domingo, 17 de janeiro de 2016

SQHA: Toxinfecções Alimentares (TIAS) e Doenças de Origem Alimentar (DTVA)

TIAS (Toxinfecções alimentares)


·         Doença directametnte ligada ao consumo de alimentos;
·         Sintomas gerais: gastroentrites agudas (vómitos/diarreias), podendo-se acompanhar por celafeias e alterações neurologicas;
·         Período de incubação inferior a 72h.

Classificação:
Ø  Enteroinvasivas: invadem a musosa intestinal e do organismo por bácterias, que se colonizam e multiplicam. Geralmente provocam febre.
Ø  Exotoxinogénicas: produção de tóxinas, podendo não ser necessário a ingestão do agente, em alguns casos.
Ø  Enterotoxinogénicas: desenvolvem-se no tubo digestivo e quando lisam, libertam tóxinas que actuam sobre a mucosa. Geralmente provocam hipotermia.



E.coli Enterotoxinogénica (ETEC):
v  Gram - ;
v  Flagelada;
v  Bastonetes rectos;
v  Não esporulada;
v  Aerobios facultativos;
v  Crescem entre 4ºC - 44ºC;
v  Incubação de 12h a 3 dias;
v  Oxidase negativa, catalase positiva;
v  Bactéria da flora intestinal dos seres humanos e de vários animais.
Sintomas:
·         Diarreia aquosa - viajantes;
·         Evolução benigna – necessidade de rehidratação.
Causas:
§  Associada a zonas húmidas e quentes;
§  Falta de higiene, águas contaminadas, alimentos de origem animal (carne, leite e ovos), alimentos muito manipulados (ex: cake design), crus ou insuficientemente cozinhados e mantidos quentes durante muito tempo;
§  Contaminação-fecal.

E.coli Enterohemorágica (VTEC):
v  Causam colite hemorragica - ulcerações na na mucosa do cólon;
v  Produzem verotóxinas;
v  Produzem lesões de adesão e apagamento da superfície do epitélio intestinal.

E.coli O157H7 – patogénica:
v  Gram - ;
­    SÍNDROMA HEMOLÍTICO-URÉMICO: Complicação da infecção que se baseia na presença de pelo menos dois dos seguintes critérios:
- Anemia hemolítica
- Trombocitopénia ≤ 150 000 cel/ml
- Disfunção renal (pelo menos 1 dos seguintes critérios: aumento da creatinina sérica; anúria – débito urinário inferior a 100 ml/24 horas; proteinúria; hematúria).
v  Insuficiencia renal em criança;
v  Coágulos cerebrais em adultos;
v  Típica contaminação “farm to fork”;
v  Bovinos - matadouros - tratamento e embalamento da carne -  confecção -  consumidor;
v  Tº de inactivação a partir dos 71ºC.
Causas:
§  Reservatório dos Bovinos.

E.coli Enteropatogénica (EPEC):
v  Entra dentro das células e produz diarreia;
v  Não toxinogénica;
v  Produz lesões de adesão e apagamento de microvilosidades.
Sintomas:
·         Diarreias mucosanguinolentas.
Causas:
§  Alimentos de origem animal;
§  Águas e má higiene;
§  Importante causa de mortabilidade infantil em países em vias de desenvolvimento.

E.coli Enteroinvasivas (EIEC):
v  Poder invasivo da mucosa;
v  Muito patogénica.
Sintomas:
·         Febre, diarreia com sangue e por vezes vómitos.
Causas:
§  Importância dos manipuladores;
§  Alimentos e vegetais crus;
§  Semelhante à Shigella.

Vibrio SPP:
v  Gram - ;
v  Monoflagelada;
v  Não esporulada;
v  Bacilo encurvado;
v  Anaeróbios facultativos;
v  Oxidase positiva;
v  Crescem entre 4ºC - 44ºC;
v  Incubação de mais de 15h.
­   V. parahemolyticus – importante TIA no Japão, e cada vez + na Europa. Bivalves em Portugal. OSTRAS
­   V. cholera O1 – endémico em muitas regiões do globo, importância dos manipuladores (“doença das mão sujas”). Responsável pelas perdas de líquidos por modificação na permeabilidade das células intestinais.
Sintomas:
·         Diarreia intensa muitas vezes com muco e sangue => cólera;
·         Desidratação acentuada;
·         Dores abdominais agudas e por vezes vómitos.
Causas:
§  Alimentos aquáticos (peixe e marisco), águas doces e zonas costeiras;
§  Vegetais crus e contaminações cruzadas;
§  Durante a doença o agente é excretado nas fezes.

