quarta-feira, 1 de agosto de 2012

O Principio e o Fim do Inferno II: Autora: Sara Gonçalves - excerto 17


-    Estou convencida que se dormir um pouco isto passa.
-    Rose, acorda!
-    Tens de me desamarrar.
-    Rose!
-    Vala.
-    Acorda e desata-me.- disse ele saltando em cima da cama.
  Entretanto nessa mesma noite no cais, dentro do barco do chefe dos ladrões:
-    Estúpidos!- disse o chefe abrindo uma garrafa.
-    Seu idiotas!
-    Seu inúteis.- disse ele laçando a garrafa onde eles estavam sentados.
-    Onde estava o vosso orgulho, a vossa honra!?!?

-    Desculpe-nos a todos só desta vez.
-    Por causa de vocês fui ferido, não me matarem foi uma sorte!
Foi quando alguém bateu a porta e o chefe dos ladrões perguntou:
-    Quem está a porta?!
-    Há é o tenente...- disse ele sentando-se e pousando a espada na mesa.
-    A tua primeira missão não te trouxe grande êxito, Diego.- disse o Tenente João Ricardo.
-    O que esta para ai a dizer?!
-    Não me disse que havia um rapaz "espevitado" para dar o alarme.
-    E porque é que o Orroz apareceu de repente e eu no final fiquei sem um centavo.
-    Eu já fazia ideia de que o Orroz ia aparecer.
-    Toma.- disse o Tenente "lançando" uma garrafa para o chefe dos ladrões.
-    Mas agora todos pensam que foi obra do Orroz.
-    Por isso as coisas correram ainda melhor que o esperado.
-    Talvez para si as coisas tenham corrido bem, já eu não posso dizer o mesmo.- respondeu-lhe o Diego.
-    Podemos usar-te como isco para atrai-lo.
-    E depois podes roubar o que quiseres sem receares ser preso.- disse-lhe o Tenente.
-    Terás liberdade para agires e poderes ficar riquíssimo.
-    Pois...
-    ...você só tem é garganta, senhor Tenente.
O Diego ao dizer isto, o Tenente agarrou na espada que estava em cima da mesa e encostou-a ao pescoço dele dizendo:
-    Cuidado com o que dizes, Diego.
-    Só estas vivo porque concordaste trabalhar para mim.
-    Eu exijo lealdade, entendes-me ladrão?
-    Há muita gente por ai que te substitua.
-    Sim, eu entendo.- disse o Diego.
-    Ficarei com isto como prova da tua lealdade.- disse o Tenente levando a  única coisa que o chefe dos ladrões conseguiu roubar da casa do Rodrigo.
-    O senhor disse que nos dava o dinheiro!- disse o Chefe dos ladrões ao Tenente.
-    Terás todo o dinheiro que precisares, Diego.
-    Amanhã chega a cidade uma carruagem cheia de dinheiro.
-    Tens ai o trajecto da carruagem marcado.- disse o Tenente dando-lhe o mapa.
-    Podes ataca-la quando entrar na cidade e vê se fazes com que pareça obra do Orroz.- disse isto e foi-se embora.
-    Que velhaco.- disse um dos ladrões.
-    És arrogante demais.- disse o chefe dos ladrões furioso.
No dia seguinte, de manhã ela estava no jardim sentada junto de uma árvore pensando o no que tinha ocorrido na noite anterior.
-    Que joia era aquela?
-    Porque me impediu de lutar?
-    Rose, Rose!!
-    Mas o que se passa contigo?
-    Devias me estar a ajudar e não a pensar como um velho.- disse a Cristina.
-    Eu sei mas...
-    Não podes estar sempre sem trabalhar.
-    Vá preciso que me ajudes.
-    Ajuda-me a estender esta roupa.
-    Fique tão desapontada em saber que o Orroz roubou ontem a noite a casa do Rodrigo.
-    O Orroz nunca faria uma coisa dessas.- disse eu.
-    Talvez tu não acredites mas toda a gente da cidade pensa que ele se tornou num ladrão.
