sábado, 4 de maio de 2013

So Cold and so Dead... Capitulo 12


Esquecera toda a moral e deixara-me levar. No entanto, no fundo do meu ser continuava acreditando em um conto de fadas. Era o que sentia. Pensava eu, remexendo o amuleto que outrora, trouxera ao pescoço. A foto de nós os dois... A dor afligia-me. A agonia. A frustração. E o desespero. Algumas semanas atrás tudo parecia perfeito e sustentável. Agora..., agora sentia um profundo vazio no peito. E uma enorme responsabilidade crescendo no meu ventre.
            Grávida. Desconfio que até já o sabia, antes daquele penoso dia em casa de Alessandro. Ele ficou surpreso. Porém, voltou a retrair-se. E acabou dando ouvidos à mãe. Talvez calor do momento. Talvez...
- Lana? – Disse uma voz.
Voltei-me na direcção do chamamento e encarei com Alessandro se aproximando de mim. Parecia abatido e ressentido. Olhando-me arrependido.
- O que fazes aqui? Como me encontraste?
- Fui até tua casa, mas não estavas. Então fui ao teu emprego. Lá disseram-me que tinhas saído mais cedo. Depois algo atraiu-me aqui para o centro da praça. Não te sei explicar...
- Vai-te embora. Não te quero na minha vida. – Retaliei.
- Isso é mentira. Se não porquê ainda possuis esse amuleto?
- Já não possuo mais. Disse-lhe jogando o amuleto na fonte da praça.
- Pará! – Gritou-me lançando-se para o agarrar. – O que se passa contigo!
- Cansei de ser uma boneca. Cansei de ser parva. Já não aguento mais isto, Alessandro! Pará de gozar comigo. Eu não mereço isso. – Disse virando o rosto para esconder as lágrimas.
- Lana. – Disse agarrando-me e erguendo-me o queixo. – Eu amo-te. Eu quero-te. E quero esse filho. Eu não estou a mentir. Não depois do que passei contigo estes últimos meses. Nem daquele dia, em que eu quase te perdi para sempre. Acredita em mim. Já me enganaram várias vezes. Só queriam o meu dinheiro. Com o tempo acabei perdendo os sentimentos e respeito pelas mulheres. Quando achei que me tinhas feito o mesmo enlouqueci. Fui um monstro contigo. Agora, aconteça o que acontecer, não estou disposto a deixar-te fugir.
- Eu ouvi o que a tua mãe disse. E recordo do dia do nosso suposto casamento, em que beijaste a tua ex. Como podes pedir-me que acredite em ti!
- Lana, por favor. Vamos ter um filho. Não me afastes dele. Não me afastes de ti. Peço-te. Acredita nas minhas palavras. Eu já não sou aquele tipo. Eu ajoelho-me perante ti se for preciso. Mas não me abandones.
- Se gostavas de mim, porquê... porquê me fizeste tanto mal? Como foste capaz de me abandonar em França? Se gostasses de mim... não me tinhas violado. Tu só queres saber de ti! A tua mãe tem razão, quando diz que não presto para ti. Vai atrás da tua ex. Deixa-me em paz!
- Não! – Gritou-me ele aprisionando-me contra o seu corpo. – Não te posso perder. Esquece a minha mãe. Nada que faças, me vai obrigar a largar-te. Nem ninguém! Eu amo-te. Desde o nosso primeiro beijo que nunca mais fui o mesmo. Nunca fui capaz de entender aquele sentimento que nasceu a partir daí. E depois da verdade sobre ti, eu caí em mim. Soube a enorme asneira que tinha feito contigo. Quis remediar o que fiz. Quis confessar-te tudo, ainda que nunca me fosses perdoar. Nunca mais quisesses olhar-me na cara. Mas tu... tu tinhas decido acabar com a tua vida. E o culpado fora eu! Eu Lana! Eu quase matei o meu amor! Por orgulho. Por medo. Por estupidez. Faz o que desejares comigo, mas não me afastes de vocês. Casa comigo. – Pediu colocando a mão sobre  o meu ventre. 

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