quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 1


O relógio dizia que era seis da manhã, ela acordou desligou-o e levantou-se. Sua avó rezava pois hoje será a operação da sua neta à vista. Depois de já estar vestida, sentou-se no sofá da sala, em seguida pôs os óculos escuros.
-    Avó?- chamou ela.
-    Estou aqui, querida.- respondeu sua avó sentando-se a seu lado.
-    Estás pronta?- perguntou a avó.
-    Vamos tomar o pequeno-almoço.
-    Avó estou muito assustada.
-    Não quero fazer a operação.
-    Tenho muito medo.
-    Mas, filha esperamos muito tempo por está operação, consegui o melhor médico do melhor hospital para ti.
-    Espera e verás.
-    Hoje será um grande dia para ti.
Apanharam um táxi e foram para o hospital...depois da operação acordou e ouvia diversos barulhos...
  Passando algum tempo, chegara a hora de tirar a venda da vista...
-    Abre os olhos lentamente.- disse o médico.
-    Lentamente.
Ela abriu os olhos, mas quando o fez fechou-os de imediato, com lágrimas a escorrendo do seu rosto.
-    Cuidado...volta a tentar.
-    Dói-me.
-    Muito bem, tentamos amanhã.
-    Vamos pôr-te novamente a venda ou preferes os óculos escuros?
-    Os óculos.
-    Enfermeira?
-    Sim, doutor.
A avó cá de fora viu aquilo, e quando o médico que lhe fez a operação saiu veio falar com ele.
-    Porque lhe dói tanto?
-    Porque não consegue ver?
-    A operação foi um êxito, não?
-    Os olhos têm dificuldade em adaptar-se a um órgão novo.
Passado algum tempo, não muito saiu do hospital, em casa quando entrou ficou maravilhada...
-    Vá, agora vai descansar.- disse a avó.
Ela entretanto fechou os olhos e andou caminhado com eles fechados, e barrou-se com a avó, a avó vendo isso disse:
-    Nunca mais voltarás a andar de olhos fechados!
-    Os teus dias de escuridão acabaram-se para sempre.
-    Entendes?
  Na consulta do psiquiatra:
-    Não quero casar-me avó.


-    Bom dia.- disse o psiquiatra que as ia atender.
-    Quem é a senhora Rose?
-    Sou eu.- respondeu ela.
-    É a minha neta.- disse a sua avó.
-    Acompanham-me até ao meu consultório.
-    Vamos?- perguntou ela.
-    Então e este?- disse a sua avó.
-    Avó!
-    Tira os óculos.
-    Calma. Eu sou psiquiatra, mas não vieste aqui devido a problemas mentais.- disse ele já dentro do consultório.
-    A visão é um dom precioso.
-    Mas se há coisas que vês e que não acontecem, apenas estão armazenadas na tua memória.
-    Por exemplo...- disse ele mostrando-lhe um agrafador.
-    Olha para isto.
-    O que é?
Ela olhou para a avó e fechou os olhos e jogou a mão para poder ver o que era, mas este disse:
-    Sem tocar, diz-me o que vês.
-    É um agrafador.- disse ele com um sorriso delicado para ela.
-    Vais levar algum tempo até identificar as coisas com os olhos.
-    Pode até ser difícil.
-    Mas não é preciso preocupares-te.
-    Estou aqui para te ajudar, sim?
-    Muito bem.
-    Tens que entender que, para a medicina moderna, ver é uma experiencia emocionante.
-    Ao vermos as coias, não só sabes o que são.
-    Como também sentimos emoções em relação a eles.
-    Agora fecha os olhos durante alguns segundos.
-    Rose, és uma mulher muito bonita.
Ela abriu os olhos, e a avó ficou como se diz espantada não é bem esse o termo algo, assim do género...
-    Pareceu que quis elogiar-te?
-    Agora olha-me nos olhos atentamente.
-    Rose, és uma mulher bonita.
Ela sorriu e "baixou" a cabeça, a avó sorriu e apercebeu-se de algo...
-    Quando disse a pouco que eras bonita, dizia a verdade.
-    Mas só acreditas-te em mim quando olhaste-me nos olhos.
-    Verdade?
