quarta-feira, 27 de março de 2013

So cold and so dead... Capitulo 2

Quem poderia imaginar que depois dos precauços que surgiram na minha vida, poderia voltar a ter uma? Faz hoje um ano que o passado, ficou lá atrás e nunca mais soube de Alessandro. Pouco tempo depois de retomar o ponto em que a minha vida parara e restabelecer-me na sociedade, ganhando o meu próprio dinheiro como pasteleira, recebi uma carta sem remetente dando-me instruções para no dia x, a tantas horas, estar à porta do meu prédio para me ser entregue o Puma. Foi um momento tão intenso, que nem me apercebera do desaparecimento repentino do homem que o entregara. Enfim tudo continua o seu rotineiro destino e tudo vai esquecendo-se com o tempo. É certo que certas cicatrizes não difíceis de curar, mas podem ser contornadas.
            Vai ser uma longa noite, estamos na época da Páscoa e as encomendas são muitas. Apesar da crise algumas tradições nunca mudam. Tenho pena que o governo não entenda isso, nem saiba dar valor. Infelizmente bestas criadas sobre pressão e maus exemplos fazem deles os nossos governantes de excelência. Castigam-nos pelo seu pesar.
            Todavia é-me muito reconfortante apesar da estamos numa época festiva, saber que desde que entrei para aquela pastelaria, que as vendas tenham subido e os clientes recomendem as minhas delícia a amigos. Afinal sempre tenho alguma utilidade aqui em baixo  Toca a marchar para casa, daqui a umas horas esperam-me para por as mãos na massa.


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