- Onde estou? – Perguntei desorientada.
Ao tentar ergue-me comei a ver tudo girar e
apercebi-me que estava de trajes menores.
- Vai com calma sua maluca. – Disse-me uma voz grossa
aproximando-se de mim.
Andrios tinha acabado de tomar banho e dirigia-se a
mim apenas com uma toalha enrolada da cintura para baixo.
- O que estou a fazer aqui? O que faço no teu quarto?
Por que razão estou sem roupa? O que se passou! – Perguntei exasperada e
receosa.
- Tem calma meu amor. Uma pergunta de cada vez. –
Respondeu-me sentando-se na berma da cama. - Tu ontem foste uma irresponsável.
Encontrei-te bêbada no bar do hotel à merce de qualquer homem que quisesse uma
noite de aventura. Trouxe-te para o meu quarto para te recompores, acabaste
caindo no sono e eu despiste para ficares mais confortável. Não aconteceu mais
nada.
Deu-me vontade de rir, mas rir bem alto. Gritar!
Chorar! Espernear e partir tudo à minha volta.
- À merce de qualquer homem que quisesse uma noite de
aventura? Hum… e o que te importa isso? Eu pedi-te ajuda por acaso? Durante
este tempo todo alguma vez te pedi, fosse o que fosse? Porquê não me deixas em
paz e vais para junto da tua colega de trabalho! – Gritei-lhe erguendo-me
velozmente da cama. A ousadia fora tal que caíra no chão que nem uma pedra e os
vómitos ameaçavam subjugar-me ainda mais. Os seus fortes braços ampararam-me e
contra todo a minha fúria e indignação de soltar-me dele mantiveram-me bem
junto ao seu tórax moreno e tonificado.
- Porquê não desapareces duma vez da minha vida!
Porquê? – Gritei chorando.
- Eu digo-te porquê meu amor. Porque ainda te amo e
vou continuar a amar. E estes 2 anos só me fizeram ter mais certezas disso.
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