segunda-feira, 18 de março de 2013

Whistling my name... Capitulo 11


Tenho vagueado dias sem fim por trilhos desconhecidos. Tenho passado por situações que nunca pensei viver. Sem dinheiro, sem documentos de identificação. Num país completamente estranho. Abandonei o hotel mal me abriram a porta. E usei o dinheiro nojento que Alessandro me atirara à cara para pagar a estadia. Nunca esperei tal atitude dele. Não sei o que fazer. Estou perdida neste buraco que chamam França. Tenho fome. Tenho sede. Mas aqui eu não sou ninguém. Nem sequer existo. Se morrer não sentirão a minha falta.
É difícil saber exactamente para onde ir, quando não tenho rumo algum. Ao longe começo a observar um bairro se formando. Não parece ser bem-frequentado, as pessoas tão pouco parecem-me ser bem intencionadas  A agitação que observo aproximando-me é de “casas” para rapazes disfarçadas de botequins. Olhos ávidos consumiam-me ao verem-me passar.
- Salut, jolie fille voulez aider? – Disse uma voz.
Eu não entendi nada. E continuei o meu caminho não sei para onde. Quando sinto agarrarem-me.
- Vous n'avez pas entendu? – Perguntou um homem grotesco.
pânico enfim brotava do meu interior e me alertava para o perigo que se seguiria. Estava condenada agora.
- Vous n'êtes pas d'ici. Immigrant. Ter lugar para ti. Vem. – Disse arrastando-me para um beco.
Acreditei que aqui e neste exacto momento estava tudo decidido e acabado para mim. Quando de repente, o beco mostrou uma porta oculta. E empurrou-me lá para dentro.
- Boss la viande fraîche.

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