sábado, 23 de março de 2013

Agricultura Biológica... Porquê?


O nascimento da Agricultura Biológica


Alguns estudos comprovam que a agricultura biológica começou a ser praticada essencialmente no Norte da Europa desde o início do século, tendo como base três correntes de pensamento importantes na sua origem:
·                   A agricultura biodinâmica que surgiu na Alemanha, impulsionada por Rodolf Steiner;
·                   A agricultura orgânica que surgiu em Inglaterra, a partir das teses desenvolvidas por Sir Howard no seu testamento Agrícola;
·                   A agricultura biológica que foi desenvolvida na Suíça por Hans Peter e H. Muller.

Estes diferentes movimentos deram origem a um vínculo entre a agricultura e a natureza, afastando-se de uma agricultura mais dirigista.
A agricultura biológica manteve-se durante muito tempo embrionária na Europa. Pelo menos até inícios dos anos 50, devido às grandes necessidades de aumentar a produção e o grau de auto-suficiência para poder suportar a comunidade europeia.
No final dos anos 60 e inícios dos anos 70 começou a haver mais preocupações com o meio ambiente, sendo assim criadas associações com regras de produção ligadas ao interesse pelo meio ambiente.
No entanto é nos anos 80 que este tipo de agricultura ganha impulso. Houve maior interesse dos consumidores por produtos obtidos a partir desta prática, o que levou a ser desenvolvida noutros países fora da Europa, como os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e o Japão. Assiste-se assim a um aumento do número de produtores e à comercialização de produtos biológicos.





2-   Caracterização das explorações


A exploração agrícola[1] é o local onde são produzidos os produtos biológicos, frescos e de elevada qualidade que se podem encontrar nos supermercados, restaurantes ou mercados locais.
Esta prática não depende só da natureza. Os agricultores têm de aplicar o conceito de uma agricultura em ciclo fechado. Por exemplo, o aumento da fertilidade dos solos usando estrume e reutilizando os resíduos das culturas, diminuindo assim a erosão dos solos, bem como a perda de nutrientes e água. Desta forma promove-se a harmonia entre a Natureza e o Homem.
Em Portugal a área média de explorações é 113 Ha. As explorações dominantes[2] são a animal, mista e frutícola. No norte as mais importantes são também a mista, frutícola, e vitivinícola. No centro deparamo-nos com o mesmo cenário, porém com maior concentração na produção de ervas aromáticas e hortícolas. E no sul com a produção animal e de seguida com a exploração mista.
No que diz respeito aos alimentos consumidos pelos animais criados biologicamente, actualmente, o regulamento de agricultura biológica determina que pelo menos 85% dos alimentos fornecidos aos animais têm de ser obtidos em modo de produção biológica. Porém a partir de 1 de Janeiro de 2008, os agricultores tiveram de passar a fornecer 100% de alimentos biológicos aos animais usados para produção de carne e leite.
O novo Regulamento, desenvolvido a partir das normas actuais, recorre à produção de alimentos biológicos compostos para animais, através de matérias-primas obtidas em agricultura biológica, excepto quando estas não estão disponíveis. Usando o mínimo de aditivos e auxiliares tecnológicos e apenas nos casos de extrema necessidade ou para um fim nutricional específico.


ð  Criação ao ar-livre:

Os princípios e regulamentos da agricultura biológica também explicam que os animais criados biologicamente devem ter acesso permanente a pastagens abertas, substâncias grosseiras não digeríveis na sua alimentação e que os seus alimentos devem ir ao encontro das suas necessidades nutricionais em cada fase do seu desenvolvimento.
De acordo com o princípio de aproveitamento dos recursos locais, os alimentos para animais devem ser também preferencialmente adquiridos a partir da exploração agrícola em que os animais são mantidos.

ð  Restrições:

No que toca a restrições, existem alguns ingredientes proibidos nos compostos biológicos para animais, como, por exemplo, os promotores de crescimento, aminoácidos sintéticos e organismos geneticamente modificados (OGM). Existem ainda outros que podem ser utilizados em determinadas circunstâncias, tais como materiais de origem vegetal convencionais, materiais de origen animal ou mineral, aditivos, enzimas e microrganismos e ainda auxiliares tecnológicos.

