¾
Sim, mas
já não sei de quem gosto!
¾
Se é do João Ricardo ou do João Pedro.
¾
Só o vosso coração poderá decidi-lo.
¾
Quando o fazer já poderá ser tarde de mais.
¾
Não vós
esquecei da criança que espera.
¾
Eu sei disso.
¾
Vou ter mais cuidado.
¾
Acho que será o melhor, não só para a criança
mas também para vós.
¾
Diego, para de me tratar por “vós”.
¾
Sim, minha senhora.
¾
E para de me tratar também por “senhora”.
¾
Pois eu já não sou nada.
¾
Não digas disparates.
Começava a cair a noite, então
o Diego foi procurar um abrigo para ex-rainha. Quando vê o João Pedro caído no
chão, ferido.
Foi de imediato ajuda-lo levando para o abrigo
onde estava a Rose .
¾
Rose ?
¾
Sim, Diego?
¾
João Pedro?!
¾
A calma-te.
¾
Esta bem, esta bem.
¾
Já estou calma, agora diz-me o que aconteceu.
¾
Encontrei-o caído no chão ao pé de umas rochas.
¾
Quem poderia ter feito tal coisa?
¾
Quem sabe o João Ricardo!
¾
O João Ricardo?!
¾
Diego cuidas dele por mim?
¾
Onde vais?!
¾
Tenho de ir fazer uma coisa.
¾
Onde vais Rose e o que vais fazer?!!!
¾
Rose ouve-me bem eu já te salvei a ti e ao teu
filho uma vez não sei se poderei ter novamente essa sorte!
¾
Pensa bem no que iras fazer!
¾
Diego, espera onde vais?
¾
Vou dar uma volta, cuida dele.
¾
Vê se tens a mesma sorte que eu tive contigo e
com o teu filho, na noite anterior!
¾
Diego,
Diego!
¾
Sou mesmo parva só sei magoar as pessoas que amo
e que me amam, mas não posso deixar o João Pedro para ir atrás do Diego nem
posso ir atrás do Diego e deixar aqui o João Pedro no estado em que esta.
¾
Tornado!!
¾
Que deseja minha rainha?
¾
Preciso que cuides do João Pedro por mim, es
capaz disso?
¾
Claro que só.
¾
Muito obrigado Tornado.
Assim saiu ela em pela noite
procurando pelo Diego, procurou e procurou ate de madrugada quando foi dar com
ele sentado na praia vendo o nascer-do-sol chorando porque viu que nunca iria
ter chances com a Rose . Só quando o viu nesse estado é que percebeu o que ele
tinha se apaixonado por si.
¾
Então Diego também gostas de ver nascer o sol?
¾
O que estas a fazer aqui?!
¾
Porque é que não estas com o João Pedro!
¾
Gostas tanto dele!
¾
Diego...
¾
Deixa-me em paz!
¾
Diego!!!!!
¾
Cala-te!!!
¾
Eu já percebi que estas apaixonado por mim, mas
isso não te da o direito de mandares na minha vida e nas minhas decisões, es
apenas um empregado!!!!
¾
Desculpa, desculpa Diego eu não tive intenção de
te magoar.
¾
Para quem nunca faltou nada é difícil não
é?!
¾
A minha cabeça estou a ver tudo á volta.
¾
Diego...
Quando o Diego virou-se
viu-a desmaiada no chão, e estava cheia de febre porque um pouco antes ela
tinha apanhado chuva.
¾
Es mesmo um estúpido, Diego ela neste estado e
eu só a enervo.- disse ele para dentro.
¾
Diego, acalma-te.
¾
Rose , desculpa eu...
¾
Não digas mais nada.
¾
É melhor irmos andando, eu já estou melhor.
Depois disso foram para o abrigo quando chegaram deram de
caras com o Tornado amarado, e com um bilhete escrito dizendo “num momento tens
uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma”.
¾
O que significa isto!!!
¾
Parece um enigma.
¾
Mas quem poderá ter feito isto?
¾
Tornado viste quem foi?
¾
Quer dizer...
¾
Viste ou não!
¾
Pronto, pronto esta bem eu digo.
¾
Quem fez isto e levou o João Pedro foi o D. Miguel.
¾
Mas o que quer ele de mim outra vez?!
¾
Porquê reagiste assim?
¾
Por nada.
¾
Então porque estais tão preocupada?
¾
Porque, porque...
¾
Porque?
¾
Porque foi ele quem tentou matar uma vez o João
Ricardo e a nossa filha.
¾
Não estou percebendo?
¾
Ele vai tentar fazer a mesma coisa, só que ele é
agora é Rei de França (inimigo).
¾
Tentar fazer a mesma coisa?
¾
Mas do que é que esta a falar?
¾
Ele vai mata o João Pedro, porque ele é um dos
meus amados.
¾
Desculpa, Diego, mas eu não te quero dar falsas
esperanças.
¾
Eu não quero que sofras, pois sei o que isso é.
¾
Isso agora não interessa.
¾
Temos de decifrar o enigma.
¾
Monta o cavalo, pois temos muito caminho pela
frente.
Depois de terem montado os cavalos, saíram em direcção
sabe-se lá para onde, e durante esse caminho ela estava tentando decifrar o
enigma, quando de repente veio lhe a cabeça o que queria dizer o enigma.
¾
“Uma mão cheia de nada, outra de coisa nenhuma”
quer dizer que eu vou ser a próxima vitima...- disse ela em voz baixa.
¾
O que é que estas dizendo?
¾
O enigma já sei o que quer dizer!
¾
No bilhete dizia “uma mão cheia de
nada...”significa que não conseguirei reconquistar o João Ricardo, e “outra de
coisa nenhuma” significa que a próxima vitima serei eu por causa do filho que
estou a espera dele.
