domingo, 17 de janeiro de 2016

SQHA: BIOTERRORISMO ALIMENTAR - Defesa Alimentar

O Bioterrorismo Alimentar trata-se de um acto ou ameaça de contaminação deliberada de alimentos para consumo humano, com agentes biológicos, com o propósito de causar danos ou mortes na população civil e ou altera a estabilidade social, económica e política de um país. Uma ameaça permanente, tendo em conta a facilidade em aceder a químicos utilizados na agricultura ou na indústria, e onde os agentes biológicos podem ser fáceis de adquirir:
·         Roubo de laboratórios médicos ou de pesquisa.
·         Culturas laboratoriais (compra legal de agentes).
·         Cultivo próprio de agentes (muita bibliografia acessível).
·         Reservatórios naturais de agentes.
Com os atentados terroristas de 11 de Setembro em Nova Iorque, os problemas das vacas loucas (BCE) na Inglaterra em 1996 e outros acontecimentos semelhantes, conduziram ao aumento das preocupações das pessoas a respeito da segurança, particularmente no sector agrícola e da indústria processadora de alimentos. A título de exemplo poderiam ser usados como arma bioterrorista, agentes patogénicos causadores de febre aftosa (FMD), febre africana de suínos (ASF), mofo branco da soja ou enverdecer (greening) fruta cítrica. Em que o principal efeito deste tipo de ataque seria um impacto devastador na economia de um país, como é o caso dos Estados Unidos da América.
A Lei de Segurança da Saúde Pública, Prevenção e Resposta ante o Bioterrorismo aprovada em 12 de Junho de 2002, é conhecida como “Lei contra o Bioterrorismo” (BTA), vigente desde 12 de Dezembro de 2003, tendo como principal objectivo organizar a prevenção e enfrentar os riscos de terrorismo biológico e outras emergências que comprometam a saúde pública. Esta lei é obrigatória para todas as empresas alimentícias, para consumo humano e/ou animal seja produtos manufacturados, aditivos, empacotamento e enchimento de produtos, que se deseja comercializar nos Estados Unidos ou aqueles produtos que os Estados Unidos envie para qualquer parte do mundo. Estão isentos os produtos do campo não manufacturados, ou seja, aqueles que não são distribuídos directamente aos consumidores, agro-indústrias que manejam produtos a granel que não sejam comercializados directamente ao consumidor, barcos pesqueiros, restaurantes, excepto os que abastecem as linhas de aviação, trens e transportes de qualquer tipo. Esta lei contém cinco partes, das quais a Parte III é a mais relevante para o caso dos alimentos que devem ser complementados com componentes de outras partes. Para cumprir com esta lei, Food and Drug Administration (FDA) publicou regulamentações que estabelecem requisitos para o seguinte: 
(1) Registo de instalações para o processamento e manejo de alimentos; 
(2) Notificação prévia da importação de alimentos; 
(3) Detenção administrativa de produtos; 
(4) Estabelecimento e manutenção de sistemas de informação e registos. Além disso, esta lei 
inclui outras normas administrativas que complementam a autoridade das agências de 
segurança de alimentos.

Consumo de alimentos - Mudanças e Desafios

Alterações Demográficas
·         Aumento da população idosa
·         Aumento de população imunodeprimida
·         Cerca de 25% da população é considerada de risco para doenças veiculadas por alimentos

Tendências de mercado
Maior número de pessoas, que consomem refeições fora de casa (diminuição de confecção doméstica)
·         Maior consumo de refeições pré-preparados ou já confecionadas

Padrões de consumo
·         Maior número de diferentes alimentos consumidos ao longo de todo o ano
·         Aumento de consumo de vegetais e frutos crus (comida mais saudável)
·         Vulgarização de consumo de alimentos exóticos
·         Permanência de produtos ao longo de todo ano

Mercado global de alimentos
·         Aumento da importação de produtos alimentares

Novas ameaças - Doenças emergentes e reemergentes
·         Alterações ecológicas, globalização das viagens e comércio, resistência a fármacos
·         Ébola ,
·         Gripe das aves,
·         Tuberculose,
·         Escherichia coli

Contaminação intencional
·         Guerra industrial
·         Terrorismo
·         Biocrime

Terrorismo Alimentar

A comida como veículo para actos terroristas.
No Michigan em 2003 empregado contaminou carne crua, num supermercado com pesticida (à base de nicotina), originando 42 doentes
Na China em 2002 um dono de um restaurante de “fast food” colocou veneno de ratos em refeições de um restaurante da concorrência conduzindo à hospitalização de 200 pessoas e à morte de 40
Trabalhadora de um Hospital de Dallas, em 1996, colocou Shigella dysenteriae em bolos que foram ingeridos por pessoal do mesmo hospital, causando doença a 12 pessoas
Oncologista americana colocou rícino na comida do marido, levando-o ao hospital, em 1995
Em 1984, uma seita religiosa norte americana colocou Salmonella typhimurium, S. Typhie Giardia lambliaem alimentos servidos em vários restaurantes de uma cidade do Oregon, provocando doença a 751 pessoas
No Canadá um estudante adicionou ovos de Ascaris suum aos colegas conduzindo quatro aos hospitais em 1970
Surto de Escherichia coli ocorrido em 2011 teve início na Alemanha no início de Maio. O 2º Foco foi em Bordéus meados de Junho. Mais de 4236 pessoas doentes e 50 Mortes Adultos, maioria mulheres. A E. coli O104:H4 (transferência horizontal genética) é resistência a antibiótico. Fonte rebentos de sementes germinadas.

Defesa Alimentar

Prevenir um possível ataque
Responder rápido e eficientemente
Recuperar/Restaurar rapidamente a confiança do consumidor

Medidas de segurança

Conhecimento dos fornecedores
Monitorização da qualidade dos produtos alimentares-Sistemas de rastreabilidade (rotulagem e registos)
Minimizar oportunidades de contaminação do produto final
Controlo e custódia de registos
Reduzir a disponibilidade de potenciais ameaças biológicas
    Limitação do acesso a agentes biológicos e químicos e materiais radio-nucleares
    Medidas de segurança apertadas em laboratórios clínicos, de segurança alimentar ou universitários
    Maior controlo na venda e comercialização de químicos tóxicos e agentes biológicos-Classificação     (limitação) de informação disponível acerca desses agentes
Conhecer os empregados(incluindo responsáveis pela manutenção e inspecção) 
    Qualificação
    Passado
    Cultura de vigilância e responsabilidade
    Formação específica em temas de segurança

Fontes:



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