Salmonella:
v  Gram - ;
v  Não esporulada e não capsulada;
v  Baixa resistência a tratamentos térmicos;
v  pH < 4;
v  Aeróbios facultativos;
v  Crescem entre 10ºC - 45ºC;
v  Incubação de 12h a 36h.
Sintomas:
·         Dores de cabeça seguidas de vómitos e diarreia,
·         Febre e dores abdominais intensas.
Causas:
§  Alimentos de origem animal (carne de aves, ovos e carne de porco);
§  Importância dos portadores assintómáticos.
Prevenção:
*       Higiene e atenção a contaminações cruzadas (manipulação, material e equipamento);
*      Separação da preparação e confecção/empratamento;
*      Correcta higienização das mãos e equipamento depois da evisceração;
*      Cozinhar a fundo ovos e produtos cárneos (utilização de ovos pasteurizados);
*      Não manter os alimentos entre os 3-65ºC;
*      Despiste dos portadores;
*      Desinfecção dos sanitários;
*      Luta contra roedores e insectos;
*      Atenção aos bivalves não depurados;
*      Atenção à contaminação fecal dos alimentos;
*      Vigilância dos manipuladores com diarreias.

Yersinia Enterocolítica:
v  Gram - ;
v  pH 4,2 a 9;
v  Psicotrófica - crescem entre 3ºC - 35ºC;
v  Forma de bastão;
v  Incubação de 24h a 36h.
Sintomas:
·         Diarreia com dor abdominal (apêndice), vómitos, febre ligeira, anorexia e náuseas.
·         Septicémia[1];
·         Eritema Nodoso => peste negra.
Causas:
§  Alimentos refrigerados à base de leite (gelados);
§  Produtos cárneos.

Campylobacter:
v  Gram - ;
v  Microaerófilos – pouco oxigénio e alguma concentração de CO2:
v  Crescem entre 5ºC – 40ºC;
v  Espirilados;
v  Incubação de 3 a 5 dias;
v  Abre as portas ao ataque dos ácidos provenientes do estômago;
v  Reside nos intestinos das aves – pús no figado.
Sintomas:
·         Inicialmente náuseas, celafeias (gripe) e febre ligeira;
·         Dores abdominais intensas (periumbilicais) e prolongadas, diarreia mucosanguinolenta (ir ao WC 20x – fezes com sangue;
·         Raramente vómitos;
·         Septicémia, artrite e menigite;
·         Aborto e infecções perianais.
Causas:
§  Está sobre a pele das aves;
§  Transmissão inter-pessoal;
§  Possibilidade de transmissão pelos cães ou gatos.
§  Vive no tracto gastrointestinal (bovinos, ovelhas, pombos, gaivotas).

Shigella:
v  Produção de verotóxinas;
v  Semelhante à VTEC.
Sintomas:
·         Disenterias sanguinolentas graves.
Causas:
§  Más práticas de higiene e manipulação;
§  Consumo de alimentos vegetais crus (saladas) e águas contaminadas;
§  Reservátorio Humano – fezes humanas ou de primatas.

Staphyloccous aureus (Exotoxinogéncica):
v  Presente na pele, feridas infectadas e aberturas naturais;
v  Anaeróbios facultativos;
v  Cresce entre 4ºC a 46ºC;
v  Toxina termo-resistente;
v  Forma esférica, agregados vários coccus em cacho;
v  Suporta mal a acidez;
v  Adora alimentos com elevado teor proteico;
v  Bactéria Ubiquitária – encontra-se em todo o lado;
v  Incubação de 2h a 8h ou logo a seguir à refeição;
v  Multiplicação em alimentos até 15% de sal e açucarados – moderamente halófila e osmófila.
Sintomas:
·         Vómito projectivo;
·         Diarreia, dor abdominal e cólicas;
·         Dores musculares e caibras;
·         Hipotermia;
·         Alterações da pressão arterial.
·         “ Retching” convulsivo (durante a multiplicação bacteriana a enterotoxina produzida vai ao centro de vómito no cérebro e estimula a contração do estômago, logo a pessoa vomita tudo o que tem no estômago);
Causas:
§  Frequente em banquetes;
§  Alimentos muito manipulados (gelados, carne processada, Soft cheeses, Salada de frango, creme pasteleiro, mousse chocolate);
§  Alimentos deixados à Tº Ambiente.
Prevenção:
*       Protecção das feridas;
*      Evitar a contaminação através dos manipuladores;
*      Evitar preparações com 12h a 48h de antecedência;
*      Refrigerar rapidamente entre 20ºC – 30ºC.