¾
Vamos ter com o João Ricardo, o rei.
Já de madrugada chegaram ao reino, disseram que tinham um
assunto urgente para lhe dizer.
¾
Senhor, estão aqui duas pessoas para falar
consigo.
¾
Mandas entrar.
¾
Tu?!
¾
Estais tão espantado porquê?
¾
Meu rei, posso falar com vos a sós uns
instantes?
¾
Diego, o que é que queres falar com ele?
¾
Por favor.
¾
Esta bem.
Ela saiu, só que tinha se escondido para saber o que
ele ia dizer ao João Ricardo.
¾
Meu rei, a sua ex-mulher como você sabe estai
gravida.
¾
Sim e depois?
¾
Ela esta em risco de perder a criança.
¾
Porquê?!
¾
Lembrai-se do D.Miguel?
¾
Sim.
¾
Ele ameaçou de fazer com que ela perca esse
filho, e entronca do João Pedro o vosso amigo e quer que ela faça um aborto.
¾
Ela não pode fazer isso!
¾
Mas se não a impedir...
¾
E tenha cuidado com a cavaleira negra, ela é sua
amiga e a vossa alteza conhece-a.
¾
Por favor, se gostai dela não a deixe entrar
nesta missão.
¾
Eu não o permitirei.
Nesse preciso momento ela vesti-o o seu fato de cavaleira
negra e montou o seu cavalo, mas quando o fez desmaiou. Os soldados viram-na e
apanharam-na e levaram-na ao rei.
¾
Alteza, trazemos lhe uma surpresa.
¾
A cavaleira negra!
¾
O, não!- disse Diego.
¾
Podem ir, guardas.
¾
Com a vossa licença.
¾
Ela é a Rose não é?
¾
É pois.
¾
Foi tão estúpido.
¾
É melhor irmos deita-la no estado que esta .
¾
Mas é melhor amara-la a cama, pois sabe que ela
vai fazer de tudo para entrar nesta missão, agora que ela não tem os poderes.
¾
Espera lá, desses-te que ela não tem os poderes?
¾
Como é que isso é possível?
¾
Por causa daquela noite nas escadas, ela usou
todos os poderes para não perder o vosso filho, mas nunca percebeu o que fez
por isso é que toda a gente disse que o
vosso filho tinha morrido.
¾
E por ela
ter usado todos os poderes que lhe restavam, não conseguiu salvar todos os
filhos que tinha só um apenas poderia salvar.
¾
Sem os poderes dela...é impossível...
¾
Ela não perdeu totalmente os poderes.
¾
Como assim?
¾
Ela tem ainda chance de recuperar os poderes,
basta ela querer.
¾
“basta ela querer” o que queres dizer com isso?
¾
Ela só precisa do momento certo para o fazer.
¾
Seis meses.
¾
Seis meses, é depois dela ter a criança.
¾
Agora já percebe, a razão?
¾
Já.
¾
Mas como é que vamos resolver isto tudo?!
¾
Isso já não sei.
¾
Só ela o poderá dizer.
¾
Mas teremos de esperar que ela acorde.
Alguns minutos bastaram para fazerem-na acordar, só que
custava-lhe a levantar-se pois a ferida não lhe permitia isso. Mas o rei tinha
ouvido alguma coisa e foi ao seu quarto, ver o que se passava e viu que ela
continuava a deitar muito sangue, já não sabia o que havia de fazer para que a
sua ferida para se sangrar. Se não fizer-se alguma coisas depressa ela e o seu
filho acabariam por morrer, então foi chamar o Diego para lhe perguntar o que
havia de fazer para que a ferida dela para se de sangrar. A sua resposta foi
esta “ ela esta nas tuas mãos”.
Ele não percebeu o
que ele queria dizer com aquilo, mas mesmo assim ele não se importou e viu que só
ele é que a poderia salvar, de repente lembrou-se que também ele tinha poderes
e foi com esses mesmos poderes que ele a conseguiu curar mas não totalmente.
¾
Percebeste o que eu vós queria dizer?
¾
Deixa descansar amanha podereis falar com ela
sobre este assunto.
¾
Enquanto isso....
¾
Espera, preciso que contes o que aconteceu para
ela voltar para cá.
¾
Um dos motivos foi por tu causa e o outro foi
porque ela já não é mais rainha de França.
¾
Repete lá isso outra vez.
¾
Ela já não é mais rainha de França.
¾
Entendes agora como ela se sente?
¾
Entendo.
¾
Ela perdeu-te e perdeu o seu trono.
¾
É obvio que esta revoltada.
¾
Ainda depois daquilo que fizeste antes e depois
de sabes...
¾
Será que ela me desculpa?
¾
Ela eu não sei, mas a tua mulher acho que não.
¾
Porque ela saiu agora daqui a chorar.
¾
E não fale a pena ires atras dela, porque ela já
não volta ainda por cima ela estava apaixonada por outro.
¾
Porque é que tens sempre respostas debaixo da
língua?
¾
Aprendi isto e muito mais com a Rose apesar de não ter poderes como vos.
¾
É por isso que todos gostam dela.
¾
E com esta conversa toda esquecemo-nos de salvar
o João Pedro.
¾
Eu sei onde esta ele.
¾
Então vamos...
¾
Não!
¾
O que te deu!
¾
Quero dizer-te uma coisa.
¾
Quem o vai salvar, sou eu.
¾
E eu vou devolver o trono da Rose , por isso se morrer toma conta dela por mim.
¾
Eu vou salvar o João Pedro...
¾
Mas depois do meu filho nascer partirei para
França.
