Seria
verdade? Deveria acreditar? Ainda me recordo muito bem da imagem deles os dois
comemorando o noivado. De repente ouvi bater à porta. Seria o meu patrão? Óbvio.
Tentei desenvencilhar-me de Andrios como desculpas e apresei-me a vestir.
Dirigi-me à porta e abri-a. Eu já esperava ser despedida. Injuriada. Pouco me
importava. Mas nada me preparou para o que vi do lado de lá da porta.
-
Andrios está? – Perguntou Patrizia. Estava abatida. E com olhos chorosos. Acho
que nem me reconheceu pois não a vi reagir. Mas o ar emproado continuava lá.
-
Então serviçal, fiz-te uma pergunta!
-
Sim. O Sr. Andrios está.
Passou
por mim que nem um furacão. Mas rapidamente recuou.
-
Mirrele? Tu agora és uma Serviçal? – Disse mais no gozo do que de espanto. –
Continuas atras do meu homem? Ainda não percebeste que não lhe conseguiras dar
o golpe do baú? Eu sou a mulher da vida dele! A mãe do seu filho. É isso que
lhe vim contar.
Não.
Este pesadelo tinha de acabar. Não era justo! Nunca podia ser feliz mais que
meros minutos.
-
Mirelle? Mirelle? Quem é? – Inquiriu Andrios do quarto devido à minha demora.
Sem
resposta. Ele veio averiguar. E deparou-se comigo e Patrizia. Juntas. Pouco havia
a descrever.
-
Nunca mais na tua vida Andrios voltes a dirigir-me a palavra. Tu morreste para
mim a partir de hoje. – Gritei antes de sair dali.
- Espera! – Disse Andrios.
-
Deixa-a ir. – Pronunciou Pratizia. Agarrando-o. - Tu não tens mais tempo para estes
desvaneios, vais ser pai. Vamos ter um filho.
Sem comentários:
Enviar um comentário