ð  Leite:

Os agricultores biológicos acreditam que durante as primeiras fases de desenvolvimento, os animais como os bezerros ou cordeiros devem ser alimentados unicamente com leite natural – idealmente das suas progenitoras.







3-   Técnicas e produtos que caracterizam a diferença na Agricultura Biológica


4.1.      Plantas:

Prevenção com plantas
Pragas
Abrunheiro-bravo[3]:
Refúgio para sirfídeos, himenópteros e crisopas (insectos predadores).
Alho
Efeito antibiótico e fungicida; contém aminoácido de efeito pesticida; destrói pragas quando aplicado em preparação; pode destruir também os auxiliares.
Arruda[4]
Repele gatos e formigas
Borragem[5]

Melhora a produção e a qualidade, por melhorar a disponibilidade de cálcio e potássio; proporciona sombra. Proporciona bons resultados na cultura do morangueiro.
Cebolinho
Inibe a mancha negra e a sarna
Proporciona bons resultados na cultura de tomateiro; roseiras; macieiras; alface; cenoura; aipo.
Chagas[6]
Planta-isco para afídeos
Consolda[7]

Rica em cálcio, potássio e fósforo; O chorume fermentado acelera a compostagem; excelente adubo verde; relação C/N semelhante ao estrume.
Funcho
Refúgio para sirfídeos predadores e caracóis.
Heras
Refúgio para sirfídeos, himenópteros e crisopas.
Hortelã-vulgar e pimenta
Repele a lagarta da couve
Labaças[8]
O preparado tem acção fungicida.
Loureiro
Refúgio para antocorídeos; repelente de toupeiras.
Manjericão

Afasta insectos.
Milefólio[9]
O chorume fermentado acelera a compostagem.
Poêjo
Afasta ratos e formigas
Salva
Repele uma série de pragas; afasta a borboleta-branca da couve
Salsa
Repele a mosca da cenoura e certos escaravelhos. Proporciona bons resultados na cultura de tomateiro; roseiras; cenouras; espargos.
Saganho-mouro[10]
Refúgio para himenópteros.
Tanaceto[11]

Repele uma série de pragas, como piolhos, lagartas, formigas e ácaros
Trovisco[12]
Refúgio para afídeos úteis; repelente de toupeira.
Tomilhos
Repele a lagarta da couve.
Urtica sp.
Acelera a compostagem e são usadas como insecticida contra piolhos e ácaros.

4.2.      Animais:

Prevenção com animais / insectos
Pragas
Joaninha
Repelam ou consomem afídeos, moscas da fruta, pulgões, piolhos da folha e outros tipos de insectos.
Vespas
Repelam ou consomem afídeos, cochonilha, lagarta da couve e roscas. Além de ajudarem na polinização das plantas.
Pássaros
Consomem lagartas mineiras, lesma ou Caracol, rosca branca, roscas, gorgulho das hortícolas e afídios.
Antocorídeos[13]
Repelam ou consomem afideos, ácaros, ovos e larvas de lepidópteros.
Sirfídeos[14]
Repelam ou consomem afídios e tripes. Além de ajudarem na polinização das plantas.
Crisopídeos[15]
Repelam ou consomem a traça-da-oliveira, piolhos, traças, ácaros, psilídeos, moscas-brancas, lagartas, cigarrinhas e cochonilhas e pulgões. Além de ajudarem na polinização das plantas.

 

4.3.      Culturas intercalares para prevenção de algumas pragas:

Prevenção com culturas intercalares
Praga
Hortelã, alho, coentros, cebolinho, poejo, crisântemos e nastúrcio (como cultura armadilha)
Afídios[16]

Cebola e girassóis como armadilhas.
Agrotis (roscas)[17]
Cebola, alho, crisântemo, para encorajar tripés predadores. Plantas de pólen e néctar para atraírem joaninhas e outros insectos predadores.
Aranhiço vermelho

Culturas de pólen e néctar para atraírem joaninhas e outros insectos predadores.
Cochonilha[18]

Ásteres para encorajar as aranhas. Ervas da família da artemísia
Gorgulho das hortícolas[19]
Hortelã, pimentão, salva, rosmaninho, tomilho, aipo, como armadilha), funcho (para atrair as vespas), plantas de pólen para atrair os neurópteros.
Lagarta da couve