¾
Enquanto não voltar toma conta dela por mim.
¾
Tudo bem.
¾
Mas se ela me perguntar por ti?
¾
Diz que , diz, conta-lhe a verdade...
¾
Mas ate lá já estarei de volta.
Ele saiu para o local onde estava preso o João Pedro,
só que o Diego perguntou-lhe como é que ele tinha descoberto tão depressa o
esconderijo do inimigo.
¾
Porque o enigma que deixaram significa o que a Rose
disse, mas também é conhecido como um
esconderijo e o seu nome é O abismo de La Fontaine.
¾
Onde é que fica esse lugar?
¾
Em Manhattan.
¾
Apresa-te, meu Rei.
¾
Podes querer que, sim.
Quando ele saiu sabia que não iria voltar nessa mesma
noite por, isso tinha escrito uma carta porque se já não volta-se ela saberia
que ele ainda gostava dela, e o que a carta continha era:
(...)
Depois do João Ricardo partir o Diego foi para o pé dela,
horas e horas passarão e pasRose m, e nada do João Ricardo ate que a uma certa
altura a Rose tinha acordado e estava
chamando por ele e perguntando. Então o Diego inventou uma historia, mas ela
não acreditou, e acabou por contar onde ele tinha ido. Ela disse ao Diego para
a deixar durante alguns minutos, ao mesmo tempo que o Diego ia a sair ela viu
uma carta caída junto a sua cama. Mal a acabou ler, apanhou tamanho susto que
desmaiou de imediato.
¾
O que irei fazer?- disse Diego.
¾
Ela ira fazer de tudo para derrotar os seus
inimigos nem que tenha de morrer por causa disso.
¾
É melhor entrar antes que ela fuja.
Quando entrou viu-a desmaiada com uma carta na mão, então
ele leu-a e percebeu por quê tinha reagido assim quando tinha-lhe contado que
ele fora ajudar o João Pedro.
Pois já não
voltaria mais, e iria condenar o Diego por não o ter impedido de ir, então
nesse preciso momento uma força estranha invadiu-o e naquele momento sem saber
de onde nem por quê ele tinha ganho poderes.
A partir desse dia nunca mais ninguém voltou a ver o Rei,
e isso prolongou-se durante 4 meses. Mas a Rose ainda tinha esperanças que os 2 voltassem,
cada dia que passava era mais um dia em que ela ia perdendo a esperança, apesar
de acreditar ainda nisso.
O Diego é que já
não ia aguentando tanta tristeza, e cada vez tinha mais remorsos de o ter
deixado ir. Pois via a tristeza em que ela se encontrava, e sabia que nada
podia fazer nada mesmo com poderes. Mais 1 mês que passava e nada deles os 2,
era como se eles tivessem se evaporado. E a sua tristeza era cada vez maior, se
ele não volta-se depressa poderia ser que a Rainha acaba-se por morrer ou
matar-se.
Mas eis uma noite de lua cheia, ela viu reflectida na Lua,
algo que não poderia explicar, alguma coisa iria acontecer. O problema era que,
não se percebia o que ela mostrava, porque as imagens que transmitia estavam
desfocadas.
E não conseguia
decifra-las, a única coisa que percebeu foi alguém sendo atingido, mas não
sabia quem poderia ser ou ter sido. Pois ela sabia que o sítio onde fora o João
Ricardo, nunca ninguém regressava mesmo que tivesse poderes...e a esperança que
ainda lhe restava morreu precisamente, naquela noite. Dês daí nunca mais foi a
mesma passava dias inteiros chorando, Diego já não aguentava mais tamanho
sofrimento e então ia partir de madrugada, para que ela não soubesse de nada.
A 1 mês e algumas
semanas, dela ter a criança a sua vida começara a complicar-se demasiado, não
tinha sossego, não podia descansar, só tinha problemas atrás de problemas e nem
tempo tinha...
E durante a noite
foi a janela ver a Lua, e além estava um cavalo todo branco de calda dourada,
esse cavalo era o Tornado que tinha regressado do sitio onde tinha ido o Rei.
Mas não estava sozinho montado nele estava, o Diego, pronto para partir e mesmo
que ela quiser-se não o podia impedir de ir aquele sitio malvado. Então ela
disse:
¾
Por que estais fazendo-me isto!?
¾
O que estou sofrendo, não te chega!
¾
Tiraste-me tudo o que tinha de mais precioso!
¾
Tiraste-me o João Ricardo, o João Pedro, os meus
filhos e agora estais a tirar o único amigo que me resta!
¾
Porquê,
porquê me estais fazendo tudo isto?!
¾
Porquê?!
¾
Que mal te fiz?
¾
Diz-me!
¾
Só estas sofrendo tudo o que fizer-te sofrer as
pessoas que amas e amas-te!
¾
De nada vai adiantar, chorares!
¾
De nada!
¾
Por favor para com isto!
¾
Fui eu que te fiz mal, não eles!
¾
Pois fostes, mas isso nada muda!
¾
Eles tem de pagar por ti!
¾
Isto não vai ficar assim!
¾
Isso eu te prometo!
¾
É isso mesmo que eu quero, mãe.- disse a Lua que
na verdade era a sua filha mais velha a contactar de novo com ela.
¾
Só te aviso de mais uma coisa, ainda voltaras a
vê-los antes do terceiro por-do-sol.
¾
Quando chegar esse dia só me tornaras a ver 2
semanas depois que ira corresponder com o nascimento dessa criança.
¾
O que quer ela dizer com aquilo?
