isto tudo?!
¾      Porque eu andava a vigiar-te, e ainda ando.
¾      Diz-me, porquê é que a minha mãe, quer dizer ela me odiava tanto, a pontos de querer acabar comigo e com a minha felicidade?
¾      Porque, quando te tornas-te mulher, tornaste-te a mais bonita do Reino e a mais corajosa.
¾      Eu era apenas um servo.
¾      Que conversa é essa!?
¾      Quando nasci em Espanha tornei-me logo teu empregado.
¾      Tu eras aquele rapaz de que me apaixonei?!
¾      Esse mesmo.
¾      Mas afinal como te tornas-te Príncipe?!
¾      Foi adoptado pelos Reis de Roma.
¾      Quando é que tencionavas contar-me isto?!!
¾      Não sei.
¾      Mas agora iras governar os teus três Reinos sozinha, sua Majestade.
¾      João Ricardo,  só quero que saibas que eu nunca te amei.
¾      O quê!!?
¾      Há anos atras eu antes de casar com o Jonathan estava e ainda estou apaixonada pelo João Pedro.
¾      Então porquê casas-te te comigo?!
¾      Porque pensava que ele não me amava.
¾      Eu juro que tentei esquece-lo, mas é o dono do meu coração, por mais que tente eu não consigo esquece-lo.
¾      E tudo aquilo pelo que passamos?!
¾      Aquilo tudo foi apenas por pura amizade.
¾      Já lhe dizes-te isso?
¾      Nunca.
¾      Pois ele é um homem de sorte.
¾      Eu não te queria magoar, mas é que eu já não aguentava, mais!
¾      Por Favor perdoa-me!
¾      João Ricardo, tudo o que fixes-te por mim, não foi por amor, pois não?
¾      Pois eu sei que gostavas de outra pessoa.
¾      O problema é que ela já não existe.
¾      Como assim?
¾      Porque eu apaixonei-me por ti.
¾      E acabas-te por fazer-me, esquece-la.
¾      Mas eu não queria.
¾      João Ricardo, há uma coisa que eu durante todo este tempo tenho andando a esconder.
¾      Só espero que me perdoes.
¾      É que nem o João Pedro sabe.
¾      O que é?
¾      Eu tenho um filho bastardo.
¾      E de quem é esse filho?
¾      Há espera deixa-me adivinhar!
¾      É do João Pedro.
¾      Desculpa.
¾      Não me pesas desculpa, mas sim ao João Pedro, porque devias lhe ter contado!
¾      Eu não queria que descobrissem isto.
¾      Ele já não gosta mais de mim!
¾      Para quê é que ele precisava saber!
¾      Podeis ter razão, mas ele será sempre o pai.
¾      Pode ser mas ele nunca tomara o papel de tal!
¾      Porquê estais assim?
¾      Porquê ele mexeu com os meus sentimentos e magoou-me!
¾      Isso não tem perdão e nunca o irei perdoar, nunca!
¾      Rose , ouve-me.
¾      Não deixes que esse ódio se apodere de ti, lembra-te do nosso filho Marcus!
¾      Pois se isso acontecer nunca mais voltaras a ser quem eras!
¾      É difícil, pois sabeis que isso já aconteceu e pode tornar a acontecer!
¾      Lembras-te do que disse o Diego á tempos atrás?!
¾      Mais ou menos.
¾      “O teu coração poderá decidi-lo”
¾      E o que tu respondeste.
¾                “Quando o fazer já poderá ser tarde de mais”
¾                O que quereis dizer com isso?!
¾                Que o teu coração já decidiu.
¾                Decidiu o quê?!
¾                Se tomares atenção veras o que eu te quero dizer.
¾                Espera João Ricardo!
¾                Desculpa, mas já não posso ficar mais tempo.
¾                Não me vires as costas!
¾                E para de falares Espanhol!
¾                Irei tentar
¾                E tu também, Rose !
¾                E agora?
¾                Estou praticamente sozinha, o João Ricardo foi-se embora, o Diego foi preso, Cavaleiro Andante desapareceu e o João Pedro nem se fala.
¾                Por acaso estais falando em mim?
¾                Não podias ter ficado onde estavas, Jonathan!
¾                Pronto, pronto o que é que aconteceu?
¾                Nada, desaparece!
¾                O que é que tens gata assanhada?
¾                Já te disse que não tenho nada!
¾                Esta bem, faz de conta que acredito.
¾                Jonathan, eu vou te matar!
¾                Acalma-te!
¾                Desaparece-me já da frente, Jonathan!
¾                Tudo bem eu vou fazer-te a vontade.
¾                Ate que enfim!
¾                Porquê dizes isso?
