Eu
amei-te. Amei como achei que jamais o faria. Não era fraca nem otária! Nisso estás redondamente enganado. Limitei-me como criatura de Deus que sou a acreditar que finalmente o amor na
minha porta batera. Sempre fora fiel. Pensar em perdê-lo tornaria a minha vida
insuportável. Que tolice!
De olhos fechados,
eu podia acreditar que quando pensava nele... Ele estava aqui! E sempre estaria lá para mim! Tantas foram as vezes
que só o bater do seu coração me puderam acalmar.
Os seus lábios encostados aos meus de
mãos entrelaças e tantas palavras mudas... Ele numa certa parte foi o meu céu, o meu mundo. Foi! Passado!
Naquele dia não foi só um beijo, só as tuas mãos quentes me apertando as costas. Foram a tua atitude
de protecção que me deixou desnorteada! Achei que nunca me tiveras em tamanha
consideração. Eram só palavras! Mas aquela a tua declaração verdadeira por mim fez-me
acabar com a guerra declarada ao amor! Era óbvio! Eu amava-te e sempre amara. Seu
tolo. Mas aí, foi o meu fim. Tu traíste-me!
Esqueceste todas as promessas, cagaste nos meus sentimentos. Deste-me por
garantida e útil! Lágrimas silenciosas
rolaram-me pela face, ardentes e hediondas!
Jurei então, nunca mais chorar por ti. Nunca mais ousar pensar em ti! Mudaste! E para pior, infelizmente. Há limites para um amor,
um amor como o meu. Perdeste-o. Fizeste
exactamente o contrário do que um dia me confidencias chorando! Esta dor nunca irá passar e eu tão pouco irei voltar a
encarar a tua cara de hipócrita! Jamais deixe um ferimento me arruinar,
por mais profundo que fosse. Já o devias saber! Entrei em modo de batalha, sim! Contra o amor. Sabes
o que resta agora? Cicatrizes de batalha! E não parecem estar mais com vontade de
se irem embora. Ignorei todos os sinais da tua mudança por te amar. Quando todos
me diziam que deveria esquece-te. Vivi um dilema no escuro, só para não
sofreres. Tinha tanto orgulho em ti. E em contrapartida tantas foram as lágrimas, os soluços e... Uma mão cheia de nada! Isto
não era suposto ter ter acontecido, mas tu deixaste. Agora não há outra
maneira, já me revesti contra as “pragas” existentes lá fora. Por isso que o
meu peito tornou-se uma muralha cheia de odeio e mágoa. Todavia que entre o meu
inimigo interno, as feridas que esperam ou se curem sozinhas! O que resta do que restou são
apenas Cicatrizes de batalha!
Se fosse homem diria que elas até gostas dessas cenas!
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