Ela após ouvir aquilo e pensar desceu as escadas e saiu em
plena noite, depois de ter caminhado até ao penhasco viu, além nascer o terceiro
por do sol como tinha dito a Lua, quando o sol cobriu-o o penhasco. Uma imensa
e constante luz brilhara e dessa luz imergiu o João Ricardo com o Diego e o
João Pedro.
E lá estavam os 3, sabe-se lá como tinha regressado,
daquele lugar tenebroso. O que sei é que tinha os devolta outra vez, e afinal a
esperança é sempre a ultima a morrer. Pode ser que a minha tenha morrido pelo
caminho, mas voltou a renascer...o que é pena é o João Ricardo ter sido ferido
no ombro, o João Pedro estar doente e o Diego ter ficado cheio de febre.
- O grande
problema é não ter poderes para os ajudar e foi, então que de repente uma voz
se ouviu dizendo:
¾
Não, precisas de poderes para os ajudares, pois
esses poderes só tu é que os tens.
¾
João Ricardo!
¾
Voltas-te!
¾
É claro, eu não me deixaria morrer, pois eu
ainda quero ver o meu filho.
¾
Es mesmo, teimoso e...destemido.
¾
O que queres, já nasci assim.
¾
Pois é...
¾
Mas é melhor irmos andando.
¾
Sim.
Pelo caminho viu
que o João Ricardo não estava nada bem, e estava a suar demais para seu
gosto...
¾
João?
¾
Sim, o que queres?
¾
Estas bem?
¾
Estou.
¾
Porquê?
¾
Estas com mal aspecto.
¾
É só porque estou um pouco cansado.
¾
É só isso.
¾
Tu não me irias mentir, pois não?
¾
É claro,
que não.
¾
Se ela soube-se que estou ferido, não iria
descansar e isso eu não quero.- disse ele para si próprio.
Mas a dor era cada vez mais forte, e ele não sabia se iria
aguentar. É que ele não queria que ninguém descobri-se.
Por fim chegaram, ele pediu aos guardas que levassem o
João Pedro e o Diego para poderem ser tratados, enquanto ia guardar os cavalos.
Quando já tinha amarrado os cavalos, ela pós a sua mão em cima do ombro dele...
¾
Ai...- disse em voz baixa.
¾
João Ricardo, de nada adianta esconderes que
estas ferido.
¾
Como é que descobriste?
¾
Fizeste muito esforço, manchas-te a camisa.
¾
Eu, não queria que soubesses.
¾
Mas porquê?
¾
Já percebi.
¾
Porque estou gravida, não é?
¾
É.
¾
Não devias fazer isso.
¾
Desculpa.
¾
Anda tratar dessa ferida.
¾
João Ricardo, anda lá.
¾
João?
¾
João!
¾
Guardas!
¾
Sim, senhora.
¾
Levem o vosso, Rei, para o quarto.
¾
Como desejar, Senhora.
Depois de já estar no Quarto...ela foi cuidar dele, do
João Pedro e do Diego, de seguida foi ver o se o João Ricardo já tinha
acordado.
¾
Então, João Ricardo?
¾
Como estas?
¾
Não te levantes, pois estais muito fraco.
¾
Estou bem.
¾
Não é o que me parece.
¾
Rose , como estão os outros dois?
¾
Estão bem, só acordam amanha de manha por causa
do sedativo que lhes dei para dormirem e não terem dores.
¾
Mas não mudes de assunto.
- Ainda
estas a sangrar, do ombro não estas?
¾
Estou.
¾
Ai!
¾
João?
¾
Sim, Rose .
¾
Eu já volto, enquanto isso vê se descansas.
¾
Tudo bem.
Quando ela voltou ele tinha adormecido, e a sua febre
tinha baixado um pouco. Durante toda a noite esteve a vigia-lo, ate que
adormeceu a sua cabeceira.
De manha ela
ainda estava a dormir, quando ele acordava e viu-a ao a dormir na sua
cabeceira. Mesmo com dores levantou-se e foi tapa-la. Mas quando fez isso a sua
ferida ainda sangrou mais, e a sua febre voltara a subir.
E nesse
preciso instante acordo, como soube-se de alguma coisa que estava prestes a
acontecer e aconteceu, só sabia que não era nada de bom...
¾
Como é que estarão os outros?
¾
É melhor ir vê-los?- disse ela para si.
Então quando saiu do quarto o João Ricardo
levantou-se...quando foi vê-los viu que a sua febre baixou rápido de mais, e as
suas feridas estavam quase cicatrizadas. Ao ver isto foi ao quarto do João
Ricardo ver uma coisa para saber se tinha a resposta que procurava, e viu-o
levantado então colocou a sua mão novamente no seu ombro.
¾
João Ricardo?
¾
O que sentes?
¾
Nada.
¾
Não voltes a repetir, que não se passa nada,
porque isso é mentira!
¾
Não voltes a responsabilizar-te por assuntos que
tenho de resolver sozinha!
¾
E que não te pertencem!
¾
Esses assuntos também me pertencem.
¾
Deste quando?
¾
Há espera, já sei!
¾
Deste que sobes-te que eu estava gravida de ti,
achas que te dá o direito de meteres-te nos meus assuntos!
¾
Não é nada disso.
¾
Se não é nada disto!
¾
É o quê afinal?!
¾
Não sabes mesmo agradecer quem esta sempre a
ajudar-te!
¾
João Ricardo, ouve.
¾
Ouvir o quê?!
¾
Mais insultos!
¾
Ouve!
¾
Se achas que isto que disse é insultar-te, então
o que me fixes-te!
¾
Insultaste-me sim, não acreditando na minha
palavra quando te estava dizendo que eu era a Rose !
¾
Mas não,
o querido Rei preferiu prender-me...
¾
Isso foi um mal entendido.
