domingo, 13 de julho de 2014

Following into direction... Capitulo 13

Passou-se sensivelmente dois anos desde todo aquele aparato com o Henrique e a minha nova forma de lidar com a vida e as pessoas ao meu redor. Desde então, vivi todo esse tempo a fugir dos meus sentimentos, dos meus medos e... de verdades que começaram  com mentiras. Existe uma grande diferença entre se frágil e ser idiota. E eu fui idiota, bastante idiota e burra em relação a Théo, é como acreditar que um psicopata tem cura e permitir que as suas loucuras continuem, só para sermos felizes no nosso mundo perfeito.
           Ah, como é tão fácil falar quando se está de fora, quando não há sentimentos à mistura, quando não se ama nem se sofre com a ausência. Mas a verdade é que se não fosse amor, não haveria planos, nem vontades, nem ciúmes, nem um coração magoado... no fim, o meu. E as pessoas julgam-nos, tiram conclusões precipitadas sem  conhecerem...
Várias vezes dei por mim a pensar se ainda pensaria em mim, se ainda sentiria o mesmo por mim? Estou cansada de “viver” em função de uma relação falhada, de sofrer no vazio de um amor falseado, de viver no passado. Quem ama não magoa. Não trai. Não abandona! Eu não soube ver o que estava a acontecer, o quanto eu te fiz sofrer... Agora é tarde demais, porque já passei à história. É tarde demais para dar-te razão.

- Francis? O que estás fazendo aí? – Gritou uma voz grossa.


Com o susto escorreguei e caí à água. Nunca antes passara por tamanha aflição. Nunca aprendera a nadar. Acreditei que desta vez eu não escaparia mais à morte. Toda a minha vida passou-me diante dos olhos. E a angústia brutal de não ter tido coragem de confessar a Henrique que quem eu queria tanto para mim era só ele! Que estaria aqui para ele, por fim.

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