¾                Ainda não te fostes embora!?
¾                Pronto se quiseres eu vou-me embora.
¾                João Pedro!!?
¾                Só cá falta mais este!
¾                Por onde tens andado?!!
¾                Não é da tua conta.
¾                Se é essa a resposta, vai-te já embora!
¾                Não mandas em mim!
¾                Maldito!
¾                “Rose  não deixes que esse ódio se apodere de ti”- lembrou-se ela de repente.
¾                Se eu não mando em ti sai das minhas terras!
¾                Das tuas terras?!
¾                Que eu saiba não sois rainha de Tara!
¾                Eu sempre foi Rainha de Tara!
¾                Como podei ser isso possível?!
¾                Porque os meus pais eram adoptivos e eram Reis de Tara!
¾                Essa tua sorte um dia desaparecera!
¾                Pode ser que tenhas razão!
¾                Mas ate lá...
¾                Tu ainda me iras paga-las!
¾                Estas me ameaçando!?
¾                Entende como quiseres, vossa Alteza!
¾                Vê se percebes, o que faço também me custa!
¾                Mas eu não posso voltar a ser quem era, nem como era!
¾                Eu não posso voltar a ser aquela mulher que perdoava tudo e todos, não posso!
¾                Com esse novo feitio não há dês ser feliz!
¾                Pode ser que sim.
¾                Mas é um risco que tenho de correr.
¾                Eu sei que estas magoada também sei que sofres-te muito, mas isso não te da o direito de te vingares nas outras pessoas!
¾                E as outras pessoas tem esse direito?!!!
¾                É claro que não.
¾                João Pedro, ouve o que te vou dizer.
¾                Desaparece!
¾                Eu não quero falar mais contigo!
¾                Tu é que ficas a perder!
¾                Se vocês a ti não dizia isso!
¾                João Ricardo, não digas nada!
¾                João Ricardo, por favor!
¾                Desculpa, Rose  mas eu já não aguento mais que ele te magoe!
¾                João Pedro, tu tens um filho com ela!
¾                João Ricardo, não o devias ter dito!
¾                Rose , acalma-te, não deixes esse teu ódio se apoderar de ti!
¾                Não te esqueças do teu filho!
¾                Há, há, há!
¾                Rose ?
¾                Esse nome já não existe!
¾                Não, não podes ter deixado teu ódio apoderar-se de ti!?
¾                Rose , os teus olhos?!!
¾                O que tem?
¾                Estão vermelhos!!
¾                O não, não pode ser verdade, o que ela disse!!
¾                O que se passa contigo?!!
¾                O que tens?!!!
¾                Não é verdade, não pode ser verdade!!!
¾                Eu não posso ser, não posso!!!
¾                Não podes ser quem!!?
¾                Eu não posso ser a descendente da feiticeira!!
¾                Não és tu, é a Cloe!!
¾                Onde esta ela?!!!
¾                Onde!!?
¾                Após ter vindo para aqui ela nunca mais foi vista!!
¾                “...ela vai-te trair”- lembrava-se ela quando ele tinha dito aquilo.
¾                O Tornado tinha razão!!
¾                O Tornado?
¾                Sim, ele tinha me avisado de que ela iria fazer me uma traição.
¾                O Precipício!.
¾                O Principio e o Fim do Inferno!
¾                Do quê estais falando?
¾                Rose , o Inferno ainda não terminou!
¾                Já deu para perceber.
¾                Mas deixa-me em paz!
¾                Rose , porquê é que es assim?!
¾                Porquê que es assim tão má?!!
¾                Eu não sou má, nunca foi.
¾                As experiências que já vivi é que me tornaram assim!
¾                E vocês os dois sabem isso muito bem!
¾                Se não es porquê te fazes passar por isso?
¾                Porque não quero que saibam que tenho um coração que tudo perdoa, não quero que sofram o que eu já sofri, nem quero que sofram por mim, nem quero que tenham pena!
¾                Eu não quero ter coração, nem quero voltar a amar ninguém!
¾                Eu não voltarei a dar a minha vida por ninguém!
¾                Nem pelo teu próprio filho?- disse o João Pedro.
¾                Não!
¾                Só deveis estar brincando, para nos assustar?
¾                Eu já não estou a brincar!
¾                Desde o dia que brincastes com os meus sentimentos nunca mais fui a mesma, Rose ,  que conheces-te a tempos atrás, João Pedro!
¾                Tudo o que me fizestes passar ainda esta engasgado na minha garganta!
¾                E juro-te que iras pagar por tudo isso, nem que tenha de morrer, João Pedro!
¾                Agora estas a começar a assustar-me!
¾                Espero que te assuastes porque o que te irei fazer ainda será mais assustador!