¾
João
Ricardo, na minha opinião acho que não nascer-mos um para o outro.
¾
O que queres dizer com isso?!
¾
Quero dizer...quero dizer que...
¾
Que...acho melhor esqueceres este filho e
esqueceres-me, esquece que alguma vez me conheces-te e que já fomos casados.
¾
Nem
penses!
¾
Esse filho que estais esperando ficara comigo!
¾
Eu não o vou permitir!
¾
Não te esqueças, que quem ainda o tem só eu!
¾
O que estas pensando fazer, Rose ?
¾
Tu não eras capas, pois não?
¾
Tu não irias fazer um aborto de propósito, não é
assim Rose ?
¾
Responde!
¾
Mesmo que quiser-se não poderia.
¾
Porque não seria capas de o fazer.
¾
Apesar de ser essa a minha vontade!
E saiu do quarto a chorar, as horas começaram passar,
a passar e nada dela. Ela tinha desaparecido, foi então que se lembrou de ir
procurá-la.
Pois estava com um pressentimento muito estranho,
então pegou no cavalo da Rose porque era
muito veloz, e estava com medo de não chegar a tempo.
Quando chegou
lá estava ela na gruta, como tinha previsto, o que não tinha nos planos era ela estava prestes a ter a criança, e não
a poder levar. Adivinhem quem apareceu para vir ajudar, o Diego.
¾
Como é que sobes-te?
¾
E se estavas doente como é que conseguiste vir?
¾
Isso agora não importa.
Enquanto falavam e
discutiam ela teve o filho, quando ouviram o choro é que se calaram.
¾
Rose ?
¾
Estas bem?
¾
Um pouco cansada.
¾
Então descansa.
¾
Diego, diz-me uma coisa tu gostas dela?
¾
Que pergunta vem a ser essa?
¾
Não é nada
¾
Mas os vossos olhares quando se olham são...tu
sabes.
¾
Sim, gosto dela.
¾
É por isso que ela tem reagido assim.
¾
Assim, como?
¾
Nada, nada esquece.
¾
Ela já não te liga mais, não é?
¾
É isso mesmo e outras coisas.
¾
Eu sei.
¾
Ouvi-vos a discutir.
¾
Ela já não me ama mais.
¾
Não podes fazer nada.
¾
Posso, posso.
¾
O quê?
¾
Retirando-lhe o filho.
¾
João Ricardo ficas-te parvo!
¾
Mas já que ela quer ficar contigo, ficara sem o
filho.
¾
Isso não esta correcto!
¾
Não te esqueças que fizeste-lhe mas mal do que
ela a ti!
¾
Isso já não me interessa!
¾
E isto ficara só entre nós os dois, ouviste!
¾
Sim, meu Rei.
¾
E da próxima vez não me chames parvo, iras pagar
por isso.
¾
Claro, meu Rei.
¾
Quando ela acordar nada disto se passou, ficamos
claros?!
¾
Com certeza.
¾
Isso é o que tu pensas.- disse ele para si
próprio.
Quando ela acordou, viu que alguma coisa se pasRose , e
começou a pensar no que poderia ter sido.
¾
Então acordas-te muda?!
¾
Não, e porque estais a tratar-me assim, João
Ricardo?
¾
Para já eu, não sou João Ricardo, sou Rei.
¾
E quero ser tratado como tal.
¾
Apesar de teres um filho meu não quer dizer
nada.
¾
Diego, o que é que aconteceu?
¾
Nada, Senhora.
¾
Porquê que me estais tratando por...mas afinal o
que é que se passa aqui?!
¾
João Ricardo, quer dizer Senhor Rei João
Ricardo, tens alguma coisa a ver com isto?
¾
Eu, nada.
¾
Vou fazer de conta que não se passa nada.
O Diego começou a fazer sinal...para a avisar para
ter cuidado com o filho.
¾
O que foi?- perguntou ela em voz baixa.
¾
O teu filho.- disse ele também em voz baixa.
¾
Do que é que vocês os dois estão falando?
¾
De nada, meu...quer dizer João Ricardo.
¾
O que se pasRose aqui?- perguntava-se ela.
¾
O que tanto pensas, Rose ?
¾
Nada, senhor João Ricardo.
O Diego continuava a fazer-lhe sinal, sem que o João
Ricardo se percebesse.
¾
O que é?- perguntou ela em voz baixa.
¾
O teu filho.- respondeu ele em vos baixa.
¾
O meu filho?
¾
É isso ele vai me tirar o filho, não é Diego?-
perguntou ela em voz baixa.
¾
É isso mesmo.
¾
Diego, vem cá para a frente.
¾
Sim, Rei quer dizer João Ricardo.
Então ele fez-lhe um sinal para ela ter cuidado, e ela
percebeu o plano. Ele iria desconcentrar o Rei para que ela pode-se fugir. De
súbito ela começa a fugir, e o Diego sem que ele e ela percebessem, disparou um
tiro, mas ninguém sabia que ela tinha novamente os poderes...o que foi estranho
é que ela não caiu logo no chão.
Ela virou- se para
trás e disse:
¾
Pensavas que me matavas, era?
¾
Mas não foi eu Rose .- disse o João Ricardo.
¾
Quem te disse que estou falando de ti?
¾
Porque eu tinha te dito que iria tirar-te o
filho.
¾
Eu sei disso.
¾
O problema é que representas muito bem, João
Ricardo.
¾
Ainda bem que o sabes.
¾
Diego, tens alguma coisa para dizeres?
¾
Eu nada.
¾
Nada, pensavas que me matavas assim tão
facilmente?
¾
Do que estais falando?
¾
Pensavas que disparando aquele tiro as
escondidas, matavas-me?!
