- Henrique? O que
aconteceu? – Perguntei confusa.
- Desmaiaste. Como
te sentes?
- Razoável. Tenho
de ir. – Disse erguendo-me da cama rapidamente.
- Onde pensas que
vais nesse estado? – Perguntou-me Henrique agarrando-me pelo braço.
- Vou embora.
Solta-me!
- Não vais não.
Desta vez não vais mais fugir de mim. Vais ouvir o que tenho para te contar.
Senta-te. Acreditei que te perdera quando te tirei inconsciente da água. Quis
morrer nesse instante quando pensei que estavas morta! Será que não medes as
consequências dos teus actos!
Eu amo-te rapariga!
Amo-te como nunca amei ninguém! Mas... mas tu amavas outro, sempre amaste
outro. Eu preferi casar-me contigo sabendo que não me amavas e cuidar do teu
filho como meu! Por te amar demais. Para suportar o teu sofrimento.
Fiquei pasma com
tamanha declaração. Como pudera amar um homem que nunca me merecera e deixar quem
sempre me amara? A vida não era justa e o amor menos ainda, concluí.
- Não dizes nada?
Responde-me!
Até que ponto um homem e uma mulher pode declarar o seu amor? Não as palavras vazias e sem sentido ditas num momento de paixão ou êxtase ou excitação, mas a expressão verdadeira do amor eterno.
- Francis. Estás a assustar-me. Permaneces calada sem contestares, enquanto falo.
- És o amor da minha vida. És tudo para mim. – Respondi por fim, observando o rosto dele transformar-se
pelo impacto das minhas palavras.
Os seus olhos cruzaram-se com os meus, brilhando e atónitos. Os seus lábios curvaram-se num sorriso amoroso e alegre.
- Repete. Repete de novo essas palavras.
- Quais palavras? Eu amo-te?
- És mesmo tu? Isto é real? Estás doente? Bateste com a cabeça na queda? É tudo um teste? - Esbravejou Henrique agarrando-me e sacudindo-me.
- Pára Henrique! Estou a falar verdade. É sério. Demorei a ver e a aceitar. Que eu amo-te. Por isso, eu estar há frente do teu trabalho. Ia confessar-te a verdade. Mas quando te ouvi assustei-me. Já se passaram anos, acreditei que faria figura de palhaça. Sei lá.
Ele puxou-me contra o seu peito e beijou-me insensatamente. Fizemos amor vagarosamente, saboreando o gosto doce um do outro até colmatar na satisfação física.
- Amo-te Francis! Casa-te comigo.
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