Ele está apaixonado por mim e eu nem se quer me apercebi e
agora só de pensar que me vou sentar junto dele até me está a dar arrepios na
espinha.
Já me ia
esquecendo que amanha o espectáculo de dança e de canto e ele vai vê-lo.
E durante os 2 minutos e 19 segundos terei que dar o meu
melhor, farei os possíveis e os impossíveis. Começou o relógio a tocar e são
horas de me levantar, espera lá que horas chão?
- Deixa-me cá
ver o relógio 8:30 da manha tenho que me despachar!
- Ufa! Cheguei a
tempo do espectáculo.
- Pensava que
tinhas desistido te atoares Rose .
- Achas João?
Finalmente tinha chego a minha vez, mas encontrava-me um
pouco nervosa. Depois desses 2 minutos e 19 segundos de actuação fiz coisas
imagináveis que pensava que não era capaz de fazer. De seguida foi trocar de
roupa para poder ir para o intervalo, só que não esperava que o meu namorado
estivesse me esperando
- Foste
fantástica, sabias?
- São coisas do
destino.- disse eu.
- Quando é que
sabes se foste apurada ou não?
- Amanha à tarde
- Eras a melhor
da actuação.
- Não me dês
graça
- Olá Rose !
- Olá, Márcia e
Stephan.
- Foste
maravilhosa, só não sabia que tinhas assim tanta ginástica?
- Há um ditado
que diz...
- Espera não
digas é “as aparências iludem”.
- Vocês os
três...deixa lá não vale a pena.
Quando cheguei a
casa foi arruma-la já que não tinha de estudar nem fazer os trabalhos. Devem de
estar perguntando se eu vivia sozinha?
- Por a caso é
isso mesmo, mas com carta de condução, é claro.
Estava pensando porque não dar uma festa pelo princípio do
novo ano lectivo? Amanhã direi a todos que vai haver uma festa em minha casa.
Na manhã seguinte
mal contei essa notícia a uma colega minha, a notícia espalhou-se rapidamente
pelos meus colegas todos.
Ao entrar na sala
vieram logo me perguntar a que horas era a festa.
- A festa vai ser
depois das aulas, só que tem de ir mascarados.
Quando acabara a festa eu e o João ficamos sozinhos e já
da para perceber o que terá acontecido.
Depois daquela noite, descobri um mês depois que estava
grávida do João. Tentei esconder isso dele durante dois meses, mas com quatro
meses já dava para se notar e foi então que o pior aconteceu.
Ouvi de uma das
minhas colegas dizer que ele tinha descoberto que eu estava gravida e que não
queria ter responsabilidades.
Por outro lado ele
tinha ouvido as mesmas miúdas que eu tinha ouvido dizendo que eu andava a sair
com outro e que estava a fazê-lo de palhaço.
Ele ao ver-me começou a discutir e eu também e acabáramos
com o namoro. Já que era assim eu fiz as malas e foi para Espanha.
Com um óptimo currículo como o meu para onde ia arranjaria
emprego facilmente.
Durante a gravidez
tive vários problemas, mas conheci uma rapaz que me ajudou nisso tudo e o seu
nome era Rodrigo.
Anos tinham-se passado, até que numa certa noite de tanto
pesquisar nos ficheiros da PJ descobri uma pista. Quando foi atrás dessa pista
foi parar numas docas abandonadas. O Cristiano ao ver o papel em cima da sua secretaria
saiu disparado para o local ao chegar viu a sua colega caída no chão com dois
tiros, um no ombro e outro abaixo do coração.
Quando o médico
saiu da sala de operações disse:
- Com o sangue
que perdeu duvido, que possa sobreviver.
- Ela entrou em
coma profundo...
De repente quando ela acorda e vê-se num sítio
completamente diferente de onde ela estava. Quando começou a recordar-se que
tinha voltado ao seu mundo imaginativo.
- Até que enfim
vossa Alteza acordou.
- Esta tão
preocupada contigo, minha filha.
- Ai estavas
mãe!!?
- Quem te
chamou!!?
- Quando sobe
fiquei tão assustada.
- Porquê?!!
- Tinhas medo que
eu morresse e ficasses de consciência pesada, era!!!?
- Ou já se
esqueceu que estamos zangadas.
- Volta mas é
para a Sin City "a cidade do pecado" lá é o único lugar a face da
terra onde há pessoas como tu.
