sábado, 9 de março de 2013

Whistling my name... Capitulo 8


Contado ninguém acredita. Estou em Paris sozinha, indefesa e completamente burra nesta língua. Como vim aqui parar? Longa história e rápida demais até para mim.
Alessandro é um homem de negócios pelo que pude perceber durante os poucos dias que estive a seu lado. Ao saber da minha situação não me deixou mais desaparecer-lhe da vista. Daí a vir para Paris foi um pequeno passo. Alessandro tinha uma viagem de negócios marcada e como decidira, sei lá porquê, manter-me a seu lado, tratou rapidamente da papelada para que eu pudesse acompanha-lo. Desde então tenho estado fechada na suite do Hotel, esperando que ele chegue. Apesar da situação, que é bem melhor que a anterior onde me encontrava, a minha cabeça não pára de pensar na razão. Até porque ele nem optou por ficarmos em quartos separados e tem estado a dormir no sofá. Tudo isto assustou-me de início e agora tem me inquietado. Tanta bondade, preocupação e generosidade tem um preço.
- Ah! Aqui estás tu. – Disse uma voz surgindo nas minhas costas. – Ei calma. Não queremos um acidente. Tenho procurado-te por toda a parte. Depois deduzi que provavelmente poderias estar aqui no terraço.
- Ah. Desculpa. Estava envolvida nos meus pensamentos e nem dei conta do lugar onde estou.
- E que pensamentos são esses Lana? Passa-se alguma coisa?
- Não. Claro que não. Só me sinto estranha e assustada por estar longe de casa.
- Qual casa Lana? – Tu não deixaste nada para trás.
Aquelas palavras soaram como uma chuva de farpas. Não tinha nada, era verdade. Mas Paris não me dizia nada, tão pouco era a minha casa e Puma não estava aqui apesar de tudo. E aquelas palavras significaram que eu estava dependente dele. Nada dá nada em troca.
- Desculpa. Fui muito bruto contigo agora.
- Não. Deixa estar. É a verdade mesmo.


Sem comentários:

Enviar um comentário