Introdução
Os pré-requisitos
são um conjunto de procedimentos universais predefinidos, necessários para
controlar as condições estruturais e operacionais dentro do estabelecimento,
garantindo assim, um ambiente favorável na produção, distribuição, armazenagem
e venda de alimentos seguros. Estes procedimentos estão descritos nos
princípios gerais de higiene alimentar, desenvolvidos pela Comissão do Codex
Alimentarius, Esta comissão foi criada pela FAO (Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde),
precisamente para preparar normas, códigos de uso, diretrizes e recomendações
relativamente à área alimentar com a finalidade de proteger a saúde das
populações. [2]
Os pré-requisitos
são normalmente divididos em vários grupos, relativamente ao seu campo de
acção, de forma a facilitar a sua compreensão e introdução. Esta divisão
aparece feita de várias maneiras, consoante o seu autor ou organismo, no
entanto, apesar de esta variedade de arranjos dos pré-requisitos, todos eles
têm as mesmas linhas de orientação. [2]
Desenvolvimento
A orientação que
seguida ao longo deste trabalho tem por base o Guia para o Controlo da
Segurança Alimentar em Restaurantes Europeus.
Localização e Estruturas
As paredes devem de
ser material durador, impermeável e liso, resistente ao impacto e resistente ao
calor nas zonas de emissão de calor. De fácil limpeza e isentas de agentes e
fostes de contaminação como bolores, nichos de condensação e teias de aranha.
Todas as junções entre a parede, o chão e o tecto, devem de ser contínuas e as
fendas devem de ser tapadas.
O pavimento deve de
resistente, impermeável, de fácil limpeza e desinfeção e sem fendas e buracos.
Os tetos devem de
ser lisos, isentos de sujidade, nichos de condensação e bolores.
As janelas, caixilhos e sistemas de iluminação devem de se encontrar sempre limpos e em bom estado de conservação.
As janelas, caixilhos e sistemas de iluminação devem de se encontrar sempre limpos e em bom estado de conservação.
Instalações e Equipamentos
As superfícies das
instalações e equipamentos devem de ser lisos , impermeáveis , não toxicas, não
absorventes e resistentes à corrosão e desinfetantes.
Os equipamentos que
se encontram junto as paredes devem de ser de fácil remoção ou devem de ter uma
margem entre o equipamento e a parede, que permita uma boa limpeza.
Os equipamentos da
rede de frio (frigorifico/ congeladores) devem de manter os alimentos a
temperaturas corretas e estes equipamentos devem de conter sistemas de
monitorização de temperatura. Os termómetros não devem de conter mercúrio e os
sistemas de monitorização e resisto de temperaturas devem de ser verificados e
calibrados, pelo menos duas vezes ao ano.
Higiene do Pessoal
Formar os
colaboradores em higiene pessoal e alimentar. Os novos colaboradores devem de
ser sujeitos a testes médicos. Mas todos aqueles que apresentarem sintomas de toxinfecção
alimentar, queimaduras, feridas, diarreia ou outras doenças, não devem de
trabalhar em zonas de preparação de alimentos. No caso de cortes, estes devem
de ser protegidos com pensos impermeáveis e de fácil visibilidade. Os
colaboradores que tiverem uma doença que comprometa a segurança dos alimentos
que manipulem devem de ter uma dispensa de três dias ou mais.
As joias e outros adornos, unhas pintadas e
fumar, não deve ser permitido nos locais onde os alimentos são armazenados,
manipulados, preparados e servidos.
O fardamento deve
de ser usado sobre o vestiário próprio e não deve ser usado fora do local de
trabalho. Os serviços do pessoal deve de incluir no vestiários, pelo menos um
lavatório especifico para a lavagem das mãos, com água quente e fria, sabonete
liquido e toalhetes de papel, assim como, um número suficiente de instalações
sanitárias, as quais devem ser bem ventilados e localizados fora das zonas de
preparação dos alimentos.