Clostridium Botulinum (Exotoxinogéncica):
v  Gram + ;
v  Esporulada termo-resistente = >120ºC;
v  Flagelada;
v  Anaerobica (só se produz na falta de O2)
v  Ubiquitária (suínos e peixes);
v  Esporos perigosos, mas sem condição de germinação não são perigo, a toxina só é produzida pela bactéria;
v  Germinação impedida por pH <4,5ºC e a temperatura <3ºC;
v  Incubação 16h a 36h;
v  Forma de bastonete.
Sintomas:
·         Cansaço, sonolência, celafeias, tonturas e ocasionalmente vómitos e diarreia;
·         Com entrada da tóxina no sangue, visão dupla;
·         Pode matar por asfixia entre 24h a 8 dias;
·         Secura da boca;
·         Dificuldade em falar e em engolir – muitas x confundido com AVC.
Causas:
§  Conservas de vegetais e protudos cárneos;
§  Desrespeito do jejum obrigatório de abate dos animais.
Prevenção:
*      Correcta salga dos produtos;
*      Adição de nitratos e nitritos – inibidores da germinação dos esporos;
*      Arrefecimento rápido das carcaças;
*      Adição de açúcar > 60% nas compotas;
*      Atenção às latas defeituosas;
*      Semi-conservas armazenamento no frio.

Clostridium Perfringens:
v  Gram + ;
v  Termófila;
v  Esporulada;
v  Ubiquitária (estão em toda a parte);
v  Incubação 8h a 20h;
v  Bactérias muito persistentes em restauração.
Sintomas:
·         Diarreia profusa;
·         Dor abdominal intensa;
·         Náuseas;
·         Timpanismo acentuado.
Causas:
§  Tempos longos de cozedura com muita água;
§  “Hot-Holding” – nas estufas (50º-60º);
§  Molhos, sobras, legumes e frutos cozidos, cozidos de carne, aves e peixes fumados.
Prevenção:
*      Evirar varreduras a seco – levantamento de poeiras;
*      Evitar contaminação fecal;
*      Arrefecimento rápido dos alimentos e manter as redes de frio;
*      Reaquecer as sobras a altas temperaturas;
*      Lavar muito bem os vegetais, pelar, descascar e branquear.
*      Adição de nitratos e nitritos – inibidores da germinação dos esporos;

Bacillus Cereus:
v  Gram + ;
v  Sem odor suspeito;
v  Aeróbias;
v  Esporulada;
v  Tóxina resistente (1h a 2h a 120º);
v  Incubação 1h a 3h;
Sintomas:
·         Vómitos e diarreias abruptas;
Causas:
§  Cereais – Essencialmente Arroz « síndrome do restaurante chinês à 2ª-feira;
§  Sobremesas à base de frutos;
§  Sumos de fruta;
§  Vegetais;
§  Pratos pré-cozinhados.
Prevenção:
*      Arrefecimento rápido dos alimentos;
*      Reaquecer a altas temperaturas;
*      Limpar regularmente o compartimento dos cereais.

v  Enterobacter Sakazakki:
v  Gram - ;
v  Forma de bastonete;
v  Não faz parte da lora do trato gastrointestinal ou animal;
v  Família das Enterobacterias.
v  Incubação 1h a 3h;
Sintomas:
·         Casos esporádicos de gastrointerites em recém-nascidos debilitados;
Causas:
§  Fórmulas infantis desidratadas à base de leite.
Prevenção:
*      Não utilizar fórmulas infantis nos cuidados neo-natais intensivos;
*      Reconstruir a fórmula com água fervente e refrigeração antes de utilizar. Preparar pequenas quantidades.