-    Isso é informação emocional.
-    Vou mostrar-te algumas coisas.
-    Olha bem pra elas, de acordo?
-    Amanhã vemo-nos ás quatro.
-    Doutor, já que parece ser um cavalheiro queria saber a que horas sai do trabalho hoje.
-    Bem, a Rose é a minha última paciente de hoje.
-    Talvez seja agora mesmo.
-    Porque quer saber?
-    Na verdade, tenho de ir a igreja.
-    Podia levar a Rose até um táxi, por favor?
-    Avó! Posso ir sozinha.
-    Cala-te.
-    Claro que sim, não há problema.- disse ele embaraçado.
-    Obrigado, doutor.- disse a avó.
-    De nada.- respondeu o médico psiquiatra.
Acabou por irem passear no carro, mas não conseguia ver as coisas como deve ser porque já não estava a costumada a ver a luz do sol. Ele então pediu-lhe desculpa, quando ele não estava olhando ela ia colocar os óculos escuros, mas ele viu e não deixou-a. Quando ela estava comendo o gelado ele não deixava de a olhar, ela quando se apercebeu ficou muito envergonhada. Ela avistou uma fonte, algo de estranho se passava, ela então entrou dentro da fonte. E o vento assoprava-lhe com alegria a água que cai-a da fonte para o chão. Rodava no meio daquela fonte com uma alegria, como uma criança, enquanto ele a observava, e vendo tanta alegria ele sorriu. Então entrou também na fonte, aproximando-se dela participando juntamente na sua alegria...
Nesses encontros passava o tempo observando-a. Depois passeava com ela por lugares que ela nunca fora, lugares alegres e num deles colocou a mão por cima do seu ombro...contentando-se com a alegria dela e o tempo que passavam juntos.
Os passeios no parque, que quando arrefecia, ele aconchegava-a com o seu casaco...
-    Avó...eu sou bonita?
-    Porquê o médico não te elogiou o suficiente?
-    Avó!
  Momentos mais tarde estava sentada nas escadas pensando nele. Depois foi para o seu quarto, quando olhou no espelho não era o seu reflexo que aparecia mas o de outra pessoa. Desde que tinha feito a operação algo estranho passava-se então mandou algo contra o espelho. A avó ouvindo o baralho foi ver.
-    Rose, o que se passa?
Ela tapou todas as janelas para que não pudesse entrar luz e partiu todos os candeeiros.
-    Meu Deus!- disse a sua avó.
-    Rose, o que se passou?
-    Abre a porta.
-    Desculpe, senhor é urgente.- disse a secretaria do psiquiatra dando-lhe um papel com o recado.
-    Desculpem, senhores tenho uma urgência.
-    Tenho de ir.
-    Não faz mal.- disseram.
-    Obrigada.- disse o médico.
-    Obrigada por ter vindo.- disse a avó dela abrindo a porta.
-    A Rose está...
-    Vou ver.
-    Rose sou eu abre a porta.- disse ela batendo na porta.
-    Diz-me o que se passou.
-    Por amor de Deus abre a porta.
-    Está bem!
-    Estamos muito preocupados.
-    Quanto tempo estás pensando em ficar ai fechada?
-    Não entendo.
-    O que queres demonstrar?
-    Faz o que quiseres.
-    Deixa a tua avó chorar.
-    Eu não posso fazer mais nada.
Ela levantou-se e foi abrir a porta, ele abriu-a e disse:
-    Avó por favor, espere aqui.
-    Eu trato de tudo.
-    Está bem.
Abriu as cortinas das janelas entrando luz, e viu que ela tinha o pé espetado de vidros. Ele tratou-a, mas estava muito preocupado com ela e disse:
-    Rose, por favor.
-    Por amor de Deus, não te magoes mais.
-    Diz alguma coisa. 
-    Rose, se não te portares bem tenho de te mandar para um hospital.- disse o médico com uma dor.
-    Não queres entender.- respondeu ela.
-    Vai-te embora daqui!- disse ela.
-    O que não quero entender?- disse ela e em seguida apontou para o espelho.
-    O que é?
-    Rose, é o teu reflexo no espelho.
-    Exacto.- respondeu ela.
