É do conhecimento geral que dentro do
“mundo dos humanos” existe outro mundo, o mundo bacteriano que nos cerca e é imprescindível
investiga-lo. Para isso temos de repartir esse mundo de forma a distinguir os
seus constituintes e, de seguida, isolá-los e semeá-los (bactérias) para que à
medida que se vão desenvolvendo possamos estudar os seus comportamentos. Para isola-los
e semear existem diversas técnicas, designadas de meios de cultura. Estes meios
de cultura podem apresentar-se em diversos estados físicos[1]:
líquidos, semi-sólidos ou sólidos. A escolha do estado físico prende-se com a
relação das pesquisas em causa. Estes meios de cultura fornecem nutrientes
indispensáveis aos microrganismos, que caso contrário impossivelmente permitiria
o seu desenvolvimento. Para a realização dos meios de cultura, a matéria mais
utilizada é o agar, pois contém propriedades essenciais para um equilibrado
desenvolvimento microbiano. Entre elas temos o facto de ser estável a altas ou
baixas temperaturas, sendo que a altas temperaturas se encontra no estado
líquido e a baixas no estado sólido, temos o facto de não ser facilmente
degradado pelos microrganismos, sendo que apenas alguns conseguem fazê-lo.
O presente relatório que
consta de duas actividades diferentes: numa primeira parte a apresentação
teórica acerca dos meios de cultura e propagação/sementeiras e na segunda a
aplicação do leccionado na prática. Demonstra assim as diferentes técnicas de
propagação de microrganismos que compreendem o esgotamento, o espalhamento, a
picada central e a incorporação. Técnicas que consistem em recolher um pouco de
uma colónia e isolá-la ao ser semeada num meio em que possa desenvolver-se,
isto é, um meio de cultura[2]. A
partir desse desenvolvimento iremos aperceber-mo- nos de que tipo de microrganismo
se trata e o que se pode fazer perante o próprio.
2- PARTE EXPERIMENTAL –
Material e Métodos
2.1. Material:
Ø Placas de Petri com meio de cultura
PCA
Ø Tubos de Ensaio
Ø Suporte para tubos de ensaio
Ø Meios de Cultura sólidos e líquidos
Ø Estilete
Ø Ansa de metal ou descartável
Ø Bico de Busen
Ø Micropipeta ou micrométrica
Ø Semeador descartável
Ø Caixa de Petri esterilizada
Ø Meio de cultura em Agar (estado líquido)
Ø Algodão
cardado
Ø Caneta de
acetato
2.2. Métodos:
ª Inicialmente
prepara-se uma diluição de 1:10, ou seja, 1mL do tubo de ensaio com a cultura
para o tubo de ensaio com água peptonada e tamponada[3].
Apenas o método de incorporação é preparado tendo como inoculação este meio de
cultura diluído.
Esgotamento:
1.
Escolher a colónia.
2.
Marcar o fundo da caixa de petri com a caneta de
acetato contendo o nome, turno, grupo, técnica utilizada e a cultura bacteriana
utilizada.
3.
Em seguida passar a ansa pela chama do bico de bunsen.
4.
Depois deixar a ansa arrefecer na tampa e retirar o inóculo
e efectuar o processo de esgotamento (ilustração 1).
5.
Colocar na estufa para que as culturas se poção
multiplicar.
Espalhamento:
1.
Escolher
a colónia.
2.
Marcar
o fundo da caixa de petri com a caneta de acetato contendo o nome, turno,
grupo, técnica utilizada e com a cultura bacteriana utilizada.
3.
Em
segundo agitar a cultura de meio liquido no vortex, retirar o rolhão de algodão
e passar à chama três vezes.
4.
Em
seguida com ajuda da pipeta retirar 0,1ml de inoculo da cultura líquida, passar
novamente com o tubo de ensaio três vezes a chama e tapar.
5.
Depois
colocar o inóculo na placa de petri e com ajuda do semeador, espalhar muito bem
o inóculo mexendo a placa de petri no sentido dos ponteiros do relógio e a
vareta no sentido oposto para que o inóculo fique bem espalhado para se obter
colónias isoladas.
6.
Colocar
na estufa para que as culturas poção se multiplicar.
Picada
Central:
1.
Marcar
o tubo de ensaio com a caneta de acetato contendo o nome, turno, grupo, técnica
utilizada e com a cultura bacteriana utilizada.
2.
Escolher
a colónia.
3.
Passar
o estilete pela chama até ficar incandescente, arrefecer na tampa de caixa de
petri e retirar a colónia escolhida.
4.
Retirar
o rolhão de algodão do tubo de ensaio passar três vezes à chama e com o estilete
perfurar a cultura na zona mais grossa e ir espalhando pela superfície da
cultura. Passar novamente a chama três vezes e tapar com o algodão.
5.
Colocar
novamente o estilete na chama até ficar incandescente e coloca-lo no suporte.
6.
Por
o tubo de ensaio na estufa para que a poção se possa dividir.
Incorporação:
1.