[1] Infecção generalizada originada por uma emissão contínua, ou repetida, na corrente sanguínea, de um agente patogénico, das suas toxinas e dos produtos de destruição celular, com um quadro clínico polimorfo e dependente da quantidade dos órgãos atingidos. A maior parte das bactérias é capaz de a provocar, com especial incidência para os cocos, a brucela, a S. typhi e o enterococo. A porta de entrada das infecções pode residir, por exemplo, em feridas cutâneas, furúnculos, amigdalites ou gengivites.  Causando arrepios, febre alta, comprometimento nervoso e sensorial, astenia, palidez, anemia, esplenomegalia, a que se juntam os sinais clínicos e electrocardiográficos da miocardite, com eventual comprometimento endocardítico, nefropatia, bronquite difusa.

1.    Doenças Transmitidas por Via Alimentar (DTVA)

                Diferença entre DTVA e TIAS:
                O período de Incubação das TIAS é mais baixo que o das DTVA.
­  TIAS – cerca de 2-3 dias.
­  DTVA – >5dias.

                Doenças Bacterianas:
Listeriose: Listeria mononocytogenes
                Características:
­  Psicotrófico (5ºC), pode resistir a ºC de pasteurização quando os teores iniciais são muito elevados ou quando protegida por matéria orgânica.
­  Multiplicação entre 0-45ºC
­  Microrganismo patogénico emergente.
­  Bactéria Ubiquitária – encontra-se em todo o lado: solos, vegetais, águas, vestuário.
­  Todos os produtos que sejam muito manipulados têm probabilidade de ter Listeria.
Infecção:
­  Não se conhece a DMI – mas supõe-se que seja baixa.
­  Grupo de Risco YOPI – Idosos, crianças, grávidas.
­  Progressão através do Sistema Nervoso.
­  Infecções pré-natais com parto prematuro e aborto.
­  Septicemia, meningite.
Transmissão:
­  Produtos de origem animal
­  Carnes sobretudo de aves, peixe fumado
­  Leite e derivados, sobretudo, queijos de pasta mole.
­  Saladas de frutos e Vegetais
Prevenção:
­  Redução dos Riscos dos grupos de Risco
­  Planos de Limpeza e Desinfecção
­  Evitar cruzar alimentos crus e confeccionados.
­  Rede de Frio Constante.
­  Planos de HACCP e BPF.

Febre Tifóide:
Características:
­  Salmonella typhi, Salmonella paratyphi A, B e C, Salmonella Sendai
­  Estas salmonellas não estão relacionadas com as Salmonellas das TIAS.
­  O ser humano é um reservatório e, frequente, portador a nível da v. biliar destes agentes.
­  Incidência < nos Países Desenvolvidos com saneamento básico e cloragem das águas.
Sintomas:
­  Período de Incubação longo (7-15 dias)
­  Problemas digestivos moderados
­  Pneumonias, Meningites, infecções renais, úlceras, diarreias, septicemia.
­  Cefaleias, vertigens.
Transmissão:
­  Muito relacionado com más condições de higiene.
­  Água e alimentos contaminados
­  Banhos locais públicos – piscinas e mares poluídos.

Brucelose:
                Características:
­  Brucella melitensis, B. abortus (abortos no final de gestação em ovinos) e B. suis (suínos)
­  Homem: Febre-de-malta (detectada em Malta); Febre Ondulante (dores musculares fortes)
­  Animais reservatório: ovinos, caprinos, bovinos e suínos.
­  Afecta o Sistema Retículo Enterial: as células de defesa do nosso organismo tentam fagocitar a brucella, mas acabam por ficar infectadas.
Sintomas:
­  Período de Incubação Longo.
­  Altamente debilitante.
­  Raramente fatal.
­  Por vezes, aborto.
­  Febre Intermitente.
­  Sequelas e Recaídas
Transmissão:
­  Via Alimentar: produtos lácticos – queijos (não curados) e leite cru (não pasteurizados).
­  Maior incidência no Norte de Portugal.
­  Matadouros de Ovinos e Bovinos – o agente fixa-se na medula óssea desses animais e na fase de serração podemos inocular agentes, daí a necessidade da protecção da cara.
Prevenção:
­  Pasteurização do Leite
­  Eliminação de portadores.