Serviços
A água deve de
cumprir com a legislação nacional e comunitária relativa à água de consumo. Se
houver um circuito de água não potável e outro podável estes devem de estrar
identificados. As áreas de preparação e de confeção, o fluxo de ar limpo e a
remoção de vapores devem de ser obtidos por sistemas de ventilações mecânicos.
A luz deve de ser adequada ao local de trabalho, as lâmpadas devem de estar
protegidas, devido as quebras.
Os recipientes do
lixo devem de estar em número e localização adequados no estabelecimento,
devendo ser despejados uma vez ao dia, estes devem de estar em locais
apropriados, separados fisicamente das zonas de armazenagem e de preparação dos
alimentos.
Limpeza
O equipamento,
utensílios, contentores, loiça, instrumentos de corte, sondas para controlo de
temperaturas, termómetros, ect., devem de ser limpos após o uso e antes de
serem utilizados em alimentos protos a consumir ou quando for apropriado.
Devendo existir instalações de limpeza e um programa de limpeza, que deve de
ser comprido de uma forma muito rigorosa e meticulosa. Os panos de limpeza
também devem de ser desinfetados regularmente de depois de serem utilizados.
Devera existir uma cuba adequada, para a loiça grossa e peças de equipamentos.
Os produtos de limpeza devem de estar bem identificados e armazenados fora do
local de preparação dos alimentos.
Armazenagem
Todos os locais
destinados à armazenagem dos alimentos devem de estar limpos, secos, iluminados
adequadamente e bem ventilados. Os alimentos devem de ser separados, a não ser
que estejam bem acondicionados, de modo a prevenir contaminações cruzadas. Os
alimentos perecíveis devem de ser armazenados no frigorífico ou no congelador.
Os alimentos confecionados e os crus devem de ser armazenados em frigoríficos destintos,
evitando a contaminação cruzada. O armazenamento deve de ser feito de maneira a
que o primeiro a entrar seja o primeiro a sair.
Zonas de Trabalho
A armazenagem,
preparação e confeção de alimentos devem ser executadas em zonas separadas ou
em períodos distintos, de modo a prevenir a contaminação cruzada. Deve de
existir zonas distintas e identificadas, para a pastelaria/ padaria, arranjo e
lavagem de vegetais, preparação de carnes vermelhas e brancas (incluindo uma
cuba especifica), confeção, empratamento, lavagem de loiça, cada um adelas com
equipamento e utensílios próprios devidamente identificados, tais como facas,
placas de corte, etc. A utilização de código de cores, para as placas de corte,
facas e outros utensílios. Por exemplo, as tabuas de corte e tabuas devem de
ter cores diferentes para cada produto, peixe cru (azul), carne crua
(vermelho), vegetais e frutas (verde), pão e produtos lácteos (branco), carnes
cozinhadas (amarelo) e vegetais cozinhados (castanho), mas se cada
estabelecimento tiver um código de cor especifico .
Controlo de pragas
A presença de
roedores, aves, insetos e outros animais são proibidos em locais de
restauração. Os sistemas de eletrocussão de insetos, devem de estar afastados
da luz natural, da zona de preparação dos alimentos, e de correntes de ar. OS
inseticidas sob a forma de spray não
devem de ser utilizados nas zonas de armazenagem, preparação e confeção dos
alimentos. Todas as janelas que têm abertura para o exterior, devera ter
mosquiteiros, devem de ser de fácil remoção para facilitar a limpeza das
mesmas. As portas devem de impedir a entrada de pragas, tendo fecho automático.
Devendo haver um controlo de 3 em 3 meses por pessoal especializados, para
evitar eventuais pragas. O uso a pesticidas deve de ser mínimo para não
contaminar os alimentos. Os pesticidas devem de ser armazenados em locais
apropriados longe dos alimentos.
Controlo de fornecedores
Os fornecedores e
as matérias-primas devem de ser qualidade. Os produtos e fornecedores deverão
ter implementado um sistema de certificação das qualidades, sujeito a
auditoria, e toda a matéria-prima fornecida deverá permitida a respetiva
rastreabilidade.