- Acho que aqui
será a tua ultima paragem!
- "Nunca é
tarde"...
- Tarde para
quê!!?
- Nunca é tarde
para corrigir os erros!!
- Rose , quem ama
acredita.
- Eu sei que
errei em trocar-te.
- Tu já erras-te
sem limite...
- Mas eu estou
magoada contigo, filha.
- Podes morrer ou
até pode ser que eu te mate aqui mesmo, só que...
- Da minha boca
nunca iras ter o meu perdão mãe.
- Deves estar
esperando que te peça desculpas etc.
- Essas são as
palavras que nunca te direi...
- És uma
autentica cobra de duas cabeças...uma é boa enquanto outra faz mal!
- O Início...-
disse ela para si.
- Rose tu já não és a mesma filha que eu conheci,
alguém deu-te a volta a cabeça!
- Não, ninguém me
deu volta a cabeça eu é que deixei de ser aquela burra, e santinha filhinha!!
- Eu sei quando
mentes e sei tudo o que devo saber sobre as pessoas!!
- Vai-te embora o
teu namo...e os teus filhos devem estar a tua espera!!
- Também devemos
aprender a não nos aproximarmos apenas das pessoas cujas as vibrações são
iguais ás nossas.
- Tu és apenas um
soldado, não te metas nestes assuntos!!
- Ele tem razão!!
- Vénus achas que
tenho de voltar atrás?!
- Deves voltar
atrás, sim.
- Não, não posso,
não devo nem vou!!
- Tu é que deves
pedir desculpas, não eu!
- Pois fixes-te o
mesmo que ela mãe.
- Vénus eras
apenas um bebé...
- Tens de
entender que eu tenho uma vida, uma vida real e por mais que eu goste desta
vida...
- Eu não posso
viver internamento nela.
Numa gruta não muito distante do reino estava um homem
preso quase a morrer. Aquela gruta era muito pequena e mal se respirava lá
dentro. Com o passar dos anos a população aumentou e com isso os soldados
também e as vigilâncias tornaram-se mais apertadas. Então os soldados ouviram
alguém a chamar por ajuda...
Não era frequente
naquela zona haver pessoas pedindo por ajuda o mais habitual era todos os
fugitivos esconderem-se nelas, mas acabavam sempre por também pedir ajuda. Os
soldados foram lá retiraram-no cá para fora prenderam-no e levaram-no para as
masmorras do reino.
- Vossa Alteza,
podemos?
- O que querem?
- Prendemos um
prisioneiro.
- Irei de
imediato ver o prisioneiro...
Seguido para as masmorras ela olhou para o prisioneiro e
parece que algo de esquisito aconteceu.
- Mas ele esta ferido?!
- Não fomos nós
Vossa Alteza.
- Eu sei que não.
- Voltai ao vosso
posto.
- Mas vossa
Majestade ficara aqui?
- Não se
preocupem já passei por bem pior.
- Preciso que me
ajude...
- Alguém tem de
me ajudar...
- Eu sei que esta
ferido, mas tem de me dizer quem é.
- Ajude-me eu sou
inocente.- disse ele ofegante.
- Guardas!!!
- Sim, Vossa
Majestade?
- Levem-no para o
quarto de hospedes.
- Majestade, tem
a certeza disso?
- Façam o que
estou mandando.
- Mas Majestade...
- Eu
responsabilizo-me pelos seus actos.
O coitado arquejava e gemia de tantas dores a cada minuto
a agonia era maior. Fiz-lhe um curativo e em seguida tratei dos outros
ferimentos menos graves...Mandei-o repousar para que pudesse acordar mais recuperado,
no dia seguinte.
- Agora como se
sente?
- ...muito fraco
e tudo a andar a roda...
- Diga-me como se
chama se não for...
- Estou muito
cansado e...
- É melhor
descansar mais um pouco.- falou ela p'ra si.
No dia seguinte ela foi vê-lo mas ele ainda estava
descansando, entretanto ela olha-se no espelho e...
- Á força de me
observar no espelho, acabei por acreditar que aquilo que via lá era eu. As
minhas recordações desse tempo são bastante vagas, no entanto sei que descobri
o meu eu. Mas mais tarde, chega uma altura em que nos pomos diante do espelho e
dizemos: serei isto realmente? E a partir daí tudo começa a desmoronar...