Ervas da família da artemísia como dissuasor.
Lagartas mineiras




4-   Produtos – Alimentos de agricultura biológica


5.1.      Requisitos e condições:

¨      Tal como acontece para os agricultores, o sector de transformação deve seguir certos requisitos para que os seus produtos possam ter o logotipo e rótulo de agricultura biológica da UE ou dos diferentes Estados-Membros da UE. No novo regulamento de agricultura biológica estes requisitos incluem a produção de produtos usando maioritariamente ingredientes de origem agrícola biológica, a aplicação de apenas um número muito limitado de aditivos, utilização de auxiliares tecnológicos apenas se forem autorizados, em certas condições, pela Comissão, a inibição do uso de aromatizantes e corantes e a garantia de que os produtos de agricultura biológica e convencionais são armazenados, manipulados e processados separadamente em todos os momentos.

5.2.      Transformadores:

¨      Os transformadores de produtos de agricultura biológica e, por dimensão, os vendedores e distribuidores, estão igualmente sensibilizados para os objectivos dos agricultores biológicos, nomeadamente a aquisição de alimentos frescos e autênticos, produzidos e preparados tendo em conta o respeito pela natureza e os seus sistemas.
Entre os princípios mais importantes para a transformação de produtos de agricultura biológica incluem-se uma limitação rigorosa dos aditivos e auxiliares tecnológicos que podem ser utilizados; uma limitação rigorosa de elementos químicos sintetizados que podem ser utilizados e por fim a proibição do uso de organismos geneticamente modificados (OGM).


5.3.      Gama de produtos:

¨      Enquanto o modo de produção biológico procura manter a agricultura em contacto com as suas raízes tradicionais e minimizar as perturbações à ordem natural, a alteração de produtos de agricultura biológica reflecte a miríade de sabores e preferências culinárias do consumidor moderno.
Por isso, além da alta qualidade de deliciosos frutos, vegetais e carnes, os produtos de agricultura biológica modernos compreendem também:
·         Comida para bebé
·         Vinhos produzidos com uvas biológicas
·         Cerveja
·         Iogurtes
·         Bolos
·         Pão
·         Cereais de pequeno-almoço
·         Biscoitos
·         Carnes frias
·         Sumos de fruta
·         Fruta e vegetais enlatados
·         Refeições preparadas
·         Café
·         Chá
Como os agricultores biológicos tendem a seleccionar espécies animais e vegetais menos conhecidas, com maior resistência a pragas e doenças e melhor adaptação às condições sazonais e locais, o sector de transformação de produtos de agricultura biológica tem, indiscutivelmente, uma gama mais alargada de produtos à sua disposição.


5.4.      Importações de Alimentos de agricultura biológica:

¨      Para dificultar ainda mais a situação, a procura de produtos de agricultura biológica na UE é actualmente superior à oferta, o que significa que os cidadãos da UE também necessitam de ter oportunidade de comprar alimentos e bebidas importados quando desejam comprar biológico.
Exemplos típicos de produtos de agricultura biológica importados para a UE incluem:
·         Café do Brasil
·         Kiwis da Nova Zelândia
·         Arroz da Tailândia
·         Bananas da Costa Rica
·         Chá da Índia

5.5.      Mercado de distribuição dos produtos:

5.5.1.   Canais:

Os canais normais de distribuição através dos quais os consumidores podem encontrar produtos biológicos incluem:
·                     Mercados locais e especializados;
·                     Lojas especializadas em produtos de agricultura biológica em áreas urbanas e rurais;
·                     Tendas à beira da estrada em zonas rurais;
·                     Directamente nas explorações agrícolas onde os produtos têm origem;
·                     Entrega de cabazes ao domicílio ou recolha num local pré-definido através da internet.



5.5.2.   Supermercado:

Por toda a Europa, os supermercados estão a tornar-se uma fonte cada vez mais popular de alimentos e bebidas biológicas. O tamanho e sofisticação das suas actividades envolvendo produtos biológicos também estão a aumentar. Nos supermercados, podemos encontrar geralmente secções dedicadas e bem visíveis de frutos, vegetais e carne de agricultura biológica. E se observarmos com atenção, encontramos também alimentos biológicos transformados, incluindo nas secções de produtos congelados.

