quarta-feira, 15 de outubro de 2014

SQHA: Relatorio coloração de gram

Introdução

            Hans Christian Joachim Gram, foi um Bacteriologista dinamarquês que introduziu o uso do microscópio na microbiologia. Existem vários tipos de microscópios, quer os microscópios electrónicos de varrimento e transmissão, quer os microscópios ópticos que podem ser de campo claro ou escuro, fluorescência ou contraste de fase. No caso do microscópio óptico de campo claro, o utilizado nesta experiência  é um sistema de lentes que permite visualizar o material em estudo com uma ampliação de cerca de 1000 vezes em relação ao objecto real. A resolução deste tipo de microscópios é de 0, 25 micrómetros, sendo que a do olho humano é de 0,1, sendo esta a capacidade de diferenciar dois pontos muito próximos, o que irá influenciar a ampliação útil do microscópio. Conseguimos ver o objecto em estudo através do contraste do mesmo com um fundo claro, sendo utilizado para observar características morfológicas grosseiras de tecidos células e bactérias. A coloração de Gram, assim chamada por ter sido introduzida por Gram, baseia-se na diferenciação da capacidade de retenção de um corante por parte de bactérias, e através da aplicação de dois corantes com uma lavagem intermedia, conseguem distinguir-se claramente dois grupos distintos de bactérias, sendo classificados em Gram positivas e Gram negativas. Esta técnica é uma das principais utilizadas, pra separar grupos de bactérias, sendo uma técnica inicial de rastreio, que permite eliminar facilmente um grande grupo de bactérias.


Material

-         lâminas
-         ansa
-         pinça para lâminas
-         marcador
-         pipeta de Pasteur
-         bico de bunsen
-         microscópio

Reagentes

-          Cristal de violeta
-          Soluto de Lugol
-          Álcool
-          Safranina


Método

           
            Marcar nas placas a zona onde será posta a colónia, e proceder a sua identificação em numeração romana

            Proceder à montagem da primeira amostra partindo do meio liquido, agitando o meio liquido

            Retirar um pouco do meio de cultura com a pipeta de Pasteur  e colocar na lâmina na área marcada

            Secar a lâmina lentamente no bico de bunsen

            Proceder à fixação pelo calor passando a lâmina 3x pela chama intensa de modo a matar todas as bactérias

            Colocar o cristal de violeta e corar todas as bactérias, deixar atuar por um minuto

            Aplicar Soluto de Lugol que garante a fixação do corante, deixar atuar por um minuto

            Aplicar o álcool que vai retirar o corante das bactérias Gram negativas

            Aplicar a Safranina que irá corar apenas as bactérias que não possuem cristal de violeta

            Proceder à montagem da segunda amostra partindo do meio sólido, deitando uma gota do liquido de suspensão na lâmina

            Passar a ansa pela chama e retirar uma colônia, a colocar no liquido

            A partir daqui proceder da mesma forma que para a amostra do meio liquido













Resultados

           
            Em ambas as amostras foi possível observar bactérias Gram positivas e Gram negativas, conseguindo distinguir as cores rosada e violeta.  Foi também possível vislumbrar a forma das bactérias, pelo facto das mesmas estarem coradas. Sendo este o objectivo da experiência, podemos dizer que os resultados da mesma foram os esperados.


Análise de Resultados

           
            Existem várias explicações avançadas para o facto de um tipo de bactérias manter a cor, e o outro não, todas com lógica.                                                                     Sabendo-se que existem diferenças morfológicas entre as bactérias, uma das hipóteses que se coloca é que devido a uma maior grossura da parede por arte de alguma bactérias,  estas retenham de forma mais eficaz o corante. Outra das explicações consiste no facto do etanol causar a impermeabilização da membrana de algumas bactérias, sendo que destruirá o corante existente na parede de outras bactérias .                                                                                                 Nesta experiência são necessários alguns cuidados, nomeadamente, não pode ser esquecida a desinfeção da ansa aquando do manuseamento do dos reagentes, os tempos em que se submetem as amostras a chama deverão ser bem calculados, tal como a distância à chama e a força da mesma, para que não se comprometa a amostra, e devem ser ainda calculados os tempos de reação, quer os tempos de ação dos corantes e do soluto de Lugol, quer do álcool que não pode atuar muito tempo, sob o risco de destruir completamente o corante, mesmo nas bactérias mais resistentes, nem pouco tempo, sob pena de não descorar nenhum dos tipos das bactérias.                                                                              O segundo corante a utilizar deverá sempre ser mais claro que o primeiro, de modo a que não se sobreponha, contaminando os resultados.



Bibliografia

-          Conhecimentos adquiridos na aula prática de microbiologia alimentar I
-          www.wikipedia.com
-          PELCZAR, Michael J., Microbiologia – Conceitos e Aplicações, volume I, Edições Makron books

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