¾
Que eu saiba não estava nos teus planos, que eu
sobrevivesse, pois não?
¾
Que planos?
¾
Não fazes, de desapercebido!
¾
Confesso tentei matar-te, por isso é que fiz
tudo aquilo.
¾
Só que caíste, directamente na armadilha, meu
caro!
¾
Eu fiz tudo aquilo para poderes confiar em mim.
¾
Então era por isso que me tratavas assim tão
bem, Rose !
¾
Já devia estar desconfiado, por causa destes
últimos dias.
¾
Eu nunca haveria de gostar de ti, porque tu não prestas!
¾
Se pensavas que quando eu estava a tratar e
preocupar-me contigo, era por gostar de ti e andar junto de ti!
¾
Enganaste, e tens agora essa confirmação!
¾
Tira-me o já da frente, João Ricardo.
¾
Como desejares.
¾
Então João Ricardo, não lhe vais contar?!
¾
Contar o quê?
¾
Do que esta ele a falar, João?
¾
Porquê não lhe contas que não és o Rei de Tara!
¾
Guardas levem-no, já!
¾
Como quiser, senhor.
¾
Agora diz-me do que estava ele a falar?
¾
Desde que vieste, para cá que eu queria te dizer
uma coisa.
¾
Eu não sou o Rei de Tara.
¾
Mas sim, um simples cavaleiro do Rei.
¾
E aquela que viste, não, era a minha mulher, mas
sim a minha noiva.
¾
Porquê que nunca me contaste!
¾
Porque estava zangado contigo!
¾
Espera, Rose !
¾
Tu não es filha dos reis de Tara nem de França!
¾
Desses-te o quê!?
¾
Tens três origens!
¾
Estais falando do quê?!
¾
És filha dos reis de Espanha!
¾
Quando nasces-te, o Rei acabava de morrer na
batalha, e a tua mãe sabia que iria ser assassinada e que queriam matar-te,
então ela pediu a sua amiga, a Rainha de Tara para cuidar e tratar-te como se
vocês sua filha. Só que a sua amiga sabia que com as qualidades que tinhas,
viver nesse lugar nunca iria trazer-te sucesso, como Rainha e Cavaleira.
Por isso pediu a
Rainha de França se queria ficar contigo, já que ela não podia ter filhos e o
Rei estava fora durante nove meses, como só tinhas umas semanas de idade, claro
que te aceito.
O Rei ficou
contentíssimo, anos pasRose m e tu tinhas te tornado uma óptima cavaleira, ele
ficou espantado com as tuas qualidades, apesar de seres ainda uma mocinha de
catorze anos. Mas depois o Rei apanhou uma doença muito rara e acabou por
morrer, lembras-te?
¾
Claro.
Nesse dia sais-te cheia de ódio, numa noite de tempestade
e foi quando encontras-te o medalhão.
¾
Como é que sabes isto tudo?!
¾
Porque eu andava a vigiar-te, e ainda ando.
¾
Diz-me, porquê é que a minha mãe, quer dizer ela
me odiava tanto, a pontos de querer acabar comigo e com a minha felicidade?
¾
Porque, quando te tornas-te mulher, tornaste-te
a mais bonita do Reino e a mais corajosa.
¾
Eu era apenas um servo.
¾
Que conversa é essa!?
¾
Quando nasci em Espanha tornei-me logo teu
empregado.
¾
Tu eras aquele rapaz de que me apaixonei?!
¾
Esse mesmo.
¾
Mas afinal como te tornas-te Príncipe?!
¾
Foi adoptado pelos Reis de Roma.
¾
Quando é que tencionavas contar-me isto?!!
¾
Não sei.
¾
Mas agora iras governar os teus três Reinos
sozinha, sua Majestade.
¾
João Ricardo,
só quero que saibas que eu nunca te amei.
¾
O quê!!?
¾
Há anos atras eu antes de casar com o Jonathan
estava e ainda estou apaixonada pelo João Pedro.
¾
Então porquê casas-te te comigo?!
¾
Porque pensava que ele não me amava.
¾
Eu juro que tentei esquece-lo, mas é o dono do
meu coração, por mais que tente eu não consigo esquece-lo.
¾
E tudo aquilo pelo que passamos?!
¾
Aquilo tudo foi apenas por pura amizade.
¾
Já lhe dizes-te isso?
¾
Nunca.
¾
Pois ele é um homem de sorte.
¾
Eu não te queria magoar, mas é que eu já não
aguentava, mais!
¾
Por Favor perdoa-me!
¾
João Ricardo, tudo o que fixes-te por mim, não
foi por amor, pois não?
¾
Pois eu sei que gostavas de outra pessoa.
¾
O problema é que ela já não existe.
¾
Como assim?
¾
Porque eu apaixonei-me por ti.
¾
E acabas-te por fazer-me, esquece-la.
¾
Mas eu não queria.
¾
João Ricardo, há uma coisa que eu durante todo
este tempo tenho andando a esconder.
¾
Só espero que me perdoes.
¾
É que nem o João Pedro sabe.
¾
O que é?
¾
Eu tenho um filho bastardo.
¾
E de quem é esse filho?
¾
Há espera deixa-me adivinhar!
¾
É do João Pedro.
¾
Desculpa.
¾
Não me pesas desculpa, mas sim ao João Pedro,
porque devias lhe ter contado!
¾
Eu não queria que descobrissem isto.
¾
Ele já não gosta mais de mim!
¾
Para quê é que ele precisava saber!
¾
Podeis ter razão, mas ele será sempre o pai.
¾
Pode ser mas ele nunca tomara o papel de tal!
¾
Porquê estais assim?
¾
Porquê ele mexeu com os meus sentimentos e
magoou-me!