5.5.3.   Restaurantes e serviços de catering:

Na UE, o sector dos restaurantes e catering está também a aumentar no que toca ao uso de produtos biológicos na elaboração dos seus menus.
De facto, nos últimos anos, têm vindo a abrir um número cada vez maior de estabelecimentos que servem exclusivamente alimentos de agricultura biológica, ao mesmo tempo que várias grandes empresas também decidiram introduzir comida biológica nas suas cantinas.
Entretanto, a próxima geração de consumidores está a experimentar em primeira-mão alimentos e bebidas de agricultura biológica, à medida que estes são cada vez mais usados nas cantinas escolares de toda a UE. Esta tendência também é seguida por outras cantinas, em empresas públicas e privadas.

 

5-   A agricultura Biológica enquadrada na Pac


PAC trata-se de uma Política Agrícola Comum Europeia criada em 1962 tendo em visa os seguintes factores: défice de produção, aumento da dependência agro-alimentar e diminuição do nível de vida dos agricultores.
Desta forma os seus principais objectivos eram:
·         Aumentar a produtividade agrícola;
·         Garantir a auto-subsistência alimentar da população dos estados-membros;
·         Estabilizar o preço dos produtos agrícolas;
·         Garantir aos agricultores rendimentos mais justos.
Os objectivos da PAC foram concretizados, no entanto, desta política, resultaram também consequências negativas. Com o aumento da produção agrícola resultaram desequilíbrios ambientais devido à sobrexploração da terra e à prática intensiva de cultivo. Começaram a haver excedentes (cereais, carne de bovino e leite), houve um excesso de proteccionismo aos produtos comunitários e as despesas agrícolas detinham um peso muito elevado no orçamento da UE.
Com isto, foi necessário fazer uma revisão da PAC, em 1992, e pensar numa forma de equilibrar o desenvolvimento da agricultura com a protecção do ambiente. Ou seja, promover um desenvolvimento sustentável.
Actualmente a PAC da UE ajuda a desenvolver o tecido económico e social das comunidades rurais e desempenha um papel essencial na procura de soluções para fazer face às alterações climáticas, à gestão dos recursos hídricos, à bioenergia e à biodiversidade. O objectivo é agora que todos os produtores sejam capazes de sobreviver pelos seus próprios meios, no mercado da UE e no mercado mundial e que o consumidor tenha à sua disposição uma escolha ampla a preços justos. Quando necessário, a PAC complementa o rendimento dos agricultores a fim de lhes garantir um nível de vida aceitável, no entanto, essas ajudas estão ligadas ao cumprimento de objectivos no domínio da higiene das explorações agrícolas, da segurança alimentar, da saúde e bem-estar dos animais, da preservação das paisagens rurais tradicionais e da conservação do meio natural e da vida selvagem.
Além de fixarem as condições relativas ao meio de produção aquícola e à separação das unidades biológicas e não biológicas, especificando as condições de bem-estar dos animais (incluindo as densidades de animais máximas, que constituem um indicador mensurável do bem-estar), as novas directivas da UE proíbem a indução da reprodução por hormonas artificiais.
Ainda assim, o sector da agricultura biológica tem ainda muito para percorrer, sendo que atualmente há 7,6 milhões de hectares destinados a esse tipo de produção, o que corresponde somente a 4,3% das terras cultivadas na UE. Valores, estes, que serão considerados na reforma da PAC, pós-2013.
Temos então uma controvérsia que gira em volta da PAC, sendo que uns estados membros a defendem, e consequentemente as ajudas aos agricultrores, que representam quase metade do orçamento anual da União Europeia. Enquanto outros gostariam de canalizar esse dinheiro para outros sectores, como a energia e inovação.

