quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Apenas mais um dia qualquer...

É apenas mais um dia como outro qualquer,
Abres os olhos e levantas-te da cama.
Sais de casa. Mas vais para onde?
Caminhas pela rua desequilibrada. Ninguém te irá procurar.
Vários rostos. Diversas mágoas e segredos ocultos.
Desperta-se o burburinho das línguas-de-trapos.
Aprendo à minha custa, que o passado sou eu,
O que aconteceu passou e findou.
A sequente é o meu futuro. Agora já foi.
Eu é que sei!
Olhares observam-me visceralmente,
Como se de repulsa gozassem…
Viro na esquina seguinte. Tenho de me esconder.
Não sei o que faço aqui. O caminho a seguir.
Condói-se a cabeça! Não aguento.
Tantas foram as promessas. Tantos foram os desgostos.
Aprendi às minhas custas. O que [não] quero para mim…
No deserto da humanidade erguer-se a noite,
E não tenho mais para onde ir.
Eu acreditei. Sofri. E chorei!
Gritei vorazmente aos quatro ventos: Que foi que fiz!
Ninguém me respondeu.
Então e agora, em quem me transformo eu?
Aonde foram parar as pessoas das falas bonitas,
 E das promessas vãs?
Ruídos elevar-se nas minhas costas.
Passos pesados massacram o chão.
O vento assobia-me nos cabelos,
Sinto dor. Indiferença. Frio.
Ficarei então aqui para sempre.
Não tenho para onde ir, acabara-se as promessas.
É tarde para transformar a minha existência. Este lugar já não me pertence mais.
Doí-me imoderadamente a cabeça para ficar. Demasiado! Alívio!

Sem promessas….Adeus!

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