- Estou convencida que se dormir um pouco
isto passa.
- Rose, acorda!
- Tens de me desamarrar.
- Rose!
- Vala.
- Acorda e desata-me.- disse ele saltando em
cima da cama.
Entretanto nessa mesma noite no cais, dentro
do barco do chefe dos ladrões:
- Estúpidos!- disse o chefe abrindo uma
garrafa.
- Seu idiotas!
- Seu inúteis.- disse ele laçando a garrafa
onde eles estavam sentados.
- Onde estava o vosso orgulho, a vossa
honra!?!?
- Desculpe-nos a todos só desta vez.
- Por causa de vocês fui ferido, não me
matarem foi uma sorte!
Foi
quando alguém bateu a porta e o chefe dos ladrões perguntou:
- Quem está a porta?!
- Há é o tenente...- disse ele sentando-se e
pousando a espada na mesa.
- A tua primeira missão não te trouxe grande
êxito, Diego.- disse o Tenente João Ricardo.
- O que esta para ai a dizer?!
- Não me disse que havia um rapaz "espevitado"
para dar o alarme.
- E porque é que o Orroz apareceu de repente
e eu no final fiquei sem um centavo.
- Eu já fazia ideia de que o Orroz ia
aparecer.
- Toma.- disse o Tenente "lançando"
uma garrafa para o chefe dos ladrões.
- Mas agora todos pensam que foi obra do Orroz.
- Por isso as coisas correram ainda melhor
que o esperado.
- Talvez para si as coisas tenham corrido
bem, já eu não posso dizer o mesmo.- respondeu-lhe o Diego.
- Podemos usar-te como isco para atrai-lo.
- E depois podes roubar o que quiseres sem receares
ser preso.- disse-lhe o Tenente.
- Terás liberdade para agires e poderes ficar
riquíssimo.
- Pois...
- ...você só tem é garganta, senhor Tenente.
O Diego
ao dizer isto, o Tenente agarrou na espada que estava em cima da mesa e
encostou-a ao pescoço dele dizendo:
- Cuidado com o que dizes, Diego.
- Só estas vivo porque concordaste trabalhar
para mim.
- Eu exijo lealdade, entendes-me ladrão?
- Há muita gente por ai que te substitua.
- Sim, eu entendo.- disse o Diego.
- Ficarei com isto como prova da tua
lealdade.- disse o Tenente levando a
única coisa que o chefe dos ladrões conseguiu roubar da casa do Rodrigo.
- O senhor disse que nos dava o dinheiro!-
disse o Chefe dos ladrões ao Tenente.
- Terás todo o dinheiro que precisares,
Diego.
- Amanhã chega a cidade uma carruagem cheia
de dinheiro.
- Tens ai o trajecto da carruagem marcado.-
disse o Tenente dando-lhe o mapa.
- Podes
ataca-la quando entrar na cidade e vê se fazes com que pareça obra do Orroz.-
disse isto e foi-se embora.
- Que velhaco.- disse um dos ladrões.
- És arrogante demais.- disse o chefe dos
ladrões furioso.
No dia
seguinte, de manhã ela estava no jardim sentada junto de uma árvore pensando o
no que tinha ocorrido na noite anterior.
- Que joia era aquela?
- Porque me impediu de lutar?
- Rose, Rose!!
- Mas o que se passa contigo?
- Devias me estar a ajudar e não a pensar
como um velho.- disse a Cristina.
- Eu sei mas...
- Não podes estar sempre sem trabalhar.
- Vá preciso que me ajudes.
- Ajuda-me a estender esta roupa.
- Fique tão desapontada em saber que o Orroz
roubou ontem a noite a casa do Rodrigo.
- O Orroz nunca faria uma coisa dessas.-
disse eu.
- Talvez tu não acredites mas toda a gente da
cidade pensa que ele se tornou num ladrão.
- Devias ir visitar o Rodrigo.