Controlo à recepção
A unidade de
restauração deverá possuir uma Lista de Verificação (checklist) para aplicação
aquando da entrega de géneros alimentícios, a qual deverá incluir a adequação
de veículo de transportes, a higiene do pessoal de entregas, a verificação das
datas de durabilidade mínima e de limite de consumo, o estado das embalagens e
a verificação da temperatura dos géneros alimentícios refrigerados e
congelados.
Gerência e Registos
A entidade gestora
deve realizar auditorias internas e manter atualizada toda a documentação que
demonstre o estrito cumprimento dos requisitos legais. Quando uma situação de
incumprimento detetada, é da responsabilidade da gerência registar essa
situação incorreta e documentar as ações que foram aplicadas para retificar a
situação.
Discussão
Depois da leitura e
análise dos pré-requisitos e de uma pequena reflecção sobre o meu local de
estágio, visualizei o que se encontrava mal estruturado e o que se realizava
mal, em relação aos pré-requisitos da segurança alimentar.
Na localização e
Estruturas o local onde estagiei encontrava-se em boas condições e bem
planeado.
Mas na área das
instalações e equipamentos, havia muitas lacunas como os equipamentos que
estavam junto as paredes eram muito difíceis de ser removidos e não havia
espaço para a limpeza. E os equipamentos das redes de frio, por várias vezes
não se encontravam a temperaturas adequadas para uma boa conservação dos
alimentos, como por exemplo as camaras dos legumes por vezes encontrava-se a
uma temperatura de 14-15ºC.
Na higiene pessoal
também havia algumas falhas, como os funcionários irem maquiados para o local
de serviço e não se apresentarem bem fardados, como por exemplo terem as
jalecas sujas e não se preocuparem em tapar o cabelo, tendo sempre este quase
sempre a mostra.
Na parte da
limpeza, esta era feita, mas só nos locais onde se sujava todos os dias. Pois
sítios como as camaras frigorificas eram lavadas poucas vezes.
Em termos de
armazenagem as normas eram compridas e um amaneira exemplar.
As zonas de
trabalho estavam bem divididas, havendo uma zona de pastelaria/padaria, zona de
preparação de carnes, zona de preparação de peixe, cozinha fria, cozinha
quente, roda e zona de lavagem da loiça limpa e suja. Havia tabuas com cores
específicas, mas as facas não tinham essa distinção pois cada funcionário tinha
as suas.
As pragas eram
controladas havendo “armadilhas” para insetos e roedores e havendo sistemas de
eletrocussão de insetos. Não sei se havia controlo de 3 em 3 meses pois não
tive la esse tempo para ver, se era realizado.
Em termos de
fornecedores não tive acesso as suas certificações, mas penso que diziam de ser
de boa qualidade.
O controlo à
recepção, não era muito apertado pois havia produtos que se encontravam em
condições pouco favoráveis, como latas amolgadas e legumes em mas condições de
conservação.
No entanto no
parâmetro, gerência e registos, não era bem desenvolvido, pois não havia
auditorias regulares, mas só de quanto em quanto tempo o chefe executivo é que
ia verificar os registos efectuados pelos funcionários.
Conclusão
Com este trabalho
aprendi a delinear os pré-requisitos para um estabelecimento de restauração e
melhorar os já existentes.
Pois como não sabia
implementar os pré-requisitos, por esse motivo tive de elaborar uma pesquisa e
em seguida fiz um paralelismo entre o que devia de ser feito e o que existia na
realidade das empresas da área da restauração.
Sendo este trabalho
muito importante para a nossa vida futura sendo, na área do controlo alimentar
ou na produção.
Bibliografia
[1] – Guia para o Controlo da Segurança Alimentar
em Restaurantes Europeus
[2] - http://www.hipersuper.pt/2007/05/18/programa-de-pr-requisitos-vs-haccp/
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