domingo, 16 de junho de 2013

So Cold and So Dead – Whistling my name The end

Não há mais nada que o prenda aqui. Ele tentou compensar os seus erros, com memórias culpadas. Mas ela já não estava mais lá.
            Foi trágico aquele dia. Chovia torrencialmente. Haviam discutido forte e feio pela primeira vez depois de 3 anos casados. Uma razão parva. Emmalie chorava sentada no seu tapete de actividades. Eles continuavam atacando-se... Até que Lana se cansou. Pegou em Emmalie e saiu pela porta.
- Onde pensas que vais Lana? Onde levas a minha filha?
- Vamos embora. Fui burra achando que alguma vez mudarias!
- Lana! Volta aqui!
            Lana correu para longe da sua proximidade o mais rápido que pode. Quando de repente... ouviu-se uma travagem brusca. Um silêncio profundo. Alessandro aproxima-se do cenário trágico que ali houve. É então que vê com os seus próprios olhos a sua desgraça. Mas desta vez, sem volta possível.
- Porquê Lana? Porquê fizeste-me isto! – Gritava Alessandro tentando agarrar-se ao que restava da sua família. –  Tudo isto por uma discussão parva e sem fundamento. Como pudeste desconfiar que já não te amava mais. Que estúpido fui, não te ter contado logo a verdade. Eu não mereço, nem nunca mereci te dizer que te amo. Agora perdi tudo...
- Por favor afaste-se. – Disseram os paramédicos.
            Aqueles minutos, mais pareceram eternidades. Contemplava-se nos seus rostos o pavor. A certeza absoluta. O desespero de revelar...
- Não adianta mais. Elas estão mortas.
- Não! Isso é mentira! – Bravejou Alessandro. – Acorda Lana! Não podes ter morrido. Acorda! A Emmalie precisa de ti. Eu preciso de vocês as duas. – Implorava Alessandro ajoelhado junto dos dois corpos já frios.
- Senhor. Elas morreram. Sinto muito. Mas tem de deixar-nos fazer o nosso trabalho. – Disse um médico, afastando-o dos corpos para serem levados.
Um ano depois... ele dizia ouvir vozes. Que os seus dois amores estavam voltando para ele. Ele acordava transpirando e gritando por elas. Jurava senti-las perto de si. Olhando por ele. E que o chamavam...
Acabou por ser internado numa clínica. No seu estado acabaria cometendo uma loucura.
“A razão foi novamente restabelecida... ”
- Lana...és tu? Emmalie? – Vociferou Alessandro olhando pela janela do hospício. – Vieram me buscar? Não aguento mais isto, estou morto por dentro. Traz-me de volta à vida, meu amor. Desde o dia que saíste por aquela porta e levaste Emmalie. Eu sabia que tudo que eu precisava, estava indo embora...
“ Tudo se restabelecerá... já pagaste o teu preço... Vem, então. ”
- Vem Alessandro, nós estamos aqui para ti. Continuamos te esperando.  Fomos muito parvos...
- Oh Lana...
- Vem Alessandro. A Emmalie precisa do pai.

            Gritos... PÂNICO. Um estrondo. Alguém lançara-se de uma janela...

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