-    Devias ir visitar o Rodrigo.
-    Acho que não vai ser preciso.
-    Ele acaba de chegar com o pai.
-    E com a mãe também.- disse a Stephan.
Já em casa dela, na sala:
-    És muito simpático em vir visitar-me depois do que aconteceu.
-    A melhor joia da família foi roubada.- disse o Pai do Rodrigo.
-    Nunca pensei que o Orroz tivesse mal carácter disse a Vânia a mãe do Rodrigo.
-    Não foi ele, ele nunca faria uma coisa dessas.
-    Quer dizer ela nunca faria uma coisa dessas.- disse o Rodrigo para si próprio.
-    Senhor, Rodrigo recuperei a joia de volta.- disse o Tenente entrando na sala.
-    Prendeu o Orroz.- perguntou o Rodrigo levantando-se.
-    Infelizmente não, mas apanhei um homem dele que tentava vende-la.
-    Tome.
-    Continuo a não acreditar que tenha sido ele.
-    Ele não é nenhum criminoso.
-    Melhor dizendo ela.- corrigiu-se ele par si próprio.
-    Em breve o meterei atrás das grades.- disse o Tenente.
-    Há uma pista que provara exactamente quem era o ladrão.- disse o Rodrigo.
-    An...?- disse o Tenente assustado com isto.
-    Não lhe vimos as caras pois tinham máscaras, mas eu mandei um candeeiro com bastante força ao chefe dos ladrões.
-    Por isso tenho a certeza que tem o braço ferido.
-    An...- disse o Hollow levantando-se do sofá.
De repente todos ficaram a olhar para mim e eu perguntei:
-    O que foi?
Depois é que me lembrei que eu tinha o braço ferido e disse:
-    Ricardo não está a pensar que fui eu?
O pai do Rodrigo desatou-se a rir e disse:
-    A Rose é que é o ladrão?
O Rodrigo olhou para o pai e este disse ao filho:
-    Desculpa.
-    Isso quer dizer que se foi o Orroz também deve ter o braço ferido.
Nos dias seguintes só haviam assaltos, principalmente as carruagens do dinheiro...e em todos os assaltos existia a marca Z como se fosse obra dele. Por toda a regiam surgem cartazes oferecendo uma recompensa pela captura do Orroz como se de facto ele você o ladrão.
  Ela estava na carroça com o Hollow e estavam a ver o cartaz que estava fixado a oferecer uma recompensa pela captura do Orroz. Entretanto o Hollow disse:
-    Quando voltaste naquela noite estavas ferido no braço direito.
-    Foi o chefe dos ladrões que me feriu.
-    Não acreditas em mim?- perguntei eu ao Hollow.
-    Claro que acredito.- respondeu ele.
-    Lê isto.
-    O que é?
-    Uma lista de todas as pessoas da região que estão feridas no braço direito.
-    Portanto o verdadeiro ladrão tem de estar nessa lista.
-    Hum, bom trabalho.
-    A Orroz precisa de mim.
Alguns minutos depois:
-    Tens a certeza que devíamos estar aqui?- perguntei eu ao Hollow.
-    Sim, um dos empregados do circo estava ferido no braço direito.
-    Vi isso na lista.
-    Esta bem, vamos lá dentro ver.
Entretanto o tal empregado do circo que estava ferido no braço direito est5ava a começar o seu show e depois de alguns truques, chamou alguém da plateia do público para fazer parte de um outro truque dele. E quem foi que este escolheu, o Rodrigo.
  Ele entrou dentro da tal coisa ou qualquer coisa do género, e quando entrou viu que o este tinha o braço direito ferido quando ia a fechar a cortina, e disse:
-    Você tem o braço direito ferido.
-    Pois tenho.
-    Alguém quis fazer-me mal.
-    Eu sei quem você é.- disse o Rodrigo.
-    Fico feliz por nos voltarmos a encontrar.- disse o chefe dos ladrões.