-    Vês-me no espelho?
-    Não te entendo.
-    Que brincadeira é está?
-    Eu vejo o reflexo de outra rapariga no espelho!
No final de Agosto algo de estranho aconteceu, os raios de sol, o sol brilhante que brilhava no céu azul de súbito encobriu-se de nuvens negras e tempestuosas e os raios de calor transformaram-se em chuva fria e trovões. Parecia o fim do mundo, mas não era apenas um aviso, para um certa pessoa. Um aviso...
  Achei estranho, mas as mudanças de tempo sempre foram mentirosas. Algo estava para surgir, algo parecido com um fenómeno. No dia 15 de Setembro era o dia dos meus anos, sempre que ele chegava condenava-o porque fazia-me lembrar a falta que a minha avó me fazia:
Sei que não vou encontrar noutra pessoa a estrela que ilumina o teu olhar, serena luz. Na força desse olhar encontrei-te e fui feliz, quem foi que te encantou. E a transparência levou, quem apagou esses olhos que não brilham mais para mim. Vai meu doce anjo vai procurar a tua estrela, eu fico a ver-te a sonhar também eu vou voltar a vê-la. se eu pudesse apagar num olhar toda a tristeza que te pude causar, mas tudo tem um fim. Vou tentando caminham sem ti, os dias são sempre iguais de uma tristeza banal, quem apagou os meus olhos que não brilham mais sem ti.
 E a dor de sentir que tinha pais vivos e que se esqueceram que existo, pais estes que nem sem porquê lhes chamo de pais se nunca me trataram como filha nem cuidaram...
E que não aproveitei as oportunidades que o destino me deu...:
Tudo me lembra o tempo, a vida e os sonhos que vivi .Uma sede de viver na esperança de encontrar um doce eterno olhar capaz de amar e de me fazer sonhar. E eu julguei que esse olhar..., o sentimento eram verdade enfim certeza em mim de um grande amor por ti. Eu dava tudo para te ter aqui mas eu bem sei que o tempo não vai voltar e tudo o que vivi amei e sofri será sempre um olhar. Vive agora na memória, por entre recordações passo o tempo a procurar...
Por mais anos que passem a dor que sinto das lembranças da minha infância massacrada parece que não querem desaparecer. A minha infância foi bem:
«Tudo começou em ????, quando nasceu uma criança com um destino já traçado, ainda estava dentro da mãe e "já era torturada. A avó ao ter ficado com a neta fez uma enorme asneira, os pais nunca mais se preocuparam com ela. O Tempo ia passando, e ela ia crescendo de uma maneira ingénua, passou a uma rapariga completamente diferente.
  Eram brigas a quase todas as horas e a ter que me meter no meio e eram cada vez ainda piores. Mas se soubesse o que a minha mãe se tornaria não me meteria e deixava que andassem a "luta"...até ele sair de casa. A vida a partir daí dessa rapariga mudou da noite p´ro dia, complicou-se muito, teve de passar a deitar-se às nove da noite e levantar-se às seis ou cinco da manhã para poder ir para o colégio se queria apanhar a camioneta, o comboio e depois o autocarro para chegar a horas. Ele como tinha outra mulher queria a todo o custo o divórcio, e para afectar a mulher ameaçava a própria filha. E sua mãe quebrou todas as promessas e juras, juras estas de não fazer o mesmo que seu pai lhe fez. Mal apanhou-se livre lixou-se logo para a sua filha, arranjou um homem sem dizer nada a ninguém e desde ai começou a tratar mal a filha.


  era deslumbrante era significada mente lindíssimo. Mas custava a crer que fosse mesmo verdade, o cavalo baixou a cabeça e encostou-a ao seu peito, para que visse que não era um sonho. Estendi a mão e passei-a no sei dorso, vi que era verdade, então montei-o e uma coisa estranha aconteceu. Voltou a ter aquela garra que tinha antes, aquele fogo adormecido que continha no seu peito saiu cá para fora, voltou a tornar-se na Cavaleira temível que era antes. E disse:
"Ficas no silêncio do escuro,
guardada no canto ouvindo
segredar com as estrelas de
que um dia os ventos vão amanhar.
