SQHA: Esquistossomoses por Schistosoma mansoni e haematobium

segunda-feira, 29 de julho de 2019

SQHA: Esquistossomoses por Schistosoma mansoni e haematobium

O Schistosoma mansoni, é um helminto pertencente à classe dos Trematoda, família Schistosomatidae e género Schistosoma. Este parasita é responsável por uma parasitose grave (esquistossomose) que causa milhares de mortes por ano. O Schistosoma haematobium, está associado mais especificamente à esquistossomose do aparelho urinário, apresentando hematúria[1], ou, em fase terminal, insuficiência renal por obstrução urinária. Esta parasitose é endémica em determinadas regiões da América do Sul e Caribe, África e Médio Oriente.

Quando o hospedeiro infectado elimina os ovos do parasita através das fezes humanas, em contacto com a água, os ovos eclodem e as larvas - miracídios, infectam os caramujos, gastrópodes aquáticos, hospedeiros intermediários, em rios, lagos, barragens, riachos, poços, charcos de água doce. Após 4 semanas as larvas abandonam o caramujo e ficam livres nas águas para infectarem o hospedeiro definitivo - o Homem, através da penetração pela pele. Mas a ingestão de água contaminada também é uma via de infestação. Esta parasitose é endémica em determinadas regiões da América do Sul e Caribe, África e Médio Oriente devido à precariedade nas condições de saneamento básico.

Os sintomas geralmente manifestam-se entre 4 a 8 semanas após a infestação. Todavia 24 horas após a contaminação, pode haver uma reacção alérgica no local da penetração do agente, com comichão e vermelhidão. Dependendo da sensibilidade de cada individuo e do número de infestantes, a pessoa pode apresentar febre, calafrios, dor de cabeça, dores musculares, falta de apetite, tosse seca, diarreia, enjoos, vómitos, dores abdominais, aumento dos gânglios linfáticos e perda de peso. No entanto estes sintomas após algumas semanas acabam por desaparecer, sendo confundidos com os de uma virose. Sem tratamento adequado, à medida que a infecção se agrava, verificam-se sintomas mais severos como vómito com sangue, aumento do baço e fígado e acumulo de líquido no abdómen - ascite.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) uma dose única de Praziquantel (40 mg/kg), é o tratamento mais eficaz para a infecção por Schistosoma mansoni.