- O que é que se
começa a desmoronar? perguntou ele.
- O que é que
tem?
Eu fitei-o e, de novo, virei a cabeça. Ele levantou-se com
dificuldades pegou-me no braço, forçando-me a dizer o que tinha.
Foi quando eu
ergui os olhos para ele e viu-os molhados de lágrimas e disse-lhe:
- A minha mãe
trocou-me vezes sem conta só para ir a festas, banquetes, bailes etc. A seguir
perdi a pessoa que sempre gostou de mim e me criou a minha avó e ontem
assassinaram os meus três filhos.
Então apertou-me
contra si. Eu compreendi que alguma coisa havia de estranho entre nós uma
sensação que me enchia de remorsos. Eu vi que ele se calhar estava sentido algo
por mim fazendo-me sentir triste. Nesse momento pior fiquei quando ele me
beijou. Eu não quero mais sentimentos de culpa, não quero que a morte me volte
a bater a porta e a levar-me de novo a pessoa de quem gosto ou alguma pessoa do
meu afecto.
Uma pessoa como eu
tem sempre inimigos e por mais que tente proteger as pessoas de quem gostas
nunca consegue.
Sai porta fora desesperada, não sei, como terá ele ficado
só sei que em mim provocou uma profunda infelicidade.
Mesmo que eu goste
dele não posso me casar com ele nem noivar pois ainda sou casada porque o meu divórcio
não foi aprovado...
Sempre que me sinto assim costumo passear até a falésia e
então perguntei:
- O que devo
fazer!!?
Mas desta vez nenhuma voz respondeu como se este silêncio se
disse que nada podia eu fazer contra essa apaixoneta nem a favor dela.
- Mas porquê que
não me respondes?!!!
Continuava a não ter respostas nenhumas até que quando se
ia embora ouviu:
- Já não te posso
ajudar mais pois vais ter de virar-te contra ele!!!
- Mas o que
significa isto!!?
- Espera p'ra
ver!!
- Ah,ha...
- Porque estai se
rindo?!!
A voz não respondeu mais e desapareceu eu fiquei a pensar
sem se quer conseguir perceber o que quereria ela dizer. Voltei para dentro e
fui vê-lo então ele disse:
- Desculpe-me
aquilo de a bocado.
- Estou a ver que
estai com uma cara seria.
- Quem é o
senhor?!!!
- Desculpe-me
Madame mas não lhe posso dizer por enquanto.
- Então o que fez
para dizer que era inocente quando para aqui vei-o??!
- Diga!!!
- Foi você que
matou os meus três filhos!!!!!?
- Foi você?!!!
- Não, não fui.
- Então porquê é
que diz que é inocente!!?
- Porquê não quer
dizer quem é!!?
- Então é porque
tem algo a esconder.
- Guardas,
guardas!!!
- Sim, Majestade?
- Levem-no de
volta para as masmorras.
- Vossa Alteza
não me vai mandar de volta para esse sitio, vai?
- A menos que me
digas quem és?
- Isso não lhe
posso ainda dizer.
- Então nada
feito...
- Guardas
levem-no.
- Rose !!!
- Deixa-me em paz
João Ricardo!!!
- Rose ...!
- A tua mãe esta
a tua espera...
- Ela não devia
ter vindo!
O meu olhar mudou completamente como se uma raiva súbita
se apodera-se de mim e liberta-se o meu verdadeiro ser algo que não podia
controlar...Foi ter com ela e:
- O que estas
aqui a fazer!!!?
- Calma filha...
- Nunca, nunca
mais voltes a chamar-me filha eu para ti estou morta!!!!
- A não ser que queiras que eu te assassine!!!- disse ela retirando a sua espada.
- A não ser que queiras que eu te assassine!!!- disse ela retirando a sua espada.
- Não é preciso
apontares-me a tua espada não vim cá para isso.
- Se vieste aqui
para pedires perdão ou para eu perdoar-te esquece!!!
- Agora é que caíste
em ti, mas é tarde de mais agora que cometes-te o erro não podes mais voltar
atrás!!
- Vai-te embora e
nunca mais voltes maldita!!!
- A minha
primeira mãe foi assassinada por isso eu não a conheço como mãe, a segunda
virou-se contra mim nunca entendi porquê e agora tu que foste a minha
verdadeira mãe apunhalaste-me pelas costas!