- Acho que não vai ser preciso.
- Ele acaba de chegar com o pai.
- E com a mãe também.- disse a Stephan.
Já em
casa dela, na sala:
- És muito simpático em vir visitar-me depois
do que aconteceu.
- A melhor joia da família foi roubada.-
disse o Pai do Rodrigo.
- Nunca pensei que o Orroz tivesse mal carácter
disse a Vânia a mãe do Rodrigo.
- Não foi ele, ele nunca faria uma coisa
dessas.
- Quer dizer ela nunca faria uma coisa
dessas.- disse o Rodrigo para si próprio.
- Senhor, Rodrigo recuperei a joia de volta.-
disse o Tenente entrando na sala.
- Prendeu o Orroz.- perguntou o Rodrigo
levantando-se.
- Infelizmente não, mas apanhei um homem dele
que tentava vende-la.
- Tome.
- Continuo a não acreditar que tenha sido
ele.
- Ele não é nenhum criminoso.
- Melhor dizendo ela.- corrigiu-se ele par si
próprio.
- Em breve o meterei atrás das grades.- disse
o Tenente.
- Há uma pista que provara exactamente quem
era o ladrão.- disse o Rodrigo.
- An...?- disse o Tenente assustado com isto.
- Não lhe vimos as caras pois tinham
máscaras, mas eu mandei um candeeiro com bastante força ao chefe dos ladrões.
- Por isso tenho a certeza que tem o braço
ferido.
- An...- disse o Hollow levantando-se do
sofá.
De
repente todos ficaram a olhar para mim e eu perguntei:
- O que foi?
Depois é
que me lembrei que eu tinha o braço ferido e disse:
- Ricardo não está a pensar que fui eu?
O pai do
Rodrigo desatou-se a rir e disse:
- A Rose é que é o ladrão?
O
Rodrigo olhou para o pai e este disse ao filho:
- Desculpa.
- Isso quer dizer que se foi o Orroz também
deve ter o braço ferido.
Nos dias
seguintes só haviam assaltos, principalmente as carruagens do dinheiro...e em
todos os assaltos existia a marca Z como se fosse obra dele. Por toda a regiam
surgem cartazes oferecendo uma recompensa pela captura do Orroz como se de
facto ele você o ladrão.
Ela estava na carroça com o Hollow e estavam
a ver o cartaz que estava fixado a oferecer uma recompensa pela captura do Orroz.
Entretanto o Hollow disse:
- Quando voltaste naquela noite estavas
ferido no braço direito.
- Foi o chefe dos ladrões que me feriu.
- Não acreditas em mim?- perguntei eu ao
Hollow.
- Claro que acredito.- respondeu ele.
- Lê isto.
- O que é?
- Uma lista de todas as pessoas da região que
estão feridas no braço direito.
- Portanto o verdadeiro ladrão tem de estar
nessa lista.
- Hum, bom trabalho.
- A Orroz precisa de mim.
Alguns
minutos depois:
- Tens a certeza que devíamos estar aqui?-
perguntei eu ao Hollow.
- Sim, um dos empregados do circo estava
ferido no braço direito.
- Vi isso na lista.
- Esta bem, vamos lá dentro ver.
Entretanto
o tal empregado do circo que estava ferido no braço direito est5ava a começar o
seu show e depois de alguns truques, chamou alguém da plateia do público para
fazer parte de um outro truque dele. E quem foi que este escolheu, o Rodrigo.
Ele entrou dentro da tal coisa ou qualquer
coisa do género, e quando entrou viu que o este tinha o braço direito ferido
quando ia a fechar a cortina, e disse:
- Você tem o braço direito ferido.
- Pois tenho.
- Alguém quis fazer-me mal.
- Eu sei quem você é.- disse o Rodrigo.
- Fico feliz por nos voltarmos a encontrar.-
disse o chefe dos ladrões.
