sábado, 19 de julho de 2014

Relatorio sobre Microscopia

          INTRODUÇÃO


            A experiência feita no laboratório tem como finalidade, para além da coloração de Gram, saber também funcionar o saber alguns conceitos acerca do microscópio óptico /luminoso.
            Assim comecemos pelo microscópio.
Tem como objectivo analisar aqueles organismos que não são visíveis a olho humano, ou seja os microrganismos. Estes são criaturas vivas que devem ser examinadas com uma lente de ampliação de forma a poderem ser observadas as suas características físicas como o tamanho, a forma, mobilidade e cor.
            No entanto, existem duas formas gerais de sistemas de ampliação, que podem ser, vidros de ampliação simples ou lentes que consistem numa única lente polida, rodeadas de vidro ou plástico; e os microscópios compostos que usam duas lentes, uma lente objectiva e uma lente ocular, para ampliar e melhor definirem a amostra.
Para diferentes observações existem também diferentes microscópios, sendo eles:
- Campo claro (Resolução = 0.25μm)
- Ampliação máxima útil: 1 000- 2 000
-Observação da amostra: Espécimes corados ou descorados; as bactérias coradas geralmente aparecem com a cor do corante.
-Aplicações: Características morfológicas grosseiras de bactérias, leveduras, bolores, algas e protozoários.
- Campo escuro
- Ampliação máxima útil: 1.000 – 2.000
- Observação da amostra: geralmente descorados; aparecem brilhantes ou “iluminados” sobre um campo escuro.
- Aplicações: Microrganismos que exibem algumas características morfológicas especiais quando vivos e em suspensão fluída; por exemplo, os espiroquetas.
- Fluorescência
- Ampliação máxima útil: 1.000 – 2.000
- Observação da amostra: luminoso e corado; cor do corante fluorescente.
- Aplicações: técnicas de diagnostico em que o corante fluorescente fixado ao organismo revela a sua identidade.
- Contraste  
- Ampliação máxima útil: 1.000 – 2.000
- Observação do espécime: graus variáveis de iluminação
- Aplicações: exame de estruturas celulares em microrganismos maiores e vivos; por exemplo, leveduras, algas, protozoários e algumas bactérias.
- Electrónico (resolução = 0.003μm)
- Ampliação máxima útil: 200.000 – 400.00, até 1000000000

- Observação do espécime: observado em tela fluorescente. 
- Aplicações: exame de vírus e das ultra-estruturas das células microbianas.


            Quanto ao microscópio óptico utilizado na aula é constituído por várias componentes, como o ou base (12) (que suporta o microscópio dando-lhe estabilidade); braço ou coluna (15) (peça na qual estão aplicadas todas as outras partes constituintes do microscópio); tubo ou canhão (2) (cilindro que suporta os sistemas de lentes, localizando-se na extremidade superior a ocular e na inferior o revólver com objectivas); platina (7) (peça circular, quadrada ou rectangular, paralela à base, onde se coloca o preparado a observar, contendo no centro uma abertura circular ou alongada que permite a passagem dos raios luminosos concentrados pelo condensador); parafuso macrométrico (14) (engrenagem que sustenta o tubo e permite a sua deslocação da platina, é imprescindível para fazer a focagem); parafuso micrométrico(13) (imprime ao tubo ou à platina movimentos de amplitude muito reduzida, acabando a focagem, possibilita analisar a profundidade de campo do microscópio); revólver (3) (disco adaptado à zona inferior do tubo, que sustenta duas a quatro objectivas de diferentes ampliações) ocular (1) e objectivas (4) (o conjunto de lentes que possibilitam a ampliação do objecto (a ampliação dada ao microscópio é igual ao produto da ampliação da objectiva pela ampliação da ocular)); fonte luminosa (11) (existem vários tipos de fontes luminosas, podendo ser uma lâmpada (iluminação artificial), ou um espelho que reflicta a luz solar (iluminação natural)); condensador (9) (reparte regularmente, no campo visual do microscópio, a luz reflectida pelo espelho).

Relativamente à coloração de Gram, esta tem como objectivo dividir os microrganismos em 2 grupos: Gram positivas ou Gram negativas (diferença esta que se deve graças às diferentes composições estruturais e químicas das paredes celulares). Esta é também uma das mais importantes técnicas utilizadas para a coloração diferencial de bactérias.

       MATERIAL E MÉTODOS
Material
- Lâminas
- Ansa
- Pinça para lâminas
- Marcador
- Pipeta de Pasteur
- bico de Busen
- Microscópio
- Cristal violeta
- Soluto de Lugol – Mordente
- Álcool
- Safranina


Métodos
Primeiro fez-se a marcação da lâmina no canto superior direito, com o objectivo de saber no fim qual a parte que corresponde à frente da lâmina, marcou-se a zona onde será posta a colónia e fez-se a marcação da colónia em numeração romana;
Em seguida colocou-se na lâmina de vidro uma fina camada de bactérias fixa -esfregaço.
Cobriu-se esta camada com cristal violeta durante um minuto rigorosamente. Passa-se a placa por água corrente. Em seguida cobre-se com lugol por mais um rigoroso minuto e volta-se a enxaguar com água corrente.
Descora-se com solução de álcool-acetona por mais 30 segundos, e enxagua-se com agua corrente, novamente. Por ultimo, contra-cora-se com safranina por 30 segundos e volta-se a enxaguar em água corrente pela ultima vez.
Para finalizar deixa-se secar ao ar e analisa-se no microscópio óptico.

RESULTADOS
           
Analisando as placas de vidro ao microscópio podemos reparar que ambas as placas continham espécies GRAM positivas uma vez terem adquirido cor roxa.

          DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Quando comparados os resultados verificamos que algumas bactérias se apresentam Gram positivas e outras Gram negativas, esta diferença de cores na coloração, deve-se ao facto de as Gram positivas possuírem maior resistência à descoloração pelo álcool. Durante a coloração de Gram, as células são tratadas com o cristal violeta (corante primário), em seguida com a solução de iodo (um mordente). O resultado disto é uma solução cristal violeta – iodo dentro das células. O etanol nas Gram positivas faz com que os poros do peptodoglicano se contraiam, e o complexo cristal violeta-iodo permaneça no interior da célula, daí apresentarem cor roxa.
No caso das bactérias Gram negativas, estas, uma vez tratadas com álcool, o lípido da membrana externa rompe-se e aumenta a permeabilidade. Sendo que o corante é dissolvido e removido, descorando a bactéria Gram negativa. Logo esta quando corada com a Safranina retém e apresenta cor rosada.
Sendo que, o resultado da nossa experiência se apresentou unicamente roxo, tiramos a conclusão que se tratavam os dois de bactérias GRAM positivas.

           CONCLUSÃO

Com esta experiência posso concluir que a coloração de Gram permite a observação, identificação e distinção dos diferentes tipos de bactérias, sendo que estas podem ser Gram positivas se apresentarem cor roxa, ou seja retêm o cristal violeta, ou Gram negativas que apresentam cor rosada quando coradas com Safranina, pois perderam a solução cristal violeta -iodo quando tratadas com álcool e aumentaram a sua permeabilidade.
            As diferentes colorações observadas nas bactérias, permitem identifica-las mais facilmente nas diferentes secções existentes. 

         BIBLIOGRAFIA


- http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/01.09.04/tip_mic.htm  25-Outubro-2012

- http://campus.fortunecity.com/yale/757/Microscopia.htm 25-Outubro-2012

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