Conclusões


A agricultura já existe desde a pré-história, visto que todo e qualquer ser vivo, tem a, necessidade constante e imutável de se alimentar e assegurar o seu sustento. Verdade irrefutável que conduziu o homem à exploração da natureza, encontrando nela uma forma de aproveitar as plantas e ervas bem como os outros seres vivos não racionais, como alimento. Mas com o passar do tempo, esta actividade de subsistência feita à custa de trabalho manual e uso de técnicas artesanais e ancestrais pouco desenvolvidas, evoluiu para uma actividade industrial, que deu origem a uma utilização mais intensiva dos solos, que por sua vez recorre cada vez mais à mecanização e a técnicas mais sofisticadas em termos de fertilização, irrigação, selecção e manipulação de espécies. Contudo para tentar remediar o dano causado, por um bem melhor. Criou-se a agricultura biológica. Uma alternativa visada pela PAC na revisão da sua pragmática em 1992, também ela causadora desta deturpação na natureza agrícola.
A agricultura biológica consiste numa produção de alimentos saudáveis e ao mesmo tempo de elevada qualidade, baseando-se no contrabalançar entre o sustentável e a qualidade, ou seja os prós e contra como numa balança. Ao recorrer a práticas como: rotações de culturas, adubos naturais, consociações e luta biológica contra pragas e doenças. Tendo como consequências directas, o melhoramento da fertilidade do solo a longo prazo, preservando os recursos naturais e minimizando todas as formas de poluição resultantes das práticas agrícolas, preservando a biodiversidade e os ecossistemas naturais, bem como a possibilidade dos consumidores poderem escolher e consumirem alimentos de produção biológica, sem resíduos de pesticidas.
Porém a falta de capacidade organizativa, de ligação entre os conhecimentos e a produção, de ajudas e informações para o seu desenvolvimento parecem ser causadoras da limitação deste modo de agricultura benigna. Isto, porque ainda que a PAC ajude a desenvolver o tecido económico e social das comunidades rurais e desempenhe um papel essencial na procura de soluções para fazer face às alterações climáticas, à gestão dos recursos hídricos, à bioenergia e à biodiversidade e complemente o rendimento dos agricultores a fim de lhes garantir um nível de vida aceitável, existem normas e leis a cumprir que vão deste a higiene das explorações agrícolas, segurança alimentar, saúde e bem-estar dos animais, preservação das paisagens rurais tradicionais, até à conservação do meio natural e da vida selvagem. E muitos agricultores não aderem a esta iniciativa, porque no geral, esta actividade requer um maior volume de mão-de-obra, logo os rendimentos do trabalho serão sempre superiores comparativamente com a agricultura tradicional. Além de que os próprios não conseguem aguentar a concorrência imposta pela agricultura intensiva e detentora do monopólio neste sector. Daí os produtores que restam preferirem a quantidade à qualidade e evitar gastos supérfluos com pessoal, quando existem máquinas, que promovem a rapidez e o baixo-custo e ainda os pesticidas e adubos químicos. E também porque os alimentos biológicos são mais caros que os “normais” e as pessoas optam pelos mais acessíveis, pois existe um variadíssimo leque de escolha convidativa vindo da importação. Logo quem sairá prejudicado será o produtor, porque estará sempre num risco, visto que a sua actividade não é rentável. Embora actualmente observemos que a procura é superior à oferta.
Todavia existem países que defendem as iniciativas da PAC,  nas ajudas aos agricultores, que representam quase metade do orçamento anual da União Europeia. Mas existem outros países, que gostariam de canalizar esse dinheiro para outros sectores, como a energia e a inovação.
Os produtos biológicos são de altíssima qualidade, e observam-se cada vez mais à venda nos supermercados e restaurantes. Além de que não se tratam só de frutas, legumes e carnes, temos também disponíveis neste leque vinhos, sumos de fruta, carnes frias e etc. Quando observa-se muito a falta de tempo para refeições equilibradas, sedentarismo entre outros factos mórbidos, estes alimentos inseridos na nossa dieta podem fazer toda a diferença.
Sendo assim, na minha pespectiva os governos deviam investir mais neste sector de actividade, tornando-o em um sector rentável que permitiria a fixação de população jovem nos povoados isolados e esquecidos, conferindo desta forma a identidade à ruralidade há muito perdida. Ou seja, promover o ramo de maneira a que a oferta e a procura se equilibrassem. Para que além do que foi referido anteriormente, na hora de comprar, os consumidores com menos posses pudessem também usufruir destas “ pedras preciosas” de igual modo, bem como o preservar do ambiente, nomeadamente os solos para as gerações vindouras e evitando o aparecimento de doenças procedentes de produtos usados no controlo de pragas prejudiciais para a saúde humana e dos animais.


 Referencias:


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