E a magoa nem com o tempo passa não,
morreu a esperança.
 Perguntei ao vento em que redes,
me quer prender...
Respondeu sorrindo que seguisse o,
meu caminho.
Bebendo o sabor do vento.
Não vou, olhara meios,
nem sentimentos!
Varrerei certas pessoas do,
mundo como um temporal,
que não olha aos estragos que faz.
Fazendo com que se saiba,
o coração que feriram e continua a
ser ferido...
Como se for um cavalo sefreiro!"
-    Mas como irei construir o meu novo exército?
-    Nos mesmos sítios onde os conheceste respondeu uma voz sua conhecida.
-    Conhecia-os?
-    As principais pessoas que constituíam o antigo exército da Liga das Trevas.
-    Se o Tornado voltou porquê que eles não voltariam?
-    Mas...deixa estar.
-    Estás te referido ao Odracir, ele também voltou.
-    Mas, mas...
O céu voltou a transformar-se como era antes em chuva e frio, nuvens tempestuosas...ela ergueu-se agarrou firmemente nas rédeas do Tornado e saiu galopando por entre os campos verdejantes e na sua cara batia a maresia do tempo húmido fazendo lembrar os dias de Cavaleira Rainha, combatendo as injustiças do mundo. Galopou em direcção dos nove pontos...Por esses nove pontos teve de os conseguir descobrir no meio da multidão, mas faltava um o Orroz. A sua mãe num dia feio bater-lhe a porta dizendo que precisava que a ajuda-se a resposta foi não. E a primeira coisa que lhe passou pela cabeça quando a mandou embora foi:
"Serei capaz de perdoar,
quem não pensou em mim?
Sempre está duvida,
que atormenta o que resta de mim.
Passo o tempo a temer eu não,
quero sofrer a dor de sentir,
que perdi!"
No dia seguinte foi ao site da Biblioteca procurar quem tivesse lido o meu livro, e todos aqueles que lá tinham os nomes receberam no computador o seguinte:
  Quem quer fazer parte deste exército tem de vir ter a floresta que entra no livro!
Alguém denunciou-a, alguém muito próximo dela mas não foi a sua mãe apesar...principalmente para quem andava a sua procura e quando está saiu foi raptada e presa numa cadeia subterrânea que quase ninguém conhecia para não voltar a interferir nos planos de uma pessoa o Diablo, que queria-a para um objectivo, outros saíram um pouco depois e foram p´ra floresta onde ela tinha marcado o encontro...quando chegaram quem é que lá estava o Ricardo, o João Ricardo, Jonathan, Diego, João Pedro, os outros escolhidos para regressarem a este mundo. Entretanto na cadeia por debaixo do mar...
-    Quem são vocês?!
-    Os carrascos!
-    As regras são as seguintes: sempre que fazeres anos levarás 15 chicotadas...
-    E só mais uma coisa esta cadeia não tem saída.
Mandaram-na para dentro da cela, e fecharam a porta. Naquela cela não havia luz do dia, nem uma única janela, apenas paredes sujas, escritas por pessoas que também já estivaram no meu lugar e morreram.
-    Como irei sair daqui?
Pouco depois, nem meia hora chegou voltaram a abrir a cela e colocaram uma cama ao comprido. Assim tudo estava acabado. Cavaleira , a hábil e boa pessoa que era...a amizade, já só existia na sua lembrança, sentou-se então em cima da cama fria e desconfortável e ficou imersa em profunda e amargura melancolia.
-    Só! Encontro-me de novo só!
-    Outra vez em frente deste terrível silêncio, em frente do nada!
O tempo passava e nada nem ninguém a salvava, procurava ou a descobria. Ninguém se lembrava dela, era impossível que nenhum dos Cavaleiros ou Cavaleiras teve-se dado pela sua falta. Até que lhe passou pela cabeça a ideia de suicídio, erguia-se como um fantasma...Mas a tentativa de suicídio não tivera resultado.
-    Se eu pudesse morrer!
Não sei o que será que a motivou, mas ela erguera-se de novo das cinzas, imaginei os meses que ela já lá estava presa, porque já era novamente o dia dos seus anos e sabem o que ira acontecer-lhe.
