INTRODUÇÃO
A experiência feita no laboratório tem
como finalidade, para além da coloração de Gram, saber também funcionar o saber
alguns conceitos acerca do microscópio óptico /luminoso.
Assim
comecemos pelo microscópio.
Tem
como objectivo analisar aqueles organismos que não são visíveis a olho humano,
ou seja os microrganismos. Estes são criaturas vivas que devem ser examinadas
com uma lente de ampliação de forma a poderem ser observadas as suas
características físicas como o tamanho, a forma, mobilidade e cor.
No entanto, existem duas formas
gerais de sistemas de ampliação, que podem ser, vidros de ampliação simples ou
lentes que consistem numa única lente polida, rodeadas de vidro ou plástico; e os
microscópios compostos que usam duas lentes, uma lente objectiva e uma lente
ocular, para ampliar e melhor definirem a amostra.
Para
diferentes observações existem também diferentes microscópios, sendo eles:
- Campo claro (Resolução = 0.25μm)
-
Ampliação máxima útil: 1 000- 2 000
-Observação
da amostra: Espécimes corados ou descorados; as bactérias coradas geralmente
aparecem com a cor do corante.
-Aplicações:
Características morfológicas grosseiras de bactérias, leveduras, bolores, algas
e protozoários.
- Campo escuro
-
Ampliação máxima útil: 1.000 – 2.000
-
Observação da amostra: geralmente descorados; aparecem brilhantes ou
“iluminados” sobre um campo escuro.
-
Aplicações: Microrganismos que exibem algumas características morfológicas
especiais quando vivos e em suspensão fluída; por exemplo, os espiroquetas.
- Fluorescência
-
Ampliação máxima útil: 1.000 – 2.000
-
Observação da amostra: luminoso e corado; cor do corante fluorescente.
-
Aplicações: técnicas de diagnostico em que o corante fluorescente fixado ao
organismo revela a sua identidade.
- Contraste
-
Ampliação máxima útil: 1.000 – 2.000
-
Observação do espécime: graus variáveis de iluminação
-
Aplicações: exame de estruturas celulares em microrganismos maiores e vivos;
por exemplo, leveduras, algas, protozoários e algumas bactérias.
- Electrónico
(resolução = 0.003μm)
-
Ampliação máxima útil: 200.000 – 400.00, até 1000000000
-
Observação do espécime: observado em tela fluorescente.
-
Aplicações: exame de vírus e das ultra-estruturas das células microbianas.
Quanto
ao microscópio óptico utilizado na aula é constituído por várias componentes,
como o pé ou base (12) (que suporta
o microscópio dando-lhe estabilidade); braço
ou coluna (15) (peça na qual estão aplicadas todas as outras partes
constituintes do microscópio); tubo ou canhão
(2) (cilindro que suporta os sistemas de lentes, localizando-se na extremidade
superior a ocular e na inferior o revólver com objectivas); platina (7) (peça circular, quadrada ou
rectangular, paralela à base, onde se coloca o preparado a observar, contendo
no centro uma abertura circular ou alongada que permite a passagem dos raios
luminosos concentrados pelo condensador); parafuso
macrométrico (14) (engrenagem que sustenta o tubo e permite a sua
deslocação da platina, é imprescindível para fazer a focagem); parafuso micrométrico(13) (imprime ao
tubo ou à platina movimentos de amplitude muito reduzida, acabando a focagem,
possibilita analisar a profundidade de campo do microscópio); revólver (3) (disco adaptado à zona
inferior do tubo, que sustenta duas a quatro objectivas de diferentes
ampliações) ocular (1) e objectivas (4) (o conjunto de lentes
que possibilitam a ampliação do objecto (a ampliação dada ao
microscópio é igual ao produto da ampliação da objectiva pela ampliação da
ocular)); fonte luminosa (11) (existem
vários tipos de fontes luminosas, podendo ser uma lâmpada (iluminação
artificial), ou um espelho que reflicta a luz solar (iluminação natural)); condensador (9) (reparte regularmente,
no campo visual do microscópio, a luz reflectida pelo espelho).
