Já
é de madrugada. O relógio marca 5h30. Não quero acordar. Pressinto um mau dia
surgindo. Triste e bem longo. Viro-me na cama e cubro a cabeça com a almofada.
Quero dormir. Ultimamente vem acontecendo-me
muito isto.
Algum dia,
de alguma forma. Vou fazer
com que tudo fique bem mas agora não.
Os raios de
luz começam a perscrutar o meu quarto pelas brechas da janela. Não posso
continuar agindo como se nada se passasse. Ergo-me da cama contrariada. Pouco
passa das 6h30. Preparo um banho relaxante, lavando assim as minhas mágoas.
Ninguém na minha família sabia o rumo que tomara, naquelas férias de verão. Foi
uma queda abrupta, lá isso foi. Mas só permanece no chão quem acha que não tem
mais opções.
Perdi muitas pessoas pelo caminho e ganhei
muitas outras novas feridas. Ousei acabar com a minha vida inúmeras vezes, até
perceber que não adiantaria. Estava sendo fraca e derrotista. Onde andava o meu
orgulho?
Já arrumada e pronta abri a porta de casa
ao novo dia. Radioso e ameno sorrindo-me por entre a neblina da manhã. Parece-me
que pequenas acções podem alterar o desfecho que deduzes estar já determinado.
Sorri! Ninguém além de ti se importa verdadeiramente com isto…
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