-    Morrer, Oh, não!- exclamou.
-    Não valia a pena ter vivido tanto, ter sofrido tanto para morrer agora. Morrer era bom quando resolvi isso, noutros tempos e há muitos "anos".
-    Mas, agora seria auxiliar muito o meu miserável destino. Não, quero viver, quero lutar até ao fim; não, quero reconquistar a felicidade que me foi roubada!
-    Antes de morrer esquecia-me de que tenho de me vingar dos meus algozes e quem sabe recompensar alguns amigos...mas agora vou ficar aqui esquecida e não sairei do meu cárcere se não como o faria?
Ao dizer estás palavras, fiquei imóvel, com os olhos fixos, como uma pessoa inspirada por uma ideia súbita mas como que apavorada com isso.
-    Quem me envia este pensamento?
-    Uma vez que só os mortos aqui saem livremente, tomemos o lugar deles.
Pelo corredor passavam os carrascos que estavam dizendo que um homem tinha morrido, na cela ao lado da minha. E pensei numa coisa se as paredes estavam velhas sujas e já eram antigas ela deviria conseguir deslocar alguma pedra, quando de repente viu uma cruz vermelha na parede.
  Estranho pois ela antes não estava lá, ao tocar sentiu que as pedras estavam soltas e empurrou-as como por magia ela tinha aberto caminho para a cela da pessoa que tinha morrido e disse:
-    Uma vez que só os mortos aqui saem livremente, tomemos o lugar deles.
Ela abriu o tirou a pessoa e com esforço levou-a para a sua cela deitou-a e cobriu-a até a cabeça pôs o prato no buraco da porta e saiu, pôs-se dentro do saco e colocou-se na posição do cadáver e rezava para que não a descobrissem. E se engana-se e a enterra-se numa cova morreria sufocada, e tanto melhor! Estaria tudo acabado.
Por todo o corpo tinha terríveis calafrios e com a mão direita comprimia as pulsações, quando estava prestes a acontecer o que ela mais temia que era sem enterrada ouviu o som do seu cavalo e quando a puseram no chão para abrir a campa Ela rasgou o saco assobiou e num ápice estava na sua frente o Tornado fez a roda e tirou da sela do Cavalo a sua arma e disparou sem temer, neles incluindo quem era o dono daquela prisão diabólica, organizada pelo Diablo. Viu sobre a sua cabeça um céu negro e tempestuoso, onde o vento varria as nuvens vendo-se um cantinho azul, realçado por uma estrela. A trás dela estendia-se o mar medonho mais negro que o céu, cujas as ondas começavam a ferver como quando chega uma tempestade, erguia-se como um fantasma, onde o rochedo maior abria caminho...um murmuro se ouvia, ela então virou-se e viu lá no alto do céu uma imagem destroçida que lhe dizia:
-    Lembra-te de quem és, de quem foste, nunca esqueças o sentimento que te move.
-    Lembra-te... sempre haverá esperança.
-    Lembra-te...!
-    Espera, espera diz-me quem és!- exclamou ela no cavalo que se elevava perante isto. 
Apesar do vento, apesar da chuva que começava a cair, eu sabia que algo se estava passando, deixando a minha alma ser embalada numa grande e tremula aventura...
Cavalgou e cavalgou e no momento que chegou a sua casa do campo viu um relâmpago que parecia abrir o céu e de novo se erguia um fantasma que disse:
-    Procuras em vão pois eles não estão mais aqui.
-    Onde estão, para onde foram?!
-    Se eles pudessem teriam te salvo, mas se algo de errado tivesse acontecido?
-    Sabes perfeitamente que quem te pôs naquela cadeia queria acabar com aquilo que irias fazer, por isso podes imaginar o que lhes terá acontecido.
-    Não te preocupes pois eles não estão mortos, por enquanto.
-    Apenas serviram para um teste.
Lá no alto dos montes os seus Antigos Cavaleiros montados a cavalo...viam aquilo.
-    Um teste? O que estás dizendo?!
-    Espera!
-    Ainda falta-te encontrares uma pessoa.
-    O Orroz, quer dizer o Rodrigo.
-    Este tipo de teste!- gritou o diablo disparando dois tiros ao Orroz.

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