¾                Há, Ah, Há...
¾                Desculpa, João Pedro, mas eu já não mando nos meus sentimentos, nem nos meus actos!- disse ela em voz baixa.
¾                Porquê lhe disseste aquilo?
¾                Não sei.
¾                Já não es a mesma, Rose , que conheci a tempos.
¾                E eu sei disso, J.R.
¾                O que é que me chamaste?
¾                J.R, mas porquê?
¾                Tu há muito tempo que não me chamavas isso.
¾                Mas porquê que es assim para ele, e não para mim?
¾                Não sei.
¾                Será porque sinto mais afecto da tua parte do que da dele?
¾                Como pode isso ser possível, tu amas o João Pedro.
¾                Pode ser que eu ame o João Pedro, mas o que sinto por ti eu ainda não esqueci.
¾                Podes ter a certeza de que eu nunca me irei esquecer de ti.
¾                Até pode ser que eu sinta alguma coisa por ti, mas prefiro que fiquemos só amigos.
¾                Tu sabes que eu tenho dupla personalidade, por isso é melhor continuarmos assim pois eu não te quero magoar.
¾                E tu sabeis como fico...
¾                É obvio que sei.
¾                Mas sou sincera prefiro ficar sozinha para sempre, não quero me preocupar mais com os amados.
¾                Mas sim com os meus filhos.
¾                Rose , diz-me só uma coisa, tu andas preocupada não andas?
¾                Mas porquê?
¾                Não aguento mais tenho que contar um segredo, mas promete-me que não dizes nada a ninguém, nunca.
¾                Prometo.
¾                Por onde irei começar?
¾                Pelo principio, que tal?
¾                Eu não sou mais a Cavaleira Unicórnio Branco de calda Dourada.
¾                Como assim?
¾                Eu vou-te contar a verdadeira historia da minha existência.
¾                A muito, muito tempo existiu um Cavaleiro, que na verdade era uma Cavaleira, mas nunca ninguém soube. Que foi destinada a matar a Feiticeira, mas os tempos pasRose m e os poderes dessa pessoa começaram a tornarem-se fracos e a Feiticeira ao saber aprisionou-a e depois matou-a, só que ela tinha escondido o medalhão.
As pessoas penRose m que ela tinha morrido de vez, mas não passando 20 anos, nasceu o João Pedro, o Rei Ricardo entre outros, então ela voltou a renascer na pele da filha da Rainha de Espanha, pois com esses novos poderes poderia ser que ela consegui-se resolver o seu assunto. Mas ela sofreu muito até aos dias de hoje...
¾      Mas de quem estas falando?
¾      De mim.
¾      Eu sou essa Cavaleira, eu não tenho 25 anos nem 35 anos, mas sim mais de 1500 anos.
¾      Tu és tão nova porque renasces-te na pele de uma criança, mas continuas a ser a mesma Cavaleira de a 1500 anos,.
¾      Eu sei disso, mas o que tu não sabes é que quando nasci eu não tinha coração porque fui criada apenas para matar a Feiticeira. Só quando renasci é que percebi que era uma pessoa como as outras e foi então que a minha vida começou apaixonando-me por ti quando tinha 14 anos etc.
¾      Eu nunca pensei a vir ter filhos nem casar entre outras coisas.
¾      E quanto aos meus poderes, os poderes que possui do Unicórnio Branco de calda Dourada já não existem.
¾      Então quer dizer que já não tens poderes.
¾      Não, isso não é verdade.
¾      Porque eu agora já não sou mais a Cavaleira Unicórnio Branco de calda Dourada, mas sim a Cavaleira Pantera Negra!
¾      Lembras-te de quando o Diego me quis matar?
¾      Sim.
¾      Foi por causa da astucia da Pantera Negra que não me acertou.
¾      Mas os meus dias estão contados.
¾      Contados como assim?
¾      Como eu já te disse eu fui destinada a matar a Feiticeira, quando a matar eu desapareço para sempre.
¾      E os meus filhos voltaram a viver, por isso quero te pedir que tomes conta deles por mim.
¾      Pois eu já cá não estarei.
¾      Mas alguém igual a mim ira aparecer, mas com um destino deferente do meu, ela ira amar-te...mas peso te por tudo que é mais sagrado faz de tudo para impedires que ela se apaixone pelo João Pedro, porque se não terás de a matar. Porque ela é o meu clone, e foi esse o meu erro porque ela tem um espaço livre no seu coração, e não pode cometer os mesmos erros que cometi.
¾      Ela ira tomar o meu lugar como Rainha dos três reinos e tu o Rei.
¾      Mas eu nunca mais te poderei ver, tocar...

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