No meio do Salão do hotel Andrios e Patrizia dançavam
juntos alegremente. Ao perceber que os vi-a. Esboçou um grande sorriso de
conquista e agarrou-se mais a ele. Como fora uma tola e imatura. Ele nunca fora
diferente dos outros. A única diferença, era eu ama-lo apenas… e o pior de
tudo, foi só ter reparado agora no anel que a nauseabunda ostentava na mão
esquerda. Aproximei-me do casal feliz e apenas disse:
- Parabéns Andrios. Finalmente. Estás vivendo o que
sempre ambicionaste. Que bela chapada de luva branca que tu deste a todos nós.
- Não. Espera! – Gritou-me ele. Tentando-me seguir.
- Onde vais Andrios? Ainda nem tínhamos começado a
comemorar. – Disse a Patrizia.
Depois de correr desalmadamente para o meu quarto de
maneira a que ele não me alcançasse mais nem visse. Não consegui evitar que ele
me impedisse de fechar a porta.
- Espera Mirella! Temos de falar.
- Falar? Sai do meu quarto! Ou mando chamar a
segurança.
- Tu não irás fazer isso. Não te vais expor. Nem eu
permitirei que me faças tal coisa.
- Não me faças rir. Não me metes medo. Agora sai do
meu quarto!
- Não. Que atitude foi aquela ainda há pouco?
- Atitude? Tu estás tendo um caso com aquela gaja! E
ainda tens a lata de me vir pedir satisfações?
- Vê-la como é que falas da Patrizia.
- Hum… Bem estamos mesmo caidinhos por ela. Só não
entendo, porquê dormiste comigo? Foi para saber como era tirar a honra a uma
rapariga? Ou apenas por vingança! Ou melhor! Para me humilhares, gozares-me e
depois riste à grande na minha cara?
- Foi uma
recaída. Peço desculpa Mirelle. Eu… Eu acabei de ficar noivo da Patrizia. Segui
em frente como me recomendaste. Não pedi para acontecer o que aconteceu.
- Pedes desculpa? – Pronunciei dando-lhe um estalo. -
Como ousas descer assim tão baixo!
- A culpa disto é tua Mirelle! Foste tu que me
abandonaste! Tu mandaste-me embora. É um facto. Eu nunca ate esqueci. Ansiava
por ti. Depois a Patrizia apareceu e tudo começou a mudar. Mas quando te vi tão
indefesa, foi como retroceder no tempo. Mas isso é passado! Não podemos mudar o
que está feito…
Lágrimas afloravam-me os olhos. A vergonha era tanta
que mesmo que morresse agora devia regressar do mundo dos mortos novamente.
- Estamos conversados Andrios. Agora sai do meu
quarto! Ou saio eu.
- Mirellle…
- Saí! Não ouses sequer aproximar-te. Não sais não é
mesmo?
Eu nunca tinha acabado mesmo de desfazer a minha mala.
Então peguei nela, abri-a e meti ao monte, as poucas trouxas tinha arrumado no
armário. E liguei para a receçpão para fechar a minha conta e chamar-me um
táxi.
- Onde pensas que estás indo? – Perguntou-me assustado.
- Vou-me embora! Adeus Andrios até nunca mais.
- Não! Tu não podes desaparecer assim da minha vida
outra vez! – Disse-me ele agarrando-me.
- Solta-me Andrios! Já tens quem ocupe o meu lugar!
Sai! Não volto a avisar!
- Não! Eu errei. Pus os pés pelas mãos…mas Mirelle…
Pontapeei-o nos genitais com toda a fúria que continha
e fugi dali o mais rápido que podia. Ele até podia-me ter alcançado, mas diante
de público e da noivita não me impediria de mais, nada. Olhei uma última vez
para ele e entrei no táxi.
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