Consegues ouvir-me agora?
Consegues
escutar agora,
O
meu andar pelo limite do submundo?
Continuo
procurando por algo…
…
que nunca vou encontrar.
Deixei
tudo para trás!
Agora,
estou presa, e nunca irá mudar!
…até
ao último dia.
Para
onde vou agora?
Qual
o caminho a percorrer?
Passei
a vida supondo, e sempre
Me
saiu o tiro ao lado.
Vou
voltar a desenvolver a vontade de estar viva?
Vou
tentar.
Por
que nunca vi o clarão?
Vou
golpear esta dor, abafando-a na escuridão?
Vou
sepultar-me contra o chão?
Não!
- Mas aonde
vais? Como acabaste sozinha?
Espera! És capaz
de me ouvir?
Não
há luz, não há vida,
Torna-se
difícil respirar, quando se está no subsolo.
- Posso falar agora? Ouves-me?
Para
quê! Olho nos meus olhos e vejo…
Nada!
Olho
ao meu redor e vejo…
Nada!
Como
podes pedir-me que continue fingindo?
Não
passas de um homem de muitas palavras,
Mas
de poucas acções!
Tentando-
me iludir com as estrelas do céu,
Indicadoras
de algo para mim...
- Ouve-me!
Queres parar de teres dó de ti, mesma!
De andares pelas
ruas, tão ausente de esperança,
Com medo de sonhar
com um mundo melhor?
Nós estaremos
juntos neste caminho,
Vivendo sem
vergonha e sem receios,
Um recosto de
concreto, um do outro!
Quando
acordares, rapidamente esquecerás,
Os sacrifício
que foram feitos…,
Tudo não passará
de mais uma obscura noite,
Em que viste os
teus pilares de audácia desmoronar.
Não
te esqueças, eu nasci para andar,
Andando
pela vida toda...
Não
existem pausas, nem momentos de dor,
Até
podemos estar juntos e teres razão,
Mas,
agora ouves-me andar pelo marco do submundo?
Continuo
procurando…
…até
ao último dia.
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