É apenas mais um dia
como outro qualquer,
Abres os olhos e levantas-te
da cama.
Sais de casa. Mas vais
para onde?
Caminhas pela rua desequilibrada.
Ninguém te irá procurar.
Vários rostos.
Diversas mágoas e segredos ocultos.
Desperta-se o burburinho
das línguas-de-trapos.
Aprendo à minha custa,
que o passado sou eu,
O que aconteceu
passou e findou.
A sequente é o meu
futuro. Agora já foi.
Eu é que sei!
Olhares observam-me visceralmente,
Como se de repulsa gozassem…
Viro na esquina
seguinte. Tenho de me esconder.
Não sei o que faço
aqui. O caminho a seguir.
Condói-se a cabeça! Não
aguento.
Tantas foram as
promessas. Tantos foram os desgostos.
Aprendi às minhas
custas. O que [não] quero para mim…
No deserto da humanidade
erguer-se a noite,
E não tenho mais para
onde ir.
Eu acreditei. Sofri.
E chorei!
Gritei vorazmente aos
quatro ventos: Que foi que fiz!
Ninguém me respondeu.
Então e agora, em
quem me transformo eu?
Aonde foram parar as
pessoas das falas bonitas,
E das promessas vãs?
Ruídos elevar-se nas minhas
costas.
Passos pesados massacram
o chão.
O vento assobia-me
nos cabelos,
Sinto dor. Indiferença.
Frio.
Ficarei então aqui
para sempre.
Não tenho para onde
ir, acabara-se as promessas.
É tarde para transformar
a minha existência. Este lugar já não me pertence mais.
Doí-me imoderadamente
a cabeça para ficar. Demasiado! Alívio!
Sem promessas….Adeus!
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