Tuberculose:
Características:
­  Bactérias Gram Positiva.
­  Mycobacterium tuberculosis, M. bovis (estes dois são os principais que transmitem a doença a humanos), M. avium (só se transmite entre aves, não afecta humanos nem bovinos), M. leprae.
­  Doença endémica
§  Contrário de epidémica – espalha-se pouco.
§  Muito associada a grupos de risco – Toxicodependentes, hepatite B.
§  Tuberculose multiresistente – condenação à morte, difícil de tratar
Contaminação:
­  Através do leite e carne contaminada.
­  Possibilidade de transmissão pela água.
­  Possibilidade de transmissão alimentar tem vindo a diminuir (ex. Leste da Europa)
Prevenção:
­  Pasteurização do leite
­  Rastreio Animal

                Viroses: doenças provocadas por vírus:
­  Os vírus não se multiplicam nos alimentos.
­  Precisam de um hospedeiro
­  Têm uma DMI baixa
­  É difícil estudá-los em laboratório

HEPATITE A
Características:
­  Infecção a nível hepático
­  Virose que afecta sobretudo o fígado.
Transmissão:
­  Interpessoal através das fezes, urina, saliva e sangue, ocorrendo em locais propícios.
­  Frequente em viajantes.
Sintomas:
­  Período de Incubação longo (2-6 semanas)
­  Icterícia – olhos amarelos provocados por agentes biliares (fígado)
­  Transtornos abdominais.
­  Anorexia, cansaço, febre.
Contaminação:
­  Sobretudo através da água e alimentos
­  Dentistas
­  Mariscos de água contaminadas. Ex.: bivalves das zonas das baías, locais + contaminados.
­  Águas de recreio (piscinas)
­  Iatrogénica – processos não naturais, ou seja, seringas, lâminas barbear, barbas do camarão.
­  Contaminações cruzadas e contacto interpessoal.
Prevenção:
­  Lavar e desinfectar saldas
­  Depurar e cozinhar bivalves.
­  Higiene pessoal
­  Vacinação (grupos de risco)
­  Soro hiper imune: aconselhável para viajantes, pois é um soro com uma concentração de anticorpos elevados com duração de cerca de 15-20 dias.

Hepatite E:
­  Principal agente enteroviral da hepatite NA e NB.
­  Transmissão: água, alimentos sobretudo pescado cru em zonas de contaminação fecal humana.
­  Provavelmente uma doença emergente – detectados seropositivos animais domésticos.

Vírus de Norwalk:
Características:
­  Geralmente doenças de curta duração
­  Atingem todas as idades.
­  Muito associadas a ajuntamentos – creches, colónias de férias, paquetes.
Sintomas:
­  Duração de 24 a 40h
­  Náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal, mau estar geral, febre baixa.
­  Remissão em 12-24h.
Epidemiologia:
­  Água e alimentos
­  Pescado (ostras)
­  Banhos em águas poluídas (lagos e piscinas)

Vírus de Gastroenterites (GE):
Vários Tipos:
­  Calcivirus, Epstein Barr, Norwalk, Rotavírus, Astrovírus, Coronavírus, Adenovírus Entéricos.
Características:
­  Transmissão alimentar muito importante
­  Frequência mal conhecida
­  Associados sobretudo a epidemias hídricas e a consumo de bivalves.
­  Taxa de hospitalização elevada.
Prevenção:
­  Impedir contaminação fecal dos alimentos
­  Inactivação viral por tratamento térmico e/ou químico.

ROTAVÍRUS:
ADENOVÍRUS ENTÈRICOS:
GE de crianças, sobretudo com idades <2 anos.
Sintomas:
­  Diarreia febril 1-9 dias
­  Desidratação intensa
­  Frequente hospitalização, morbilidade elevada.
Epidemiologia:
­  Tanto pode ocorrer em endemias ou grandes epidemias.
­  Frequência em crianças, >4 anos imunes.
­  Menor virulento que os rotavírus
­  Infecções conjuntivais, respiratórias e GE
­  Hipertermeia ligeira – 1 a 9 dias
CORONAVÍRUS
­  Infecções Respiratórias e Digestivas
­  GE infantis, Europa, Ásia e Austrália

CALICIVÍRUS:
ASTROVÍRUS
­  Diarreias infantis (6-24 meses).
­  Crianças >6anos são imunes.
­  Virulência menor que os rotavírus.
­  Borregos, vitelos, crianças e adultos.
­  Sintomas: diarreia e vómitos

OUTRAS VIROSES:
Epstein Barr (mononucleose infecciosa), Vírus HIV, Vírus Poliomielite (pode ser eliminado pelas fezes e contaminar águas)

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