No silêncio desmaiado
da noite,
onde as sombras dançam com a tristeza,
reside um lar que já não é abrigo,
mas uma prisão de ecos e de incertezas.
Os dias arrastam-se
como névoa,
é um sabor amargo que se entranha,
em cada canto, em cada lágrima,
neste espaço que a indiferença acompanha.
A frieza do meu ser,
imóvel à presa,
enquanto o mundo lá fora avança,
e eu, perdida no labirinto dos pensamentos,
pergunto-me se a vida, é só isto?
A desumana verdade, nua
e crua,
despe-se da esperança que um dia houve,
traindo o sonho que um dia fui,
deixando apenas o peso do que não se move.
Transtornos que se
agitam na mente,
como ondas que batem em rochas corroídas,
e a perda, essa sombra constante,
abraça-me nas noites gélidas.
Mas, ainda assim, no
fundo da dor,
uma centelha resiste, quase a implorar:
que o amanhã traga um novo sabor,
um fôlego, um caminho para recomeçar.
Na fragilidade do ser,
a vida persiste,
mesmo quando o céu se pinta de cinza.
Entre lamentos e
esperanças,
caminho, pois a vida, com as suas danças e andanças,
permanece um mistério por silenciar...
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