Raios! – Esbravejei eu mal entrando no meu quarto.
Mas que merda de vida, tenho eu para ter tanto azar? Há mais de 2 anos que
tinham cortado relações. Nunca mais soubera nada dele, até hoje. Até agora.
Desejei nunca mais voltar a vê-lo. Muito menos acompanhado de uma bela mulher.
Sofisticada e de um corpo invejável. Comparado com o meu. Arrumava-me a um canto.
Era morena, de olhos verdes, cabelo comprido encaracolado e de estatura média.
Muito diferente de mim. Pequena, cheiinha, ruiva de longos cabelos ondulados e
olhos castanhos. Sempre quis ter o ventre liso e os seios redondinhos como as tipas
da TV. Agora lembrando-me da perua que acompanhava o meu “velho amigo” tinha a
certeza absoluta que já tinha sido esquecida, ele seguira em frente e estava
feliz. Contudo contra todos os defeitos que sempre vi em mim, nunca
me sentira muito confortável
com o facto de a minha aparência atrair a atenção dos homens tão facilmente.
Pensei
que estes 2 anos de incógnita e ausência me tinham feito esquecê-lo. Achei que
o sentimento que sempre negara existir tinha enfim findado. Mas não! Apenas
descobrira outros sentimentos que jamais ousara sentir: ciúmes e o desejo de o
ter nos meus braços outra vez. Porém a realidade em que nos confrontáramos era
uma dura verdade. Que me custava muito a digerir.
Não
tivera a vida facilitada desde que perdera a família mais próxima num acidente,
e o que restara da dita nunca a tinha reconhecido com membro da mesma.
Abandonei os estudos e com isso, o meu grande sonho. Ficando de rastos e
possessa. Antes que caísse em desgraça procurei uma antiga amiga da minha
família mais próxima e pedi-lhe ajuda. Pelo menos tinha onde comer e dormir até
arranjar emprego para ajudar nas despesas.
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