¾
Isso não tem perdão e nunca o irei perdoar,
nunca!
¾
Rose , ouve-me.
¾
Não deixes que esse ódio se apodere de ti,
lembra-te do nosso filho Marcus!
¾
Pois se isso acontecer nunca mais voltaras a ser
quem eras!
¾
É difícil, pois sabeis que isso já aconteceu e
pode tornar a acontecer!
¾
Lembras-te do que disse o Diego á tempos atrás?!
¾
Mais ou menos.
¾
“O teu coração poderá decidi-lo”
¾
E o que tu respondeste.
¾
“Quando o fazer já poderá ser tarde de mais”
¾
O que quereis dizer com isso?!
¾
Que o teu coração já decidiu.
¾
Decidiu o quê?!
¾
Se tomares atenção veras o que eu te quero dizer.
¾
Espera João Ricardo!
¾
Desculpa, mas já não posso ficar mais tempo.
¾
Não me vires as costas!
¾
E para de falares Espanhol!
¾
Irei tentar
¾
E tu também, Rose !
¾
E agora?
¾
Estou praticamente sozinha, o João Ricardo
foi-se embora, o Diego foi preso, Cavaleiro Andante desapareceu e o João Pedro
nem se fala.
¾
Por acaso estais falando em mim?
¾
Não podias ter ficado onde estavas, Jonathan!
¾
Pronto, pronto o que é que aconteceu?
¾
Nada, desaparece!
¾
O que é que tens gata assanhada?
¾
Já te disse que não tenho nada!
¾
Esta bem, faz de conta que acredito.
¾
Jonathan, eu vou te matar!
¾
Acalma-te!
¾
Desaparece-me já da frente, Jonathan!
¾
Tudo bem eu vou fazer-te a vontade.
¾
Ate que enfim!
¾
Porquê dizes isso?
¾
Ainda não te fostes embora!?
¾
Pronto se quiseres eu vou-me embora.
¾
João Pedro!!?
¾
Só cá falta mais este!
¾
Por onde tens andado?!!
¾
Não é da tua conta.
¾
Se é essa a resposta, vai-te já embora!
¾
Não mandas em mim!
¾
Maldito!
¾
“Rose não
deixes que esse ódio se apodere de ti”- lembrou-se ela de repente.
¾
Se eu não mando em ti sai das minhas terras!
¾
Das tuas terras?!
¾
Que eu saiba não sois rainha de Tara!
¾
Eu sempre foi Rainha de Tara!
¾
Como podei ser isso possível?!
¾
Porque os meus pais eram adoptivos e eram Reis
de Tara!
¾
Essa tua sorte um dia desaparecera!
¾
Pode ser que tenhas razão!
¾
Mas ate lá...
¾
Tu ainda me iras paga-las!
¾
Estas me ameaçando!?
¾
Entende como quiseres, vossa Alteza!
¾
Vê se percebes, o que faço também me custa!
¾
Mas eu não posso voltar a ser quem era, nem como
era!
¾
Eu não posso voltar a ser aquela mulher que
perdoava tudo e todos, não posso!
¾
Com esse novo feitio não há dês ser feliz!
¾
Pode ser que sim.
¾
Mas é um risco que tenho de correr.
¾
Eu sei que estas magoada também sei que
sofres-te muito, mas isso não te da o direito de te vingares nas outras
pessoas!
¾
E as outras pessoas tem esse direito?!!!
¾
É claro que não.
¾
João Pedro, ouve o que te vou dizer.
¾
Desaparece!
¾
Eu não quero falar mais contigo!
¾
Tu é que ficas a perder!
¾
Se vocês a ti não dizia isso!
¾
João Ricardo, não digas nada!
¾
João Ricardo, por favor!
¾
Desculpa, Rose mas eu já não aguento mais que ele te magoe!
¾
João Pedro, tu tens um filho com ela!
¾
João Ricardo, não o devias ter dito!
¾
Rose , acalma-te, não deixes esse teu ódio se
apoderar de ti!
¾
Não te esqueças do teu filho!
¾
Há, há, há!
¾
Rose ?
¾
Esse nome já não existe!
¾
Não, não podes ter deixado teu ódio apoderar-se
de ti!?
¾
Rose , os teus olhos?!!
¾
O que tem?
¾
Estão vermelhos!!
¾
O não, não pode ser verdade, o que ela disse!!
¾
O que se passa contigo?!!
¾
O que tens?!!!
¾
Não é verdade, não pode ser verdade!!!
¾
Eu não posso ser, não posso!!!
¾
Não podes ser quem!!?
¾
Eu não posso ser a descendente da feiticeira!!
¾
Não és tu, é a Cloe!!
¾
Onde esta ela?!!!
¾
Onde!!?
¾
Após ter vindo para aqui ela nunca mais foi
vista!!
¾
“...ela vai-te trair”- lembrava-se ela quando
ele tinha dito aquilo.
¾
O Tornado tinha razão!!
¾
O Tornado?
¾
Sim, ele tinha me avisado de que ela iria fazer
me uma traição.
¾
O Precipício!.
¾
O Principio e o Fim do Inferno!
¾
Do quê estais falando?
¾
Rose , o Inferno ainda não terminou!
¾
Já deu para perceber.
¾
Mas deixa-me em paz!
¾
Rose , porquê é que es assim?!
¾
Porquê que es assim tão má?!!
¾
Eu não sou má, nunca foi.
¾
As experiências que já vivi é que me tornaram
assim!
¾
E vocês os dois sabem isso muito bem!
¾
Se não es porquê te fazes passar por isso?