  Ele com a sua espada hipnotizou-o e fechou as cortinas...quando voltou a abri-las ele já lá não estava, este depois disse:
-    Agora vou desaparecer.
Com o rubi vermelho que tinha na espada hipnotizou as pessoas e desapareceu, foi então que me lembrei. a espada era a mesma e isso quer dizer que ele era o ladrão. Levantou-se e foi até a tal caixa ver e ao desviar as cortinas viu no chão da caixa um alçapão.
-   Onde está ele?
Veio cá fora e viu o tal homem a fugir com o Rodrigo sem sentidos na carroça...e disse:
-    Por quê não percebi isso antes??!!
-    Deixei o Rodrigo cair na armadilha.
-    Parece que esta levando-o para o porto.- disse o Hollow.
De repente do nada surgiu uma flecha que se espetou na cadeira do Sargento, e este assustou-se, quando leu o bilhete disse:
-    É o Orroz, Orroz.
  No barco dos ladrões, eles colocaram-na dentro do barco no convés...:
-    Já cumprimos a nossa missão, vamos fazer-nos ao mar.- disse o chefe.
-    E a promessa que fizeste aos militares?- perguntou um dos ladrões.
-    Nós temos de atrair o Orroz para fora do seu esconderijo.
-    Quem se rala com os militares, são cães fardados.- disse o Diego.
-    Eu planeio roubar a cidade e partir de seguida.
-    Primeiro tens de ajustar contas comigo vilão.- disse ela lá em cima no astro das velas.
-    Quem é que falou?- perguntaram eles cá em baixo.
-    Cometeste crimes e fizeste mal a muitas pessoas para desonrar o meu nome.
-    Não há perdão para isso.
-    Herói da treta.
-    Matem-no.
Ela lançou-se do mastro das velas cá para baixo e quando estava quase a tocar no chão saltaram do nada dois cavalos para o convés, e ela caiu no dorso do seu cavalo. Em frente dos ladrões ficou ela montada no seu cavalo branco e ao seu lado também montado a cavalo o Hollow o seu fiel amigo e companheiro mascarados.
-    Vamos tratar-lhes da saúde.- disseram os ladrões.
-    Agora desistam.- disse ela.
-    Estão insolente.- disseram os ladrões de espada em punho na sua direcção.
-    Hollow encontra o Rodrigo...
-    Sim.
Ela tirou a sua espada e num raio só se viu os ladrões caírem ao mar, e o chefe dos ladrões disse:
-    Não te mexas miúdo.
Ela montada no seu cavalo, virou-se para o chefe dos ladrões, jogou o chicote prendendo-lhe o braço esquerdo e disse:
-    Agora somos só nos, palhaço.
-    É o teu fim.- disse o chefe dos ladrões cortando o chicote que o prendia.
Ela desceu do cavalo e começaram a luta, mas o chefe dos ladrões queria feri-la, mata-la e então foi para o cordame levou ela atrás dele e depois disse:
-    Então Orroz.
Depois subiu o cordame e só parou quando chegou ao mastro das velas e disse para o Orroz:
-    Queres mesmo lutar a sério, é?
-    Já chega de brincadeira.
-    Sabes bem que não me podes vencer.
Dizendo isto colocou o rubi da espada na frente dela e começou a dizer a mesma coisa que lhe disse antes, hipnotizando-a.
-    A tua espada é feita de chumbo, não consegues aguenta-la.
-    Está pesada demais para ti.
-    Lembrei-me agora que prometi ao Tenente que te mataria.
-    É o meu dever tenho de cumpri-lo, dei a minha palavra.
-    Orroz, fecha os olhos.- disse o Rodrigo cá em baixo no convés.
-    Ele tenta hipnotizar-te com o rubi da espada.
-    Esta bem.
-    Obrigado Rodrigo.
-    Como quem então pensas que podes lutar de olhos fechados!!?- disse o chefe dos ladrões.



Sem comentários:

Enviar um comentário