Ele com a sua espada hipnotizou-o e fechou as
cortinas...quando voltou a abri-las ele já lá não estava, este depois disse:
- Agora vou desaparecer.
Com o
rubi vermelho que tinha na espada hipnotizou as pessoas e desapareceu, foi
então que me lembrei. a espada era a mesma e isso quer dizer que ele era o
ladrão. Levantou-se e foi até a tal caixa ver e ao desviar as cortinas viu no
chão da caixa um alçapão.
- Onde está ele?
Veio cá
fora e viu o tal homem a fugir com o Rodrigo sem sentidos na carroça...e disse:
- Por quê não percebi isso antes??!!
- Deixei o Rodrigo cair na armadilha.
- Parece que esta levando-o para o porto.-
disse o Hollow.
De repente
do nada surgiu uma flecha que se espetou na cadeira do Sargento, e este
assustou-se, quando leu o bilhete disse:
- É o Orroz, Orroz.
No barco dos ladrões, eles colocaram-na
dentro do barco no convés...:
- Já cumprimos a nossa missão, vamos
fazer-nos ao mar.- disse o chefe.
- E a promessa que fizeste aos militares?-
perguntou um dos ladrões.
- Nós temos de atrair o Orroz para fora do
seu esconderijo.
- Quem se rala com os militares, são cães
fardados.- disse o Diego.
- Eu planeio roubar a cidade e partir de
seguida.
- Primeiro tens de ajustar contas comigo
vilão.- disse ela lá em cima no astro das velas.
- Quem é que falou?- perguntaram eles cá em
baixo.
- Cometeste crimes e fizeste mal a muitas
pessoas para desonrar o meu nome.
- Não há perdão para isso.
- Herói da treta.
- Matem-no.
Ela
lançou-se do mastro das velas cá para baixo e quando estava quase a tocar no
chão saltaram do nada dois cavalos para o convés, e ela caiu no dorso do seu
cavalo. Em frente dos ladrões ficou ela montada no seu cavalo branco e ao seu
lado também montado a cavalo o Hollow o seu fiel amigo e companheiro
mascarados.
- Vamos tratar-lhes da saúde.- disseram os
ladrões.
- Agora desistam.- disse ela.
- Estão insolente.- disseram os ladrões de
espada em punho na sua direcção.
- Hollow encontra o Rodrigo...
- Sim.
Ela
tirou a sua espada e num raio só se viu os ladrões caírem ao mar, e o chefe dos
ladrões disse:
- Não te mexas miúdo.
Ela
montada no seu cavalo, virou-se para o chefe dos ladrões, jogou o chicote
prendendo-lhe o braço esquerdo e disse:
- Agora somos só nos, palhaço.
- É o teu fim.- disse o chefe dos ladrões
cortando o chicote que o prendia.
Ela
desceu do cavalo e começaram a luta, mas o chefe dos ladrões queria feri-la,
mata-la e então foi para o cordame levou ela atrás dele e depois disse:
- Então
Orroz.
Depois
subiu o cordame e só parou quando chegou ao mastro das velas e disse para o Orroz:
- Queres mesmo lutar a sério, é?
- Já chega de brincadeira.
- Sabes bem que não me podes vencer.
Dizendo
isto colocou o rubi da espada na frente dela e começou a dizer a mesma coisa
que lhe disse antes, hipnotizando-a.
- A tua espada é feita de chumbo, não
consegues aguenta-la.
- Está pesada demais para ti.
- Lembrei-me agora que prometi ao Tenente que
te mataria.
- É o meu dever tenho de cumpri-lo, dei a
minha palavra.
- Orroz, fecha os olhos.- disse o Rodrigo cá
em baixo no convés.
- Ele tenta hipnotizar-te com o rubi da
espada.
- Esta bem.
- Obrigado Rodrigo.
- Como quem então pensas que podes lutar de
olhos fechados!!?- disse o chefe dos ladrões.
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