¾
Porque não quero que saibam que tenho um coração
que tudo perdoa, não quero que sofram o que eu já sofri, nem quero que sofram
por mim, nem quero que tenham pena!
¾
Eu não quero ter coração, nem quero voltar a
amar ninguém!
¾
Eu não voltarei a dar a minha vida por ninguém!
¾
Nem pelo teu próprio filho?- disse o João Pedro.
¾
Não!
¾
Só deveis estar brincando, para nos assustar?
¾
Eu já não estou a brincar!
¾
Desde o dia que brincastes com os meus
sentimentos nunca mais fui a mesma, Rose ,
que conheces-te a tempos atrás, João Pedro!
¾
Tudo o que me fizestes passar ainda esta
engasgado na minha garganta!
¾
E juro-te que iras pagar por tudo isso, nem que
tenha de morrer, João Pedro!
¾
Agora estas a começar a assustar-me!
¾
Espero que te assuastes porque o que te irei
fazer ainda será mais assustador!
¾
Há, Ah, Há...
¾
Desculpa, João Pedro, mas eu já não mando nos meus
sentimentos, nem nos meus actos!- disse ela em voz baixa.
¾
Porquê lhe disseste aquilo?
¾
Não sei.
¾
Já não es a mesma, Rose , que conheci a tempos.
¾
E eu sei disso, J.R.
¾
O que é que me chamaste?
¾
J.R, mas porquê?
¾
Tu há muito tempo que não me chamavas isso.
¾
Mas porquê que es assim para ele, e não para
mim?
¾
Não sei.
¾
Será porque sinto mais afecto da tua parte do
que da dele?
¾
Como pode isso ser possível, tu amas o João
Pedro.
¾
Pode ser que eu ame o João Pedro, mas o que
sinto por ti eu ainda não esqueci.
¾
Podes ter a certeza de que eu nunca me irei
esquecer de ti.
¾
Até pode ser que eu sinta alguma coisa por ti,
mas prefiro que fiquemos só amigos.
¾
Tu sabes que eu tenho dupla personalidade, por
isso é melhor continuarmos assim pois eu não te quero magoar.
¾
E tu sabeis como fico...
¾
É obvio que sei.
¾
Mas sou sincera prefiro ficar sozinha para
sempre, não quero me preocupar mais com os amados.
¾
Mas sim com os meus filhos.
¾
Rose , diz-me só uma coisa, tu andas preocupada
não andas?
¾
Mas porquê?
¾
Não aguento mais tenho que contar um segredo,
mas promete-me que não dizes nada a ninguém, nunca.
¾
Prometo.
¾
Por onde irei começar?
¾
Pelo principio, que tal?
¾
Eu não sou mais a Cavaleira Unicórnio Branco de
calda Dourada.
¾
Como assim?
¾
Eu vou-te contar a verdadeira historia da minha
existência.
¾
A muito, muito tempo existiu um Cavaleiro, que
na verdade era uma Cavaleira, mas nunca ninguém soube. Que foi destinada a
matar a Feiticeira, mas os tempos pasRose m e os poderes dessa pessoa começaram
a tornarem-se fracos e a Feiticeira ao saber aprisionou-a e depois matou-a, só
que ela tinha escondido o medalhão.
As pessoas penRose m que ela tinha morrido de vez,
mas não passando 20 anos, nasceu o João Pedro, o Rei Ricardo entre outros,
então ela voltou a renascer na pele da filha da Rainha de Espanha, pois com
esses novos poderes poderia ser que ela consegui-se resolver o seu assunto. Mas
ela sofreu muito até aos dias de hoje...
¾
Mas de quem estas falando?
¾
De mim.
¾
Eu sou essa Cavaleira, eu não tenho 25 anos nem
35 anos, mas sim mais de 1500 anos.
¾
Tu és tão nova porque renasces-te na pele de uma
criança, mas continuas a ser a mesma Cavaleira de a 1500 anos,.
¾
Eu sei disso, mas o que tu não sabes é que
quando nasci eu não tinha coração porque fui criada apenas para matar a
Feiticeira. Só quando renasci é que percebi que era uma pessoa como as outras e
foi então que a minha vida começou apaixonando-me por ti quando tinha 14 anos
etc.
¾
Eu nunca pensei a vir ter filhos nem casar entre
outras coisas.
¾
E quanto aos meus poderes, os poderes que possui
do Unicórnio Branco de calda Dourada já não existem.
¾
Então quer dizer que já não tens poderes.
¾
Não, isso não é verdade.
¾
Porque eu agora já não sou mais a Cavaleira
Unicórnio Branco de calda Dourada, mas sim a Cavaleira Pantera Negra!
¾
Lembras-te de quando o Diego me quis matar?
¾
Sim.
¾
Foi por causa da astucia da Pantera Negra que
não me acertou.
¾
Mas os meus dias estão contados.
¾
Contados como assim?
¾
Como eu já te disse eu fui destinada a matar a
Feiticeira, quando a matar eu desapareço para sempre.
¾
E os meus filhos voltaram a viver, por isso
quero te pedir que tomes conta deles por mim.
¾
Pois eu já cá não estarei.
¾
Mas alguém igual a mim ira aparecer, mas com um
destino deferente do meu, ela ira amar-te...mas peso te por tudo que é mais
sagrado faz de tudo para impedires que ela se apaixone pelo João Pedro, porque
se não terás de a matar. Porque ela é o meu clone, e foi esse o meu erro porque
ela tem um espaço livre no seu coração, e não pode cometer os mesmos erros que
cometi.
¾
Ela ira tomar o meu lugar como Rainha dos três
reinos e tu o Rei.
¾
Mas eu nunca mais te poderei ver, tocar...
Sem comentários:
Enviar um comentário