Marcar
o fundo da caixa de petri com a caneta de acetato contendo o nome, turno,
grupo, técnica utilizada e com a cultura bacteriana utilizada.
2.
Agitar
a cultura de meio liquido no vortex, retirar o rolhão de algodão e passar a chama
três vezes, em seguida com ajuda da pipeta retirar 1ml de inoculo da cultura
líquida, passar novamente com o tubo de ensaio três vezes a chama e tapar.
3.
Depois
colocar o inóculo na caixa de petri e em seguida colocar o meio de cultura que
se encontra no estado líquido (deixar arrefecer um pouco, até ficar morno).
4.
Colocar
a tampa e agitar 8 vezes no sentido dos ponteiros do relógio e 8 veze em oposto,
4 vezes e 4 vezes no sentido oposto, 2 vezes e 2 vezes no sentido oposto e 1
vez e 1 vezes no sentido oposto (sentido horizontal).
5.
Fazer
o mesmo processo, mas agora na vertical.
6.
Deixar solidificar e colocar na estufa para que a cultura possa
crescer.
3- RESULTADOS
Método de
isolamento por Esgotamento:
·
O objectivo consistia em esgotar a superfície da placa de
petri e, após a incubação detectar colonias isoladas e se existiriam culturas
puras (um tipo de bactérias) ou mistas (vários tipos de bactérias).
·
Constatou-se então a existência de uma cultura mista devido à
existência de colonias isoladas.
Método de
isolamento por Espalhamento:
·
O objectivo consistia em espalhar bem as colónias para uma
melhor contagem.
·
Constatou-se que o meio de cultura líquido estava muitíssimo
concentrado, pois observou-se colónias de bactérias por toda a superfície.
Método de
isolamento por picada central:
·
O objectivo consistia em observar a reacção das bactérias ao
ar e metabolismo (aeróbio, anaeróbio, anaeróbio facultativo ou microaerófilos).
·
Constatou-se que a bactéria se
desenvolveu tanto dentro do agar, onde não há presença de O2, como à
superfície do agar, onde há interacções com o O2.
Método de isolamento por incorporação:
·
O objectivo consistia em espalhar bem as colónias para uma
melhor contagem, bem como observação da sua reacção ao ar.
·
Observou-se a existência de bactérias espalhadas por toda a
superfície da caixa de petri, bem com uma grande concentração.
4- DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
No isolamento por esgotamento, no
nosso grupo, verificou-se o objectivo pretendido. Observar-se o isolamento de
colónias. Já o espalhamento não satisfez os requisitos, porque a meu ver as
colonias estão todas aglomeradas, ainda que algumas estejam isoladas e fáceis
de contar. Na picada central o objectivo foi preenchido, visto que observou-se
que a bactéria desenvolveu-se tanto dentro do agar, sem presença de O2,
como à superfície com presença do O2, ou seja, trata-se de uma
bactéria aeróbia facultativa.
Concluo assim que as técnicas
utilizadas em laboratório não “fáceis”, talvez devido à falta de prática e de à
vontade. Mas tratam-se, de técnicas que nos permitem isolar as colónias
semeadas e realizar uma melhor contagem das mesmas, dando-nos a percepção do
seu grau de desenvolvimento e noutras as suas definições como, por exemplo, se,
se desenvolvem com a presença ou não de oxigénio (aeróbias e anaeróbias). No
entanto para isso, é necessário que o processo seja executado correctamente.
Até porque na prática realizada, observaram-se em algumas caixas de petri certas
falhas, como a título de exemplo: o Agar rasgado impossibilitando o
desenvolvimento da cultura ou no esgotamento a ausência de colonias isoladas.
Apronto também que para compreender
o mundo microbiano que nos rodeia, este tem de ser muito bem estudado. Ora a
técnica de isolamento torna-se bastante útil ao permitir um melhor controlo
sobre o mesmo, bem como ajuda num melhor combate à diminuição de riscos
patogénicos.
Referencias:
Anon., s.d. Prática
2: Cultura de Microrganismos. [Online]
Available at: http://www3.uma.pt/gcosta/docs/microbiology/prat2.pdf
[Acedido em 15 11 2012].
Available at: http://www3.uma.pt/gcosta/docs/microbiology/prat2.pdf
[Acedido em 15 11 2012].
Nicésio, R.
G., 2007. Meios de Cultura. [Online]
Available at: http://www.biomedicinabrasil.com/search/label/Microbiologia
Available at: http://www.biomedicinabrasil.com/search/label/Microbiologia
Ambiental, D. E., s.d. Meios de Cultura. [Online]
Available at: http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/5583/material/Meios%20de%20Cultura%20aula%20pr%C3%A1tica.pdf
[Acedido em 22 11 2012].
Available at: http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/5583/material/Meios%20de%20Cultura%20aula%20pr%C3%A1tica.pdf
[Acedido em 22 11 2012].
Wikipédia, 2012. Meio de cultura. [Online]
Available at: http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_de_cultura
[Acedido em 22 11 2012].
Available at: http://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_de_cultura
[Acedido em 22 11 2012].
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