Relativamente
à coloração de Gram, esta tem como objectivo dividir os microrganismos em 2
grupos: Gram positivas ou Gram negativas (diferença esta que se deve graças às
diferentes composições estruturais e químicas das paredes celulares). Esta é
também uma das mais importantes técnicas utilizadas para a coloração
diferencial de bactérias.
MATERIAL E MÉTODOS
Material
-
Lâminas
-
Ansa
-
Pinça para lâminas
-
Marcador
-
Pipeta de Pasteur
-
bico de Busen
-
Microscópio
-
Cristal violeta
-
Soluto de Lugol – Mordente
-
Álcool
-
Safranina
Métodos
Primeiro
fez-se a marcação da lâmina no canto superior direito, com o objectivo de saber
no fim qual a parte que corresponde à frente da lâmina, marcou-se a zona onde
será posta a colónia e fez-se a marcação da colónia em numeração romana;
Em
seguida colocou-se na lâmina de vidro uma fina camada de bactérias fixa
-esfregaço.
Cobriu-se
esta camada com cristal violeta durante um minuto rigorosamente. Passa-se a
placa por água corrente. Em seguida cobre-se com lugol por mais um rigoroso
minuto e volta-se a enxaguar com água corrente.
Descora-se
com solução de álcool-acetona por mais 30 segundos, e enxagua-se com agua
corrente, novamente. Por ultimo, contra-cora-se com safranina por 30 segundos e
volta-se a enxaguar em água corrente pela ultima vez.
Para
finalizar deixa-se secar ao ar e analisa-se no microscópio óptico.
RESULTADOS
Analisando as placas de vidro ao microscópio
podemos reparar que ambas as placas continham espécies GRAM positivas uma vez
terem adquirido cor roxa.
DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
Quando
comparados os resultados verificamos que algumas bactérias se apresentam Gram
positivas e outras Gram negativas, esta diferença de cores na coloração,
deve-se ao facto de as Gram positivas possuírem maior resistência à
descoloração pelo álcool. Durante a coloração de Gram, as células são tratadas
com o cristal violeta (corante primário), em seguida com a solução de iodo (um
mordente). O resultado disto é uma solução cristal violeta – iodo dentro das
células. O etanol nas Gram positivas faz com que os poros do peptodoglicano se
contraiam, e o complexo cristal violeta-iodo permaneça no interior da célula,
daí apresentarem cor roxa.
No
caso das bactérias Gram negativas, estas, uma vez tratadas com álcool, o lípido da membrana externa rompe-se e aumenta a permeabilidade. Sendo que o corante é
dissolvido e removido, descorando a bactéria Gram negativa. Logo esta quando
corada com a Safranina retém e apresenta cor rosada.
Sendo
que, o resultado da nossa experiência se apresentou unicamente roxo, tiramos a
conclusão que se tratavam os dois de bactérias GRAM positivas.
CONCLUSÃO
Com
esta experiência posso concluir que a coloração de Gram permite a observação,
identificação e distinção dos diferentes tipos de bactérias, sendo que estas
podem ser Gram positivas se apresentarem cor roxa, ou seja retêm o cristal
violeta, ou Gram negativas que apresentam cor rosada quando coradas com
Safranina, pois perderam a solução cristal violeta -iodo quando tratadas com
álcool e aumentaram a sua permeabilidade.
As diferentes colorações observadas
nas bactérias, permitem identifica-las mais facilmente nas diferentes secções
existentes.
BIBLIOGRAFIA
-
http://www.ufmt.br/bionet/conteudos/01.09.04/tip_mic.htm 25-Outubro-2012
-
http://campus.fortunecity.com/yale/757/Microscopia.htm 25-Outubro-2012
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