domingo, 11 de agosto de 2013

Following into direction... Capitulo 7

Há dias que Théo tem-me ligado. Manda mensagens pedindo desculpas e fazendo declarações de amor. Espanta-me deveras tamanha falta de índole. Meses passaram desde então porquê só agora se lembrara de mim e se declarara? Nem um mísero telefonema perguntando se estava bem. Seguiu com a sua vida sem um pingo de comoção por mim. Mas agora é tarde. Vou ter este bebé sozinha e ele nunca o saberá. Foi somente um amor, um sonho sem glória.
            Toca o telemóvel de novo. É Théo. Agarro furiosamente no telemóvel e leio a última mensagem! “ - Se não te encontrares comigo hoje à tarde em minha casa, eu irei ter contigo à tua porta.” Não. A minha avó não me desculparia se tivesse cenas destas à sua porta. Então, eu respondi-lhe: - Eu irei ao teu encontro. Daqui a pouco estarei aí.

            Levei sensivelmente duas horas a chegar. Não tinha pressa em voltar a vê-lo. Quando cheguei as portas de casa estavam abertas. Já devia estar à minha espera. Aproximei-me da janela da sala, visto ele já me ter notado a minha presença e aguardei que o choque se desse.
- Francis? – Disse Théo. - Pensei que mesmo que não virias.
- Mas vim. Aqui estou Théo. Diz logo o que me queres. Esta brincadeira tem de parar. – Disse rapidamente.
- Tanta raiva? O que fiz eu?
- Ainda perguntas? Faz meses que desapareceste sem me dizer nada.
- Tive uns problemas… um pouco graves. Acabei por desligar-me do mundo. E depois o que aconteceu entre nós deixou-me desgovernado.
- Então e eu? Alguma vez passou-te pela cabeça perguntar como me sentiria?
- Eu sei Francis. Tens razão. Perdoa-me. Por favor. Francis? – Disse ele aproximando-se de mim.
- Não me toques. – Repliquei virando-me para ele.
             Vi os seus olhos esbugalhados, de rosto branco. Paralisado. Sem fôlego. De repente levou as mãos à cabeça e caiu de joelhos junto dos meus pés.
- Tu estás grávida. Grávida?
- Sim Théo. Estou grávida de 15 semanas. – Respondi engolindo em seco, lutando contra o tremor que me consumia.
- Como é que pudeste? – Acusou ele.
- Como pude o quê?
- Como foste capaz? Quem é o pai Francis?
- Desculpa? – Disse boquiaberta.
- Eu conheço? Vais-te casar? – Exaltou ele segurando-me a mão com o anel de noivado.
- Sim vou! – Retorqui soltando-me dele. – Acabou de vez a nossa história. Ou melhor não há nada para acabar. Por que nem sequer começou. Eu já só sofri o bastante… por ti.
- Espera onde penas que vais? – Berrou ele agarrando-me. – Tu daqui não sais.
- Solta-me Théo. – Disse desprendendo-me dos seus braços.
- Já te disse. Tu não sais mais daqui Francis.
- Estás a magoar-me! O que se passa contigo? - Gritei desesperada.
            Quando de repente o improvável aconteceu e tudo mudou.
     






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