- Nenhuma merece
o meu perdão, nenhuma!!!
Passaram-se três dias desde que ele tinha ido de volta
para as masmorras e que a minha mãe tinha estado no meu reino. Aquele remorso
de culpa ainda continuava a perseguir-me. Com o Natal próximo não aguentei,
mais mandei os guardas irem no buscar.
Quando o vi
arrependi-me profundamente do que lhe tinha feito, ele estava a arder em febre
e pálido, estava a beira da morte.
- Mandei chamar
um médico!
- Eu cuidarei
dele até o médico vir...
Depois da chegada do médico e de o ter examinado disse:
- Ele precisa de
bastante repouso e muitos outros cuidados...
O reino três horas depois começou a ser atacado pelas
tropas inglesas...Fui para a guerra deixando as minhas amigas da corte a cuidar
dos meus únicos filhos- a Vénus e o Marcus.
- Se não voltar
quero que saibam que eu gosto muito de vocês meus filhos.
- Nós também,
mãe.- disseram os seus dois filhos.
- Mãe!- chamou a
Vénus.
- Sim Vénus?
- Mãe quero que
saibas que gosto muito de ti e perdoa-me pelo que te disse.
- Quem tem de ser
perdoada sou eu por ti, tens razão.
- Nunca vós dei o
amor que mereciam...
- Não te massacres,
massacra os teus inimigos por nós pelos nossos irmãos e por todos os outros que
morreram a conta deste Principio e Fim
do Inferno...
Fui para a batalha
com o ódio e com a raiva que estava não tive piedade por nenhum dos soldados
que pediam misericórdia. Matei-os, o João Ricardo tinha disparado em direcção
do comandante das tropas acertando-lhe e com o ódio que tinha no seu coração
por terem morto os seus filhos, ia esfaqueá-lo foi então que o comandante se
virou atravessando-o com a espada. O comandante tinha conseguido escapar, ao
ver aquilo eu cavalguei e cavalguei chicoteando o cavalo fazendo-o cavalgar o
mais rápido que ele conseguisse. Quando cheguei só disse:
- Corre salva os
teus filhos!!!
- O que queres
dizer com isso?
- Temo que o
castelo seja atacado...
E morreu ali na minha frente, peguei então no chicote e
subi para cima do meu cavalo, cavalguei pelos campos e por estradas...sempre a
chicotear o cavalo até ele já deitar sangue. Quando cheguei viu um homem
vestido de preto em cima de um cavalo negro defendendo o castelo. Mas vi que
não estava em profundas condições físicas e juntei-me a ele.
Passaram-se horas de combate até os soldados ingleses
pedirem clemência em honra dos meus filhos não a prestei, foram todos mortos,
queimados e torturados. Pois mataram os meus únicos filhos, o rei, as amigas da
corte e alguns soldados amigos. Entretanto eu fui p'ra falésia enquanto o mentiroso
mascarado tinha ido para o festival que estava havendo em honra da morte dos
filhos da Rainha e da morte do Rei.
Quando chegou
pôs-se no ponto mais alto retirou o seu chapéu e lançou a casa Real da Mãe da
Rainha e dos seus Cúmplices esta explodiu como fogo de artifício e retirou-se e
nunca mais foi visto.
De volta a Rainha, quando chegou a falésia uma voz
ouviu-se:
- Agora percebes
porque tens de te virares contra ele?
- Acho que tens
razão.
- Vês, desde que
ele chegou viste o que aconteceu?!
- Vi...
Quando de repente um nevoeiro, sei lá donde começou a ir
contra o vento, o céu mudou de cor ficando todo negro ameaçando trovoada e
começando a trovejar. Transformei-me em cavaleira Pantera Negra Mulher e chamei
o meu cavalo. Mas esta noite algo regressou do passado, vendo coisas horríveis
a acontecer no meio dos trovões.
Montei o cavalo e
sai dali a cavalgar quando o animal parou assim do nada...
- Vá lá...por
favor cavalo.
- Mas que
nevoeiro é este?!!!!
O animal começou a ter um comportamento esquisito,
levantou-se a grunhir até que me mandou falésia abaixo. E uma alma se apoderou
de mim essa alma chamava-se Hera...Pouco a pouco começou a trazer cadáveres a
superfície da agua para perseguirem os assassinos...Fazendo um Exercito de
mortos-vivos só que estes eram mulheres as Amazónias...
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