domingo, 2 de setembro de 2012

To the limit!


Sabem a vida não é fácil. [Risos] Eu sei. Nunca me disseram o contrário. Mas em alguma altura das vossas vidas, não sei bem qual. Cansamo-nos das filosofias baratas, que na realidade não serve para nada. E cumprir os desígnios do Supremo nem nos faz tencionar arrebitar do sofá. Caímos no esquecimento. Passámos a fantasmas. A depressão consome-vos. Durar é estar morto. E damos por nós a pensar: - E se experimentasse ser um pouco como os super-heróis? [Assobios] É. Tenhais razão. É muito brega. Desafiar a morte é mais excitante. Os pais abandonam-nos. A família trai-nos. A vida abastarda-nos. Os namorados trocam-nos. A adrenalina ao menos salva-nos e é de graça. Aquece-vos o coração, alteia-vos a tensão arterial. Relaxa alguns músculos e outros contrai. Até queima o excesso de sebo contido nas células adiposas, que terceiros ajudaram a gerar. [Silêncio] Não fiquei louca. Aprendi apenas que ser eu e irritamente eu. Destruiu as minhas ondas cerebrais. Gargalhadas bem altas ouvem-se. Alguém empoleirou-se no beiral de um arranha-céus e praticou o impraticável. Sorrindo. Seguidamente lança-se de braços abertos em direcção ao seu ilustre final. O céu é só o limite, porque a vida começa agora.

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