quinta-feira, 25 de abril de 2013

So Cold and So Dead ... Capitulo 9


Ultimamente Alessandro andava muito estranho. Desde aquele passeio na praia. Algo havia mudado. Podia notar o seu afastamento, o desconforto perto de mim. Será que... ele lembrou-se de algo? Não. Será?
- Lana. – Disse Alessandro ao ouvir-me abrir a porta.
- Olá Alessandro. Estavas à minha espera? – Perguntei disfarçadamente.
- Sim. Temos de falar. – Respondeu-me ele com voz grossa.
- Passa-se alguma coisa? O que aconteceu?
- O que aconteceu... é que tu tens-me mentido todo este tempo.
- Como assim? Do que estás a falar?
- Eu lembrei-me do passado. Eu sei que nós nunca fomos nada. Por que razão te deste a este papel, depois de tudo que aconteceu? Como pudeste ser tão amável comigo? O que é que se passa contigo Lana? És burra?
- Eu ajudei-te. E tu ainda me insultas! Tens razão, sou mesmo uma saloia. Eu devia era ter-te virado as costas tal como me fizeste em França. – Atirei-lhe à cara subindo para o meu quarto.
- Onde pensas que vais Lana? A nossa conversa ainda não acabou!
Corri para o meu quarto e fechei a porta. Não estava preparada para isto agora. Porém ele impediu-me de conseguir tranca-la.
- Lana! Pará de fugir de mim. – Disse agarrando-me um braço. – Eu só quero perceber.
- O que é que tu queres perceber? – Perguntei cabisbaixa.
- Qual a razão para fazeres tudo isto por mim? Logo eu. Sabes muito bem que eu não presto.
Não sabia o que fazer. O que lhe responder. Nem eu percebia, o porquê do destino nos juntar sempre. Não éramos compatíveis. No entanto...
- Responde-me Lana! Eu preciso saber.
Foi então que perante o meu silêncio, ele me puxou para mais perto de si e me beijou. Ao início resisti, mas depois comecei a corresponder-lhe. Foi tudo tão rápido que quando dei-me conta Alessandro empurra-me até à cama. Enquanto me beijava o pescoço e traçava um linha imaginaria até ao decote da minha camisa em voile de algodão.
- Não pára Alessandro. – Disse tentando afasta-lo.
- O que se passa Lana? Tu queres-me tanto quanto eu te quero a ti. Não podes desmenti-lo.
- Eu... eu não posso. Não consigo. Deixa-me em paz. Já não me usaste que chegue!
- Lana. Lana olha para mim. – Pediu-me ele segurando no meu queixo. – Desta vez é tudo diferente. Eu percebi com todo este tempo que... Eu amo-te Lana. E sei que sou correspondido, caso contrário, tu não estarias aqui comigo agora.
O meu mundo desmoronou perante aquelas três palavras. Oh vida macabra a minha.
Um olhar. Um carinho. Um beijo. E aconteceu a nossa união... entre beijos vorazes e esfomeados. Sussurros de amor e descobertas íntimas... uma onda de prazer delirante.
“ Já era hora de se unirem, o destino tarda mas não falha ”





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