- Francis? –
Chamou-me Henrique. - Podemos conversar agora?
Estava sem coragem
de enfrenta-lo nos olhos, de responder-lhe fosse ao que fosse. Que tipo de
mulher estaria ele a pensar que me tornara? Numa daquelas fracas e coitadas, a
quem já ninguém dá importância...
- Francis, estás
ouvindo-me? Estás bem? Responde-me por amor de Deus.
- O que queres
conversar comigo? – Respondi por fim.
- Queres matar-te?
E logo na frente da minha empresa, porquê? Enlouqueceste de vez, foi?
Responde-me.
- Eu não enlouqueci!
E não quis causar-te problemas, como estás insinuando. Quando te ouvi,
assustei-me foi apenas isso.
- Assustei-te?
Estavas caminhando distraidamente e sem cuidado algum pelas margens da baía.
Mas o que raio se passa na tua cabeça? E dizes-me que não querias matar-te!
- Acredita no que
te apetecer! Já permaneci tempo demais aqui contigo. – Disse erguendo-me da
cadeira balanço, quando senti tudo à minha volta escurecer.
- Francis!
Mas que mulher mais
feroz e inconstante que me tira do sério. Por momentos quando a vi cair à água
e desaparecer da minha vista. Acreditei que a perdera para sempre.
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